ESTUDOS DA ESCRITURA SAGRADA:

VAMOS AS PRINCIPAIS PERSONAGENS:

 

ATOS

 

 

 

            ESTÊVÃO

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi um dos sete líderes escolhidos para supervisionar a distribuição de alimentos aos necessitados na Igreja Primitiva.

            Foi conhecido por suas qualidades espirituais de fé, sabedoria, graça, poder e pela presença do Rúkha hol – RODSHUA em sua vida.

            Foi um líder reconhecido e destacado, um mestre, um debatedor.

            Foi o primeiro a dar sua vida pelo evangelho.

 

            Lições de vida:

            O esforço em busca da excelência em pequenas tarefas prepara as pessoas para responsabilidades maiores.

            A verdadeira compreensão a respeito de Yaohu sempre leva a ações práticas e compassivas as pessoas.

 

            Informações essenciais:

            Ocupações: Diácono (distribuía alimentos aos necessitados).

            Contemporâneos: Paulo, Caifás, Gamaliel e os apóstolos.

 

            Versículos-chave:

            “E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: YHVH – Yaohushua, recebe o meu espírito! E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Yaohu, não lhes imputes este pecado! E, tendo dito isto, adormeceu” (7,59.60).

 

            A história de Estêvão é contada em Atos 6,3 – 8,2. Ele também é mencionado em Atos 11,19; 22,20.

 

 

 

            FILIPE

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi um dos sete organizadores da distribuição de alimentos na Igreja Primitiva.

            Tornou-se um evangelista, um dos primeiros missionários a viajar para difundir o evangelho.

            Foi um dos primeiros a obedecer à ordem de Yaohushua de levar o evangelho a todas as pessoas.

            Foi um cuidadoso estudante das Sagradas Escrituras. Era capaz de explicar claramente o significado dos textos.

 

            Lições de vida:

            Yaohu encontra grandes e variadas atividades para aqueles que estiverem sinceramente dispostos a obedecer-lhe.

            O evangelho é a boa nova universal.

            A Bíblia inteira, não apenas o Novo Testamento, ajuda-nos a ter uma compreensão maior a respeito de Yaohushua.

            Tanto a resposta da multidão (dos samaritanos) como a resposta individual (do homem etíope) ao evangelho são valiosas.

 

            Informações essenciais:

            Ocupações: Diácono e evangelista.

            Familiares: teve quatro filhas.

            Contemporâneos: Paulo, Estêvão e os apóstolos.

 

            Versículo-chave:

            “Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Yaohushua” (8,35).

 

            A história de Filipe é narrada em Atos 6,1-7; 8,5-40; 21,8-10.

 

 

 

            PAULO

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi transformado por Yaohu de um perseguidor de cristãos em um pregador de Christós.

            Pregou a Christós nas cidades do Império Romano, em três viagens missionárias.

            Escreveu cartas para várias Igrejas, que se tornaram parte do Novo Testamento.

            Nunca teve medo de enfrentar os desafios e lidar com eles.

            Era sensível à liderança de Yaohu. Apesar de sua personalidade forte, sempre seguiu a direção de Yaohu.

            Freqüentemente foi chamado de “apóstolo dos gentios”.

 

            Fraquezas e erros:

            Testemunhou e aprovou o apedrejamento de Estêvão.

            Estava determinado a destruir o cristianismo perseguindo os cristãos.

 

            Lições de vida:

            As Boas Novas são de que o perdão e a vida eterna estão disponíveis para todas as pessoas e são dons da graça de Yaohu alcançados pela fé em Christós.

            A obediência é resultado de um relacionamento com Yaohu.

            A verdadeira liberdade só vem quando não desejamos mais provar que somos livres.

            Yaohu não desperdiça nosso tempo. Ele usa o nosso passado e o nosso presente. Assim poderemos servi-lo com o nosso futuro.

 

            Informações essenciais:

            Local: nasceu em Tarso, porém viajou por todo o mundo da época trabalhando para Christós.

            Ocupações: treinado como um fariseu, aprendeu o ofício de fazer tendas; serviu como um missionário.

            Contemporâneos: Gamaliel, Estêvão, os apóstolos, Lucas, Barnabé e Timóteo.

 

            Versículos-chave:

            “Porque para mim o viver é (Machiyahu), e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com  (Mashiach), porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne” (Fp 1,21-24).

 

            A história de Paulo é narrada em Atos 7,58 – 28,31 e ao longo de suas cartas no Novo Testamento.

 

 

 

            CORNÉLIO

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Era um romano religioso e generoso.

            Embora fosse um oficial do exército de ocupação, parece ter sido muito respeitado pelos judeus.

 

            Respondeu positivamente a Yaohu e encorajou sua família a fazer o mesmo.

            Sua conversão ajudou a jovem Igreja cristã a perceber que as Boas Novas destinam-se a todas as pessoas, tanto aos judeus como aos gentios. {Não sei. Pra mim seria: a jovem Igreja “Remanescente”...}. Anselmo Estevan.

 

            Lições de vida:

            Yaohu alcança aqueles que querem conhece-lo.

            O evangelho é para todas as pessoas.

            Em todos os lugares, existem pessoas ansiosas para crer em Yaohu.

            Quando estivermos dispostos a buscar a verdade e a sermos obedientes à luz que Yaohu nos dá, Ele nos recompensará ricamente.

 

            Informações essenciais:

            Local: Cesaréia.

            Ocupação: Oficial romano.

            Contemporâneos: Pedro,Filipe e os apóstolos.

 

            Versículos-chave:

            “E havia em Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da corte chamada italiana, piedoso e temente a Yaohu, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Yaohu” (10,1.2)

 

            A história de Cornélio é relatada em Atos 10,1 – 11,18.

 

 

 

            HERODES AGRIPA I

           

            Pontos fortes e êxitos:

            Era um admirador capaz e um hábil negociador.

            Tentava manter boas relações com os judeus em sua região e com Roma.

 

            Fraquezas e erros:

            Planejou o assassinato do apóstolo Tiago.

            Encarcerou Pedro com planos de executa-lo.

            Permitiu que o povo o louvasse com um deus.

 

            Lições de vida:

            Aqueles que se posicionam contra Yaohu estão condenados aos maiores fracassos.

            Existe um grande perigo em aceitar o louvor que somente a Yaohu pertence.

            Características familiares podem influenciar os descendentes em relação ao bem ou ao mal.

 

            Informações essenciais:

            Local: Jerusalém.

            Ocupação: Rei dos judeus, designado pelos romanos.

            Familiares: Avô – Herodes, o Grande; pai – Aristóbulo; tio – Herodes Antipas; irmã – Heródias; filho – Herodes Agripa II; filhas – Berenice, Mariane e Drusila.

            Contemporâneos: os imperadores romanos Tibério, Calígula e Cláudio, Tiago, Pedro e os demais apóstolos.

 

            Versículo-chave:

            “No mesmo instante, feriu-o o anjo do YHVH, porque não deu glória a Yaohu, e comido de bichos, expirou” (12,23).

 

            A história de Herodes Agripa I é narrada em Atos 12,1-23.

 

 

 

            JOÃO MARCOS

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Escreveu o Evangelho que leva o seu nome.

            Ofereceu a casa de sua família como um dos principais pontos de encontro para os Remanescentes em Jerusalém – grifo meu Anselmo.

            Persistiu apesar dos erros que cometeu por sua pouca idade.

            Foi um assistente e companheiro de viagem para três dos maiores missionários da Igreja Primitiva.

 

            Fraquezas e erros:

            Provavelmente era o jovem que fugiu em pânico quando Yaohushua foi preso.

            Por razões desconhecidas, abandonou Paulo e Barnabé durante a primeira viagem missionária.

 

            Lições de vida:

            A maturidade pessoal normalmente vem com a idade e a experiência pelos erros cometidos.

            Os erros normalmente não são tão importantes quando o que pode ser aprendido com eles.

            A vida não é medida pelo que realizamos, e sim pelo que superamos a fim de realizar algo.

            O encorajamento pode mudar a vida de uma pessoa.

 

            Informações essenciais:

            Local: Jerusalém.

            Ocupações: Missionário, escritor do Evangelho e companheiro de viagem de Paulo e Barnabé.

            Familiares: Mãe – Maria; primo – Barnabé.

            Contemporâneos: Paulo, Pedro, Timóteo, Lucas e Silas.

 

            Versículo-chave:

            “Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério” (2Tm 4,11).

 

            A história de João Marcos é narrada em Atos 12,25 – 13,13 e 15,36-39. Ele também é mencionado em Colossenses 4,10; 2 Timóteo 4,11; Filemom 1,24; 1 Pedro 5,13.

 

 

 

            BARNABÉ

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi um dos primeiros a vender suas posses para ajudar os cristãos em Jerusalém.

            Foi o primeiro a viajar com Paulo, formando um grupo missionário.

            Era um encorajador, como mostra seu apelido. Deste modo, tornou-se uma das pessoas mais influentes no início do cristianismo.

            Foi chamado de apóstolo embora não fosse um dos doze originais.

 

            Fraquezas e erros:

            Como Pedro, foi temporariamente indiferente aos cristãos, até que Paulo corrigisse a visão dele.

 

            Lições de vida:

            O encorajamento é um dos meios mais efetivos de ajudar.

            Mais cedo ou mais tarde, a verdadeira obediência a Yaohu envolverá riscos.

            Existe sempre alguém que precisa de encorajamento.

 

            Informações essenciais:

            Local: Chipre, Jerusalém e Antioquia.

            Ocupações: Missionário e professor.

            Familiares: Tia – Maira; primo – João Marcos.

            Contemporâneos: Pedro, Silas, Paulo e Herodes Agripa I.

 

            Versículos-chave:

            “E enviaram Barnabé até Antioquia, o qual, quando chegou e viu a graça de Yaohu, se alegrou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem em Yaohu. Porque era homem de bem, cheio do Rúkha hol – RODSHUA e da fé. E muita gente se uniu ao YHVH” (11,22-24). {Aqui sim podemos chamar de Remanescentes...!}. Anselmo Estevan.

 

            A história de Barnabé é narrada em Atos 4,36.37; 9,27 – 15,39. Ele também é mencionado em 1 Coríntios 9,6; Gálatas 2,1.9.13; Colossenses 4,10.

 

 

 

            SILAS

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi um líder da Igreja em Jerusalém.

            Representou a Igreja ao levar a Antioquia a carta de aceitação dos cristãos gentios, preparada pelo Concílio de Jerusalém.

            Esteve muito próximo a Paulo a partir da segunda viagem missionária.

            Cantou louvores a Yaohu enquanto estava na prisão com Paulo, em Filipos.

            Trabalhou como copista tanto para Paulo como para Pedro.

 

            Lições de vida:

            A parceria é uma parte significativa do ministério.

            Yaohu nunca garante que seus servos não sofrerão. {Agora, não há mais “servos”. E, sim “coerdeiros– Pelos sacrifícios feitos pelo Filho a nosso favor...! Por isso digo e repito: Não estávamos juntos com Ele na criação do mundo e não somos “anjos”...!!! Sim, somos sua criação depois do mundo ser criado...! E, isso precisava ser mostrado para a sua criação que disputou “Poder com o Criador...”. É por isso que temos que acreditar em seu único e verdadeiro nome que salva SALVAÇÃO – SHUA!}. Anselmo Estevan. Efésios 3,8-10; 4,4-6; 1,13-14 – É NO QUE ACREDITO – NO ÚNICO BATISMO – NO Rúkha hol – RODSHUA! (Jo 13,10; 15,3;2Tm 1,9; Ef 4,5-6; 1Co 6,11; Hb 10,22; 1Pe 1,3.23; Rm 12,2; Ef 5,26; Jo 14,16; Ef 1,13; Ef 1,14; 4,30; 2,8-10 – “LIMPOS PELA PALAVRA” – JÁ BATIZADOS – NO RÚKHA hol - RODSHUA – SÓ O QUE PRECISAMOS É “ACREDITAR” – E, LOUVAR O SEU ÚNICO NOME VERDADEIRO E PESSOAL – SALVA!). Anselmo Estevan.

            Obedecer a Yaohu freqüentemente significa desistir daquilo que nos faz sentir seguros.

 

            Informações essenciais:

            Local: Jerusalém (embora fosse um cidadão romano).

            Ocupação: Missionário (um dos primeiros).

            Contemporâneos: Paulo, Timóteo, Pedro, Marcos e Barnabé.

 

            Versículos-chave:

            “Pareceu-nos bem, reunidos concordantemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram a vida pelo Nome de nosso Yaohu Yaohushua Mashiach. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo” (15,25-27).

 

            A historia de Silas é narrada em Atos 15,22 – 19,10. Ele também é mencionado em 2 Coríntios 1,19; 1Tessalonicenses 1,1; 2 Tessalonicenses 1,1 e 1 Pedro 5,12.

 

 

 

            LUCAS

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi um humilde, fiel e útil companheiro de Paulo.

            Foi um médico instruído e bem treinado.

            Foi um historiador cuidadoso e preciso.

            Foi o escritor do livro de Atos e do Evangelho que leva o seu nome.

 

            Lições de vida:

            As palavras que deixamos para trás serão testemunhos duradouros de quem somos.

            Até a pessoa mais bem-sucedida precisa dos cuidados pessoais de outras.

            A excelência é mostrada pelo modo como trabalhamos quando ninguém está nos observando.

 

            Informações essenciais:

            Local: provavelmente encontrou Paulo em Trôade.

            Ocupações: Médico, historiador e companheiro de viagem de Paulo.

            Contemporâneos: Paulo, Timóteo, Silas e Pedro.

 

            Versículos-chave:

            “Tendo, pois, muitos empreendidos pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descreve-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado” (Lc 1,1-4).

 

            Lucas se inclui na história da Igreja em Atos 16 – 28. Ele também é mencionado em Lucas 1,3; Atos 1,1; Colossenses 4,14; 2 Timóteo 4,11 e Filemom 1.24.

 

 

            ÁQÜILA E PRISCILA

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Marido e mulher formaram uma excelente equipe que ministrou na Igreja Primitiva (Meu sonho...). Anselmo.

            Sustentavam-se fabricando tendas, enquanto serviam a Mashiach. (“É o que acho correto...!”). Anselmo.

            Eram amigos íntimos de Paulo.

            Explicaram a mensagem completa do Mashiach para Apolo.

 

            Lições de vida:

            Os casais podem ter um ministério juntos.

            O lar é uma ferramenta valiosa para o evangelismo.

            Todo cristão precisa ter uma boa formação na fé, qualquer que seja a sua atividade na Igreja.

 

            Informações essenciais:

            Local: eram originariamente de Roma, mas se mudaram para Corinto e mais tarde, para Éfeso.

            Ocupação: fabricavam tendas.

            Contemporâneos: o imperador Cláudio, Paulo, Timóteo e Apolo.

 

            Versículos-chave:

            “Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Mashiach Yaohushua, os quais pela minha vida expuseram a sua cabeça; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as Igrejas dos gentios” (Rm 16,3.4).

 

            Sua história é narrada em Atos 18. Também são mencionados em Romanos 16,3-5; 1 Coríntios 16,19; 2 Timóteo 4,19.

 

 

 

            APOLO

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi um pregador talentoso e persuasivo, um defensor da fé na Igreja Primitiva.

            Mostrou-se disposto a ser ensinado. (É o que muita “gente” precisaria hoje em dia...!). Anselmo.

            É o possível autor da epístola aos Hebreus.

 

            Lições de vida:

            A comunicação efetiva do evangelho inclui uma mensagem precisa, transmitida com o poder de Yaohu.

            Uma defesa verbal clara do Evangelho pode ser um instrumento de encorajamento para os cristãos e de convencimento dos incrédulos quanto à verdade da mensagem.

 

            Informações essenciais:

            Local: Alexandria, no Egito.

            Ocupações: Pastor itinerante e um apologista da fé.

            Contemporâneos: Priscila, Áqüila e Paulo.

 

            Versículos-chave:

            “Este era instruído no caminho do Yaohu; e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do YHVH, conhecendo somente o batismo de João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Yaohu” (At 18,25.26).

 

 

 

            HERODES AGRIPA II

            Pontos fortes e êxitos:

            Foi o último da dinastia de Herodes que governou parte da Palestina de 40 a.C a 100 d.C.

            Deu prosseguimento ao sucesso que seu pai alcançou mediando as questões entre Roma e a Palestina.

            Continuou a tradição familiar de construir e melhorar as cidades.

 

            Fraquezas e erros:

            Não foi convencido pelo evangelho e o rejeitou conscientemente.

            Teve uma relação incestuosa com sua irmã Berenice.

 

            Lições de vida:

            As famílias transmitem influências positivas e negativas a seus descendentes.

            Não existe garantia de que alguém tenha muitas oportunidades de aceitar a mensagem de Yaohu.

 

            Informações essenciais:

            Ocupação: Governador do norte e do leste da Palestina.

            Familiares: Bisavô – Herodes, o Grande; pai – Herodes Agripa I; tio-avô – Herodes Antipas, irmãs – Berenice e Drusila.

            Contemporâneos: Paulo, Félix, Festo, Pedro e Lucas.

 

            Versículo-chave:

            “E disse Agripa a Paulo e disse: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão” (26,28).

 

            A história de Herodes II é narrada em Atos 25,13 – 26,32.

 

 

INTRODUÇÃO ÀS

 

EPÍSTOLAS

 

 

 

 

           

            POR QUE TANTAS EPÍSTOLAS?

 

            À primeira vista, pode parecer estranho que a maior parte do Novo Testamento seja constituída de epístolas (cartas). A fé cristã é fundamentada em acontecimentos históricos descritos principalmente nas narrativas do Antigo e do Novo Testamento. Não obstante, como seus correlativos do Antigo Testamento, os Evangelhos e Atos com freqüência não declaram explicitamente todas as implicações de suas narrativas para os leitores cristãos de diferentes épocas e lugares. Por esse motivo, em sua sabedoria, Yaohu ordenou que as epístolas fossem escritas para aplicar a mensagem do evangelho de Christós às necessidades e aos desafios específicos enfrentados por determinadas Igrejas.

            As epístolas do Novo Testamento contêm teologia aplicada à vida da Igreja. Não devem ser consideradas cartas pessoais passageiras, pois possuem um caráter oficial em virtude de sua associação como os apóstolos de Christós. No entanto, também não devem ser consideradas tratados teológicos formais. São cartas que visam atender a necessidades específicas.

            A fim de compreendermos corretamente as epístolas do Novo Testamento, devemos nos esforçar para entender os problemas dos quais trata cada uma das cartas. Ainda que os nossos problemas não sejam idênticos àqueles enfrentados pelos primeiros leitores, a descoberta de semelhanças entre os cristãos de hoje e o público original nos ajudará a aplicar as epístolas à nossa vida de maneiras responsáveis.

 

 

            A VIDA DE PAULO E AS EPÍSTOLAS

 

            Saulo de Tarso, chamado posteriormente de Paulo, se tornou um instrumento de Yaohu para revelar o “mistério” do evangelho, especialmente aos gentios (Ef 3,2-6). Uma vez que conhecia bem o pensamento grego e havia sido educado no Judaísmo, se opôs violentamente à fé cristã. Porém, uma revelação extraordinária de Yaohushua Christós resultou na sua conversão e ministério subseqüente (At 9,1-22).

            Não sabemos quase nada a respeito do início do ministério de Paulo nas províncias da Cilícia e na Síria (At 9,30; 11,25-26; Gl 1,21; 2,1). Sua obra missionária se intensificou no final da década de 40 d.C. Comissionado pela Igreja de Antioquia, tendo Barnabé como seu colaborador, Paulo levou o evangelho primeiramente à ilha de Chipre e várias cidade da província da Galácia, na região central da Ásia Menor (At 13 – 14, “A primeira viagem missionária de Paulo”, em At 14). De acordo com alguns intérpretes, foi ao voltar para Antioquia que Paulo escreveu a carta aos Gálatas para combater a influência de certos homens chamados então de “os da circuncisão” (Gl 2,12) e que, posteriormente, ficaram conhecidos como judaizantes. Esse grupo desejava impor as aplicações judaicas tradicionais da lei de Moisés aos cristãos gentios. {“Veja que a Lei – foi escrita por Yaohu...! E. dada, dada a Moisés -  por Anjos...! Só que aqui, essa mesma Lei é referida: ‘Como a Lei de Moisés!’. Uma vez que a Lei não veio para Salvar, mas sim para mostrar ao homem o que era certo e errado...! E, também, devido a ‘fragilidade da carne’ essa Lei tornou-se obsoleta nas mãos humanas – Porque houve a necessidade de se colocarem 316 ordenanças de regras para cumpri-la corretamente...! E isso o homem nunca conseguiu...! Sendo este o plano de Yaohu para com a humanidade caída, pois assim teria que ser a comunhão entre ambos e Yaohu permitiu que o homem colocasse o que era necessário na Lei... Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Christós, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Yaohu mediante a fé em Christós Yaohushua; porque todos quantos fostes batizados em o Mashiach de o Mashiach vos revestistes! (Gl 3,23-27). Se somos ‘filhos’, já não somos mais ‘servos’ – e, com essa condição temos o dever de saber o seu Nome verdadeiro!”}. Anselmo Estevan.

            Depois do concilio dos apóstolos e líderes em Jerusalém (At 15), por volta de 50 – 52 d.C., Paulo partiu em sua segunda viagem, dessa vez, acompanhado de Silas “A segunda viagem missionária de Paulo”, At 17. Os dois visitaram algumas Igrejas fundadas em visitas anteriores, recrutaram Timóteo ao longo do caminho e prosseguiram para evangelizar à Europa. Igrejas foram fundadas em várias cidades importantes como Filipos, Tessalônica (ambas ao norte, na província da Macedônia) e Corinto (At 15,36 – 18,22). Paulo passou um ano e meio em Corinto e, enquanto esteve lá,  escreveu as duas cartas aos tessalonicenses que estavam muito necessitados de encorajamento e instrução devido às perseguições severas que estavam sofrendo.

            Na terceira viagem (por volta de 53-57 d.C.), Paulo voltou à região da Galácia “A terceira viagem missionária de Paulo”, em At 19. Passou um longo período em Éfeso, uma metrópole importante na costa oeste da Ásia menor (At 19). Durante sua estadia, o apóstolo recebeu notícias preocupantes sobre vários problemas em Corinto. A carta conhecida como 1 Coríntios foi a resposta de Paulo a essa situação. Há quem acredite que Paulo também escreveu a carta aos Gálatas nessa época.

            Continuando a sua terceira viagem, Paulo se dirigiu para o norte, passando pela Macedônia onde recebeu de Tito a notícia de que toda a Igreja de Corinto havia se arrependido. Em resposta, Paulo escreveu 2 Coríntios e, depois do envio da carta, foi visitar essa Igreja pessoalmente. Ao chegar a Corinto, Paulo escreveu sua conhecida epístola aos Romanos, na qual articulou detalhadamente o caráter distintivo de sua pregação em vista das várias objeções levantadas ao longo do seu ministério. Passados três meses, o apóstolo voltou para a Judeia pelo mesmo caminho que havia feito até chegar a Corinto (At 20,1 – 21,16).

            Uma revolta popular em Jerusalém levou à prisão de Paulo e seu encarceramento subseqüente em Cesareia por dois anos (At 21,27 – 24,27). Depois de solicitar uma audiência como o imperador, o apóstolo foi levado para Roma, onde ficou preso pelo menos mais dois anos esperando que o seu pedido fosse atendido (At 27,1 – 28,31). As assim chamadas “epistolas da prisão” (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filêmon) provavelmente foram escritas em Roma, no final da década de 50 d.C., ou início dos anos 60 d.C. Alguns intérpretes datam uma ou mais dessas cartas do período de encarceramento em Cesareia, ou mesmo de antes disso, durante a estadia de Paulo em Éfeso.

            Embora o livro de Atos não informe o que aconteceu depois do tempo que Paulo ficou preso em Roma, é provável que o apóstolo tenha sido posto em liberdade e feito uma quarta viagem missionária “A quarta viagem missionária de Paulo”, em At 27. Pode ser que ele tenha viajado para o Ocidente, chegado até a Espanha (Rm 15,24), e depois para o Oriente, até Éfeso e outras regiões do mar Egeu (1Tm 1,3; Tt 1,5; 3,12). É possível que 1 Timóteo, Tito e 2 Timóteo, conhecidas como epístolas pastorais, tenham sido escritas durante esse período. De acordo com a tradição, Paulo voltou à prisão na metade da década de 60 d.C., dessa vez em Roma, de onde escreveu 2 Timóteo pouco antes de sua execução (2Tm 4,6-18).

            Durante a sua carreira extraordinária, Paulo não apenas levou as Boas-Novas de Yaohushua a muitos lugares onde o evangelho ainda não havia sido pregado, como também deixou em suas epístolas um legado de ensino Remanescente (grifo meu), cuja profundidade ainda não foi inteiramente perscrutada pela Igreja!

 

 

            AS EPÍSTOLAS GERAIS

 

            Infelizmente, a magnitude da obra de Paulo muitas vezes leva os cristãos a ignorarem o restante das epístolas do Novo Testamento, mas Yaohu usou outros homens (TIAGO, PEDRO, JOÃO, JUDAS e o desconhecido autor de HEBREUS) para revelar verdades e apresentar perspectivas que não são encontradas nos textos paulinos. Essas cartas costumam ser chamadas coletivamente de “Epístolas Gerais” ou “Epístolas Católicas”, uma vez que foram escritas para públicos mais universais do que as cartas bastante específicas de Paulo. Ao contrário das cartas paulinas, que são chamadas pelo nome dos destinatários, é tradicional designar as Epístolas Gerais pelo nome de seus autores. Isso se deve, em parte, à falta de informação acerca das Igrejas para as quais foram enviadas e, em parte, ao fato de algumas delas terem sido escritas para várias Igrejas.

            Alguns intérpretes consideram as Epístolas Gerais “textos para todos os tempos”, pois se referem, em grande parte, a questões que quase todos os cristãos enfrentam. Todos os cristãos são exortados a se regozijar em meio às provações (Tg 1,2; 1Pe 4,13) e a batalha pela fé que nos foi entregue (Jd 3). Aprendemos a responder a essas exortações gerais com fé e obediência a fim de crescer na graça e no conhecimento de nosso YHVH – Yaohu – Yaohushua – Mashiach – O UNGIDO (2Pe 3,18).

 

 

 

            Bem, então vamos seguir a seguinte ordem.:

 

            Epístolas Paulinas: Romanos; 1 Coríntios; 2 Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses; 1 Tessalonicenses; 2 Tessalonicenses.

           

            Epístolas Paulinas (conhecidas como “Epístolas Pastorais”): 1 Timóteo; 2 Timóteo; Tito; Filemom.

 

            Epístolas “Gerais”: Hebreus; Tiago; 1 Pedro; 2 Pedro; 1 João; 2 João, 3 João; Judas; e o APOCALIPSE DE JOÃO – O LIVRO DA “REVELAÇÃO” -  QUE, CONSIDERO COMO UMA CARTA A TODOS OS POVOS! “IGREJAS” – À NÓS!

 

            Sendo desta forma, Paulo escreveu 13 Epístolas. (Sendo 04 Epístolas – chamadas de Epístolas Pastorais).

 

            E, temos: 09 Epístolas “Gerais” – para todos os povos! Anselmo Estevan.

 

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

ROMANOS

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Apresentar a mensagem do evangelho de Paulo aos crentes em Roma, e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios.

            Data: 55-57 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Judeus e gentios são pecadores sob o juízo divino.

            Judeus e gentios recebem a justificação somente mediante a fé, à parte das obras.

            A santificação, que conduz à glorificação, ocorre mediante a dependência do Rúkha hol – RODSHUA.

            Judeus e gentios exercem papéis interconectados na História.

            Os cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática.

 

 

            Propósito e características

            Paulo estava num momento decisivo do seu ministério na época em que Romanos foi escrita. Ele acreditava que havia cumprido o seu trabalho no Mediterrâneo oriental (15,17-23), e que era tempo de se deslocar para o Ocidente e evangelizar a Espanha (15,24). O apóstolo esperava visitar os cristãos romanos no caminho, realizando assim um sonho antigo e, talvez, recebendo a ajuda deles como Igreja mantenedora (15,24). À luz disso, era essencial que ele apresentasse suas credenciais apostólicas (observe a expressão “meu evangelho” em 2,16; 16,25), para que os romanos reconhecessem a autenticidade do ministério dele. Paulo deve ter pensado também que isso era necessário para defender o seu trabalho das falsas insinuações de boateiros (3,8).

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (1ª).

 

            De todas as cartas do apóstolo Paulo, a Epístola aos Romanos é inegavelmente a mais importante. E isso, não só por ser a mais extensa. Do ponto de vista doutrinal, é uma das mais ricas – a ponto ser considerada, muitas vezes, uma carta-tratado – e a mais notavelmente estruturada. “Esta epístola toda inteira, asseverava Calvino, é disposta metodicamente”. Historicamente, enfim, nenhuma outra exerceu igual influência; um teólogo protestante chegou recentemente a dizer (não sem uma ponta de exagero) que a história da Igreja se confundia com a da interpretação desta epístola. Não há negar que este texto sempre ocupou um lugar privilegiado na história da exegese. Foi comentado, quer de forma continuada, quer não, por Orígenes, João Cristóstomo, Teodoreto, o Ambrosiáster, Pelágio, Agostino, Abelardo, Tomas de Aquino, etc. Papel sobremaneira decisivo desempenhou entretanto a sua interpretação em dois momentos da história da Igreja: no século V, por ocasião da crise pelagiana e das grandes controvérsias sobre a gratuidade da salvação, e no século XVI , quando dos inícios da Reforma protestante.

            Aos olhos de numerosos historiadores, o comentário à Epístola aos Romanos por Lutero, em 1516, foi o verdadeiro ponto de partida da Reforma. Foi, outrossim, explicando a Epístola aos Romanos, seu primeiro comentário bíblico (publicado somente em 1540), que Calvino preparou a segunda edição da Instituição da religião cristã (1539) e fixou as principais teses da sua doutrina. Os reformadores protestantes tinham esta epístola em particular estima. “Ela é na verdade, assegurava Lutero, o coração e a medula de todos os livros”. Calvino pretendia igualmente que “todo aquele que chega à sua verdadeira compreensão tem como que a porta aberta para entrar no tesouro mais secreto da Escritura”. Para Melanchton – cuja obra-mestra, os Loci communes rerum theologicarum, é de fato uma explicação da Epístola aos Romanos –, esta carta “fornecia o sumário da doutrina cristã”. A dogmática luterana primitiva confunde-se pois, na realidade, com uma dogmática da Epístola aos Romanos.

            Desde aquele tempo, os exegetas e teólogos protestantes não cessaram de comentar esta epístola. Mencionemos em particular o comentário de Karl Barth (1919), cuja influência foi decisiva para o pensamento teológico contemporâneo. Ao privilegiarem assim este texto, os teólogos protestantes tenderam, sem dúvida, a certo “unilateralismo”; o exegeta protestante F. – J. Leenhardt não Hesita em falar de “desequilíbrio”. Os teólogos católicos, por seu turno, deram ênfase exagerada ao ensinamento da primeira epístola aos Coríntios.

            Por causa deste papel desempenhado pela Epístola aos Romanos na história da Igreja dos quatro últimos séculos, é compreensível que os responsáveis pela Bíblia – Tradução Ecumênica tenham resolvido começar o seu trabalho pela Epístola aos Romanos. A seu ver, uma versão desta epístola seria um teste; com efeito, eles estavam persuadidos de que a tradução ecumênica da Bíblia não esbarraria em obstáculos intransponíveis se a Epístola aos Romanos pudesse ser apresentada em uma versão aceita por todos. E persuadidos estavam, sobretudo do desafio teológico que estava em jogo neste empreendimento; segundo a feliz expressão do pastor M. Boegner. “o texto das nossas divisões” devia tornar-se o “texto do nosso encontro”.

 

 

            Posição da epístola na vida do Apóstolo. Ao ditar esta carta a Tércio (16,22) Paulo encontra-se provavelmente em Corinto, em casa de Gaio, que “hospeda a mim e a toda a Igreja” (16,23, cf. 1Co 14-15). Ele está prestes a partir (alguns pensam até que já tivesse partido) para Jerusalém (15,25-33), levando o produto da coleta que organizara na Macedônia e na Acaia em proveito dos “santos de Jerusalém que estão na pobreza” (15,25-26). Acabara de passar três meses em Corinto (At 20,3) no fim de sua terceira viagem missionária, no decurso da qual escrevera, alguns meses antes, as epístolas aos Coríntios, aos Gálatas e talvez aos Filipenses. Acha-se, pois, no fim de um dos períodos mais movimentados de sua atividade epistolar e teológica.

            Caros leitores quero colocar algo que acho interessante sobre: “As Escrituras Sagradas” e a “Bíblia como a conhecemos hoje!”. Bem, o AT faz parte do povo judeu e foi feito para ele (mas todos nós devemos observá-los para não cometer os “erros” do passado...! Sendo desta forma, o At já existia em rolos, pergaminhos etc. bem antes da compilação do NT, que quando começou a existir o NT era também em “rolos”... mais ou menos isso!). Vamos lá.:

            - Cânon (Gr. Kanôn vara de medida, padrão, barra, regra). O termo se acha em Gl 6,16 para “regra”, e, no 2º século, a expressão “regra de fé” (Lat. Regula fidei) veio a indicar o padrão de verdade revelada, os artigos básicos da fé que constituem a confissão cristã essencial.

            As palavras cânon e canônico que já tinham sido empregadas por Orígenes (c. de 185 – c. de 254) entraram em uso geral no século IV com o sentido técnico dos livros que eram recebidos pela igreja como regra da fé cristã. O último dos livros que pertencia ao cânon do AT foi escrito vários séculos a.C., mas, para judeus piedosos, a questão do cânon foi encerrada cerca do fim do 1º século d.C. Muitos estudiosos acreditam que no Sínodo de Jâmnia (c. de 100 d.C.), uma cidade que tinha sido sede do grande Sinédrio desde a destruição de Jerusalém em 70 d.C., o conteúdo do AT foi discutido e, como sugere o – Mixná, o alcance do cânon foi finalmente definido. Outros estudiosos, no entanto levantam a questão quanto à existência real de tal sínodo. O núcleo do cânon do NT (os Quatro Evangelhos e as 13 Epístolas de Paulo) veio a ser aceita na igreja c. de 130. Em certos lugares, no entanto, ainda persistiam dúvidas quanto a certos livros, especialmente Hebreus, Judas, 2 e 3 João e Apocalipse, enquanto certos relatos e coletâneas de livros incluíam a Epístola de Barnabé e o Pastor de Hermas (Pais Apostólicos). A Carta Pascal de Atanásio em 367 é o testemunho exato mais antigo do cânon conforme o temos hoje. O cânon foi reconhecido por sínodos em Hipona e Cartago em fins do 4º século. Não houve, porém, nenhum concílio geral da igreja primitiva que autorizou o cânon. (v. NDB, I pp. 246-261.).

            Dessa forma – se formou a Bíblia que temos hoje em dia! Claro que houve alterações de textos, parágrafos, etc. dos “rolos, papiros” para a “impressão em livros – formando a Bíblia...!”.

 

            O Papiro: Até aproximadamente o ano 3000 a.C., escrevia-se sobre tijolos de barro, peles de animais, folhas de certas plantas, cascas preparadas, etc. Difícil e custoso, como bem se pode imaginar.

            Naquele momento, um homem industrioso reparou uma planta que vicejava nativa e esplendidamente às margens do Rio Nilo. Era o papiro (do grego: pápyros, Cyperus papyrus). O papiro é uma ciperácea [família de plantas monocolitedôneas do porte das gramíneas, mas de caule cheio e sem nós: junca, carriço, junco] cultivada no Egito ao longo do Nilo, e cujas hastes são formadas de folhas sobrepostas, que os antigos egípcios separavam uma das outras, servindo-se delas para escrever, depois de convenientemente preparadas. Folha de papel feita com papiro. Manuscrito feito de papiro.

            O papiro é uma grande e bela planta, cuja haste nua, de 2 a 4 metros de altura, da seção triangular até sua parte superior, cheia de uma medula muito semelhante à do sabugueiro, tem no alto uma umbela de forma elegante. Esta espécie crescia, antigamente, nas margens do Nilo, e parece ter quase desaparecido daquela região; encontra-se ainda na Calábria e na Sicília.

            A parte inferior e carnosa da haste fornecia aos egípcios um alimento utilizado pelos pobres. As hastes compridas e flexíveis, serviam para o fabrico de objetos diversos. Mas o principal uso da planta era o fabrico de uma espécie de “papel”. A região exterior da haste compreende diversas películas concêntricas e muito leves; separavam-nas, cortando-as em fitas de 20 a 30 centímetros de comprimento por 5 a 6 de largura, e depois colava-se até a borda no sentido longitudinal, um certo número dessas fitas, de forma que fizessem uma folha. Colavam-se diversas folhas umas sobre as outras assim preparadas, cruzando as fibras das películas sucessivas para dar maior solidez ao conjunto. Quando se tinha obtido a espessura desejada, polia-se o papel e esfregava-se com óleo de cedro, destinado a torna-lo incorruptível.

            O papiro grosseiro ou leneótico (= de aparência lanosa) era fabricado com as películas mais exteriores; o papiro sagrado ou hierático (= sagrado), mais fino, obtinha-se com as películas interiores.

            Escrevia-se com tinta indelével, feita de fuligem. Servia de caneta um talo de junco e, mais tarde, penas preparadas com fibras de bambu.

            O preparo do papiro atingiu uma técnica elevada. Havia vários tipos de papiro. Os gregos e romanos distinguiram os seguintes: o hierático ou sagrado, destinado aos documentos religiosos; o emporético, usado no comércio comum, e certa variedade mais ou menos para o luxo social, um requinte surgido muito mais tarde que as duas primeiras, e chamado liviano, em homenagem a Lívia, esposa do imperador Augusto. Foi da palavra papiro que surgiu a palavra papel (do grego papyrus, do latim papyrum, do baixo latim: papillum), papier, em francês; paper, em inglês; Papier, em alemão (pronuncia-se papir, e com P maiúsculo).

            A idéia de fabricar uma matéria própria para receber e fixar a escrita, remonta a épocas remotas. Os egípcios empregavam para esse fim uma espécie de cana e que chamavam papiro, de onde vem o nome papel. Além do papiro egípcio, os romanos se serviam do líber (que deu origem à palavra “livro”) de diferentes árvores, tais como o mogno, o plátano e a tília.

            Todavia, a idéia de formar uma folha mole e polida pela simples feltragem de fibras vegetais pertence aos chineses. Em 128 a.C., Tsai Lun, ministro da agricultura, recomendava a amoreira e o bambu para esse fabrico. Em 751, prisioneiros chineses, conduzidos a Samarkand, introduziram a sua indústria nesta cidade. Em 794, foi fundada outra fábrica em Bagdá e depois em Damasco. Os árabes espalharam os novos processos no norte da África, depois na Espanha, onde se encontra uma fábrica, em 1154 em Jativa. O papel árabe era feito de trapos (principalmente de linho), triturado entre duas mós. Da África e da Espanha a indústria do papel espalhou-se pela Itália e França. O fabrico do papel tomou grande desenvolvimento, na Europa, com o aperfeiçoamento da imprensa.

            E, essa imprensa... , é o que por “homens...” houve “mudanças nas Escrituras Sagradas”. E, o que temos hoje em dia a “Bíblia” – o Cânon! Anselmo Estevan.

            Continuação do texto no mesmo parágrafo: Ele julga ter cumprido a sua tarefa no Oriente (15,19-20). Doravante, propõe-se levar o Evangelho ao Ocidente. O seu espírito já se volta para Roma e para a Espanha (15,24). Contudo, está preocupado quanto ao êxito da viagem a Jerusalém. Pressente as dificuldades que vai encontrar (15,30-31). Esses temores são confirmados pelos Atos dos Apóstolos: “Agora, prisioneiro do Rúkha, eis-me a caminho de Jerusalém; não sei qual há de ser lá a minha sorte, mas em todo caso, o Rúkha hol – RODSHUA me atesta, de cidade em cidade, que cadeias e tribulações estão lá à minha espera...” (At 20,22-23).

            De acordo com o sistema cronológico que se adote, a Epístola aos Romanos situar-se-á em 57 ou 58; em todo caso, no início da primavera, isto é, na época do ano em que recomeçava a navegação regular, após os meses adversos do inverno.

            A autenticidade paulina desta carta jamais foi posta em dúvida. Somente os dois últimos capítulos levantam uma questão de crítica literária ante as hesitações da transmissão manuscrita a seu respeito (cf. cap. 15, nota).

 

 

            Finalidade e ocasião. Embora sejam bastante conhecidas as circunstâncias da redação da Epístola aos Romanos, permanece enigmática a natureza mesma desta carta: estamos em presença de um tratado sob forma epistolar ou de uma verdadeira carta, escrito circunstancial? Em outros termos, o apóstolo teria em vista, ao ditar essa epístola, fornecer à igreja de Roma um ensinamento acerca da verdade evangélica, ou seria o seu intuito primordial colher algum resultado prático que respondesse às necessidades particulares que ele sabia existirem nesta Igreja?

 

            a) Um escrito doutrinal. Até por volta do fim do século XIX, a maioria dos comentadores considerou a Epístola aos Romanos como uma carta-tratado: para eles, tratava-se de um escrito doutrinal sob forma de carta aberta. O anúncio da próxima vinda de Paulo a Roma não passaria para ele de simples pretexto. Aliás, não conhecendo esta Igreja, não tendo, outrossim, nenhuma ascendência direta sobre ela, cioso ademais “de não edificar sobre alicerces assentados por outro” (15,20), Paulo nem tem necessidade de tratar dos problemas concretos da comunidade, nem de se meter na polêmica ou na apologia pessoal. Ele só aproveita a ocasião que lhe é dada de enviar um bilhete à Igreja de Roma, a fim de expor aos romanos e, além do círculo dos romanos, a todos os crentes, os principais problemas que então lhe ocupam o pensamento, e tornar a expor serenamente e de modo mais sistemático a sua mensagem da epístola aos Gálatas.

            De fato, a comparação entre as duas epístolas impõe-se. Tanto numa como na outra, encontram-se temas básicos da teologia paulina: justificação e salvação, lei mosaica e fé cristã, valor profético da figura de Abraão etc. Não menos impressionante, entretanto, é o contraste entre ambos. Se a epístola aos Gálatas dá a impressão de ter sido escrita sob o império da emoção, a epístola aos Romanos impressiona por seu tom calmo e didático, seu despojamento, sua elevação de conceitos. É a mesma mensagem, mas exposta e desenvolvida ampla e serenamente, sem polêmica. Chegou-se até a descrever a Epístola aos Gálatas como um rio cascateando das montanhas onde nasce, e a Epístola aos Romanos como o mesmo rio expandindo majestoso suas águas na planície.

            Sem dúvida, Paulo, em toda a extensão da epistola, dirige-se com veemência a um interlocutor embora nunca chegue a designa-lo de maneira mais precisa. Basta ler uma tradução vernácula para se ficar impressionado com o incessante emprego que o apóstolo faz da interrogação retórica, da interjeição, da exclamação, da frase incidente ou do parêntese. Em nenhuma outra de suas epístolas ele recorre tanto a processos oratórios, tais como, por exemplo, as fórmulas “Que diremos, pois?”, “Ignorais então?”, “Ó homem, que quer que sejas”... Mas precisamente a abundância dessas fórmulas retóricas prova que o interlocutor de Paulo é apenas um personagem fictício, segundo os procedimentos da filosofia popular da época.

            O caráter mais intemporal, mais doutrinal desta epístola explica por que quiseram ver aqui uma espécie de “suma teológica”. Contudo, ela contém demasiadas lacunas para ser considerada um “sumário da doutrina cristã”, ou mesmo uma síntese da teologia paulina. A extraordinária diferença, não só de estilo, mas mesmo de temas, entre a Epístola aos Romanos e as epístolas aos Coríntios, que entretanto datam do mesmo período, deve com efeito despertar a atenção. Estas são dominadas por dois assuntos próximos entre si: nelas Paulo defende a sua autoridade apostólica e combate pela unidade e edificação da Igreja de Corinto. Na carta aos Romanos, por assim dizer, nunca se trata da Igreja, ao menos expressamente, a não ser nas recomendações práticas dos últimos capítulos. A grande instrução coríntia sobre a Eucaristia (1Co 11,17-34) não tem equivalente algum na Epístola aos Romanos. Se, nas epístolas aos Coríntios, o Rúkha é fonte dos carismas comunitários e dos ministérios instituídos, em Rm 8, ele está na origem da liberdade e da oração pessoais. Entretanto, as epístolas aos Coríntios não deixam de ter o seu eco na Epístola aos Romanos: em ambas encontra-se a imagem da Igreja-corpo de Christós (1Co 12,12-27; Rm 12,4-6) e o tema do Christós-segundo Adão (1Co 15; Rm 5).

            Se não se pode considerar a Epístola aos Romanos como síntese do pensamento teológico do apóstolo, pode-se menos ainda considera-lo o equivalente de uma dogmática cristã no sentido moderno da palavra; talvez seja possível caracteriza-la como exposição do que o próprio Paulo chama duas vezes, na epístola, de “o seu evangelho” (2,16; 16,25), o que ele considera o núcleo da boa nova que ele enuncia às nações.

 

            b) Um escrito circunstancial. O caráter intemporal e geral da Epístola aos Romanos não impede que ela seja “situada historicamente” e que responda aos problemas mais graves que se punham então à Igreja. Para alguns, o tema da Igreja, a despeito da ausência deste termo, constitui mesmo o horizonte para o qual convergem as linhas essenciais do pensamento exposto na epístola. Paulo tem consciência do perigo que ameaça a Igreja nesse momento da sua história: ela corre o risco de se dividir em duas comunidades, uma judeu-cristã, herdeira da Sinagoga, e outra, a dos pagãos convertidos dos quais ele se sabe o apóstolo, separado da primeira, sem vínculo visível com o passado. As crises muito recentes que abalaram as Igrejas da Galácia e de Corinto só contribuíram para convence-lo da gravidade da situação. Ao redigir a sua carta, Paulo está inseguro quanto ao acolhimento que terá em Jerusalém. Compreende-se pois que tenha querido, em uma epístola destinada a um amplo círculo de leitores, sublinhar a unidade da Revelação no Antigo Testamento e no Evangelho, as promessas infalíveis a Israel e seu papel na história da salvação. A Epístola aos Romanos seria de certo modo o paralelo  - no plano doutrinal – do esforço de Paulo – no plano prático – para organizar uma coleta destinada a prestar socorro às necessidades da comunidade judeu-cristã e a ressaltar a solidariedade dos crentes de origem pagã com os da Palestina.

            De resto, será verdade, como geralmente se afirma, que os destinatários imediatos da epístola não lhe condicionaram nem o fundo , nem a forma? A Epístola aos Romanos constituiria neste caso uma exceção na obra literária de Paulo, pois todas as suas outras cartas são escritos circunstanciais, suscitados pelas necessidades concretas da Igreja à qual se dirige. Assim sendo, não seria lógico perguntar se a Epístola aos Romanos não se explica também pela situação da Igreja de Roma nos anos 57-58? Muitos autores fizeram pesquisas neste sentido. Entretanto, a situação exata da Igreja de Roma no momento em que Paulo lhe escreve, a sua estrutura, as suas tendências nos são por demais desconhecidas para que as explicações propostas possam ser mais do que uma hipótese de pesquisa. A própria epístola não nos dá nenhuma indicação explícita. Paulo só menciona como motivo de sua ida o desejo vivo de “fortalecer” a fé dos cristãos de Roma. Não recearia ele que os judaizantes propagassem as próprias idéias em Roma, como tinham feito na Galácia e em Corinto? Não estaria querendo pôr os romanos de sobreaviso contra as maquinações deles? Tudo isso não é impossível; entretanto nada na carta nos autoriza a lhe atribuir este objetivo (ver, contudo 16,17-26, mas o tom severo desse trecho contrasta com o tom moderado do resto da carta).

            De todas as hipóteses consideradas, uma, entretanto merece nossa atenção. Desde o começo do século XIX, vários comentadores se têm perguntado se a Carta aos Romanos não teria tido essencialmente uma finalidade conciliatória. Sabe-se, com efeito, que a colônia judaica de Roma era muito importante, chegando até a provocar um edito de expulsão do imperador Cláudio em 41, talvez em conseqüência de perturbações suscitadas pela pregação do Evangelho de Yaohushua Christós. Sabe-se igualmente que também os cristãos de origem judaica foram atingidos por essa medida, em conseqüência da qual Áquila e Prisca, por exemplo, emigraram para Corinto (At 18,2). O edito, no entanto, foi ab-rogado sem demora, e numerosos judeus voltaram para Roma. Quando Paulo se pôs a escrever a sua carta. Áquila e Prisca lá se achavam de novo (16,3). Pode-se perguntar se os cristãos de origem pagã não tinham tomado uma atitude de certo menosprezo e superioridade para com os seus irmãos de origem judaica, por ocasião da volta destes últimos (cf. 11,17-25; 14,3.10; 15,25-27). Não teria a Igreja de Roma ficado, em conseqüência disso, profundamente dividida, cindida em dois partidos, um formado de convertidos do paganismo, o outro de convertidos do judaísmo? Diante de tal situação, Paulo se proporia a fazer com que uns e outros se aceitassem mutuamente, tomando consciência de sua unidade fundamental. O ponto alto da carta seria, assim, Rm 15,7: “Acolhei-vos, pois uns aos outros, como o Christós – O UNGIDO – Yaohushua – vos acolheu, para a glória de Yaohu”. Todos os desenvolvimentos anteriores teriam como objetivo final esta conclusão prática.

            Diversos indícios conferem a esta hipótese certa verossimilhança. Pôde-se assinalar que o apóstolo tem constantemente “um olho voltado para os judeu-cristãos, o outro para os convertidos do paganismo” (Pfleiderer). Com efeito, a carta usa freqüentemente termos “judeu-grego” e seus paralelos (1,14-16; 2,9.10.25-27; 3,9-29; 4,9-12; 9,23; 10,12; 11,13-25; 15,8ss.) A estranha ausência do endereço à “Igreja de [‘Elo(rr)Hím(i)] – Yahu”, que figura como destinatária em todas as epístolas de Paulo, explica-se facilmente se o apóstolo julga não estar diante de uma comunidade unida. Enfim, o longo desenvolvimento dos capítulos 9 – 11 sobre o povo de Yahu e o destino de Israel se legitima plenamente nesta perspectiva. Recentemente, esta hipótese foi reassumida e apoiada com novos argumentos. Sendo assim, a Epístola aos Romanos denotaria um caráter eminentemente “ecumênico” por antecipação. Por mais sedutora que ela seja, esta interpretação não passa, entretanto, de simples hipótese. De fato, a ausência de qualquer alusão precisa da parte de Paulo à situação da Igreja de Roma impede sua confirmação. Mas nem por isso ele deixa de iluminar fortemente esta carta difícil e enigmática e de conferir-lhe um interesse novo.

 

 

            Plano da epístola. Nenhum outro texto de Paulo dá a impressão de ser tão fortemente estruturado e de apresentar um plano tão rigoroso quanto a Epístola aos Romanos. Entretanto, embora todos os comentadores reconheçam nesta cara, como aliás na maioria das outras, duas partes bem distintas, uma doutrinal (1 – 11), a outra exortativa ou parenética (12 – 16), a unanimidade desaparece, quando se trata de lhe determinar o plano de maneira mais precisa. Por isso, alguns exegetas chegaram a opinar que ela não apresentava outra estrutura que a de um diálogo. A Epístola aos Romanos, foi dito, não seria mais que uma missiva oriunda de um constante dialogus cum Judaeis (diálogo com os judeus).

            No entanto, a maioria dos comentadores pensa que ela apresenta um plano firme e bem-pensado, à condição todavia de reconhecer que ela não é totalmente unificada, nem do ponto de vista do estilo, nem do ponto de vista da seqüência das idéias. Paulo não é um Cícero nem um Bossuet, e o fluxo retórico do seu ditado não se deixa enquadrar em parágrafos. Segundo esses comentadores, o apóstolo teria querido tratar do pecado (1,18 – 3,20), em seguida, da justificação (3,21 – 4,25) e finalmente da santificação (5 – 8). Nesta hipótese, porém, o fim da epístola seria uma sucessão de apêndices mais ou menos independentes da parte doutrinal.

            Por isso, novos estudos propuseram outras estruturas, ao que parece mais próximo da intenção central do apóstolo, e mais conformes à maneira dos profetas do Antigo Testamento, que procediam menos por desenvolvimento lógico do que por repetições concêntricas. Eis, a título de exemplo, o resumo de um desses planos recentemente propostos. Em quatro fases sucessivas, a epístola descreveria a tribulação da humanidade e a vitória do Evangelho sobre esta tribulação: 1. Tribulação dos pagãos e dos judeus sob a condenação divina (1,18 – 3,20) e justificação, pela graça de Yaohushua Christós, de todos os que nele crêem (3,21 – 4,25). 2. Tribulação da humanidade solidária com o primeiro Adão (5,1-14) e salvação da humanidade pela solidariedade com Yahushua Christós (5,15 – 6,23; em Rm 5, ambos os temas da tribulação e da salvação estão intimamente mesclados). 3. Tribulação da humanidade escrava da lei (7,1-25) e libertação da humanidade pelo Rúkha (8,1-39). 4. Tribulação de Israel em sua rejeição de Christós (9,1 - 10,21) e acesso final à salvação do novo Israel composto de judeus e pagãos (11,1-36). Este plano, evidentemente hipotético, oferece uma dupla vantagem: põe em evidência o fato de que as quatro descrições da tribulação e da salvação se exprimem em quatro terminologias de natureza e origem diferentes: jurídica para a primeira, sacramental para a segunda, espiritual para a terceira e histórica para a última. Mostra, além disso, como Rm 9 – 11 se liga organicamente à argumentação de 1 – 8. Este plano, no entanto, não satisfaz em dois pontos: embora mostre como Rm 9 – 11 se integra naturalmente na argumentação da epístola, ele não ressalta que esses capítulos constituem, apesar de tudo, uma parte relativamente independente do resto e formam até um conjunto por tal modo unificado que é licito perguntar-se se não foram redigidos à parte e inseridos ulteriormente neste lugar da epístola. Com efeito, eles não se apresentam como seqüência necessária de Rm 1 – 8, cujo tema fundamental, enunciado em 1,16-17, é a justiça nova trazida aos homens por Christós. Por outro lado, este plano não põe de manifesto o papel de dobradiça exercido pelo cap. 5. Numerosos comentadores frisaram, de fato, que, a parte do cap. 5, começa a aparecer um ponto de vista parcialmente novo. Aí a justificação apresenta-se como doravante pertencente ao passado, e já realizada: os verbos que designam a justificação estão todos no aoristo (perfeito simples); a fé, ainda mencionada em 5,2, cede lugar à esperança; o tema da kaukhesis (orgulho, altivez. Glorificação) sofre igualmente uma transformação e toma doravante uma significação positiva, pois este “orgulho” não exprime mais do que apoiar-se unicamente em Yaohu. Enfim, o tema fundamental de 5,11 – 8,39 não é mais o da justificação, mas o da vida; o batismo inaugura a nossa vida com Christós (cap. 6); o dom e a presença dinâmica e vivificante do Rúkha hol – RODSHUA são o sinal da nossa comunhão com Mashiach glorificado e com a sua vida divina do Ressuscitado (cap. 8).

            A organização de Rm 1 – 8 revela, pois, um desenvolvimento progressivo. Se este não se patenteia mais claramente, é porque o apóstolo, ao ditar um texto difícil, seguiu muitas vezes várias linhas de argumentos e pensamentos que se entrecruzam. Seja como for, o interesse da apresentação em quatro grandes conjuntos consiste em mostrar como Paulo se empenha em anunciar o Evangelho dirigindo-se alternativamente aos cristãos de origem judaica e aos de origem pagã, exortando-os por fim, no grande parênese conclusiva (12,1 – 16,27), a viver do amor no concreto cotidiano: que, renunciando a toda pretensão, esses cristãos procurem o bem dos outros e busquem evitar tudo o que possa ameaçar a solidariedade entre eles e com todos os homens. É assim que, nos dias deste mundo, eles anunciarão e esboçarão a consumação da história (13,11-14). A quinta parte da carta, nesta perspectiva, articula-se organicamente com as quatro primeiras.

 

 

            Teologia da epístola. Como já foi dito, embora a Epístola aos Romanos não trate de todos os temas da teologia paulina, os que ela aborda têm uma profundidade, uma clareza e uma força impares. Em nenhuma outra parte, o apóstolo fala tão soberanamente do poder da graça, da maldição do pecado, da justificação pela fé, da morte e da vida com o Mashiach ressuscitado, da ação do Rúkha... Não há como relatar aqui de forma sintética a riqueza de um pensamento cujo rigor em nada se enfraquece ao matizar-se e cuja sutileza não lhe diminui o vigor. As notas, particularmente abundantes para esta epístola, farão com que o leitor se depare com todos os grandes temas do apóstolo no próprio lugar onde estes surgem no texto: é uma espécie de léxico do vocabulário Paulino que se encontrará no rodapé das páginas da nossa edição, sempre relacionado com o andamento do pensamento apostólico.

            Digamos que foi particularmente precioso para nós Remanescentes (grifo meu), descobrir passo a passo às riquezas da mensagem apostólica. Encontramo-nos unidos numa mesma paixão por compreender e numa mesma vontade de receber, para dela viver hoje, uma das linhas mestras da mensagem originária que, graças ao apóstolo, conquistou a totalidade da bacia mediterrânea. Escutando com gratidão a voz dos grandes intérpretes da epístola ao longo dos séculos e recolhendo as riquezas das nossas respectivas tradições, saboreamos como graça à bênção o privilégio de poder traduzir e anotar em comum, em profunda unidade de espírito, este texto, que, no passado, foi ocasião de tantas controvérsias. A equipe ecumênica responsável por esta nova versão, que foi o teste da possibilidade de levar a bom termo a Bíblia – Tradução Ecumênica, e todos os que a estimularam e apoiaram em seu esforço, desejam que os leitores – notadamente os grupos ecumênicos – participem da alegria e do proveito que ela desfrutou em seu trabalho. São os meus votos também... Anselmo Estevan..

           

 

 

            Ok. Consegui o que tanto queria. Todos já sabem que o termo cristão é errado pois, quer dizer: Seguidor de Cristo. Mas, como essa palavra foi transliterada erroneamente para a língua portuguesa (pois o correto é Christós – O UNGIDO), então consegui uma tradução correta do termo cristão. De agora em diante quando aparecer este termo, vou troca-lo pela tradução correta.:

 

            Tal-mid (fem, tal-mi-dah; pl. tam-mi-dim). Discípulo, aluno. O relacionamento entre o talmid e o rabino era muito próximo; o talmid não aprendia com o rabino apenas fatos, processos de raciocínio e como realizar práticas religiosas; deveria considera-lo exemplo a ser imitado na conduta e no caráter (v. Mt 10,24.25; Lc 6,40; Jo 13,13-15; 1Co 11,1). O reino, por sua vez, era considerado responsável pelos talmidim (Mt 12,2; Lc 19,39; Yn 17,12) (Mt 5,1+). Veja que como não temos a letra “J”, “Jo” fica como “Yn”. Legal né. Agora vamos ao texto de Atos 1,26 da Bíblia Judaica Completa, para ver como fica esse versículo na língua original:

 

            Atos 11,26 e, quando o encontrou, levou-o a Antioquia. Eles se reuniram com a congregação local durante um ano e ensinaram a um número considerável de pessoas. Foi também em Antioquia que os talmidim foram chamados “messiânicos” PELA PRIMEIRA VEZ.

 

            Então quando aparecer o termo cristão, vai ser trocado pelo termo correto – messiânicos – Que quer dizer – “seguidores de Christós – (Messias) – Mashiach”.

 

 

            Ma-shi-ach (Messias, Christós). Literalmente, “O UNGIDO”. Em português, é transliterado em “Messias”. Equivalente ao termo grego Christós, que também significa “ungido”. No Tanakh, reis e Kahamim eram ordenados ao serem ungidos com azeite (Sh’mot [Êx] 30,30; Sh’mu’el Alef [1Sm] 15,1; Tehillim [Sl] 133). O Novo Testamento Judaico usa Mashiach para verter as ocorrências da transliteração grega messias, que aparecem apenas duas vezes em todo o texto no NT (Yn 1,41; 4,25), e em quatro passagens dramáticas para verter christós (Mt 16,16; Mc 8,29; 14,61; Lc 9,20). Anselmo Estevan. (P.S. Yn – Yochanan = João – na transliteração para o português!).

           

            A B’rit Hadashah e Yeshua. Na continuação dessa crônica, os livros da Nova Aliança proclamam que o Messias de Yisra’el, profetizado no Tanakh, é Yeshua, uma pessoa histórica e real que, como outras, nasceu, viveu e morreu. Entretanto, diferentemente das demais, ele não teve pai humano e nasceu de uma virgem chamada Miryan (Maria). Também, de modo diverso das outras pessoas, ele não morreu porque sua vida simplesmente chegou ao fim ou por causa de pecados pessoais (ele nunca pecou), mas com o objetivo de salvar-nos de nossos pecados. Além disso, ele ressuscitou dos mortos, encontra-se vivo agora “à direita de Yaohu”, e virá pela segunda vez para governar como o Rei de Yisra’el e trazer paz ao mundo todo. Ao explicar a característica exclusiva de sua qualificação para ser o sacrifício final pelos pecados, a B’rit Hadashah o denomina Filho do Homem e Filho de Yaohu. A primeira expressão, retirada do Tanakh, significa que ele é o homem ideal e perfeito, sem pecado, “um cordeiro sem culpa”. Pelo fato de não ter a obrigação de entregar a própria vida por causa de seus pecados, ele é “O cordeiro de Yahu. Aquele que tira o pecado do mundo!” A segunda expressão, aludida no Tanakh, significa que “nele habita, corporalmente, a plenitude do que Yaohu é”, de forma que somente ele é capaz de expressar o amor divino pela humanidade. [Então: “E virá com o Nome simples de ‘Jesus’ – ‘Yeshua’? Nunca!” Pois se Ele é tudo isso que foi relacionado acima, e Ele é {‘Elo(rr)Hím(i}] – então seu nome é: YAHUSHUA!]. {Simplesmente (Yeshua), foi a “versão” que foi copiada de outras versões com este nome...!!}.Grifo meu.

            B’reshit [Gn] 1,26 – 2,25.

            B’reshit [Gn] 3,1-19.

            M’lakhim Alef [1Rs] 8,46; Kohelet [Ec]7,20; Romanos 3,23.

            B’reshit [Gn] 2,17; 5,5; Romanos 6,23.

            B’reshit [Gn] 3,22-24; Yesha’yahu [Is] 59,1.2.

            B’reshit [Gn] 12,1-3; Yesha’yahu [Is] 49,6.

            Tehillim [Sl] 110,1; Atos 7,56 e por toda a carta endereçada aos judeus messiânicos [Hb].

            Dani’el [Dn] 7,13.

 

            A palavra Tanakh é um acrônimo composto das iniciais das três principais divisões da Bíblia hebraica: Torah (a “Lei”, Pentateuco), Nevi’im (Profetas) e K’tuvim (Escritos).

 

            B’rit. Aliança, contrato. As alianças bíblicas mais significativas foram às estabelecidas por Yaohu com Noach (B’reshit 9), Avraham (B’reshit [Gn] 17), Mosheh (Sh’mot [Êx] 19 – 24), David (Sh’um’el Bet [2Sm] 7), e Yahushua (Yirmeyahu [Jr] 31; Mt 26,28+). A primeira foi estabelecida com toda a humanidade; as três seguintes relacionavam-se especificamente ao povo judeu; e a última, apesar de ter sido feita com o povo judeu, conduz toda a humanidade ao relacionamento com todas as alianças.

 

            B’rit Ha – da – shah. Nova aliança, novo testamento. O termo é usado na introdução, mas não no coro do texto do Novo Testamento Judaico. (Entretanto, a nova aliança é mencionada em Mt 26,28; Mc 14,24; Lc 22,20; 1Co 11,25; Gl 4,25; e por todo o texto de Jm 7,22 – 10,31, bem como no tanakh em Yirmeyahu [Jr] 31,30-33{31-34}).

            Anselmo Estevan.

 

 

1ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

CORÍNTIOS

 

 

 

            INTRODUÇÃO       

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na Igreja de Corinto.

            Data: c. 55 d.C.

            Verdades fundamentais:

            A Igreja deve estar unida, não dividida.

            Como o seu modelo de sabedoria, os messiânicos devem olhar para Yaohu, não para o mundo.

            Tanto a disciplina como o julgamento, eclesiásticos apropriados, asseguram a paz e a pureza da Igreja.

            A liberdade messiânica deve ser exercida de tal maneira que proteja aqueles que são fracos na fé.

            A adoração e o exercício dos dons espirituais devem respeitar e honrar a Yaohu e aos irmãos em Christós – o Messias – O UNGIDO! (grifo meu). Anselmo.

            A realidade da ressurreição corpórea futura dos crentes é uma parte essencial do evangelho.

 

 

            Propósito e características

            Pode-se inferir de 5,9 que Paulo havia enviado para a Igreja, anteriormente, uma outra carta (a qual não mais existe), exortando os coríntios a se separar dos messiânicos imorais. Provavelmente, essa carta continha um pedido de oferta (16,1-4) e outras instruções relacionadas aos problemas internos da Igreja. Porém, os problemas não diminuíram. Na verdade, o apóstolo recebeu relatórios de que a Igreja de Corinto estava sendo destruída por divisões internas, particularmente em resultado do comportamento de alguns que se viam como mais espirituais e sábios do que os seus irmãos em Christós (1,11-12; 3,1-4; 8,1-3). O orgulho deles também levava a criticar Paulo de modo agressivo (4,1-4), à imoralidade flagrante por parte de alguns membros da Igreja (5,1) e a processos judiciais entre messiânicos (6,1-6). Além disso, a própria Igreja havia enviado uma carta a Paulo pedindo instrução sobre assuntos como: o casamento e o divórcio, a carne oferecida a ídolos, os dons espirituais e o método usado pelo apóstolo para a coleta que ele estava fazendo (7,1.25; 8,1; 12,1; 16,1). Os coríntios também pediram uma visita de Apolo (16,12). Paulo se defrontou com uma tarefa pesada e escreveu essa carta para tratar do problema.

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (2ª).

 

            A comunidade de Corinto. Paulo passou pelo menos dezoito meses em Corinto para aí anunciar o Evangelho (At 18,1-8), de 50 a 52. Segundo alguns cálculos, sempre discutíveis, Corinto contava na época mais de meio milhão de habitantes, dois terços dos quais eram escravos. Destruída em 146 a.C., reconstruída com anos mais tarde por César, era uma cidade nova que devia a sua prosperidade extraordinária à situação geográfica e aos dois portos: Cencréia, no mar Egeu (golfo Sarônico), o outro, Lequéia, no Adriático (golfo de Corinto).

            Ela possuía as características que distinguem em todas as épocas a vida dos grandes portos: população muito heterogênea na qual todas as raças, todas as religiões convivem lado a lado; numerosas atividades comerciais e industriais: vida fácil de uns e pobreza dos outros; multidão de escravos há labuta. Mas essa cidade cosmopolita era também um centro intelectual onde todas as correntes de idéias estavam representadas. No século II, um retórico podia felicitar Corinto pelo número de suas escolas, dos seus filósofos e dos seus letrados, com que se podia topar em cada esquina. Era igualmente um centro religioso onde os cultos do Oriente exerciam indiscutível sedução. Sempre no século II, encontravam-se ali santuários de Ísis, Serápis e Cibele, ao lado de templos consagrados a Júpiter e às divindades tradicionais. [É nesse ponto que a minha apostila bate: “Em todo ídolo ter um nome próprio – e, ser reverenciado como tal...” E o Nosso “Deus” – somente conhecido por este título... e quando lhe deram um suposto “nome” – foi um substantivo – sendo “SENHOR” – adquirido como Nome próprio! NUNCA, MAS NUNCA MESMO! POR ISSO ESTOU REVELANDO O SEU NOME PRÓPRIO – YAOHU!] Anselmo Estevan. Quanto ao relaxamento dos costumes em Corinto, sem dúvida não era pior que o de todas as grandes cidades do mundo greco-romano.

            Por sua composição, a comunidade messiânica reunida pela pregação de Paulo era o reflexo fiel da cidade. Havia ricos e havia pobres (11,21-22), mas os primeiros eram uma fraca minoria (1,26); o conjunto era composto de gente simples, de escravos (7,21), em resumo, de gente desprezada (1,28).

            Esses messiânicos formavam uma comunidade animada e fervorosa, mas que ficava muito exposta aos perigos da corrupção da vida ambiente: moral sexual dissoluta (6,12-20), pendências, disputas e lutas intestinas (1,11-12; 6,1-11), sedução da sabedoria filosófica de origem pagã, que se introduzia na Igreja revestida de um verniz messiânico superficial (1,19 – 2,10), e que pervertia as certezas fundamentais da nova fé (1Co 15); atração também dos cultos secretos e das correntes de pensamento que se difundiriam no século II sob o nome genérico de “GNOSTICISMO”, cujas manifestações desordenadas ameaçavam reproduzir-se nas assembléias messiânicas (12,1-2 e 14,26-38). A planta messiânica era sadia e vigorosa, mas suas raízes mergulhavam numa terra que não lhe era homogênea. Situação anormal à qual o Rúkha acudia distribuindo com abundância os seus dons excepcionais (12 – 14) e que Paulo, em suas cartas, procurava modificar, fornecendo ao novo rebento o húmus messiânico que lhe faltava.

            {Mas, infelizmente, por motivos de excessiva religiosidade, e de compreender errado a “Palavra de Yaohu” – a “planta” já se contaminara sozinha...! Como? Em não pronunciar seu nome ou esconde-lo o trocaram por um substituto e o blasfemaram “inconsciente” e “conscientemente...”. A   Bíblia esclarece que esse nome não era usado de forma casual. O terceiro mandamento proíbe o uso do nome de Deus em vão, e a pessoa que o usasse em uma maldição deveria ser executada de acordo com o ensino divino explicito. Já nos dias de Yaohushua, ninguém pronunciava o Nome de Deus, com exceção do Kohen hagadol (sumo sacerdote) quando entrava no Lugar Especialmente Sagrado do templo para realizar a expiação dos pecados de Yisra’el, no Yom Kippur. Essa regra era tão severa que os masoretas, ao escreverem as vogais na Torah, usavam as vogais de outra palavra para a pronúncia do tetragrama. Já nessa época, usava-se a palavra Adonai, uma designação divina freqüente da Bíblia com o significado de “meu Senhor”, no lugar do Nome, todas as vezes que se lia a Torah; por isso, os masoretas colocaram as vogais de Adonai sob as consoantes Yôd-Hê-Vav-Hêh. Até hoje, quando a Torah é lida na sinagoga, “Adonai” SUBSTITUI o Nome. Só que isso foi por vontade própria do “homem”, e não “Deus” – que assim o designasse ok! Anselmo Estevan}.Oseias 2,13.16-17 – Baal...!!!

            Daí provém o interesse desta carta. Ela nos mostra, quase como ao vivo, os problemas suscitados pela inserção da fé messiânica numa cultura pagã e os meios empregados por Paulo para resolver esses problemas.

 

 

            Circunstâncias que motivaram a carta. Façamos um breve apanhado da seqüência dos acontecimentos que medeiam entre a primeira pregação de Paulo em Corinto e o envio desta Epístola aos Coríntios. Depois de sua partida, Paulo manteve o contato com a comunidade por ele fundada. Sabemos por 5,9-13 que 1Co fora precedida por outra carta (chamada muitas vezes de carta pré-canônica), que não nos foi conservada; nela, Paulo tratava, entre outras coisas, das relações dos messiânicos com os “devassos”. Esta carta, do qual certos estudiosos acreditaram reconhecer um fragmento em 2Co 6,14 – 7,1, provavelmente seguia-se a um bilhete dirigido pelos coríntios, fazendo uma pergunta à qual Paulo respondera. Por outra parte, sabemos, graças ao relato dos Atos (18,24-28), que a comunidade de Corinto acolhera um pregador messiânico de valor na pessoa de Apolo, judeu de Alexandria, que aderira à nossa fé  e em Éfeso fora definitivamente convertido ao messianismo por Áquila e Priscila, e por eles munido de cartas de recomendação quando partiu para Corinto.

 

            Veja dois termos que acho de interesse, colocar nessa apostila – São termos discutíveis: 1º Yeshua, da Bíblia Judaica Completa de David H. Stern.

            O, 2º Jesus, da Bíblia Apologética de Estudo (ICP) – Instituto Cristão de Pesquisas, de Antonio Fonseca. Almeida – ACF. Com todos os direitos autorais reservados aos seus respectivos escritores!

 

            Ye – shu – a (Jesus). Variante de Y’hoshua (Josué; v. Comentário a seguir), No Tanakh, nove pessoas e uma cidade recebem o nome Yeshua, geralmente transliterado em “Jesus”. Na Septuaginta e no Novo Testamento, o mesmo nome é vertido para o grego como Iêsous, daí a forma portuguesa “Jesus”. Significa “Yud-Heh-Vav-Heh Salva” (Mt 1,21), e também é a  forma masculina de yeshu’ah (“salvação”). 1. O Messias de Yisra’el, Yeshua de Natzeret. No hebraico moderno, o nome de Yeshua é escrito e pronunciado Yeshua, que pode ter sido a antiga pronúncia da Galil. Entretanto, ao refletir 2 mil anos de conflitos entre a igreja e a sinagoga, ele também é o acrônimo de Yimach sh’mo (“Que seu nome e sua memória seja apagados”) (Mt 1,1+). 2. Judeu messiânico de Roma: “Yeshua, chamado Justo[...]” (Cl 4,11).

 

            Jesus {Adeptos do nome Yehoshua e suas variantes}: Os adeptos do nome Yehoshua e suas variantes (ASNYV) surgiram no Brasil por volta de 1987, aproximadamente. Esse movimento não é propriamente considerado uma heresia ou seita de origem brasileira, pois já existem grupos similares nos EUA e em outros países. No Brasil, o movimento se dividiu em inúmeras facções.

            Seus seguidores ensinam que o nome Yehoshua é de origem divina e significa “Deus Salvador” (Yeho = “Senhor” + Shuah = “Salvação”). Não aceitam, de forma alguma, qualquer outro nome. Falam que o nome Jesus é de origem pagã e significa “Deus-cavalo” (Ye = “Deus” + Sus = “Cavalo”). E vão mais além em sua obstinação contra o nome Jesus, comparando-o com Esus – deus mitológico dos celtas, que aparece segurando serpentes e tem cabeça de carneiro.

            Embora não haja um credo uniforme nessa corrente, entre os diversos grupos, porém, encontramos doutrinas exóticas, tais como:

            - Negam a inspiração do evangelho de Mateus, sob a legação de que se trata de um livro apócrifo.

            - Ensinam que Jesus significa “Deus-cavalo”.

            Fazem ligação entre Jesus (no grego Iêsous) com Esus, um deus celta, pretendendo, com isso, afirmar que os cristãos são pagãos.

            - Que o número 666 (número da Besta de Ap 13,6.18) se enquadre no nome de Jesus.

            - Negam o nascimento virginal de Jesus, que Ele é filho de José e Maria.

            - Professam um credo unicista, que nega a doutrina da Trindade e afirma que o Pai é o Filho e o Filho, o Pai.

            - Crêem que há duas classes de pessoas: os cristãos, que vão para o céu; e os judeus, os assírios e os egípcios, que irão herdar a terra.

            - A guarda do sábado é necessária à salvação.

            - Negam a salvação de quem invoca o nome de Jesus. Só há salvação para quem invoca o nome Yehoshua, ou seja, somente para os que comungam com suas crenças.

 

            Seu proselitismo os leva a buscar adeptos entre os cristãos evangélicos.

 

            É, caros irmãos...!! Infelizmente é isso que acontece neste mundo de Yaohu! Mentiras contadas misturadas com verdades....! E Verdades misturadas com mentiras...!! Todas sendo contadas e recontadas....[Referente ao 2ª estudo ok!]. Escrevi estes dois textos acima somente para informação dos que vão ler as minhas apostilas e ficarem sempre bem informados..  Mas, se o nome “Jesus” é um nome tão simples não acredito de forma nenhuma que o anjo “Gabriel” – Mandou colocar esse nome no Filho de Yaohu.

 

            Lucas 1,26ss: No sexto mês, o anjo Gavri’el foi enviado por Yaohu a uma cidade da Galil chamada Natzeret, a uma virgem, noiva de um homem chamado Yosef, da casa de David. O nome da virgem era Miryam. Aproximando-se dela, o anjo disse: “Shalom, favorecida! YHVH está com você!”. Ela ficou profundamente perturbada com as palavras dele e pensou sobre o significado dessa saudação. O anjo lhe disse: “Não tenha medo, Miryam; você foi favorecida por Yaohu! Veja: você engravidará e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Yaohushua!” (...). Grifo meu.

 

            Sabem porque falo isto? VEJAM ALGUNS EXEMPLOS:

 

            ATOS 4,12: E NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NENHUM OUTRO; PORQUE ABAIXO DO CÉU NÃO EXISTE NENHUM OUTRO NOME, DADO ENTRE OS HOMENS, PELO QUAL IMPORTA QUE SEJAMOS SALVOS!

 

            FILIPENSES 2,8-11: E, QUANDO ELE SURGIU COMO UM SER HUMANO, HUMILHOU-SE AINDA MAIS, TORNADO-SE OBEDIENTE ATÉ A MORTE – MORTE NA ESTACA COMO UM CRIMINOSO! PORTANTO YAOHU O ELEVOU AO LUGAR MAIS ALTO E LHE DEU O NOME ACIMA DE TODO NOME, PARA QUE, EM HONRA AO NOME DADO A YAOHUSHUA, TODO JOELHO SE DOBRE – NO CÉU, NA TERRA E DEBAIXO DA TERRA – E TODA LÍNGUA RECONHEÇA QUE YAOHUSHUA, O MESSIAS, É - YHVH – YAOHU – YAOHU PARA A GLÓRIA DE ‘ELO(RR)HÍM(I)-YAOHU, O PAI!

 

            [REVELAÇÃO] APOCALIPSE 19,13: ESTÁ VESTIDO COM UM MANTO TINGIDO DE SANGUE, E O SEU NOME É “A PALAVRA DE YAOHU”!

 

            Acrescente a isso à palavra de João [YOCHANAN]: 1,1-14! E, tire você mesmo as conclusões das Palavras das Escrituras Sagradas que testificam DEle e reflitam vocês mesmos sobre o assunto se um Nome tão importante poderia ser tão simples como: “lugares”, “nomes de pessoas”, “derivação do nome: José....”, e, etc....!! Anselmo Estevan.!

 

            Os Atos especificam que Apolo era eloqüente, versado nas Escrituras, e que, em Corinto, foi de grande ajuda para a comunidade, particularmente nas controvérsias com os judeus. Provavelmente era muito mais brilhante do que Paulo, ao qual censuravam a falta de eloqüência (2Co 10,10). Concebe-se portanto que se haja formado um partido, elegendo-o por mestre e erigindo-se em rival do grupo dos fiéis que se diziam discípulos de Paulo (1,12). Apolo, com certeza, não favoreceu a formação deste conventículo; a sua estada em Corinto fora curta e, quando Paulo escreveu 1Co , Apolo estava em Éfeso junto dele e se recusava, não obstante as exortações do apóstolo, a voltar a Corinto, sem dúvida para não dar a impressão de estar aprovando a facção que se valia dele (16,12). A esse partido de Apolo se opunham o partido de Paulo, o de Cefas e o partido do Christós (1,21). O primeiro era provavelmente constituído por messiânicos admiradores de Paulo e cujo apego tomava uma aparência de colaboração partidária e sectária. O segundo se tinha formado após a passagem, por Corinto, de messiânicos que se diziam adeptos do apóstolo Pedro (Cefas é o seu nome aramaico, traduzido em grego por Petros). Talvez o próprio Pedro tenha ido a Corinto. Com efeito, segundo 9,5, ele parece bem conhecido dos coríntios. Quanto ao “partido de Christós”, as hipóteses mais diversas foram emitidas a seu respeito: judaizantes que só queriam reconhecer em Yaohushua o Messias judaico, gnósticos espiritualistas que pretendiam só depender do Rúkha de Christós e rejeitavam qualquer organização, qualquer comunidade eclesial etc. Talvez este partido jamais tenha existido: “eu a Christós” (1,12) poderia ser simplesmente a observação de um copista, que acabou inserida no texto, ou a resposta de Paulo às pretensões dos membros desses partidos. Essas divisões não deixavam de ter relação com o atrativo que certa sabedoria esotérica filosófico-mística exercia em Corinto, o que explica que Paulo, em sua carta, una os dois temas: as divisões e a falsa sabedoria, à qual ele opõe a sabedoria do Christós, a sabedoria da Cruz (1,10 – 3,4).

            Esta situação alarmante da comunidade devia ter chegado ao conhecimento de Paulo por ocasião de sua estada em Éfeso no decurso da terceira viagem (At 19), primeiramente por meio de Apolo, em seguida pelos familiares de Cloé (cf. 1,1 nota). Outras notícias inquietantes lhe chegavam, sem dúvida pelo mesmo canal: o caso de um incestuoso que vivia com a própria madrasta (5,1-13), os processos que os messiânicos instauravam uns contra os outros perante os tribunais pagãos  (6,1-11), casos de devassidão (6,12-20), desordens na celebração da Eucaristia e nas assembléias litúrgicas (11,2-34), erros doutrinais concernentes à ressurreição dos mortos (15). Por outro lado , a intervenção de Paulo era solicitada pelos próprios coríntios, que lhe haviam escrito a respeito de certos problemas. É o que se pode afirmar quanto à virgindade e ao casamento (cf. 7,1); pode ser suposto legitimamente quanto às carnes imoladas aos ídolos: podia-se ou não come-las? (cf. 8,1); às manifestações extraordinárias do Rúkha (cf. 12,1). Esses elementos constituem as diversas questões abordadas por Paulo em sua carta. O apóstolo quer remediar os abusos, fazer reinar a paz, a harmonia na comunidade, responder aos numerosos problemas que a vida messiânica cotidiana põe aos messiânicos de Corinto. Pode-se datar a epístola da primavera do ano 56 (cf. alusão à Páscoa em 5,7-8).

 

 

            Divisão e processo de composição. Ao contrário da Epístola aos Romanos, por exemplo, a delimitação das diferentes subdivisões de 1 Coríntios nunca foi objeto de discussão: ela é evidente, já que Paulo nada mais faz do que tratar sucessivamente dos diversos assuntos acima enumerados. Será que se podem agrupar essas subdivisões em seções mais importantes? Tem sido muitas vezes proposto um plano bipartido: de um lado, as divisões e os escândalos (1 – 6), do outro, a solução das diversas questões suscitadas pela vida em comunidade (7 – 15). Na realidade, é duvidoso que o apelo aos tribunais pagãos (6,1-11) seja mais “escandaloso” do que as divisões na celebração da Eucaristia (11,17-34) ou a atitude dos que escandalizam os fracos (8,7-13). É melhor admitir que Paulo tratou dos diferentes assuntos abordados nesta epístola na ordem em que eles lhe ocorriam à mente. É preciso outrossim mencionar as pesquisas e hipóteses segundo as quais esta epístola só adquiria a forma atual por ocasião da reunião das cartas de Paulo num “corpus”, com vistas à sua difusão e leitura por outras comunidades que não as dos destinatários originais. Quase todos os comentários modernos tentaram definir “fontes”, ou seja fragmentos de cartas só definir “fontes”, ou seja fragmentos de cartas sobre um ou outro assunto, que teriam sido compiladas por “editores” sob a forma das nossas epístolas 1º e 2º aos Coríntios. Neste caso, torna-se impossível atribuir ao próprio Paulo um “plano” qualquer da epístola.

            Convém notar que certas partes agrupam assuntos análogos, porem diferentes e de importância desigual. Assim, três quartos da seção sobre o modo de trajar nas assembléias religiosas são consagradas ao problema das “manifestações do Rúkha” (12 – 14) e é a respeito dele, a fim de mostrar a superioridade do amor sobre todos os dons de Yaohu, que Paulo faz o seu elogio no famoso hino de 1Co 13. No primeiro quarto desta seção, a maneira de apresentar-se as mulheres e a celebração da refeição de Yaohu são tratadas muito mais brevemente. Não há portanto ensejo de procurar nesse texto uma idéia de conjunto presidindo ao agrupamento das seções ou mesmo à disposição da matéria no interior de uma seção.

            A maneira de Paulo desenvolver o seu pensamento no interior de um assunto é por vezes desconcertante para uma mentalidade ocidental. Tem-se notado nele, muitas vezes, a existência de um esquema circular do tipo A B A’. Assim, em 1Co 7, Paulo apresenta primeiro a sua doutrina sobre o casamento e o celibato (A: 7,1-16). Depois, ele explica o princípio fundamental: cada qual fique no estudo em que o encontra o chamado de Yaohu (B: 7,17-24). Finalmente, à luz deste princípio, ele precisa e aprofunda o seu ensinamento (A’: 7,25-40). Esquema análogo encontra-se nos desenvolvimentos consagrados às carnes imoladas aos ídolos (8,1 – 11,1) e aos fenômenos espirituais (12 – 14), sendo o princípio diretor, B, respectivamente o primado da caridade e do serviço ao Evangelho (8,7-13; 10,24) e o hino ao amor.

            O esquema A B A’ encontra-se igualmente em outras seções: assim, no trecho referente à refeição de Yaohu (11,17-34), o parágrafo que lembra a instituição da Eucaristia (11,23-26) expõe a realidade fundamental (B), à luz da qual as desordens expostas no início (A: 11,17-22) podem ser condenadas e corrigidas (A’: 11,28-34). O hino ao amor (1Co 13) estrutura-se sobre o mesmo modelo. Após um desenvolvimento acerca da superioridade do amor, sem o qual os mais notáveis carismas são inúteis (A: vv. 1-3), vem uma descrição das obras procedentes do amor (B: vv. 4-7); na conclusão, Paulo pode desenvolver novamente, de forma mais profunda, o tema da superioridade do amor que não passará, ao passo que tudo o mais desaparecerá (A: vv. 8-13).

            Mais difícil é discernir a estrutura da primeira seção (1,10 – 4,21: os partidos na comunidade de Corinto), pois é mais complexa. Logo de início, pode-se admitir uma divisão bipartida entre 1,10 – 3,23, que se nos depara como uma exposição teológica e catequética bem estruturada, e o cap. 4, que mais parece olhar sobre a realidade concreta da vida apostólica e dos relacionamentos de Paulo com os coríntios, na ocasião em que ele lhes escreve.

            A parte principal (1,10 – 3,23) tem em mira resolver o problema das divisões na comunidade. Ela fica delimitada pelo procedimento da inclusão (reiteração do mesmo vocabulário ou de fórmulas idênticas ou antitéticas, no início e no fim dum conjunto): “Eu sou de Paulo... de Apolo... de Cefas...” (1,11) e “Tudo é vosso, Paulo, Apolo, Cefas...mas vós sois de Maschiyah e Maschiyah é de Yaohu” (3,21-23). Esta antítese entre o início e o fim do conjunto significa que o raciocínio de Paulo visa fazer os Coríntios passarem de uma situação de divisão para outra, de unidade. De fato, Paulo investe sucessivamente contra duas causas do espírito de divisão em Corinto (cf. 1,17): a incompreensão do que seja o Evangelho de Yaohu (A: 1,12 – 3,4) e a incompreensão do objetivo colimado por seus pregadores (B: 3,5-27). Na juntura dessas duas exposições, volta o problema proposto inicialmente, com novas inclusões: “Quando um declara: ‘Eu sou de Paulo’, o outro: ‘Eu, de Apolo’, não estais procedendo de forma meramente humana?” (fim de A). “Pois, quem é Apolo? Quem é Paulo?” (início de B).

            A – O Evangelho, que não é expressão da sabedoria humana, faz conhecer a suprema Sabedoria de Yaohu: a) sabedoria humana e loucura da mensagem messiânica (1,18-25); b) ilustração com a fundação da Igreja de Corinto (1,26-31); b’) ilustração pelo modo de Paulo anunciar o Evangelho (2,1-5); a’) o Evangelho, Sabedoria de Yaohu (2,6 – 3,4).

            B – Os pregadores do Evangelho não intentam agrupar partidários a seu redor: a) seu trabalho comum na construção no campo de Yaohu (3,5-9a); b) seu trabalho comum na construção de uma Igreja que também é Templo de Yaohu (3,9b-17).

            Uma conclusão (3,18-23) resume o conjunto do arrazoado e suas conseqüências práticas.

 

 

            Principais problemas tratados. As questões particulares tratadas por Paulo nesta epístola derivam de um problema fundamental que afetou todas as épocas da história da Igreja, em particular a sua atividade missionária, e que, hoje, a afeta mais do que nunca: o da “distância cultural”, do enraizamento da mensagem messiânica em uma cultura diferente daquela em que esta mensagem vivera anteriormente (aculturação). Aqui, trata-se da passagem da cultura do mundo judeu-palestinense para a do mundo helenístico, animada e estruturada por dinamismos muito diferentes e que correm o risco, não somente de alterar a mensagem, porém, mais profundamente, de assimila-la  no sentido da assimilação biológica: a cultura helenística, fundamentalmente pagã, só reteria da mensagem evangélica o que estivesse em harmonia com ela e rejeitaria o resto. Esse fenômeno ocorreu muitas vezes, particularmente nas numerosas correntes gnósticas messiânicas do século II e, através dos tempos, em países evangelizados às pressas, onde o resultado foi à sobrevivência do paganismo anterior, superficialmente ativado com elementos tomados da fé messiânica. Diante deste problema, a atitude de Paulo, é ao mesmo tempo firme e flexível; ele insiste vigorosamente no aspecto de ruptura, condenado desapiedadamente os comportamentos e doutrinas inconciliáveis com a mensagem que anuncia. Mas quando tal incompatibilidade não existe, mostra-se receptivo.

            Passemos rapidamente em revista, nessa perspectiva, os principais problemas tratados na epístola.

            No que concerne à questão das divisões na comunidade, da verdadeira e falsa sabedoria, era mais ou menos inevitável que, vivendo no mundo religioso helenístico, os messiânicos fossem tentados a conceber a sua fé pelo modelo dos numerosos grêmios de iniciação que agrupavam os discípulos de um mestre famoso. Daí o entusiasmo por pregadores como Apolo, que devia ter o brilho e a eloqüência desses mestres pagãos; daí também as divisões, cada um querendo colocar-se sob o patrocínio de um chefe de escola. A reação de Paulo é viva. Ele se opõe energicamente a esse estado de coisas, pois percebe nele o perigo de uma redução da fé messiânica a uma sabedoria filosófica humana, e constata as rivalidades de escolas que daí resultam e arruínam o seu conceito de Igrejas-congregação. [Esse, é o GRANDE PROBLEMA de hoje em dia com as “Denominações” – que estão seguindo o mau exemplo das “Seitas” – ensinando apenas os bens materiais, a saúde, a riqueza material, etc.; encaixa-se bem nos ensinamentos de Paulo... Só que ninguém vê ou percebe: 2 Coríntios 4,4 Essas pessoas não confiam porque o deus do ‘olam hazeh cegou-lhes a mente para impedi-las de ver a luz brilhante das BOAS-NOVAS a respeito à glória do Messias, que é a imagem de Yaohu! Há, nessa “denominação” – eu fui curado...; nessa outra eu consegui emprego...; nessa outra e só nessa, eu recebi o Rúkha hol – RODSHUA – só nessa...; etc. Isso tem que acabar, irmãos tenham mais fé! Jo 4,19-21]. Anselmo Estevan.

            ‘o-lam ha-zeh. Este mundo, esta era (Mt 12,32+). Continuação do parágrafo acima: A sua preocupação em opor a sabedoria humana à “loucura” da pregação (1,17-25) só parecerá excessiva a quem esquece o que está em jogo no debate: Paulo assim age, diz ele, “a fim de que a vossa fé não esteja fundada na sabedoria dos homens, mas no poder de Yaohu” (2,5). Mas há ao mesmo tempo a preocupação de não desestimular a autêntica procura de sabedoria que se manifesta em Corinto. E por isso ele apresenta aos seus leitores a verdadeira sabedoria, que não é fruto de uma pesquisa filosófica humana, mas antes dom de Yaohu no Rúkha (2,6-16). O Rúkha – YAOHU! O ESPÍRITO DE YAOHU – Grifo meu.

            As questões relativas à ética sexual são igualmente suscitadas pelo encontro da nova fé com a cultura ambiente caracterizada ou por um demasiado laxismo nesse terreno (5,1-13; 6,12-19; cf. 6,14 nota), [Veja caros irmãos leitores que interessante esse estudo a parte: 6,14 nota – e também nos ressuscitará a nós. Como indicam os vs. 15-17, Paulo lembra os coríntios e que a salvação em {Maschiyah} não inclui apenas a ressurreição da ALMA, mas também do CORPO]. [Esse fato, que ocorrerá no retorno de (o Maschiyah), tem implicação para a nossa vida hoje. Muitos coríntios tinham uma visão errônea do corpo físico por causa da influência dos FILÓSOFOS GREGOS. Devido a uma teologia deficiente, alguns consideravam as relações sexuais como algo intrinsecamente pecaminoso, pois envolviam paixões físicas (7,1-5). No entanto, o problema aqui parece ser exatamente o oposto: alguns coríntios encaravam a PROMISCUIDADE SEXUAL com algo aceitável, pois pensavam que a participação do corpo, por não ter valor intrínseco, não acarretava conseqüências para a vida espiritual! Esse é só um exemplo para tomarmos o cuidado de não fazer exatamente o “igual” e não o seguirmos. Pois podemos não estar seguindo este exemplo mas cometendo algo parecido com nossos corpos e almas e mentes... ok. (Anselmo Estevan)], ou por um desprezo do corpo, corrente em certas tendências filosóficas da época (cf. 7,1 nota), e que fazia da abstenção do matrimônio um ideal absoluto. A preocupação de Paulo é mostrar o caminho certo, em face desses exageros opostos: condenação sem apelo de todas as formas de desordens sexuais, legitimidade e valor do casamento, elogio da virgindade (cap. 7). O princípio que fundamenta esses discernimentos é o que está enunciado em 6,12 e repetido em 10,23: “Tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente”. O messiânico está libertado de todos os constrangimentos exteriores, mesmo no domínio moral, mas essa liberdade deve ser aproveitada para procurar em todas as circunstâncias o que melhor convém à vida nova animada pelo Rúkha.

            É esse mesmo princípio (cf. 10,23) que ilumina o problema seguinte, o das carnes imoladas aos ídolos (8 – 10). Também aqui estamos diante de um caso em que a fé messiânica deve tomar partido pró ou contra um aspecto da cultura pagã ambiente. Também aqui os princípios de solução são os mesmos: tudo o que se opõe à fé deve ser proscrito; é o caso da participação nas refeições religiosas pagãs (cf. 10,14-22). Em compensação, comer na própria casa, ou em casa de outrem, carnes que provêm dos sacrifícios pagãos é coisa totalmente indiferente do ponto de vista messiânico (8,7-8). Mas há outra consideração que se impõe ao discípulo do Maschiyah: o amor fraterno lhe proíbe ser causa de escândalo para os fracos (8,9-13).

            As desordens nas assembléias religiosas (11 – 14) constituem um novo caso de contaminação da vida messiânica pelas praticas oriundas da mentalidade religiosa do paganismo. Quer se trata dos abusos na celebração da Eucaristia, onde a ambiência suspeita das refeições sagradas do paganismo parece já se ter infiltrado (embriaguez: 11,21), quer se trate da atmosfera das reuniões litúrgicas, onde se encontram igualmente elementos da exaltação um tanto delirante de certas reuniões religiosas que os messiânicos sem dúvida freqüentemente antes da conversão, a meta de Paulo é sempre a mesma: manter o caráter próprio do culto messiânico que não se deve conformar com os costumes religiosos circundantes, mas refletir o mistério da comunidade no Maschiyah. Daí os critérios fundamentais: a utilidade comum (12,12-30), a edificação da comunidade (14,1-19) e, acima de tudo, o autor (13,1-13).

            Enfim, 1Co 15 nos apresenta de maneira ainda mais clara o choque da mensagem messiânica com a mentalidade ambiente: ao passo que a ressurreição dos mortos se harmonizava com o judaísmo (ao menos o farisaico), habituando a conceder o homem em sua unidade, ela quase tinha enraizamento possível numa cultura influenciada por filósofos dualistas. Paulo teria podido capitular perante os “elementos da fé” de seus leitores, como haviam feito, em circunstâncias análogas, o autor do livro da Sabedoria e Fílon de Alexandria: eles tinham insistido o menos possível sobre esse ponto, dificilmente aceitável, acentuando sobretudo a vida imortal das almas. Paulo, pelo contrário, afirma resolutamente o ponto contestado da ressurreição dos mortos. Ele não procura provar filosoficamente a sua possibilidade, mas mostra que “se os mortos não ressuscitam, também Maschiyah (o Messias) não ressuscitou” (15,13.16) e que, por conseguinte, a fé dos coríntios é vã (15,14).

            Por este último ponto referente a um problema que se põe hoje em termos semelhantes, vê-se que a Primeira Epístola aos Coríntios talvez seja a mais atual de todas as cartas de Paulo. Sem dúvida, as soluções propostas são marcadas às vezes por um condicionamento cultural diferente do nosso (cf. 11,2-16); mas a situação com que Paulo se defronta tem paralelos com a nossa, e os princípios que norteiam as suas respostas sempre nos podem esclarecer.

 

 

2ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

CORÍNTIOS

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Christós.

            Data: 55 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os messiânicos deveriam se sentir consolados e encorajados com o cuidado de Yaohu em meio ao sofrimento.

            O poder de Yaohu é manifestado por meio da fraqueza humana.

            A nova aliança em O MASCHIYAH cumpre gloriosamente as expectativas da antiga aliança.

            Os messiânicos devem ajudar a suprir as necessidades materiais uns dos outros.

 

            Propósito e características

            2 Coríntios é uma carta muito pessoal cheia de expressões de profunda emoção. Assim, ela fornece um vislumbre extraordinário do coração de Paulo. Quanto a isso, dois temas principais aparecem: o consolo e o encorajamento divino em meio ao sofrimento e às dificuldades (1,1 – 7,16; veja especialmente 1,3 – 7; 7,4.7.13) e a força de Yaohu manifestada por meio da fraqueza humana (10,1 – 13,14; veja especialmente 12,9-10).

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (3ª).

 

            Entre as epístolas paulinas, a Segunda Epístola aos Coríntios é antes uma obra de polêmica e persuasão do que uma exposição sistemática como a epístola aos Romanos. Nela, o apóstolo Paulo recorre a um estilo vivo e apaixonado para defender o seu apostolado contra os seus adversários e afirmar a sua dependência exclusiva do Messias. Com maestria, o apóstolo mistura, em suas exortações, diversos sentimentos: amor e admoestação, cólera e ternura; ele quer manter a todo custo a unidade da Igreja de Corinto e contribuir para a sua edificação profunda.

 

 

            Um texto bem-estabelecido e muitas vezes comentado. Reproduzido pelos manuscritos do século III, em particular pelos papiros Chester Beatty, o texto desta epístola está solidamente estabelecido. Mais cedo ainda, desde o século II, acham-se citações dele nos escritos de Inácio de Antioquia. Assim, esta carta deve ter figurado desde a origem no corpus dos escritos paulinos. João Crisóstomo, Tomás de Aquino, Lefèvre d’ Etaples, Erasmo, Calvino e muitos outros a comentaram.

 

 

            O melhor exemplo do etilo paulino. Melhor que a exposição sistemática da epístola aos Romanos ou as respostas às perguntas da primeira epístola aos Coríntios, 2 Coríntios, revela o estilo e o vigor da formulação do apóstolo. As antíteses de palavras e pensamentos se sucedem (1,5.17-22.24 – 2,1.16; 3,3.6.9.13; 4,10-11.18; 5,15.17; 8,9; 9,5; 12,6-10). Algumas fórmulas se tornaram justamente célebres: “A letra mata, mas o espírito vivifica” (3,6); “Nosso YHVH Yaohushua Maschiyah, de rico que era, fez-se pobre, para vos enriquecer com a sua pobreza” (8,9), [mostrando, com certeza, que o Filho é o Pai! Sendo assim: “O Filho nunca poderia ter vindo com outro nome que daria essa demonstração para SALVAR...!”. Anselmo Estevan]. Para combater e mesmo condenar energicamente as fraquezas dos coríntios, o apóstolo sabe associar o humor à vivacidade. Basta ler 2Co 8 e 9 para descobrir duas pequenas obras-primas literárias. O apóstolo é censurado por sua falta de eloqüência. Veja como ele sabe recuperar a vantagem: “Nulo na eloqüência, seja! Quanto ao conhecimento, porém, outra coisa!” (11,6). Pela diversidade dos meios de expressão utilizada, 2Co avantaja-se muitas vezes a todas as demais cartas (por ex. 2Co 4,7-10.16-17; 6,3-10).

 

 

            Destinatários. Os destinatários são os mesmos da primeira epístola. Tudo o que então foi dito sobre a comunidade de Corinto (cf. Introd. 1Co. § 1) permanece válido. Ao invés, as circunstâncias que motivam o envio da primeira carta (cf. introd. 1Co, § 2) evoluíram. Pela segunda epístola, o caráter e o estado de espírito dos destinatários se acham assim especificados: seria uma das suas características o espírito de oposição ao apostolado paulino? Trataremos disso mais adiante, no § 4. Parece que o apóstolo teve várias espécies de adversários: com efeito, as relações entre o apóstolo Paulo e seus destinatários passaram por uma crise profunda. Os ciúmes deles, suas disputas e mesmo sua tendência a abandonar a fé repontam aqui ou ali. Finalmente, no que concerne à coleta em favor dos “santos”, já mencionada em 1Co 16, os dois bilhetes que Paulo lhe consagra em 2Co 8 e 9 (cf. § 5) mostram que a generosidade dos coríntios é mais verbal do que real, e que o seu espírito de organização tende sobretudo a fazer com que os outros participem da coleta ecumênica cuja iniciativa eles tomaram. Já não fora dito, muito antes do apóstolo, que os gregos corriam o risco de não passar de expectadores de discursos e ouvintes de ações? Por que não teriam os coríntios herdado um pouco disso?

 

 

            Os adversários do apóstolo. Difícil é saber com precisão quais são os adversários do apóstolo. Seriam eles membros da Igreja e deveriam incluir-se entre os destinatários, ou os coríntios teriam sido somente mais ou menos influenciados por eles? Formariam eles um grupo homogêneo? Ou constituiriam vários grupos, cujo único ponto em comum era opor-se a Paulo? Seriam eles os mesmos a que visam às respostas que o apóstolo dá em 1Co?

            A todas essas perguntas, o conjunto de 2Co fornece algumas respostas:

            Um dos membros da comunidade de Corinto cometera uma grave injúria contra o apóstolo. Esta afronta (2Co 2,5) foi sentida não só por Paulo, mas ainda pela maioria, talvez mesmo pelo conjunto da comunidade. Esse ato poderia ter sido cometido por um dos “gnósticos” de Corinto. Para tal homem, a salvação consiste sobretudo no conhecimento e não compromete a totalidade da existência humana. Será ele o mesmo que, em 1Co 5,1-13, é responsável por relações sexuais incestuosas? É possível. Paulo o incluí certamente entre os “que pecaram anteriormente e não se converteram de sua impureza, de seu desregramento e de sua devassidão” (2Co 12,21). Nós deparamos novamente aqui as tendências gnósticas já combatidas em 1Co. Esses gnósticos pregam a si mesmos (4,5) e se julgam desde já possuidores da salvação futura (5,10-13). {Irmãos e Irmãs: “Devemos tomar todo o cuidado, pois esse GNOSTICISMO – IMPERA E OPERA DESDE O TEMPO DE MOISÉS! Como? Na interferência que foi colocada na Lei de Yaohu – sendo denominada Lei de Moisés...; os Escribas – que ao temerem a pronunciar o Nome de ‘Elo(rr)hím(i) – Yaohu errado... conforme falava a Lei de maldições – e essa interpretação errada, e por medo, e, não por AMOR – assim acharam melhor, na colocação de vogais – sendo os sinais masoréticos. Que por vontade humana, tornou mas fácil a adulteração do nome de ‘Elo(rr)hím(i) e todo o mais....! Isto pode estar sendo operado hoje em dia nas Denominações que temos...!! Por isso todo cuidado é pouco: Jo 5,39; 2Co 13,5; 1Jo 4,1; 1Ts 5,16-23; etc. Porque Yaohushua é Yaohu – ‘Elo(rr)hím(i): Jo 6,7ss; 1,15-34; 1,18; 1,.30 [Eu e o Pai somos Um!], Jo 17,21-23; 14,28 (...O Pai é maior que [do que]Eu – subordinação – como ENCARNAÇÃO! Somos UM = Não uma só PESSOA – Mas a mesma essência ou NATUREZA! 1Tm 3,16; Is 40,3ss; Mt 3,3; Jo 1,1-14; Hb 1,3; 2Tm 4,1; 1,17; Jo 1,1-3.10.11; 20,28; Mq 5,2; Mt 2,6; Jo 2,24-25; 6,64; Hb 13,8; Mt 18,20; Jo 3,13; Mt 28,18; Fp 2,6; Cl 1,15; Jo 12,45. Pois se são um e se o Filho viesse com outro nome seria um falso deus. Pois entendo se são da mesma essência e mesma natureza também têm o mesmo Nome que Salva, Perdoa Pecados, o Nome de Amor, a sua criação e não vários nomes pois somos salvos por um único Nome de SALVAÇÃO...!!”}. .Anselmo Estevan.

            A leitura de 2Co 10 – 13 põe de manifesto outro grupo de adversários, caracterizado por sua inspiração judaica. Ela não permite definir se os membros desse grupo são servos do Christós, judeu-messiânicos, ou se permaneceram inteiramente judeus (aqui, o termo trás: “cristãos” – dando o entender de uma crença errônea misturada aos “católicos” – que idolatram imagens...!! Mas como não uso mais o termo cristão que é invenção dos próprios povos daquela época... Nesse caso, tive que fazer a “idéia” – do escritor ser entendida....). Grifo meu. Anselmo. Em 11,21-23, o apóstolo se coloca no mesmo plano que eles, e os seus adversários parecem pertencer à Igreja: “Hebreus... da descendência da Abraão... ministros do Christós”. Entretanto não passam de FALSÁRIOS, falsos apóstolos camuflados de apóstolos do Christós (11,13), manifestam uma confiança excessiva em si mesmos. Será que eles consideram insuficiente o decreto emitido pela assembléia de Jerusalém (At 15, Gl 2), fixando para os pagãos um mínimo de observâncias? Será que eles querem impor a totalidade das práticas judaicas aos que são de outra origem? É verossímil. Apóstrofes tão violentas não se dirigem a enviados de Pedro, que Paulo sempre respeitou, tampouco o emissário de Tiago, vindos de Jerusalém, mas antes a judeus da tendência dos zelotes (cf. At 21,20-36) que adotaram a fé (aqui novamente ocorre o erro da separação de crenças com um título inventado para separar os judeus [que por natureza ser o povo de Christós – são por natureza “messiânicos”], ao contrário de os “gentios” – se tornarem povo de Yaohu com os sacrifícios do Messias... levam o título errôneo inventado de cristãos; aqui o fato se repete): repetindo o parágrafo acima: que adotaram a fé cristã, o que não contradiz a sua pertença a esse partido. {Obs. O descrito entre parêntese é grifo meu, só para entendermos  a linha de raciocínio do autor...!}. Paulo lhes demonstra a superioridade definitiva da nova aliança sobre a antiga (2Co 3,1-18). [Aqui, está literalmente a necessidade da Nova Aliança – o Novo Testamento. Pois ninguém pode se tornar superior a outrem e, usando o Nome do Criador para ser melhor... É Yaohu que julga! Ele é o juiz Supremo...! E esse acontecimento não podia continuar.. É por isso caros leitores que temos que tomar cuidado com o Gnosticismo “O poder da Mente humana sobre a Razão dos fatos – sendo insensíveis ao que está ao nosso redor e somente enxergando única e exclusivamente o que a nossa mente quer ver”. E, assim, desprezar o mais importante – o coração – o Amor ao próximo – que resume toda a Tanakh: {A palavra Tanakh é um acrônimo composto das iniciais das três principais divisões da Bíblia hebraica: Torah (a “Lei”, o Pentateuco), Nevi’im (Profetas) e K’tuvim (Escritos)}. Então não sendo apenas calculistas frios e agindo conforme a situação o pede a seu bel prazer....Pois, Yaohu é justo e imparcial. ELe é: Luz: 1Jo 1,5. Amor: 1Jo 4,16. Rúkha (Espírito): Jo 4,24. Fogo consumidor: Hb 12,29]. Anselmo Estevan.

 

            Circunstâncias e datas. As circunstâncias da redação e as datas possíveis do envio de 2Co só podem ser expostas depois de termos notado que, em 1Co 5,9, bem com em 2Co 2,3 e 7,8, se mencionam cartas perdidas. Estariam elas totalmente perdidas ou, como fizeram alguns, deve-se procurar reencontra-las destacando trechos das cartas canônicas?

            Será que a segunda epístola constitui uma só carta? Não seria preciso considerar 10 – 13 como uma das cartas perdidas? Com efeito, das três seções (1 – 7; 8 – 9; 10 – 13), a última poderia constituir um bloco à parte. É uma apologia quase violenta do apostolado paulino. Caso se insista em desdobrar a segunda epístola, esta última parte poderia vir a ser a carta severa escrita para contristar os coríntios e mencionada em 2Co 2,4-9 e 7,8-12. Mas isso permanece hipotético. O único ponto certo é que Paulo enviou ao menos quatro cartas à Igreja de Corinto.

            Vamos chama-las: A, B, C e D. A primeira, A, que está perdida. Menção a ela se encontra em 1Co 5,9. B: esta segunda é a nossa primeira epístola canônica. C, a terceira, também está perdida, a menos que 2Co 10 – 13 seja total ou parcialmente essa carta “escrita entre lágrimas”. D, que é a quarta, é composta (dependendo da opção adotada em relação a C) quer de 2Co 1 – 13, quer de 2Co 1 – 9.

            Como estabelecer algumas datas? A epístola aos Romanos foi redigida quer em 57, quer em 58, no começo da primavera, por ocasião de uma breve estada do apóstolo Paulo em Corinto. O conjunto dos intercâmbios epistolares entre o apóstolo e a Igreja de Corinto deu-se portanto antes dessa data. Tomando em conta a duração da estada necessária para a redação da epístola aos Romanos, do lapso de tempo indispensável para que a última carta chegasse a Corinto e produzisse os efeitos desejados, é preciso situar o envio dessa carta D ao menos quatro ou cinco meses antes, seja de Trôade, seja da Macedônia, enquanto o apóstolo viaja rumo a Corinto, isto é, no fim de 56 (ou no fim de 57).

            Por outro lado, lembremo-nos de que o apóstolo Paulo deixou Corinto durante o verão de 52; ele foi para Éfeso um ano mais tarde, em 53; as notícias alarmantes relativas à situação em Corinto só puderam ter-lhe chegado algumas semanas ou alguns meses mais tarde, em 54. É portanto entre 54, o mais cedo, e fim de 56 (ou em 57), ou mais tardar, que se situa o conjunto desses intercâmbios epistolares.

            A seqüência dos acontecimentos se apresentaria do modo seguinte: o apóstolo, durante a sua estada em Éfeso, é informado de que greves desordens ocorrem na Igreja de Corinto. Escreve então a primeira carta (carta A) (pré-canônica, perdida, mencionada em 1Co 5,9) e exigem dos coríntios que não se misturem com aqueles, cuja imoralidade é notória. Tendo esta primeira carta produzido pouco efeito, Paulo envia, algum tempo depois, Timóteo (1Co 4,17), a fim de lembrar o seu ensinamento e a sua doutrina.

            Então, são dirigidas ao apóstolo perguntas por escrito (1Co 7,1). Este responde ponto por ponto, enviando 1Co (carta B), provavelmente no decorrer de 55.

            Depois, Tito deixa Éfeso para ir a Corinto: ali, ele quer preparar a realização da coleta projetada em 1Co 16,1-4; mas a situação que ele acha ao chegar é decepcionante; as duas cartas A e B, bem como a visita de Timóteo, não surtiram os resultados esperados.

            Então, Paulo resolve ir pessoalmente a Corinto no decurso de uma viagem-relâmpago: a segunda viagem (a primeira fora a da fundação, 2Co 12,14 e 13,1). A sua decisão deve ter sido tomada rapidamente, pois, segundo 2Co 2,1, ela não constava de início de suas intenções. Um choque muito violento se produzia e Paulo partiu de novo bruscamente para Éfeso. Ao voltar, ele redige a terceira carta (a carta C), ou cara severa, escrita entre lágrimas (mencionado em 2Co 2,3-4).

            Para superar este fracasso, Paulo encarrega Tito, negociador esperto, hábil diplomata, de ir retomar contato com os coríntios. Teria ele sido encarregado de levar consigo essa terceira carta, ou o apóstolo só a escreveu e enviou imediatamente após a sua partida? Não se sabe. Paulo está impaciente por inteirar-se da atitude dos coríntios, das suas reações após a carta e do resultado da missão de Tito. Mas certas circunstâncias o obrigam a deixar Éfeso: ele vai a Trôade, depois à Macedônia, e é aí que Tito chega, enfim, portador de notícias alvissareiras (2Co 7,13).

            Paulo, reconfortado, redige uma pacífica apologia do seu apostolado à qual acrescenta um apelo em favor da coleta (caps. 8 e 9, podendo o cap. 9 ser um bilhete independente do cap. 8). É a nossa Segunda Epístola aos Coríntios (a carta D). Tito parte novamente para Corinto e prepara a vinda de Paulo, que não tarda a juntar-se a ele. O ano 56 (ou 57) está para findar. É durante essa terceira estada que Paulo vai redigir com perfeita lucidez de espírito a epístola aos Romanos.

 

 

            Estrutura. Três grandes partes se delineiam nesta carta.

            1. Paulo e suas relações com a comunidade de Corinto: 1,1 – 7,16.

            O apóstolo, que esteve em perigo de morte na Ásia (1,8), não adiou por leviandade, mas por desejo de poder perdoar (1,11 – 2,13), a viagem prometida. De 2,14 a 7,4, Paulo evoca a grandeza do ministério apostólico: sublinha a superioridade do ministério da nova aliança sobre o da antiga (2,14 – 4,6), {sendo a palavra mais correta para “Antigo Testamento” e “Novo Testamento”} Anselmo Estevan, depois expõe as angústias e a esperança certa deste ministério (4,7 – 5,10), que se manifesta no temo presente como uma embaixada por Christós e uma reconciliação com o mundo (5,11-21). As dificuldades são como um aguilhão que impele o apóstolo a abrir o coração aos coríntios (6,1 – 7,4). De 7,4 a 7,16, Paulo lembra como Tito o alcançou na Macedônia após um feliz desenlace da crise.

            2. As duas instruções relativas à coleta em favor da Igreja de Jerusalém (caps. 8 e 9).

            3. Os caps. 10 a 13 formam um longo trecho, de estilo apaixonado, às vezes cáustico, mas sempre repleto de uma exigência de verdade e de fé, em que Paulo defende a autenticidade do seu ministério. Basta ler 11,22-31 e 12,1-10 para convencer-se do poder do Evangelho através da vida do apóstolo.

 

 

            Apóstolo de Yaohushua Maschiyah. O interesse profundo de 2 Coríntios é o de associar intimamente acontecimentos humanos à presença ativa de Yaohu. Não há de um lado uma exposição doutrinária e, do outro, uma meditação sobre a vida, mas um mesmo movimento muito forte e um só dinamismo profundo unem estreitamente tanto a pessoa de Maschiyah como a sua ação atual à vida presente dos messiânicos da Igreja de Corinto e sobretudo à vida do apóstolo .

            A ação do Rúkha e a ação do Maschiyah são muitas vezes associadas (1,21; 3,18). Às vezes junta-se a estas a ação de Yaohu, como em 1,21-22. Assim, Maschiyah, o Rúkha, Yaohu são postos numa relação muito estreita como em 3,3 e 13,13. Essas fórmulas esboçam o que, nos séculos posteriores, se chamaria de TRINDADE, mas elas o fazem insistindo sobre a diversidade e a unidade de ação dos três: Maschiyah, Yaohu e o Rúkha INTERVÊM NA VIDA DOS CRENTES E DA COMUNIDADE PARA CONDUZIR A OBRA DA SALVAÇÃO À SUA REALIZAÇÃO. {É, MAS SÓ DOS QUE ACEITAM ESSA INTERVENÇÃO E CRÊEM NISSO! SE NÃO NADA FEITO, FEITO!} Anselmo. Por isso mesmo “não fique de fora...?! Quem mudou o Nome de ‘Elo(rr)hím(i) foram os homens. E, não por seu pedido... Aceite as Obras de Yaohu na sua vida.....!!!”. Anselmo.

            Um fato chama a atenção: o apóstolo põe a ênfase no Maschiyah. A abundância das notações “em Maschiyah” sublinha a relação de comunhão atual, e a fórmula “com Maschiyah” afirma uma comunhão futura mais estreita após a passagem pela morte e ressurreição. O apóstolo acha modo de exprimir a confissão de fé no Maschiyah com uma plenitude notável: “Maschiyah é imagem de ‘Elo(rr)hím(i)-Yaohu” em 4,4. Em uma fórmula única: “Imagem de ‘Elo(rr)hím(i)”, o apostolo exprime o caráter particular da pessoa do Maschiyah. O Maschiyah é homem verdadeiro como Adão, imagem de Yaohu. O Maschiyah é aquele que revela Yaohu sobre a terra; ele é imagem de Yaohu, isto é, aquele no qual todo homem pode encontrar a ‘Elo(rr)hím(i)!

            Assim, morte e vida do Maschiyah sempre são relacionadas com os seus efeitos atuais sobre o apóstolo, sobre a comunidade ou sobre o messiânico.

            2 Coríntios é por excelência a epístola do apostolado. O apóstolo marcha no cortejo triunfal do Maschiyah e difunde por toda a parte o perfume do seu conhecimento, um odor de vida (2,14-17). Assim ele participa do destino de Maschiyah, trazendo em seu corpo os SOFRIMENTOS DA MORTE de YAOHUSHUA, a fim de que a vida de Yaohushua também seja nele MANIFESTADA. A sua mensagem apostólica é uma carta viva: A comunidade de Corinto; “a nossa carta sois vós”, declara Paulo aos coríntios (3,2). Paulo soube encontrar a expressão exata para descrever a grandeza e a fragilidade do seu ministério: “Carregar um tesouro em vasos de argila” (4,7); e a vigorosa e delicada enumeração de 6,4-10 situa a força e os limites do seu apostolado. O seu caráter humano é sublinhado por todos os detalhes que a epístola fornece sobre a sua vida passada a serviço do Maschiyah (11,22-31) e que nos informam da impressionante sucessão de perigos, sofrimentos e misérias que ele teve de suportar pessoalmente! Mas como um homem a quem o YHVH disse: “A MINHA GRAÇA TE BASTA; o meu poder se perfaz na fraqueza” (12,9). Ele age como embaixador em NOME de Maschiyah (5,20). A ele foi confiado o ministério da reconciliação (5,18). Via-se habilitado a ser ministro de uma nova aliança (3,6). {Aqui, caros irmãos e irmãs: “Se mostra o resumo da SALVAÇÃO para todos...!”. Mas, como disse Yaohu: “A LETRA MATA!” MAS O “RÚKHA – VIVIFICA!”. É nisso que devemos prestar a máxima atenção! Temos que viver no Rúkha! (Espírito). Pois, estamos vivendo “os fins dos tempos...”. Mas não devemos nos esquecer do que está registrado nas Sagradas Escrituras: ONDE: A “BÍBLIA” – NOS DIZ: “QUE O MUNDO COMEÇOU COM O ÉDEN! E, TERMINARÁ COM UM NOVO ÉDEN – POIS VI NOVOS CÉUS E NOVAS TERRAS...!”. Então, não se esqueçam disso. Pois, além de estarmos vivendo “os fins dos tempos! Uma nova terra e um novo céu nos aguardam – Joel 2,32.”.}. Para confirmar isso que digo, veja a “Veracidade das Sagradas Escrituras”: Mt 2,17; 1,21; - A Nova Aliança – PROFETIZADA NA “ANTIGA ALIANÇA”: Mt 2,15; 17,23; 4,14; 8,17; 12,17; 23,4; 26,54.56; 27,9; Lc 4,21; 21,22; 24,44; Jo 13,18; 19,24.28.36. Anselmo.

 

 

            (A Antiga Aliança [AT]). Ao afirmar que os coríntios se tornaram uma carta do Maschiyah  confiada ao seu ministério, Paulo considera que a nova aliança anunciada pelo profeta Jeremias (31,31-33) foi realizada. Ela não é um complemento ou aperfeiçoamento da antiga, pois, se o gravador e a gravura são os mesmos, houve, no entanto, uma passagem da tábua de pedra para a tábua de carne, do livro escrito para o coração. Ela não mais se limita a Israel: dá acesso a todos aqueles nos quais opera a ação do RÚKHA hol – RODSHUA. Para bem mostrar como essa aliança é verdadeiramente nova, Paulo bosqueja uma comparação impressionante entre a aliança concluída outrora com Moisés e a nova aliança. É a primeira vez que a aliança de Moisés é chamada de Antiga Aliança e os livros sagrados do judaísmo são designados pela expressão: o Antigo Testamento (3,14). Doravante Yaohu age nos corações, a era do Rúkha começou. [“Veja o texto: (Que Yaohu – age nos corações!). E, o termo GNÓSTICO – SOMENTE AGE PELA RAZÃO...DEIXANDO O “CORAÇÃO DE LADO...!” SENDO DESTA FORMA, YAOHU JAMAIS AGE OU MESMO UM PENSAMENTO GNÓSTICO É COMPARTILHADO COM YAOHU! A Lógica, a Razão, sem um CORAÇÃO – não é nada é como uma forma “oca”, sem conteúdo. Bonita por fora talvez, mas sem nada dentro...! Pois, não compartilha amor e Yaohu é AMOR]. Anselmo Estevan. A nova aliança não se pode mais PETRIFICAR em uma LETRA (3,6) como foi o caso para a antiga, pois o Rúkha VIVIFICA (3,6).

 

 

            Uma só Igreja. Por volta do ano 55, ou seja, uma geração após a morte e ressurreição de Yaohushua, grande era o risco de que cada comunidade local acentuasse características específicas em detrimento da comunhão entre todas as Igrejas. Para o apóstolo Paulo, os tempos messiânicos já começaram (cf. Is 60 – 62); por isso ele propõe uma coleta que alguns qualificaram de “ecumênico”, visto destinar-se a valorizar o vínculo entre todas as Igrejas nascidas da missão e os santos de Jerusalém provados pela fome. Os coríntios se entusiasmam por essa coleta. São os primeiros a propor uma organização que se estenda à outras Igrejas. Propor a generosidade a outros é mais fácil do que praticá-la pessoalmente: os coríntios tardam (9,4). Para o apóstolo, o auxílio mútuo torna-se sinal de comunhão profunda: uma Igreja de Yaohu, que está em Corinto, como também em outros lugares. A coleta deve manifestar a comunhão através das diferenças e sublinhar a unidade do povo novo, constituído tanto de judeus como de gregos.

 

 

            Atualidade. A nossa época aprecia informações exatas e dados biográficos: 2 Coríntios responde a essa expectativa e fornece abundância de detalhes sobre a vida do apóstolo. Essa carta pode interessar ao psicólogo, bem como ao psicanalista, exegeta, teólogo, historiador ou ao eleitor em geral, que descobrem, ao vivo, um homem, um pastor, um apóstolo defrontando-se com problemas novos e difíceis no período dos primórdios da Igreja. Acerca deste ponto 2 Coríntios pode fornecer indicações e esboços de soluções para as Igrejas que, num ambiente mutável, procuram formas novas de fidelidade!

 

 

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

GÁLATAS

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apostolo Paulo.

            Propósito: Auxiliar os messiânicos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era salvo quem acrescentava à fé em Maschiyah o mérito humano da obediência à lei.

            Data: 49-55 d.C.

            Verdades fundamentais:

            A justificação diante de Yaohu ocorre exclusivamente pela fé.

            A santificação na vida diária é operada pela fé, por meio do poder do Rúkha.

            Podemos confiar na mensagem de Paulo, de que a salvação é pela fé e não depende das obras.

            O evangelho da salvação pela fé é ensinado ao longo de toda a Escritura.

            O legalismo nos faz desviar de Maschiyah e nos leva ao fracasso e ao julgamento.

            Libertar-se do legalismo é a liberdade de viver para o Maschiyah por meio do Rúkha.

            A salvação eterna é exclusiva daqueles que crêem no verdadeiro evangelho e vive de acordo com ele.

 

 

            Propósito e características

            A carta de Gálatas foi escrita para lidar com problemas específicos de determinadas Igrejas. Para entender a epístola, é preciso ter algum conhecimento da situação que essas Igrejas enfrentavam. Pouco depois de os gálatas terem aceitado o evangelho, surgiram alguns agitadores que atacaram o apóstolo Paulo pessoalmente (4,17) e estavam pregando uma forma distorcida do Messianismo (1,6-7). O “outro evangelho” que eles pregavam exigia que os messiânicos gentios fossem circuncidados, como um símbolo de compromisso com a salvação por meio das obras da lei (6,12). Esses indivíduos insistiam que os gálatas deveriam crer não apenas em Maschiyah para a salvação, mas também praticar a circuncisão (2,3-5; 5,2.6.11; 6.12-13.15). [Esse mesmo assunto se repete hoje em dia nas “denominações (X e Y). Pois pregão a salvação mas procuram por cura de doenças que em outro lugar não têm!”. Crescimento somente material pois em outros lugares ficam por exemplo 20 anos servindo na igreja e nada acontece...Depois que mudam de denominação... Conseguem emprego, viram empresários, são curados de doenças incuráveis e etc.... Essa é a circuncisão da mente da fé pregando um evangelho diferente do que deveria ser pregado, pois, a SALVAÇÃO vem através do Filho e em ficar somente com ele em qualquer lugar não somente nesta ou noutra Denominação que encontra o Filho...!!! Esse preceito tem que ser revisto]. Anselmo Estevan.

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (4ª).

 

            Para compreender a Epístola aos Gálatas, é necessário conhecer a situação histórica das Igrejas às quais Paulo escreve.

            Antes de começar, gostaria de expor um estudo que vai de acordo com que venho dizendo e alguns irmãos podem não entender: Material tirado da Bíblia de Estudo Macarthur – SBB. ARA. 2010. Pág. 1546. Estudo sobre 1 Coríntios (12,9; 12,10, Fé, Milagres).:

            - Distinta da fé salvadora ou da fé perseverante, ambas as quis todos os messiânicos possuem, esse dom é exercido na oração constante e na persistência na intercessão, juntamente com uma interna confiança em Yaohu em meio às circunstâncias difíceis (cf. Mt 17,20), dom de curar. Um dom de manifestação temporária, usado por Maschiyah (Mt 8,16-17), pelos apóstolos (Mt 10,1), pelos 70 (Lc 10,1) e por alguns poucos companheiros dos apóstolos, como Filipe (At 8,5-7). Essa habilidade era identificada como um dom que pertencia aos apóstolos (cf. 2Co 12,12). Hoje, embora os messiânicos não tenham o dom da cura, certamente, ‘Elo(rr)hím(i) Yaohu ainda ouve as orações sinceras de seus filhos e as responde (veja Tg 5,13-16). Algumas pessoas sentem que a cura deveria ser algo comum e esperado em todas as eras, mas esse não é o caso. A cura física é muito rara por todo o registro do AT. Somente poucas estão registradas. Nunca houve uma época, antes da vinda de Maschiyah, em que as curas foram comuns. Somente durante o tempo de vida de Maschiyah e de seus apóstolos houve uma explosão autêntica de curas. Isso se deu devido à singular necessidade única de autenticar o Messias e os primeiros milagres do evangelho. Yaohushua e seus apóstolos baniram temporariamente a doença da Palestina, mas essa foi a era mais grandiosa da história da redenção e pedia essa autenticação. Normalizar a cura seria normalizar a vinda do Salvador. Esse dom pertenceu aos dons de sinais apenas nessa era. Os dons de cura nunca foram usados somente para trazer a saúde física das pessoas. Paulo era doente, mas nunca curou a si mesmo ou pediu a outro ser humano para cura-lo. Seu amigo Epafrodito estava à beira da morte (Fp 2,27), mas Paulo não o curou. Yaohu interveio. Quando Timóteo estava doente, Paulo não o curou, mas disse a ele para tomar um pouco de vinho (1 Tm 5,23). Paulo deixou Trófimo “doente em Mileto” (2Tm 4,20). As curas não eram a norma para a vida diária no ministério de Paulo, mas elas ocorriam quando ele chegava a uma nova região, como, por exemplo, em Malta, onde o evangelho e seu regador precisavam de autenticação (veja At 28,8-9). Essa cura foi a primeira menção de cura desde que o coxo havia sido curado em Listra (At 14,9) em relação à chegada de Paulo e do evangelho lá. Anteriormente a essa, a cura mais próxima foi  feita por Pedro em At 9,34, e a ressurreição da Tabita em 9,41, para que as pessoas cressem no evangelho pregado por Pedro (9,42).

            12,10 Milagres. Esse dom temporário era para a realização de atos divinos contrários à natureza, de modo que não houvesse explicação para a ação, a não ser que havia disso feita pelo poder de Yaohu. Isso, também, era para autenticar Maschiyah e os pregadores apostólicos do evangelho. A passagem de Jo 2,11 observa que Yaohushua realizou seu primeiro milagre em Canaã para manifestar “a sua glória”, não elevar a festa (cf. o propósito de João ao registrar os milagres de Yaohushua nesse evangelho, 20,30-31). A passagem de At 2,22 afirma que Yaohushua realizou milagres para que ficasse provado que Yaohu estava operando por meio dele, para que as pessoas cressem nele como YHVH e Salvador. Yaohushua fez milagres e curou somente durante os três anos do seu ministério, e nenhum durante todos os 30 anos anteriores. Seus milagres tiveram início quando o seu ministério começou. Embora Yaohushua tenha realizado milagres relacionados à natureza (fez vinho, produziu alimento, andou sobre as águas com Pedro, ascendeu), não há agora registro de que nem um apóstolo sequer tenha feito um milagre no reino da natureza. Que milagre os apóstolos fizeram? A resposta está na palavra “milagre” com o significado de “poder”, e esta, com freqüência, ligada com a expulsão de demônios (Lc 4,36; 6,18; 9,42). Esse é precisamente o poder que Yaohu deu aos discípulos (Lc 9,1; 10,17-19; cf. At 6,8; 8,7; 13,6-12). Veja notas em At 19,14-16. profecia. O significado é simplesmente o de “anunciar” ou “proclamar publicamente” ao qual a conotação de predição foi acrescentada em alguma época na Idade Média. Desde a conclusão da Escritura, a profecia não é um meio de nova revelação, mas restringe-se a proclamar o que já está revelado na Palavra escrita. Até mesmo os profetas foram pregadores, proclamadores da verdade de Yaohu, tanto por meio da revelação quanto pela reiteração. Os profetas do AT, como Isaías, Jeremias e Ezequiel, passaram a vida proclamando a Palavra de Yaohu. Comparativamente, somente uma pequena parte do que eles pregaram está registrada na Bíblia como revelação direta de Yaohu. Eles, tiveram de repetir e enfatizar, de modo contínuo, essas verdades, como hoje os pregadores repetem, explicam e enfatizar de novo a Palavra de Yaohu na Escritura. A melhor definição desse dom é dada em 14,1.3. A importância desse dom é dada em 14,1.39. Sua supremacia sobre os outros dons, especialmente o de línguas é o tema do cap. 14. Veja notas em 1Ts 5,20; Ap 19,10. discernimento de espíritos. Satanás é o grande enganador (Jo 8,44) e seus demônios falsificam a mensagem e a obra de Yaohu. Os messiânicos com o dom de discernimento têm a capacidade dada por Yaohu de reconhecer os espíritos mentirosos e de identificar a doutrina enganosa e incorreta (At 17,11; 1Jo 4,1). Paulo ilustrou o uso desse dom em At 16,16-18; como Pedro o havia exercido em At 5,3. Quando ele não estava sendo praticado na Igreja de Corinto ocorreu uma grave distorção da verdade (veja v. 3; 14.29). Embora a sua operação tenha mudado desde os tempos apostólicos, devido à conclusão da Escritura, ainda é essencial ter pessoas na Igreja que possam discernir. Elas são os guardiões, sentinelas que protegem a Igreja das mentiras demoníacas, falsas doutrinas, cultos pervertidos e elementos carnais. Assim como é exigido estudo diligente da Palavra de Yaohu para exercitar os dons do conhecimento da sabedoria, da pregação e do ensino, o mesmo acontece com o discernimento. Veja notas em 1Ts 5,20-22. línguas... interpreta-las. Esses dons de manifestação temporária, que usa palavras comuns para falar em outra língua e traduzi-la, como os outros (milagres, cura) eram para a autenticação da verdade e daqueles que a pregavam. Esse dom verdadeiro foi claramente identificado em At 2,5-12 como línguas, o que validava o evangelho como divino. Eles foram, entretanto, devido à imitação deles que havia na cultura, exaltados de modo desproporcional e seriamente abusados em Corinto. Aqui, Paulo os identifica, mas ao longo de todo o cap. 14ele os discute detalhadamente. Veja notas em 14,1-39.

            Este estudo é somente para relembrar de que: “O importante é de procurarmos primeiramente a cura para o nosso espírito – a alma em si. Para a Salvação eterna...! E, não, para ver qual denominação tem o dom de cura de enriquecer de bens materiais e etc. Pois o que vejo hoje em dia é esse tipo de pregação. Ganhando os ‘fiéis’ apenas nas obras materiais... Esse é o meu ver. Isso têm que mudar. Nada contra as curas e etc. Mas procure primeiro o Seu Reino! Que o resto virá depois... (Lucas 12,31: BUSCAI, ANTES DE TUDO, O SEU REINO, E ESTAS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS!).[OS DISCÍPULOS JÁ FAZIAM PARTE DO REINO, LOGO, DEVERIAM CONCENTRAR TODOS OS SEU ESFORÇOS NO INTERESSE DESSE REINO!].Mt 6,33; 1Timóteo 4,8. Esse, é o meu entender de levar a Salvação... Pelo Rúkha hol – RODSHUA!”. Anselmo Estevan.

            A crise que obriga o apóstolo a intervir não é um incidente de alcance local; é uma fase determinante na evolução da Igreja nascente. Esta faz então uma opção decisiva, que deve efetuar para ser fiel à verdade do Evangelho e renovar em todas as épocas da sua história, em nome desta fidelidade.

            Depois de ter exposto o que sabemos da situação histórica, graças ao livro dos Atos dos Apóstolos, e à própria epístola, mostraremos como o apóstolo defende a verdade do Evangelho, comprometida na Galácia, e indicaremos as etapas da sua exposição. Enfim, mostraremos por que esta carta é de uma atualidade permanente.

            As circunstâncias da crise gálata. Através dos Atos dos Apóstolos, tomamos conhecimento do papel representado por Paulo na expansão da Igreja. Ele é o apóstolo das nações, enviado de maneira especial aos pagãos (At 9,15; 22,21; 26,17), mas a sua missão esbarra na oposição constante de um meio de origem judaica, cuja tese é resumida assim por Lucas: “Se não vos fizerdes circuncidar segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” (At 15,1). Esses judaizantes querem, portanto, impor os fiéis de origem pagã o jugo da lei mosaica. Segundo os Atos, Pedro não é do partido deles; iluminado pelo Rúkha, ele sabe que Yaohu confere o Rúkha tanto aos pagãos como aos judeus, em razão da sua fé em Maschiyah (At 10,17; 15,7-11). Quanto a Tiago, ele admite a entrada dos pagãos na Igreja: pede-lhes somente que observem certas regras práticas que julga indispensáveis e que serão promulgados pela assembléia de Jerusalém (At 15,19-21.28).

            Os Atos nos dão a conhecer também diversas passagens de Paulo pela Galácia. Por ocasião da sua primeira viagem missionária, o apóstolo evangeliza as regiões situadas ao sul da província romana da Galácia: Písidia, Licaônia, Frígia (13,14 – 14,25). A seguir, passa duas vezes (At 16,6; 18,23) pela Galácia do Norte, durante a segunda e terceira viagens missionárias; essa região compreendida entre a Capadócia e o mar Negro estendia-se em volta da Ancira (a atual Ancara) e era povoada por habitantes de origem céltica, os únicos que merecem ser chamados “gálatas” no sentido próprio do termo.

            Tal é o quadro no qual se devem inserir os fatos que Paulo relata ou evoca na Epístola aos Gálatas. Seria possível tal inserção? Se Paulo, testemunha desses fatos, apresenta-os  de modo diverso do de Lucas, deveríamos nós pensar que o testemunho de Paulo ou o relato de Lucas seja errôneo? É mais conforme as normas de uma sã crítica perguntar se tais divergências não se podem explicar pela diferença de intenções que norteiam as duas apresentações do mesmo fato.

            Paulo é uma testemunha fiel, mas atêm-se a relatar apenas o que concerne à meta que tem em mira. Lucas coletou com cuidado informações seguras, mas seu objetivo é mostrar a ação do Rúkha no desenvolvimento da Igreja, e não escrever uma crônica dos primeiros tempos da mesma; por isso, pôde compilar documentos de origem e data diferentes, ligando-os ao mesmo fato, como é provavelmente o caso da assembléia de Jerusalém. Isso permite compreender o porquê de ser esta assembléia apresentada de maneira diferente em Gl 2,1-10 e em At 15.

            Pode-se na entanto lançar mão dos Atos para completar os dados históricos da epístola e procurar situar a crise gálata. A quem escreve Paulo? Qual a data da sua carta? A que erros visa ele na carta e quais os adversários que os propagam? Muitas hipóteses têm sido aventadas em função das alusões de Paulo a uma situação bem-conhecida dos seus leitores, mas bastante impreciso para nós; algumas dessas explicações inspiraram toda uma interpretação da história das origens messiânicas. Indicaremos aqui apenas as hipóteses mais importantes, com fundamento nos textos.

            Quais são os destinatários da epístola? No século XIX, tentou-se provar que se tratava das igrejas da Galácia do Sul. A carta, neste caso, poderia ter sido escrita pouco depois da primeira viagem missionária e seria a primeira epístola de Paulo, enviada de Antioquia por volta de 49. Pode-se também retardar a sua redação para depois da viagem mencionada em At 16,6. Mas a maioria dos modernos mantém hoje a posição unânime dos antigos: Paulo: Paulo escreveu aos gálatas do Norte (os únicos que podem ser chamados de “gálatas”), após a sua segunda passagem pela região deles (Gl 4,13), mencionada em At 18,23. É no fim da sua longa estada em Éfeso (provavelmente durante o inverno de 56-57) que ele redige esta carta, seis meses somente antes da epístola aos Romanos: assim encontrariam melhor explicação as semelhanças entre as duas epístolas.

            Quais são os responsáveis pela crise e que erro ensinam? Um ponto parece claro: os perturbadores que Paulo denuncia querem impor aos pagãos convertidos a prática da lei de Moisés (3,2-3; 4,21; 5,4) e em particular a circuncisão (2,3-4; 5,2; 6,12). Pode-se tratar dos judaizantes de que falam os Atos e cuja tese é resumida em 15,1. Mas deve-se ficar nisso?

            A epístola, com efeito, põe seus destinatários de sobreaviso contra um conceito de liberdade que tende para a licenciosidade moral (5,13). Não seria essa uma indicação de que Paulo se opunha a dois tipos de adversários? É a hipótese proposta pelos que não julgam poder identificar os partidários de uma moral relaxada com os judaizantes que preconizam a prática da lei. Mas nada prova que o apóstolo tivesse de combater em duas frentes.

            Por conseguinte, propôs-se outra hipótese. Os judaizantes poderiam ser partidários da lei unicamente sob seu aspecto ritual e considerar-se dispensados das exigências morais; tratar-se-ia então de um sincretismo análogo ao evocado pela epístola aos Colossenses (Cl 2,16-23). Com efeito, nas duas epístolas, trata-se de um culto que escraviza seus adeptos aos elementos do mundo (Gl 4,3.9; Cl 2,20); ademais, Paulo parece dizer aos gálatas que, pregando-lhes a circuncisão, essa gente os está reconduzindo a um culto que eles praticavam antes da conversão (4,8-10). Por outro lado, o apóstolo insiste no fato de que a circuncisão obriga aqueles que se lhe submetem a uma fidelidade total à lei (5,3; cf. 3,10); isto, sem dúvida, porque os adversários de Paulo ensinavam o contrário, e, com efeito, o apóstolo os acusa formalmente, em sua conclusão, de não observarem a lei, ao mesmo tempo que impõem a circuncisão (6,13).

            Esta hipótese é muito atraente; entretanto ela não se impõe. Pode-se compreender a epístola sem recorrer a ela. A advertência contra a licenciosidade moral pode explicar-se pelo fato de as Igrejas da Galácia serem compostas de pagãos convertidos, cuja mentalidade e conduta não se transformaram de um momento para outro; eles têm, portanto, necessidade de que Paulo explicite o que é a liberdade dos filhos de Yaohu. Por outro lado, se Paulo parece situar no mesmo nível os ritos da lei mosaica e os do paganismo, isso não significa necessariamente que os judaizantes hajam misturado ambos os ritos; o objetivo de Paulo era mostrar, com isso que ambos reconduziam os gálatas a uma escravidão da qual o Maschiyah os libertara. O apóstolo chegaria a dizer que a volta aos ritos pagãos seria preferível, porque os faria sair da Igreja, sem nela lançar a perturbação, pervertendo o Evangelho (5,12).

 

 

            O sentido da crise: a escolha diante do único Evangelho. Influenciados pelos adversários de Paulo, os gálatas não vêem que a sua fé esteja comprometida, se a circuncisão for condição de salvação. O apóstolo os faz tomar consciência de que uma opção se impõe, e é importante. Não se trata de uma questão pessoal: Paulo não se queixa de um dano que lhe tivesse sido causado ao darem preferência a outros pregadores (4,12). Trata-se da verdade do único Evangelho, da liberdade anunciada por este Evangelho, da cruz do Maschiyah que é a fonte desta liberdade, característica da vida nova dos filhos de Yaohu.

            O Evangelho é o anúncio de uma salvação gratuita e universal, que instaura um mundo novo. [Infelizmente, muitos, hoje em dia, não vêem desse modo. PRINCIPALMENTE QUEM PREGA O “EVANGELHO!?”. Por isso devemos ter muitos cuidados. Pois a SALVAÇÃO nos foi dada de GRAÇA! Nada mais há que precisamos fazer ou pagar, comprar para a mesma. Só uma coisa é necessária: O ARREPENDIMENTO SINCERO DE CORAÇÃO, O CRER SOMENTE NO FILHO SABENDO O SEU NOME CORRETO PARA MOSTRAR QUE SEMPRE PROCURAMOS A “VERDADE”, SOMENTE. E, O POR EM PRÁTICA O QUÊ APRENDEMOS DAS SAGRADAS ESCRITURAS (BÍBLIAS). Sendo desta forma – nos tornando em novas criaturas... deixando a velha “criatura” para trás PORQUE JÁ SOMOS SALVOS EM SEU NOME: YAOHUSHUA!]. (Anselmo Estevan.).Os judaizantes seguem vivendo no mundo antigo e querem a ele reconduzir os gálatas; assim, eles pervertem o Evangelho, baseando-se no Antigo Testamento. Paulo, ao invés, mostra que o Antigo Testamento só alcança o seu sentido autêntico quando Maschiyah cumpre o que ele prometeu. A sua argumentação, cujo desenvolvimento é por vezes difícil de acompanhar, põe em evidência a oposição entre o mundo antigo e o novo sob três pontos de vista.

            O primeiro ponto de vista é o da fonte da salvação. Cumpre escolher entre a carne e o Rúkha. No mundo antigo, o homem pretendia bastar-se a si mesmo e salvar-se por suas próprias obras; tal atitude é o que Paulo chama de “carne”. Entrar no mundo novo é esperar a salvação do Rúkha, acolhe-la  como graça que o Pai concede por Maschiyah.

            O segundo ponto de vista é o da história da salvação. A escolha impõe-se entre a lei e a fé. A lei é uma etapa preparatória da vinda do Salvador; ela isola o povo que a recebeu, com uma finalidade pedagógica, para que ele seja testemunha da salvação prometida por Yaohu a todos os crentes. É a fé que dá acesso ao mundo novo, abrindo o homem à salvação efetuada por Yaohushua e GRATUITAMENTE oferecida a todos os homens.

            Finalmente, o terceiro ponto de vista: no mundo antigo, os homens estavam escravizados ao pecado, cuja raiz é a carne; no mundo novo, são libertados pelo Rúkha que lhes possibilita cumprir amorosamente à vontade do Pai. São livres por ser filhos de ‘Elo(rr)hím(i) Yaohu e viver da vida do Filho de ‘Elo(rr)hím(i). Esta liberdade, fruto do Evangelho único, seria arruinada pelos judaizantes.

 

            “Caro leitor”, gostaria de colocar um estudo que acho lindo e, para não me esquecer, vou interromper um pouco a seqüência normal dessa apostila ok. Vamos lá:

 

            Filipenses 2,9-11.

           

            2,9 Pelo que também ‘Elo(rr)hím(i). O ato do Pai foi uma resposta direta à obediência do Filho, o exaltou sobremaneira. O verbo “exaltou” aqui não significa que ‘Elo(rr)hím(i) Yaohu proporcionou a Maschiyah uma situação mais elevada do que antes, mas que Yaohu deu a ele a máxima exaltação possível. Maschiyah foi restaurado à glória que ele tinha no início – a glória a que ele voluntariamente renunciou para que pudesse se tornar um ser humano, o nome que está acima de todo nome. Veja  o v. 11. Veja também CM54.

 

            Catecismo Maior de Westminster: Pergunta 54. Como Maschiyah é exaltado ao sentar-se à destra de ‘Elo(rr)hím(i)?

            Resposta: Maschiyah é exaltado, ao sentar-se à destra de ‘Elo(rr)hím(i), sendo ele, como ‘Elo(rr)hím(i)-homem, elevado ao mais alto favor de ‘Elo(rr)hím(i) o Pai, tendo toda a plenitude de alegria, glória e poder sobre todas as coisas, no céu e na terra, reunindo e defendendo a sua Igreja, e subjugando os seus inimigos; dando aos seus ministros e ao seu povo dons e graças e fazendo intercessão por eles. (Referências bíblicas: Fp 2,9; At 2,28; Jo 17,5; Ef 1,22; Mt 28,18; Ef 4,11.12; Rm 8,34).

 

            2,11 E toda língua confesse. A ação que deveria acompanhar o dobrar dos joelhos, que Yaohushua Maschiyah é YHVH – Yaohu. A segunda pessoa da Trindade tomou o nome “Ye’SHUA” em sua encarnação. Conseqüentemente, nesse contexto o nome enfatiza a sua humildade. “Maschiyah”, é um título advindo de sua tarefa humana como Messias ou rei de Israel. (Há bem da verdade Maschiyah, não é bem um título! Mas sim a tradução ou transliteração para a língua portuguesa igual a “UNGIDO”! É que traduziram errado e assim ficou... Como também o nome “Jesus”, que, aqui estou usando a forma em hebraico igual a Ye’SHUA – somente para não alterar a linha de raciocínio do texto em si. Mas, continua valendo o nome correto Yaohushua! Ok.). Além disso, é como alguém humilde que Maschiyah é exaltado; a sua humildade é a sua glória (cf. Mt 23,10). O “nome que está acima de todo nome” (v. 9) é “YHVH”. Na Septuaginta (a tradução grega do AT), ‘Elo(rr)hím(i) é representado pelo título de “Senhor” (grego Kyrios). Em Is 45,23, YHVH diante de quem “se dobrará todo joelho” e por quem “jurará toda língua”. Em filipenses, Maschiyah é então aclamado por ser quem ele sempre foi o próprio ‘Elo(rr)hím(i). Ao confessar que “Yaohushua Maschiyah é Yaohu”, as criaturas reconhecem tanto o fato quanto o caráter de sua deidade. A atribuição de adoração enfatiza a humanidade (“Yaohushua Maschiyah”) e também a deidade (“YHVH”) de Maschiyah, ele é adorado como o ‘Elo(rr)hím(i)-homem. Para glória de ‘Elo(rr)hím(i) Pai. Yaohushua Maschiyah é, por implicação, o filho do Pai. Tanto Maschiyah como o Pai podem receber adoção. Os membros da Trindade são tão unidos que o próprio ato de adorar o Filho glorifica o Pai. Veja CB 10.

 

            Confissão Belga: Artigo 10 Yaohushua Maschiyah é ‘Elo(rr)hím(i).

            Cremos que Yaohushua Maschiyah – O UNGIDO, segundo sua natureza divina, é o único Filho de ‘Elo(rr)hím(i) – Yaohu, gerado desde a eternidade. Ele não foi feito nem criado, pois assim seria uma criatura; mas é de igual substância do Pai, coeterno, “o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser” (Hb 1,3), igual a ele em tudo.

            Ele é o Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yaohu não somente desde que assumiu nossa natureza, mas desde a eternidade, como os seguintes testemunhos nos ensinam, ao serem comparados uns aos outros:

            Moisés diz que Yaohu criou o mundo, e o apóstolo João diz que todas as coisas foram feitas por intermédio do Verbo que ele chama de ‘Elo(rr)hím(i)-Yaohu. O apóstolo diz que Yaohu fez o universo por seu Filho e, também, que criou todas as coisas por meio de Yaohushua (Maschiyah) O UNGIDO.

            Segue-se, necessariamente, que aquele que é chamado de Yaohu, o Verbo, o Filho e Yaohushua O UNGIDO, já existia quando todas as coisas foram criadas por ele. O profeta Miquéias [referindo-se ao Messias] diz: “Cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5,2); a carta aos Hebreus testemunha {que ele} “não teve princípio de dias, nem fim de existência” (Hb 7,3).

            Assim, ele é o verdadeiro e eterno ‘Elo(rr)hím(i), o Todo-Poderoso, a quem invocamos, adoramos e servimos ao ‘Elo(rr)hím(i) com nome – Yaohu [grifo meu].

            Mt 17,5; Jo 1,14.18; Jo 3,16; 14,1-14; 20,17.31; Rm 1,4; Gl 4,4; Hb 1,1.2; 1Jo 5,5.9-12; Jo 5,18.23; 10,30; 14,9; 20,28; Rm 9,5; Fp 2,6; Cl 1,15; Tt 2,13; Hb 1,3; Ap 5,13; Jo 8,58; 17,5; Hb 13,8; Gn 1,1; Jo 1,1-3; Hb 1,2; 1Co 8,6; Cl 1,16.

 

            Isaías 45,23

 

            Por mim mesmo tenho jurado. As promessas de Yaohu foram ratificadas por esse juramento (veja 62,8; Gn 22,16; Êx 32,13; Hb 6,13-18). Veja nota sobre 14,24. Boca.Veja a nota sobre 1,20. Saiu o que é justo. Ou “justiça”, Veja a nota sobre 1,21. Palavra. A promessa de plena restauração, incluindo julgamento e defesa (40,8; 55,10-11). Todo joelho...toda língua. O objetivo da história da redenção (Rm 14,11; 1Co 15,25; Fp 2,10-11). Veja CM 104.

 

            Catecismo Maior de Westminster: Pergunta 104. Quais são os deveres exigidos no primeiro mandamento?

            Resposta: Os deveres exigidos no primeiro mandamento são: conhecer e reconhecer Yaohu como único verdadeiro ‘Elo(rr)hím(i), e nosso ‘Elo(rr)hím(i); adora-lo e glorifica-lo como tal; pensar e meditar nele, lembrar-nos dele, altamente aprecia-lo, honra-lo, adora-lo, escolhe-lo, amá-lo, deseja-lo e teme-lo; crer nele, confiando, esperando, deleitando-nos e regozijando-nos nele; ter zelo por ele; invoca-lo, dando-lhe louvor e agradecimentos, prestando-lhe toda a obediência e submissão do homem todo; ter cuidado de lhe agradar em tudo e tristeza quando ele é ofendido em qualquer coisa, andar humildemente com ele. (Referências bíblicas: 1Cr 28,9; Dt 26,17; Is 43,10; Sl 95,6.7; Mt 4,10; Sl 29,2; Ml 3,16; Sl 63,6; Ec 12,1; Sl 71,19; Ml 1,6; Is 45,23; Js 24,22; Dt 6,5; Sl 73,25; Is 8,13; Êx 14,31; Is 26,4; Sl 130,7; 37,4; 32,11; Rm 12,11; Fp 4,6; Jr 7,23; Tg 4,7; 1Jo 3,22; Sl 119,136; Jr 31,18; Mq 6,8.).

 

            E aí; viu o que um Nome leva...!! E olha que não é um nome qualquer como lhe fizeram dando subtítulos parecendo um filme ou algo qualquer... Mas é o NOME! SEU NOME PESSOAL E INTRANSFERÍVEL DADO PELOS ANJOS... POR ISSO A MINHA APOSTILA ENFATIZA ESSE NOME (YAOHU, YAOHUSHUA, RÚKHA hol – RODSHUA – A TRINDADE! SE FOR UMA TRINDADE, NÃO PODE HAVER NOMES DIFERENTES COMO O HOMEM O QUIS A SEU BEL PRAZER...).

            Mashiach (Messias, Maschiyah). Literalmente, “O UNGIDO”. Em português, é transliterado em “Messias”. Equivalente ao termo grego Christós, que também significa  “ungido”. No Tanakh, reis e Kohamim (sacerdote do templo ou tabernáculo) eram ordenados ao serem ungidos com azeite (Sh’mot [Êx] 30,30; Sh’um’el Alef [1Sm] 15,1; Tehillim [Sl] 133). O novo Testamento judaico usa mashiach para verter as ocorrências da transliteração grega messias, que aparecem apenas duas vezes em todo o texto no NT (Yn 1,41; 4,25), e em quatro passagens dramáticas para verter christós (Mt 16,16; Mc 8,29; 14,61; Lc 9,20). [Yn = Jo].

            Anselmo Estevan.

 

 

           

            Estrutura e estilo da epistola. Paulo sabe que seus “filhinhos” estão em perigo (4,19). Não é sua intenção demonstrar-lhes uma tese. A verdade que lhes anunciou e que, desde então, iluminou o caminho que percorreram (5,7) é a verdade de um acontecimento: a intervenção de Yaohu em Yaohushua Maschiyah – O UNGIDO, para libertar os homens do pecado. É diante deste acontecimento, diante de Yaohushua Maschiyah crucificado, que Paulo vai reconduzir os gálatas.

            Numa primeira etapa (caps. 1 e 2), o apóstolo lhes lembra que Yaohushua Maschiyah está na origem de sua missão e no centro de sua mensagem.

            Numa segunda etapa (caps. 3 – 6), ele mostra que Yaohushua Maschiyah, efetuando a Salvação, dá à história o seu sentido: por ele e nele, os homens regenerados encontram a sua unidade, e a criação renovada chega à sua plenitude.

            Essas etapas são unificadas pelo desenvolvimento dos três pares que mostram aos gálatas os diversos aspectos da escolha fundamental proposta a todo homem pelo Evangelho.

 

            A. Primeira etapa: 1,1 – 2,21

            a) Introdução (1,1-10)

            1,1-5: endereço em que são anunciados os dois temas da primeira etapa: a missão de Paulo (vv. 1 –2); o seu evangelho (vv. 3 – 4).

            1,6-10: a situação: o único Evangelho está pervertido.

            b) A missão de Paulo (1,11 – 2,10)

            1,11-24: Paulo recebeu do Maschiyah ressuscitado a missão de anunciar o Evangelho aos pagãos; é para isso que foi escolhido e chamado por graça.

            2,1-10: a salvação é outorgada a todos gratuitamente; portanto, os pagãos não têm de ser submetidos à circuncisão. Tal é a verdade do Evangelho, que Pedro e a Igreja de Jerusalém reconheceram publicamente.

            c) O Evangelho de Paulo (2,11-21)

            Entretanto, sob a pressão dos judaizantes – a mesma que os gálatas sofrem –,  Pedro não permaneceu fiel à verdade, à opção que ela exige, Paulo mantém esta verdade e define a opção fundamental por meio do por fé e lei. Esta opção se faz por causa do Maschiyah crucificado, que deu a vida por cada um de nós. Aquele que escolhe justificar-se pelas próprias obras, cumprindo a lei, torna inútil a morte do Maschiyah; aquele que aceita ser justificado pelo Maschiyah e renuncia a toda pretensão de salvar-se a si mesmo mostra que, para ele, a morte do Maschiyah é fecunda: ele vive da vida amorosa do Filho de Yaohu.

 

            B. Segunda etapa: 3,1 – 6,18

            a) Introdução (3,1-5)

            Diante do Maschiyah crucificado, de quem receberam o dom do Rúkha, Paulo apostrofa os gálatas: a escolha estúpida que fizeram os faz voltar à carne.

            b) O regime da fé e o da lei na história da salvação (3,6 – 4,7)

            3,6-14: no desígnio de Yaohu, a promessa feita a Abraão, o crente, concerne a Maschiyah e, através dele, a todos os fiéis sem distinção. A salvação prometida realiza-se pelo dom do Rúkha.

            3,15-29: a lei não é nada como condição deste dom; ela é imposta aos pecadores para revelar-lhes a sua escravização ao pecado e mostrar-lhes que a SALVAÇÃO está na fé em Maschiyah; por Yaohushua O UNGIDO e nele, serão libertados e reunidos, pois serão filhos de Yaohu.

            4,1-7: a história da salvação logra a sua plenificação em Yaohushua Maschiyah, que faz com que os homens passem da escravidão do mundo para a liberdade dos filhos de Yaohu, pelo dom do Rúkha.

            c) Exortação a não voltar à escravidão (4,8 – 5,12) 4,8-20: angústia de Paulo por seus filhos: o Evangelho os libertara, mas agora tenta-se escraviza-los de novo.

            4,21-31: para ser livre é preciso ser filho de Abraão, não segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Rúkha).

            5,1-12: quer os gálatas permaneçam livres, mantendo-se abertos ao dom gratuito que Maschiyah lhes concede, ao Rúkha que lhes outorga o dom de crer, amar e esperar. Paulo define assim o que é a vida nova em Yaohushua O UNGIDO.

            d) A verdadeira liberdade é fruto do Rúkha que liberta o homem da carne (5,13 – 6,10)

            5,13-25: antagonismo radical entre a carne e o Rúkha.

            5,26 – 6,10: o Rúkha liberta do julgamento, tornando fiel à Lei do Maschiyah.

            c) Conclusão (6,11-18)

            Paulo torna a situar os gálatas diante da cruz do Maschiyah. Esta pôs fim ao mundo antigo e mau, evocado na introdução (1,4); a salvação efetuada pelo Maschiyah crucificado inaugura a nova criação, aquela à qual a fé dá acesso, aquela na qual o homem é libertado da lei, porque vive segundo o Rúkha.

 

            Esta é a estrutura da epístola. Ela haure a sua unidade da meta e o que Paulo tende, desenvolvendo os temas complementares que acabamos de enumerar: fazer descobrir na cruz do Maschiyah a intervenção pela qual Yaohu dá sentido à história e realiza o seu desígnio de salvação gratuita e universal.

            Para proclamar este mistério “escandaloso”, Paulo emprega fórmulas tão densas e tão ousadas que se poderia ser tentado a ver nelas excessos de linguagem, aos quais teria sido arrastado pela polêmica e que seria preciso edulcorar ao interpreta-las. Mas, pelo contrário, essas fórmulas devem ser compreendidas como expressão, tão exata quanto vigorosa, das intuições que o apóstolo recebeu do Rúkha para conhecer e anunciar o mistério do Maschiyah.

            O estilo e o pensamento desta epístola são tão paulinas que sua autenticidade, raramente posta em dúvida, parece hoje incontestável. Toda a personalidade de Paulo está aí com sua afeição pelos filhos, sua dedicação total à missão, sua energia para vencer as resistências opostas pelo mundo à verdade do Evangelho.

 

 

            Atualidade permanente da epístola. A epístola aos Gálatas interpela os messiânicos de todas as épocas; ela interpela também a Igreja. Será que o messiânico é um verdadeiro crente, um homem cuja fé o liberta de todo medo? Será que a Igreja não jaz ainda na situação histórica dos gálatas? Por certo, não há mais judaizantes, e os messiânicos não têm mais medo de participar da vida e da mesa dos pagãos. Mas será que as instituições da Igreja não enclausuram demasiadas vezes os messiânicos em limites dentre dos quais eles pensam ter assegurado a própria salvação e se gloriam de praticar a lei de Maschiyah, reduzida a meio de estar em ordem com Yaohu? A Igreja que eclodia no Pentecostes pelo Rúkha não pode pretender alcançar a perfeição graças a obras e estruturas humanas, “carnais”; de outro modo, ela escravizaria os homens, em vez de ser educadora da sua fé e da sua liberdade de filhos de Yaohu.

            A Igreja é, portanto, convidada a perguntar a si mesma se as suas instituições têm por meta a formação de uma comunidade cuja unidade se enraíza no único Evangelho, comunidade que o Rúkha abre para todos e põe a serviço de todos, comunidade de irmãos universais. Questão sempre atual. Apelo a uma reforma sempre renovada pelo poder do Evangelho, redescoberto sem cessar. {E agora, o irmão/irmão – ainda quer chama-lo de “SENHOR” para ser seu servo...??? Se for ainda seu servo desfaz todos os seu esforços listados nesta linda epístola de Paulo....!!!! Pense nisso e lhe de a glória que lhe é devida em seu nome: “Yah-YHVH – YERRUA – ‘EU SOU ESPÍRITO’ (RÚKHA)}”.

 

 

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

EFÉSIOS

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Ensinar aos messiânicos em Éfeso a maravilha e as implicações práticas de ser a Igreja de Maschiyah.

            Data: 60-62 d.C.

            Verdades fundamentais:

            A Igreja havia recebido bênçãos maravilhosas pela sua união com Maschiyah.

            A Igreja foi levada da morte para a vida em Maschiyah.

            A Igreja se estenderá mundialmente com judeus e gentios unidos em Maschiyah.

            A Igreja deve batalhar pela unidade em Maschiyah.

            A Igreja deve viver nos caminhos de Maschiyah, não retornar aos caminhos do mundo pecador.

            A Igreja deve buscar em Maschiyah forças para o combate espiritual.

 

 

            Propósito e características

            Assim como a carta aos Romanos, Efésios fornece uma compreensão única da teologia de Paulo, pois foi escrita quando Paulo pôde dar-se ao luxo de não ter de tratar de uma controvérsia local importante. O que se destaca em Efésios é a reverência com a qual o mistério da Igreja é consumado.

            Efésios descreve a Igreja como a nova humanidade de Yaohu, uma colônia na qual o YHVH da História estabelece um antegosto de unidade e da dignidade renovadas da raça humana (1,10-14; 2,11-22; 3,6.9-11; 4,1 – 6,9). A Igreja é uma comunidade na qual o poder de Yaohu para reconciliar homens e mulheres consigo mesmo é experimentada e, depois, compartilhada em relacionamentos transformados (2,1-10; 4,1-16; 4,32 – 5,2; 5,22 – 6,9).

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (5ª).

 

            Objeto e conteúdo da epístola. O tema central da Epístola aos Efésios é o desígnio de Yaohu (o mistério), ficando desde toda a eternidade, oculto durante os séculos; realizado em Yaohushua – O UNGIDO – Maschiyah, revelado ao apóstolo, desenvolvido na Igreja. Esta é celebrada como uma realidade universal, simultaneamente terrestre e celeste, ou melhor, como a realização atual da obra de Yaohu, a da nova criação. A sua expansão, a partir da cabeça, Maschiyah, até a plenitude das dimensões previstas por Yaohu, constitui a vasta perspectiva para a qual o autor dirige em olhares dos crentes. Esse dinamismo exprime-se nas imagens entrecruzadas do crescimento do corpo e da edificação da casa de Yaohu. Integradas pelo batismo neste corpo, no qual estão reunidos Israel e as nações pagãs, os messiânicos se tornaram criaturas novas, pelo louvor, o conhecimento e a obediência. Eles figuram como núcleo central da reunificação do universo.

            A epístola se divide em duas partes iguais e fáceis de distinguir.

            1. A primeira (caps. 1 – 3) evoca a Igreja como plenificação da obra de Yaohu, num estilo característico que decorre ao mesmo tempo da liturgia e do magistério. Ela principia com uma bênção no estilo especifico do culto judaico (para alguns, esta passagem se estenderia até o fim de Ef 3). A celebração da graça ilimitada de Yaohu (1,3-14) constitui o seu trecho mais bem definido. Uma oração de iluminação vai dar na exaltação de Maschiyah, Yaohu do universo e cabeça da Igreja (1,15.23). Ef 2 evoca a grande viravolta operada em Yaohushua O UNGIDO: o que estava morto está vivo (1 – 10), o que estava dividido e alienado acha-se reconciliado (11 – 22); a salvação pela graça atinge a cada um e, por conseguinte, reúne em Maschiyah todos os homens; doravante, não existe mais barreira entre Israel e as nações pagãs, e a reconciliação deles anuncia a reconciliação do universo inteiro. O artífice desta reconciliação é o apóstolo: Ef 3 revela a posição de Paulo no desígnio de Yaohu (vv. 2-13) e toda a primeira parte termina com uma oração de adoração que conta o amor incomensurável de Maschiyah (3,14-19) e conclui com uma doxologia (3,20-21).

            2. A segunda parte (caps. 4 – 6) pode intitular-se: exortação aos batizados, exortação que decorre da celebração. O apóstolo chama a comunidade a viver na unidade e, para que isso aconteça, evoca assaz detidamente a edificação e o crescimento do corpo de Maschiyah, graças aos ministros que lhe são dados  (4,1-16). As instruções que seguem voltam a tratar dos temas tradicionais do catecismo primitivo: convite a abandonar a antiga maneira de viver para abraçar a nova, revestindo-se de Maschiyah (4,17-31), imitando a Yaohu (4,32 – 5,2), passando das trevas para a luz (5,3-20). O quadro das novas relações instauradas em Maschiyah (5,21 – 6,9) contém a bem-conhecida exposição sobre a união conjugal de Maschiyah com sua Igreja (5,25-32). Vem finalmente o apelo a envergar a armadura do messiânico para sustentar o combate contra as potências celestiais (6,10-17). Imagens e temas são tomados do AT e às vezes se inspiram em Qumran ou mesmo na filosofia popular, mas a epístola os renova pela iluminação que vem de Maschiyah.

            Efésios termina com uma exortação à oração (6,18-20) e breves mensagens (6,21-22) que introduzem a saudação final (6,23-24).

            Irmãos e Irmãs leitores (as): “De forma alguma poderia deixar passar, Efésios, sem fazer uma colocação de suma importância!” Vejam esses dois estudos bíblicos que se entrelaçam entre si a nosso favor.:

            - O verdadeiro Batismo no Rúkha hol – RODSHUA: Efésios 1,13-14 Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Rúkha hol – RODSHUA da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória!

 

            1,13, selados. Como a impressão indelével deixada pelo selo do anel de um rei, o Rúkha hol – RODSHUA é uma marca interior da posse de Yaohu sobre o seu povo o qadôsh Rúkha da promessa. Como Yaohushua disse (Lc 24,49), o Rúkha hol – RODSHUA é a promessa do Pai. De modo notável, essa promessa é estendida aos gentios, bem como aos judeus, com base na crença deles em Maschiyah (Ez 36,26-27; Jl 2,28; Jo 14 – 16; At 1,4-5; 2,33.38-39; Gl 3,14; 4,6).

 

            Catecismo Maior de Westminster:

            Pergunta 72. O que é a fé justificadora?

            Resposta: A fé justificadora é a que salva. É operada pelo Rúkha e pela Palavra de Yaohu no coração do pecador, o qual, sendo por eles convencido do seu pecado, da sua miséria e da sua incapacidade e da das demais criaturas para o restaurar desse estado, não somente aceita a verdade da promessa do evangelho, como também recebe e confia em Maschiyah e na sua justiça, que lhes são oferecidos no Evangelho para o perdão dos pecados e para que a sua pessoa seja aceita e reputada justa diante de Yaohu, para a salvação.

            Referências bíblicas.

            Hb 10,39; 1Co 12,3.9; Rm 10,14.17; Jo 16,8.9; At 16,30; Ef 1,13; At 10,43; Fp 3,9; At 15,11.

 

            Pergunta 81. Todos os crentes sempre têm a certeza de que estão no estado da graça e de que serão salvos?

            Resposta: A certeza da graça e da salvação, não sendo da essência da fé, os crentes verdadeiros podem esperar muito tempo antes de consegui-la; depois de desfrutar dela, podem senti-la enfraquecida e interrompida por muitas perturbações, pecados, tentações e deserções, contudo, eles nunca são deixados sem a presença e o apoio do Rúkha de Yaohu, que os guarda de caírem em desespero absoluto!

            Referências bíblicas.

            2Pe 1,10; 1Jo 5,13; Sl 77,7-9; 22,1; 31,32; 73,13-15.23;1Jo 3,9; Is 54,7-11.

 

            Limpos pela PALAVRA – O ÚNICO E VERDADEIRO BATISMO NO RÚKHA HOL – RODSHUA: Jo 13,10; 15,3; 2Tm 1,9; Efésios 4,5-6; 1Co 6,11; Hb 10,22; 1Pe 1,3.23; Rm 12,2; Ef 5,26; Jo 14,16; Ef 1,13; 1,14; 4,30; 2,8-10! Maschiyah, que tinha que fazer parte conosco para sofrer por nós foi batizado nas águas para dar o “início dos seus sofrimentos e assim receber o Rúkha hol - RODSHUA – Como estava escrito nas Escrituras... pois Ele tinha que ser identificado como tal...! E, isso tinha que acontecer naquela época para que cressem... e, assim foi. Mas quem o recebe e está na sua Palavra já está limpo não precisa refazer o que ele fez por nós de novo...?! Somente estando nas suas Palavras já estamos limpos! Se crermos de verdade e observarmos o que nos foi deixado escrito (Escrituras Sagradas), e, as pormos em prática, já somos novas criaturas pois estamos em novas atitudes... não precisando refazer o que ele fez por toda a humanidade. Então existe um único Batismo não de regras humanas mas no Filho de Yaohu...!”. Pois o que adianta ser batizado nas águas... e se podemos cair de novo e de novo...?! E, se só há uma Salvação No Filho!! Pois a Palavra mesma diz: “Aquele que está em pé, cuidado para que não caia...” (1Co 10,12).

 

            Essa é a glória (Para Glória) – de Yaohu [Um só Batismo], conhecido nos céus... Aos “Anjos...!”.

 

            Efésios 3,8-10: A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Maschiyah e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Yaohu, que criou todas as coisas, para que, pela Igreja, a multiforme sabedoria de Yaohu se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Maschiyah Yaohushua, nosso YHVH, pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele!

 

            Pela Igreja. Isto é, pela incorporação de judeus e gentios juntos num corpo em Maschiyah, se torne conhecida... nos lugares celestiais. Paulo já havia mencionado “o príncipe da potestade do ar” (2,2) e retomaria a batalha dos messiânicos contra os seus inimigos celestiais (6,10-17). É útil relembrar a sua controvérsia com os falsos mestres em Colossos. Ele havia argumentado em sua epístola àquela Igreja que Yaohushua é YHVH de todas as coisas, incluindo o mundo espiritual, e também que é em Yaohushua, e em Yaohushua apenas, que céu e terra são reconciliados (Cl 1,15-20; 2,8-23). Paulo via o estabelecimento da paz entre judeus e gentios na Igreja como um sinal para os poderes cósmicos. Do ponto de vista de sua cultura, não havia maior divisão na raça humana do que entre judeus e gentios. O fato de eles poderem ser unificados radicalmente uns com os outros em Maschiyah era uma demonstração da profunda sabedoria de Yaohu (Is 55,8-9; 1Co 2,6-10), e servia como prova para os poderes celestiais de que Yaohushua é realmente YHVH do Universo (1,20-23).

 

            Bem, acho que já dá para expor o meu ponto de vista: Satanás, ficou enciumado com a “Criação de Yaohu” – o Ser Humano...! E, premeditou toda a “queda para a criação de Yaohu...!!”. Só que Nem nos Céus, e Nem na Terra, era conhecido o PLANO de YAOHU para com sua criação. Por isso a palavra GLÓRIA – para seu Nome... vêm desses dois estudos. Que principalmente as suas criações – Os ANJOS – não acreditavam que por uma única palavra e por um “’Elo(rr)hím(i)” se tornar Humano – poderia restabelecer uma união que era impossível aos olhos mesmo de sua criação em forma de anjos... A NOSSA SALVAÇÃO – O EVANGELHO!

            Você viu como funciona... há muito tempo eu tinha essa idéia...! Mas, viu o que foi e é preciso para expor a mesma simplesmente se fazer entender...É assim que funciona toda a Palavra de Yaohu! É como plantar uma semente num vaso... mas só temos a “semente”..., todo o resto precisa ser providenciado, cuidado cultivado... para que cresça e viva.... É isso irmãos, e irmãs: não desistam nunca somente precisamos de uma coisa CRER no SEU ÚNICO FILHO. Somente isto. Por isso quero saber seu verdadeiro Nome pessoal e intransferível. Yaohushua. 

            Anselmo Estevan.

 

 

            Circunstâncias e características da epístola.

            a) Efésios faz parte das chamadas cartas do cativeiro. O quadro histórico é o de colossenses e de Filemom. Paulo está preso (Ef 3,1; 4,1; 6,20;  cf. Fm 9,10.13.27; Cl 4,3.10.18), rodeado dos mesmos companheiros, encarrega Tíquico de idêntica missão (Cl 4,7-8; Ef 6,21-22).

            b) Entretanto, essas comparações são de tal natureza que criam um problema. Constata-se, a propósito de Efésios, que todos os pormenores relativos aos dados históricos são tomados quase literalmente de Colossenses (Ef 6,21-22). Além disso; o apóstolo não conhece pessoalmente ou seus destinatários (1,15); por conseguinte, não se pode tratar da Igreja de Éfeso, onde Paulo teve uma estada prolongada. Aliás, os manuscritos nos alertam logo no primeiro versículo, visto muitos deles omitirem a indicação de Éfeso (cf. Ef 1,1 nota); desde a Antiguidade, houve quem supusesse que a epístola houvesse sido dirigida à Igreja de Laodicéia, próxima de Colossos, que, segundo Cl 4,16, recebeu uma carta do apóstolo, carta esta da qual não achamos vestígio algum, exceto este.

            c) Os traços de parentesco entre Efésios e Colossenses concernem também ao estilo: recurso aos desenvolvimentos litúrgicos, sintaxe muitas vezes sobrecarregada, abundância de sinônimos, encadeamentos de complementos, expressões no particípio, analogias de vocabulário, influências sapienciais. As características de Colossenses são aqui acentuadas e os semitismos, mais numerosos.

            d) Enfim, é preciso fazer o levantamento dos mais marcantes desenvolvimentos paralelos:

 

            Efésios                        Colossenses

            1,6-7                           1,13-14

            1,13                                     1,5

            1,15                                     1,9

            1,15-16                       1,3-4

            2,1.5                           2,13

            2,2-3                           3,7

            3,1-13                         1,24-29

            4,15-16                       2,19

            4,22-24                       3,9-10

            5,6                              3,6

            5,19-20                       3,16-17

            5,21 – 6,9                            3,18 – 4,1

            6,18-20                       4,2-4

            6,21                                     4,7

 

            A relação Efésios-Colossos constitui um dos enigmas do NT, para o qual ainda não foi encontrada solução plenamente satisfatória. Eis as principais hipóteses que foram propostas:

            1. Alguns poucos consideram a carta aos Efésios um texto Paulino, que o autor de Colossenses teria em seguida remanejado para dar mais peso à sua mensagem.

            2. A opinião mais comum vê nessas cartas duas mensagens que o apóstolo enviou quase ao mesmo tempo a Igrejas vizinhas, inspirando-se em Colossenses para compor Efésios. Neste caso, Efésios representa o último estágio do pensamento do apóstolo. Prisioneiro em Roma, Paulo quer legar às comunidades, talvez sob a forma de uma carta circular, a sua suprema meditação sobre o mistério da salvação e da Igreja.

            3. Para outros, após ter composto Colossenses, Paulo cofiou a um secretário ou a um discípulo muito próximo o cuidado de dirigir uma segunda mensagem. Isto explicaria o parentesco entre os dois textos e suas divergências, ao mesmo tempo que alguns desvios observáveis em Efésios.

            4. Enfim, vários motivos importantes inclinam não poucos especialistas a considerar que a epístola pertence a uma época mais tardia, a da geração pós-apostólica e que ela emana de um meio profundamente marcado pelo apóstolo.

            Por suas características, ela faz pensar em uma bênção-exortação pronunciada oralmente no decurso de um ato de culto, transformada depois em epístola, de maneira a poder figurar  na coleção das cartas paulinas. Constata-se, por outro lado, que Efésios volta a tratar dos temas desenvolvidos alhures, mas de tal maneira que a relação de Efésios com Romanos, 1 Coríntios, Gálatas e até com Colossenses se explica menos por uma dependência direta do que por reminiscências, e uma evocação dos motivos provenientes da pregação apostólica. Enquanto Colossenses, em particular, mostrava-se mais semelhante a outras cartas de Paulo pelo estilo e a apresentação, Efésios é mais rica em temas tipicamente paulinos (nem a salvação pela graça, nem o povo de Yaohu, nem o Rúkha qadôsh aparecem em Colossenses). As afinidades com Qumran são mais freqüentes; ora, a influência essênia tendia mais a se exercer na catequese habitual da segunda geração. Nota-se enfim a influência exercida pela literatura sapiencial, já perceptível em Colossenses: os termos de sabedoria, ministério, plenitude se multiplicam e talvez já estejam marcadas por certas observações que resultariam na gnose.

            Enfim, a fixação de uma data ulterior para a epístola explicaria as relações que existem entre Efésios e as epístolas pastorais, se consideradas como posteriormente a Paulo, e também com a tradição joânica; e, neste caso, um mesmo meio pode ser-lhe atribuído: Éfeso. Mas é sobretudo um exame da sua teologia que permite definir o caráter particular da epístola.

 

 

            Teologia da epístola: enraizamento Paulino e horizonte novo. Seja como for, a Epístola aos Efésios está profundamente marcada pelo pensamento do apóstolo Paulo. Mas são esses vínculos impressionantes que levantam problemas. Enumeremos rapidamente:

            - A Grande obra de Yaohu realizada em Yaohushua O UNGIDO está fixada no âmago da mensagem; o batismo significa de modo decisivo a participação dos messiânicos no destino de Maschiyah.

            - O anúncio e a celebração da graça divina dão ao texto a sua nota dominante, desde a bênção inicial (1,3-14) até as exortações finais (2,1-10; 4,7).

            - A reconciliação do mundo é vinculada à derrubada da barreira que isolava Israel das outras nações; doravante os pagãos são plenamente cidadãos do Reino de Yaohu (2,11-22).

            - O ministério de Paulo cumpre a missão de Yaohu (3,2-13).

            - A Igreja é definida ao mesmo tempo como sendo o povo de Yaohu e o corpo de Maschiyah. Aliás, Efésios não entra em nenhuma especulação cosmológica; a revelação é concedida, não sob forma de teoria ou sistema, mas na e pela comunidade messiânica, explicitação do “mistério”.

            No entanto, esta herança paulina sofre uma transformação profunda que não pode ser atribuída simplesmente aos temas novos surgidos em Colossenses. Os prolongamentos que então se esboçavam são doravante tão bem-acentuados que delineiam uma figura original de conjunto.

            Toda a expectativa do fim não se esvaiu; todavia, à tensão presente-futuro sucede outra; a salvação realizada em Maschiyah e revelada na Igreja deve lograr a sua plena dimensão graças ao crescimento do corpo, que repercute até nas esferas celestes (1,22; 4,8-10). A salvação torna-se uma realidade em vias de plenificação. O messiânico já está salvo (Ef 2,8), os batizados, “ressuscitados e elevados com Maschiyah” na glória.

            Da mesma forma, o anúncio da graça não se situa mais no contexto escatológico do grande processo entre Yaohu e seu povo. As categorias jurídicas cederam lugar à “mística”; encontramo-nos no ponto de partida da evolução que aproximaria o messianismo das religiões de salvação. O mesmo pode-se dizer no que concerne à relação entre Israel e as nações. Em Romanos, a reunião faz-se pela adição da totalidade de Israel e da totalidade dos pagãos que permanecem distintas; em Efésios, por uma conjunção na qual toda a diferença jaz no passado. Por um lado, a expectativa apocalíptica da conversão final de Israel e a angústia do apóstolo a respeito do seu povo; por outro, a certeza de um encontro já realizado na Igreja. Em Romanos, a dialética é de tipo jurídico, em Efésios, a reconciliação tem um caráter, ao mesmo tempo, ético e cósmico (cf. Rm 9 – 11 e Ef 2,11-21).

            Nas epístolas anteriores, a Igreja designava em geral as comunidades locais; em Efésios, em seguimento a Colossenses, ela é considerada como uma realidade universal, quase personificada, como o foi a Sabedoria de Yaohu. Efésios transpõe para o plano universal os desenvolvimentos paroquiais e concretos de 1 Coríntios. De temporal, inserida na história, a Igreja tende a aparecer como eterna. Em Colossenses, o pleroma vinha habitar Maschiyah; agora, a Igreja é o pleroma de Maschiyah. As afirmações sobre Maschiyah, cabeça do universo, tornam-se afirmações sobre a Igreja. O tema do corpo, estreitamente mesclado com a da casa de Yaohu, recebe a sua última formulação e se enriquece com o novo desenvolvimento sobre o mistério da união de Maschiyah com sua Igreja, modelo da união conjugal, em que se exprimem a soberania de Maschiyah e a responsabilidade da Igreja.

            Quer se trate de Paulo, no findar da sua carreira, ou de um dos seus secretários valendo-se das instruções dadas, quer se trate de um dos seus herdeiros, em face da crítica situação atravessada pelo messianismo após a geração apostólica, a verdade é que o autor de Efésios esboçou, de par com Mateus, Lucas e João, uma das grandes respostas dadas pelos messiânicos de então ao problema de seu próprio futuro. Ele quer levar os fiéis a tomar plena consciência de que o mundo sofreu uma mudança radical após a morte e a elevação de Maschiyah. Avalia e celebra o dom de Yaohu, dom que, doravante, vê inserido na formação da Igreja. Nesta Igreja, ele percebe o penhor de uma situação irreversível.

            De qualquer forma, convém ler a Epístola aos Efésios menos como uma carta de circunstância do que como uma exposição lírica e didática da fé messiânica.

 

 

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

FILIPENSES

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Agradecer aos filipenses pela solidariedade enquanto esteve na prisão e anima-los a se unirem e a se ajudarem mutuamente em Maschiyah.

            Data: c. 61 d.C.

            Verdades fundamentais:

            O evangelho de Maschiyah continuará a ser pregado, mesmo em face de perseguições.

            Sofrer por Maschiyah é uma alegria e traz glória para os crentes.

            Os crentes devem demonstrar o evangelho na própria vida ao servir uns aos outros à semelhança de Maschiyah.

            Os crentes devem permanecer na verdade e evitar os extremos do legalismo e do antinomianismo (a crença de que o messiânico não está sujeito à lei moral de Yaohu).

            Apoiar os outros no ministério é uma importante prática messiânica.

 

 

            Propósito e características

            Paulo escreveu essa carta para expressar tanto alegria quanto preocupação. A epístola é inundada de gratidão pelo modo como Yaohu estava levando adiante a obra de salvação entre os filipenses e pela ligação especial que existia entre Paulo e seus leitores. Ao mesmo tempo, a carta apresenta um tom sério. Os filipenses enfrentavam perseguições (1,27-30) e pressões de falsos ensinamentos (3,2-21). Além do mais, conflitos dentro da Igreja colocavam em risco o ministério em Filipos (1,27 – 2,18; 4,2-3). Paulo escreveu tanto para expressar a sua alegria quanto para dar instruções aos crentes filipenses. Ele enfatizou principalmente os seguintes tópicos: [“Preste muita atenção, pois aqui, não vou resumir o estudo pois é de máxima importância para todos que estão nas DENOMINAÇÕES! POIS “IGREJA” SOMOS TODOS NÓS OS CRENTES QUE CRÊEM EM YAOHU E NA SUA PALAVRA...! MAS QUE SE ENGANAM E SÃO ENGANADOS POR PESSOAS QUE PREGAM O FALSO EVANGELHO... ”]. Anselmo.

            1. A afeição de Paulo por seus leitores. Essa epístola mostra amplamente a ligação especial de amor que Paulo tinha pelos filipenses (1,3-8; 4,10-19). Eles haviam sido fiéis em seu apoio ao ministério de Paulo, e a disposição deles de sofrer juntamente com ele pela causa de Maschiyah era uma fonte de incentivo para Paulo.

            2. Alegria. Apesar das circunstâncias da sua prisão, a carta de Paulo ressoa um tema de alegria. Expressões diferentes refletem essa alegria pelo menos dezesseis vezes na carta. O contentamento de Paulo tinha origem basicamente na fidelidade dos filipenses, e ele desejava o mesmo para eles como um antídoto para todo tipo de ansiedade (4,4-7).

            3. O exemplo da humildade de Maschiyah. Filipenses dá uma grande ênfase ao estado humilde da encarnação de Yaohushua. O majestoso “exemplo de Maschiyah” (2,6-11) oferece um modelo para os crentes. Em seu estado pré-encarnado, Maschiyah Yaohushua estava “subsistindo em forma de ‘Elo(rr)hím(i)” (2,6). Contudo, ele tomou a forma de um escravo e esvaziou-se de si mesmo, revestindo-se da natureza humana e sujeitando-se às suas próprias criaturas. No entanto, mesmo nesse estado de humilhação, Maschiyah não deixou de ser totalmente divino (Jo 1).

            4. Justificação pela graça por meio da fé. Contra aqueles que concordavam com a obediência à lei do Antigo Testamento como uma condição para merecer a salvação, Paulo enfatizou que Yaohu queria que o seu povo fosse salvo pelo recebimento da sua justiça em vez de esforçar-se para firmar a sua própria justiça. Embora Paulo tivesse sido escrupuloso na sua obediência à lei, ele veio a perceber que essa confiança em tal obediência era um grande pecado, porque isso o impedia de confiar em Yaohu. Paulo viu a sua jactância com repugnância (3,7-8) e apegou-se somente a Maschiyah como a sua fonte de confiança (3,3.9).

            5. A vida messiânica. Essa epístola é cheia de instruções acerca da prática do Messianismo. Assim como Maschiyah (O UNGIDO) tornou-se um servo, nós também devemos, como messiânicos, nos tornar “servos” de Maschiyah (1,1) – [aqui, identifico essa palavra “servo” como servir e não como “escravo”; mas sim como pessoas que foram libertas da morte do pecado e sim tendo “liberdade” -  em, e, no seu Filho Yaohushua não fazendo os outros de “servos” trazendo uma palavra errada...! Todos deveríamos era olhar para dentro de nós mesmos corrigir os “erros” da própria interpretação... confiar mais no Filho, e aí sim pregar o verdadeiro Evangelho o dá Salvação da Alma (nefesh), e espírito (rûash) no meu entender é exatamente isso que está faltando hoje em dia!]. (Anselmo). Somente a pessoa comprometida com Maschiyah é livre para amar e servir OUTROS (2,3-5).

            Paulo ressaltou a importância da identificação com Maschiyah em sua morte e ressurreição. Assim como aconteceu com Maschiyah, o sofrimento do crente é um precedente para a ressurreição (3,10-11). Por enquanto, é em meio a lutas que o messiânico sente alegria e obtém forças (3,10; 4,13).

            Paulo enfatizou a importância de nos esforçarmos para alcançar o objetivo da salvação final. Confiante no chamamento de Yaohu, o apóstolo avançava na direção do prêmio celestial (3,13-14). Somente quando os messiânicos trabalham é que eles percebem que Yaohu está trabalhando neles (2,12-13). O esforço humano é exatamente a área onde o poder de Yaohu é manifestado!

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (6ª).

 

         Fundação da Igreja de Filipos. Hoje em ruínas, a cidade de Filipos foi próspera na Antiguidade. Situada numa encosta ao sopé da cadeia de montanhas do Pangeu, a cerca de doze quilômetros do mar, ela dominava uma planície bem-cultivada e enriquecida por minas de ouro e prata. Quando Filipe II, pai de Alexandre, anexou essa região à Macedônia, ele reedificou a cidade, fortificou-a, deu-lhe o seu próprio nome (até então ela se chamara Crenides por causa das suas pequenas fontes). No ano 31 a.C., Augusto cumulou a cidade de privilégios, ali estabelecendo uma colônia romana habitada por numerosos veteranos.

            Paulo esteve lá por ocasião da sua segunda viagem missionária, em 49 ou 50, acompanhado de Silas, de Timóteo, sem dúvida também de Lucas, já que é neste lugar que começa (At 16,10) a narrativa escrita na primeira pessoa do plural. Foi ali que ele pregou pela primeira vez o Evangelho na Europa. Os judeus, pouco numerosos, não tinham sinagoga em Filipos e realizavam as suas reuniões na saída da cidade, junto às fontes ou talvez do Gangites (2 km a oeste). Entre eles, Paulo batizou algumas pessoas, entre as quais a negociante de púrpura Lídia, prosélita, que o hospedou em sua casa. Entretanto, surgiram dificuldades. Paulo foi maltratado e encarcerado, depois teve de sair da cidade, lá deixando apenas uma pequena comunidade composta essencialmente de antigos pagãos (cf. At 16,11-40; 1Ts 2,2).

 

 

            O envio da carta. Pela cordialidade que manifesta em sua carta (cf. por exemplo 1,3-8; 4,1), vemos que Paulo se sentia particularmente ligado a essa Igreja. Manteve constantes contatos com ela. Foi a única comunidade da qual aceitou repetidas doações (4,15; 2Co 11,8-9). Ele tinha por norma anunciar o Evangelho “GRATUITAMENTE” (2Co 11,7; cf. 1Ts 2,9; 2Ts 3,7-9; 1Co 4,12; 9,15; 2Co 11,9). Se agiu de outro modo com os filipenses, foi sem dúvida por causa da atitude particularmente fraterna deles. Tinham ajudado Paulo uma primeira vez quando da sua partida da Macedônia para a Grécia. Mais tarde, informados de que Paulo estava de novo preso e destituído de recursos, coletaram dons e encarregaram Epafrodito de os levar a Paulo e depois ficar a seu serviço. Mas Epafrodito caiu doente e desejou voltar para casa. Paulo o despediu e lhe confiou a epístola em que agradece aos amigos, dá notícias suas e comunica os seus projetos, multiplica encorajamentos e recomendações para o bom andamento da comunidade. Nenhuma de suas cartas, com exceção do bilhete a Filêmon, é tão familiar e cordial.

 

 

            O cativeiro de Paulo. Quando esta carta foi escrita, Paulo estava na prisão, incerto do julgamento que o aguardava. Por isso ela é habitualmente contada entre as “epístolas do cativeiro”. Os Atos dos Apóstolos, fora o cativeiro em Filipos, nos informam sobre a prisão em Cesaréia, prolongada até Roma e, como a epístola menciona o “pretório” (1,13) e a casa de César (4,22), fica-se muito inclinado a crer que ela tenha sido composta em Roma (At 28,16.30-31). Admitida esta hipótese, somos autorizados a afirmar que a afeição, a indulgência (1,15), o desapego diante do perigo e da morte (1,21) se expliquem pela idade avançada do apóstolo.

            Hoje, entretanto, a maioria dos exegetas pensa que a carta foi escrita em Éfeso, na mesma época que as duas cartas aos Coríntios. O livro dos Atos só refere alguns episódios característicos da vida dos apóstolos, destinados a descrever o avanço do Evangelho. Da estada de mais de dois anos em Éfeso (At 19,8-10) não sabemos quase nada. Ora, segundo as cartas aos Coríntios, não somente Paulo esteve, já antes de Cesaréia, várias vezes na prisão (2Co 11,23), mas correu graves riscos em Éfeso (1Co 15,32; 2Co 1,8; cf. 2Co 4,8-10; 6,9). A epístola fala de várias idas e vindas. Os filipenses enviaram Epafrodito, Paulo o faz voltar, Timóteo deve segui-lo e trará notícias. O próprio Paulo, se for libertado, irá a Filipos. Por mais que se diga que as comunicações eram fáceis entre a Macedônia e Roma (Via Egnatia), idas e vindas tão freqüentes se explicam melhor numa distância como a de Filipos a Éfeso. Por outro lado, os projetos de Paulo referentes a Timóteo correspondem aos que ele expõe em 1 Coríntios: ele enviou Timóteo a Corinto passando pela Macedônia e anuncia igualmente a sua própria vinda (1Co 4,17-19; 16,5-10). É o que os Atos confirmam. Resolve seguir o mesmo caminho (At 19,21), depois realiza essa viagem (At 20,1-2). Mais tarde, considerou que sua tarefa estava concluída nessas regiões e nada mais desejava do que ir a Roma e depois à Espanha (Rm 15,19-20.22-28).

            A menção ao pretório não prova a origem romana da epístola: na época de Paulo, esse termo designava tanto a residência de um governador com seus serviços administrativos, como o tribunal, a prisão; era o caso de Éfeso. E “os da casa de César” não são forçosamente parentes do imperador; podem também ser os seus escravos e libertos, e estes eram numerosos em Éfeso. É muito plausível que vários dentre eles se tenham convertido e é natural que tenham mantido relações com Paulo.

            Se tivéssemos outros indícios de um cativeiro de Paulo em Éfeso, seria quase evidente ter sido a carta aos Filipenses escrita desta cidade, algum tempo antes das duas cartas aos Coríntios. No estado atual das nossas informações, é impossível dirimir a questão. Pode-se lamenta-lo, tanto mais que a datação depende da fixação do lugar, ao menos de modo aproximativo. Escrita em Éfeso, a carta seria de 56 ou 57. Neste caso, não é um Paulo envelhecido que nós ouvimos nela, mas um homem em pleno combate; explica-se então melhor por que as afinidades internas desta epístola são mais estreitas com as grandes epístolas e mesmo com 1 e 2 Tessalonicenses do que com as outras “epístolas do cativeiro”.

 

 

            Autenticidade e integridade. A autenticidade da Epístola aos Filipenses não é seriamente contestada por ninguém, ao passo que a sua unidade é posta em dúvida por alguns, que pensam ver nela o resultado da fusão de dois ou mais bilhetes antes independentes, embora todos dirigidos por Paulo aos filipenses. Uns distinguem em especial a carta de agradecimento (1,1 – 3,1; 4,10-23) e a carta de advertência contra os judaizantes (3,1 – 4,9). Não há negar que a ruptura seja muito brusca entre 3,1 e 3,2, mas isso pode explicar-se pelo fato de Paulo ditar as suas cartas, não o fazendo de uma assentada. Outros propõem cortes diferentes, em fragmentos menos extensos. Nenhuma hipótese parece de natureza a convencer totalmente. Pode-se notar que o tema da alegria volta em toda a carta e que outros indícios de unidade profunda permitem ver nesses quatro capítulos algo diferente de um mosaico.

 

 

            A linha de pensamento. Esta epístola não é um tratado com um plano logicamente articulado, mas nós podemos resumir a linha do pensamento tal como o balizam os subtítulos inseridos na tradução.

            Embora distante, Paulo sente-se próximo dos seus amigos. No princípio, ele entabula um dos temas que permanecerá presente ao longo de toda a epístola, o da comunhão fraterna em Maschiyah, fonte de alegria. Preso, não sabe qual será a sua sorte. Mas seja qual for o desfecho do seu cativeiro, está certo de que a causa do Evangelho sairá reforçada, e já vê sinais da vitória de Maschiyah. Seu desejo é recomeçar a tarefa apostólica e convida os amigos a levarem por diante valentemente o seu combate. Que o façam com a preocupação de manter a unidade na humildade e no serviço. Para exorta-los a isso, o apóstolo cita um texto de uma importância toda particular, o hino a Maschiyah, servo sofredor estabelecido por Yaohu, YHVH do mundo (2,6-11). Que na comunhão com Maschiyah vencedor, a comunidade preste o seu testemunho com força e fidelidade. Depois, Paulo evoca os projetos que concernem a Timóteo e a Epafrodito.

            No cap. 3, ele põe bruscamente os seus leitores de sobreaviso contra os agitadores judaizantes. Trata-se decerto do mesmo erro por ele combatido na Epístola aos Gálatas. Teriam os filipenses já sido atingidos por essa propaganda? [“Ta vendo...! Isto se pode chamar “O NASCER DE NOVO! Pois o ERRO”, deve ser Corrigido! Pois, nascemos em um corpo que pode ser influenciado pela corrupção da “inveja” e sermos levados à cometer erros. Erros esses que podem mesmo ser de ordem: Religiosa, seguindo normas, regras, preceitos humanos, costumes religiosos de antepassados, etc. Aí, entra o que O UNGIDO nos falou em – NASCERMOS DE NOVO – SERMOS NOVAS CRIATURAS. DEIXAR O “VELHO HOMEM” PARA TRÁS!! Não em mudar a “PERSONALIDADE” (Pois, acredito que quem têm duas personalidades é uma pessoa falsa, doente, ou com problemas mentais como por exemplo: uma mente assassina que premeditando um crime... Ninguém fala que tal pessoa, seria capaz de fazer algo de mal mas “mata”). Então, o problema está na “mente da pessoa”, que vê algo de errado onde está certo. E, o Certo onde está o Errado! Não aceitando ser corrigido e muito menos a VERDADE. É isso que tem que ser corrigido esse é o Velho homem que têm que nascer de novo – na inocência e no aprendizado de uma criança!!! E, não na sabedoria de um Velho que acha que tudo o quê tinha pra aprender já aprendeu... e o pior é que nunca soube nada...!”. Resumo: SER HUMILDE. Anselmo.]. Não é certo, visto que Paulo nada diz a tal respeito no começo da epístola. O mais verossímil é que ele queira pô-los de sobreaviso por ter constatado em outras Igrejas os danos causados por essa tendência. Tratar-se-ia de um retorno puro e simples às observâncias judaicas? Parece que se trata também de propensão a uma vida libertina. Paulo lembra o seu encontro com o Ressuscitado, que o levou a renunciar, ele, fariseu irrepreensível, a qualquer superioridade, para se deixar cativar por Maschiyah e, em seu seguimento e sob sua inspiração, dirigir o rude combate da fé. Aos seus amigos pede que façam o mesmo. Eles são cidadãos do mundo novo, aquele que Yaohu prepara e consumará na glória.

            Depois dessas declarações, Paulo volta a sua exortação à concórdia, à paz, à alegria. Em termos delicados, agradece aos amigos a ajuda, recomendando-lhes que não se inquietem com a sorte que o espera.

            Assim termina esta carta, dentre as epístolas paulinas a que, com o bilhete a Filêmon, destaca-se pelo tom e andamento de “carta”. As confidências e os conselhos repassados de amizade se misturam, de ponta a ponta, com a evocação dos mais momentosos temas do pensamento do apóstolo.

 

            Vamos ver o que o Dicionário Aurélio nos diz da “Personalidade”: per-so-na-li-da-de sf. 1. Caráter ou qualidade do que é pessoal. 2. O que determina a individualidade duma pessoa moral; o que a distingue de outra. 3. V. personagem (1).

 

            Per-so-na-gem sf. e m . 1. Pessoa notável; personalidade, pessoa. 2. Cada um dos papéis duma peça teatral que devem ser encarnados por um ator. 3. Cada um daqueles que figuram numa narração, poema ou acontecimento. [Pl.: -gens].

            E, a SALVAÇÃO –, é “INDIVIDUAL” CADA UM COM SEU JEITO DE SER! MAS, TODOS COM UM ÚNICO PENSAMENTO – A FÉ E O CRER EM NOSSO ‘Elo(rr)hím(i) YAOHU! MAS – SENDO HUMILDES DE CORAÇÃO É O QUE BASTA PARA SERMOS NOVAS CRIATURAS POIS QUEM ESTÁ EM MASCHIYAH JÁ É NOVA CRIATURA... DE NADA MAIS PRECISA PARA MUDAR. NÃO A PERSONALIDADE QUE É DE CADA UM! Anselmo Estevan.

 

 

EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

COLOSSENSES

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Afirmar e explicar a supremacia e suficiência de Maschiyah em oposição a todos os outros poderes e tentativas para obter a salvação.

            Data: c. 60 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Maschiyah é supremo sobre toda a criação e sobre toda a Igreja.

            Os messiânicos não devem ser confundidos pelos falsos credos que misturam fé verdadeira com falsas religiões ou filosofias.

            Maschiyah é totalmente suficiente para trazer a plenitude e a novidade de vida para os messiânicos.

            Os messiânicos devem viver na dependência de Maschiyah e não de outros poderes.

 

 

            Propósito e características

            A epístola aos Colossenses foi dirigida aos messiânicos que estavam sob a influência de um falso ensino que misturava elementos da filosofia grega com o judaísmo. Em parte, esse movimento ensinava que os messiânicos de Colossos estavam sujeitos a uma diversidade de forças espirituais que precisavam ser apaziguadas por meio da veneração, do asceticismo e da observância de dias santos especiais.

            Paulo escreveu para ajudar os membros da Igreja em Colossos a permanecerem firmes na verdade de que Yaohu já os havia aceitado em virtude da união deles com Maschiyah. Conquanto a perfeição, ou a maturidade, permanecesse diante deles como um objetivo a ser buscado (1,22-23.28), eles já estavam “aperfeiçoados” (2,10), por meio de Maschiyah, o Perfeito.

            É difícil reconstruir precisamente os elementos do falso ensino ao qual Paulo reagiu porque a epístola é mais uma positiva afirmação da suficiência da pessoa e da obra de Maschiyah do que um combate ao erro. No entanto, certos aspectos desse falso ensino vêm à tona.

            Em primeiro lugar, esse movimento alegava ser uma “filosofia” (2,8). Como foi freqüentemente o caso no período helenístico, a palavra filosofia não se referia a uma nacional, mas a especulações a respeito do oculto e a práticas baseadas num corpo de “tradição” (2,8).

            Segundo, aparentemente esse falso ensino era muito dependente do judaísmo. Ele dava grande valor às ordenanças legais derivadas do Antigo Testamento, tais como as regras alimentares, o sábado e a observação da lua nova, bem como a outras prescrições do calendário judaico (2,16). [Então, por tudo isso; é que o Nome de ‘Elo(rr)hím(i) nunca foi dito, pronunciado, mas, sim: BLASFEMADO ENTRE OS GENTIOS PELO SEU PRÓPRIO POVO DEVIDO A REGRAS HUMANAS... QUE NA MAIORIA DAS VEZES SE TORNAM INÚTEIS COMO A ALGUNS CASOS JÁ CITADOS...; COMO DESCREVE ESSE TEXTO...!]. Anselmo Estevan. A menção da circuncisão (2,11) também aponta para a natureza judaica do falso ensino, mas isso não sugere que o ritual do Antigo Testamento fosse um tema central em Colossos, como era na Galácia.

            Terceiro, o papel dos espíritos angélicos era um elemento importante nesse ensino!

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (7ª).

 

         Conteúdo da epístola. Breve em extensão (quatro capítulos), vasta em desenvolvimentos teológicos, a Epístola aos Colossenses faz parte tradicionalmente das epístolas ditas “do cativeiro”.

            Como de costume, a carta começa com uma liturgia epistolar (1,1-20): saudação, ação de graças pelo progresso do Evangelho (3 – 8), prece pelos fiéis (9 – 12) e a seguir, um hino que enaltece Maschiyah como cabeça do universo e dá o tom a toda a epístola (13 – 20). Os vv. 21 – 23 interpelam os destinatários e, da interpelação, passa-se à evocação do ministério apostólico cuja missão é realizar o que o hino celebrou: Paulo deve levar a palavra e as tribulações de Maschiyah à sua consumação, para manifestar a glória de Yaohu entre as nações (1,24 – 2,5).

            De 2,6 a 3,4, depara-se à advertência que motivou o envio da carta: a Igreja é alertada diante do perigo que a ameaça por causa das doutrinas e observâncias preconizadas por doutores “heréticos” chegados a Colossos. No centro desta parte polêmica, eleva-se uma nova celebração da vitória de Maschiyah sobre os poderes celestes, vitória à qual os fiéis são associados por seu batismo (2,6-15) e que fundamenta a liberdade messiânica contra toda tentativa de escravização (2,16 – 3,4).

            A exortação toma a seguir um sentido mais geral (3,5 – 4,6). Ela se apóia de novo no batismo: despojados do velho homem, os fiéis se revestiram do homem novo, cuja vida se realiza na comunidade messiânica, tanto pelo modo de proceder como pelo culto (3,5-17).

            Vêm então recomendações no tocante às relações com os demais: são os quadros tradicionais que tratam da vida familiar e social, integrada “no YHVH” e dotada por isso de um sentido novo (3,18 – 4,1). A epístola termina com um apelo à vigilância e à prece (4,2-4), uma indicação sobre as relações com os não-messiânicos (4,5-6) e uma longa lista de saudações e mensagens pessoais (4,7-17), que acabam com a saudação final do apóstolo (4,18).

 

            A crise de Colossos. 1. Os dados da epístola. Paulo, prisioneiro (4,3.10.18), dirige esta carta aos messiânicos de Colossos (1,2). Ele nunca foi a esta localidade (1,4; 2,1) situada na Frígia (Ásia Menor), 200 km a oriente de Éfeso. Durante a longa estada do apóstolo em Éfeso (At 19), o seu discípulo Epafras, colossense de origem (4,12), fundou esta comunidade (1,7) ao mesmo tempo que a de Hierápolis e Laodicéia (4,13), duas cidades vizinhas situadas igualmente no vale do Lico. Laodicéia figura entre as “sete Igrejas” da Ásia nomeadas pelo Apocalipse (1,11; 3,14), e chegou-se a pensar na hipótese de ter sido a destinatária do apóstolo dita “aos Efésios” (Cl 4,16 – cf. introd. a Ef). Segundo a Epístola. Paulo, informado da situação crítica de Colossos por Epafras, que viera juntar-se a ele na prisão (4,7), envia Tíquico, talvez portador da nossa carta (4,7-8; cf. Ef 6,21), e Onésimo (4,9). Eles serão os seus porta-vozes na provação que essas Igrejas atravessam, Igrejas que o apóstolo não fundou e nas quais as suas cadeias o impedem de intervir diretamente.

            2. Um combate teológico e espiritual. Paulo já se deparou com muitas dificuldades, mas, ao contrário do que sucedeu em Corinto ou na Galácia, tudo indica que aqui as questões pessoais (rivalidades ou contestações ao apostolado de Paulo) não desempenharam papel determinante. Não obstante numerosos estudos, o teor das idéias propagadas em Colossos ainda não nos é claramente conhecido. Temos como informação apenas a própria epístola, cujas afirmações são muitas vezes alusivas; além disso, alguns termos técnicos permanecem para nós obscuros: custa discernir, às vezes, se determinada indicação deve ser atribuída aos novos doutores ou se exprime um juízo do apóstolo (assim 2,18.21.23). A tendência fundamental deste movimento consistia em procurar uma espécie de superação do evangelho apostólico. Especulações sobre o mundo dos poderes angélicos, das práticas ascéticas, um certo recurso a observâncias legalistas deviam completar a fé em Maschiyah e comunicar aos fiéis um conhecimento superior dos mistérios e uma vida religiosa mais conforme com suas aspirações. Encontram-se aí alguns traços do “evangelho judaizante” que Paulo já combatera na Galácia, mas um evangelho judaizante que teria evoluído e se apresentaria mais eivado de esoterismo; nele discernem-se tendências que descambariam nos sistemas elaborados da gnose do século II. Um vocabulário novo se desenvolve; vestígios dele encontram-se nos escritos ulteriores do NT e fora dele.

 

            Características da epístola. Marcado por este confronto, a Epístola aos Colossenses manifesta certa originalidade com relação às cartas anteriores de Paulo:

            a) Observa-se uma mudança de estilo que se acentuará em Efésios: acúmulo de sinônimos, enfiadas de complementos, desenvolvimentos litúrgicos (1,3-8.9-20), frases às vezes obscuras ou incorretas (2,18-19.20-23), multiplicando incisos, orações participiais ou relativas...

            b) Do ponto de vista do vocabulário, constata-se igualmente uma evolução. Termos já empregados por Paulo produzem em torno de si uma cristalização inédita do pensamento: cabeça, corpo; autoridades e poderes, elemento do mundo; mistério, economia, plenitude; sabedoria, riqueza, conhecimento etc. (pode-se notar uma forte influência da literatura sapiencial). O termo “santos” predomina para designar os messiânicos.

            c) O próprio pensamento sofre uma mutação, às vezes quase imperceptível, mas que anuncia novas perspectivas. Convém pôr em relevo sobretudo as acentuações e modificações seguintes:

            - a exaltação de Maschiyah assume toda a sua dimensão cósmica; ele é celebrado como cabeça do universo e das potências, e como cabeça da Igreja;

            - o conceito de Igreja se modifica: a idéia de corpo que, em 1Co 12, exprimia a unidade na diversidade no seio da comunidade adquire, também ela, uma amplitude universal; mais nitidamente do que em 1Co , a Igreja (corpo) é distinta de Maschiyah (cabeça);

            - as categorias espaciais (em cima, embaixo) predominam sobre as categorias temporais e escatológicas. O Reino é situado acima de nós, como realidade que nos domina (1,13; 3,1-4) e não à nossa frente, como realidade vindoura (cf. Mc 1,15);

            - a teologia do batismo sofre por consequência uma notável modificação. Em Rm 6, Paulo exprimia no passado a nossa união à morte de Maschiyah e no futuro a nossa participação em sua ressurreição; Colossenses afirma que o batizado morreu e já ressuscitou com Maschiyah (cf. 2,12 nota; 3,1).

            - a noção de “pleroma”, os temas de sabedoria e iluminação se substituem às nações jurídicas associadas, em Paulo, à ação do Rúkha. O Evangelho tende a tornar-se “mistério”.

            Todos esses traços reaparecerão em Efésios: as semelhanças de estilo e pensamento entre as duas epístolas constituem um problema específico (ver introdução a Efésios).

           

            Autenticidade. Os principais elementos que entram em consideração são os seguintes: 1º Os critérios literários e teológicos que acabamos de resumir. Segundo a importância que se lhes atribua e à medida que se insiste mais nas semelhanças ou nas diferenças com relação às demais epístolas, considera-se a carta como obra do apóstolo, chegado ao fim da sua carreira; como obra de um secretário ou de um dos seus discípulos imediatos; ou enfim como obra mais tardia da assim chamada “escola paulina”. 2º Os dados que permitem definir as relações entre Colossenses e as outras epístolas. Estes são complexos: a carta aos Colossenses tem traços de semelhança com epístolas de épocas bastante diferentes. Um tema como o dos “elementos do mundo” e certos modos de exprimir-se aproximam, por exemplo, Colossenses de Gálatas (cf. Gl 4,1-11 e Cl 2,6-23). Por outro lado, Colossenses forma com Filêmon e Efésios um grupo caracterizado por idêntica situação. Paulo, prisioneiro (Fm 9,10.13.23; Ef 3,1; 4,1; 6,20), encarrega Tíquico e Onésimo de missão análoga (Fm 12; Ef 6,21-22). Colossenses não deixa de vincular-se também a Filipenses, outra carta do cativeiro. – Esses elementos, todavia, não são decisivos e é possível admitir empréstimos de uma epístola a outra. 3º A natureza exata da crise de Colossos. Ainda neste particular, entretanto, é difícil fornecer uma data segura. A imprecisão das alusões às doutrinas e às práticas, a duração dos fenômenos de contágio entre a fé messiânica e os movimentos pré-gnósticos não nos permitem dizer com certeza o momento em que o conflito teria surgido.

            Levando em conta o conjunto desses dados, três tipos de solução foram propostos:

            a) A opinião corrente situa Colossenses, com Filêmon, Efésios e Filipenses, na última fase do ministério de Paulo do seu primeiro cativeiro romano (61 – 63). Colossenses representaria o primeiro esboço da sua síntese teológica, que desabrocharia em Efésios: o pensamento do apóstolo se eleva mais alto e olha para mais longe, para manifestar a significação universal da cruz e da exaltação de Maschiyah, para desvendar as últimas implicações do mistério da salvação na Igreja. Explicam-se assim as mudanças de estilo e de perspectiva desta nova síntese do paulinismo. A hipótese de uma composição de Colossenses durante o cativeiro em Cesaréia (de 58 a 60) entra em um quadro histórico análogo. A crise da Galácia nos mostra, por outra parte, que a evolução das idéias pôde efetuar-se bastante cedo.

            b) Entre os defensores da origem paulina da epístola, vários a situam, com Filipenses e Filêmon, não no fim, mas no centro da atividade missionária e literária de Paulo, entre os escritos que remontam à longa estada em Éfeso (de 54 a 57), durante a qual se pode supor um cativeiro do apóstolo (sobre as dificuldades de Paulo nesta cidade, cf. 1Co 15,32; 2Co 1,8-10). Assim se podem explicar as relações próximas e constantes entre o apóstolo e as Igrejas, mas não se conta com um espaço de tempo muito prolongado para situar a elaboração de Colossenses, e isto força a afastá-la de Efésios, que, neste caso, é geralmente tida como não-paulina.

            c) Na extremidade oposta, há aqueles para os quais a situação da Igreja, o conteúdo e a forma da epístola convidam a considerar Colossenses como um escrito representativo da geração pós-apostólica. As preocupações escatológicas se esbateram e, diante das primeiras investidas da gnose, a Igreja faz apelo à autoridade apostólica, legitimando o ministério e a pregação de Epafras em nome de Paulo. Ao mesmo tempo, a epístola nos revelaria a estatura que este último adquirira aos olhos dos messiânicos no fim do século 1 (cf. 2Pe 3,15-16).

 

            Alcance da Epístola. Se as opiniões a respeito da data ou da atribuição da carta podem ser tão diversas, elas se conciliam para reconhecer que a Epístola aos Colossenses concorda fundamentalmente com a mensagem que Paulo formulou em outras circunstâncias: nós somos plenamente cumulados em Maschiyah. Ele é tudo para a nossa justiça (Gálatas e Romanos), tudo para o nosso destino, nossa morte e nossa vida (Colossenses). Cautela para não enfiar de novo o dedo na menor engrenagem da lei, pois isso seria voltar à escravidão anterior (Gl)! Atente-se para não associar ao lado, acima, abaixo da soberania de Maschiyah, algum culto às potências: seria voltar à servidão (Cl)! Eleva-se o mesmo cântico da liberdade messiânica. Impõe-se o mesmo recurso ao batismo como acontecimento irreversível que nos arrancou a toda outra justiça (Gl, Rm) e a todo outro poder diferentes dos de Maschiyah (Cl). E se o leitor tem a impressão de passar de uma linguagem antes marcada pelo tempo e pela expectativa da vinda de Yaohu, para uma linguagem dominada pelo espaço e pela exaltação de Maschiyah como cabeça do universo, é a serviço da mesma proclamação: Maschiyah morreu e ressuscitou de uma vez por todas; de uma vez por todas nós estamos unidos a ele. Ligada à sua vida, a nossa está vitoriosamente estabelecida nos “lugares celestes”, onde se agitam as potências que poderiam ameaçar a nossa libertação. Isto não significa incitar-nos à evasão, mas, como indica o fim da epístola, conduzir-nos a uma existência autêntica.

            À primeira vista, nada mais estranho para nós do que essas alusões a potências que povoariam o mundo supraterrestre, anjos e forças o controlar o curso dos planetas e dos destinos. Nada mais estranho do que as prescrições alimentares ou práticas rituais às quais os messiânicos de Colossos são tentados a se associar. Mas, por pouco que o leitor atente a essas questões e se compenetre da resposta apostólica, compreende a repercussão desta epístola em nossa atualidade. As potências mudaram de nome, as nossas tentativas para conciliar-nos com elas ou para lhes escapar não são mais as mesmas, e no entanto os colossenses são nossos irmãos. O homem do século XX , mesmo o messiânico, sente uma dificuldade análoga de saber-se responsável. Sente-se joguete de forças que arrastam o planeta numa evolução irreversível. A salvação não pode mais consistir somente em uma obediência pessoal a uma lei ou a uma moral muitas vezes rejeitadas, mas no fato de escapar a garras de uma alienação ameaçadora. Também para nós põe-se a questão determinante da relação entre Maschiyah e o universo: que vínculo pode existir entre o que nós entrevemos do cosmo e o Evangelho pregado e acolhido?

 

 

1ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

TESSALONICENSES

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Assegurar aos messiânicos tessalonicenses do amor que Paulo tinha por eles e instruí-los a respeito da importância de viver para Maschiyah e entender corretamente as etapas do seu retorno.

            Data: 50-51 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Devemos agradecer a Yaohu pela fidelidade do seu povo.

            Os messiânicos devem ser elogiados pela sua fidelidade.

            Os messiânicos devem viver de maneira a agradar a Yaohu.

            Os messiânicos que morreram ressuscitarão quando Maschiyah voltar.

            Os messiânicos devem estar sempre prontos para o retorno de Maschiyah.

 

 

            Propósito e características

            A primeira epístola aos Tessalonicenses foi ocasionada por uma informação que Paulo tinha recebido de Timóteo com respeito à situação daquela congregação (3,6-7). Paulo escreveu com alegria e alívio, pois, de acordo com esse relato, os tessalonicenses permaneciam firmes na fé apesar da saída repentina de Paulo e seus colaboradores e dos problemas causados pelas facções hostis.

            Paulo concentrou a sua carta em dois temas importantes:

            O retorno de Maschiyah. Muitos ensinos sobre o retorno de Maschiyah estão espalhados ao longo das duas epístolas aos tessalonicenses, especialmente no caps. 4 – 5 da primeira epístola e nos caps. 1 – 2 da segunda. O discurso de Paulo em Atenas (At 17) confirma que a sua estratégia entre o público não judeu nesse tempo era enfatizar a vinda do julgamento (1Ts 4,6), que Yaohu havia colocado nas mãos do UNGIDO – Yaohushua ressuscitado.

            O retorno de Maschiyah para julgar irá anteceder imediatamente a ressurreição dos justos para o seu eterno descanso e salvação na presença de Yaohu (4,16; 5,9; 2Ts 1,7), bem como a ressurreição dos injustos que Paulo pressupunha que seria a eterna separação de Maschiyah (2Ts 1,9). O começo do fim será precedido por um difundido movimento da apostasia e pelo aparecimento de um diabólico “homem da iniqüidade” (2Ts 2,3; veja também 2Ts 2,1-12). Uma vez que essa pessoa ainda não havia surgido, aqueles na congregação de Tessalônica que tinham afirmado que o “Dia de Yaohu” já havia chegado (2Ts 2,2) tinham de ser silenciados.

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (8ª).

 

            Tessalônica e a fundação da Igreja. Foi no ano 50, no decurso de sua segunda viagem, que Paulo chegou a Tessalônica, capital da província romana da Macedônia. Foi a primeira metrópole abordada por ele na Europa. Esta cidade, fundada no século IV a.C., havia adquirido importância rapidamente. A sua localização geográfica ao fundo do golfo Termaico fazia dela um porto seguro. Situada na Via Egnatia, que ligava o mar Egeu ao Adriático, era um lugar de trânsito e a saída natural de uma planície rica e de toda a hinterlândia. Primeiro sob a dominação Macedônia, depois sob a dominação romana, ela desempenhou um papel político importante, notadamente por ocasião da revolta de 149 a.C., que quis sacudir o jugo romano, cada vez mais pesado. Pouco depois, a Macedônia se tornou província romana, e Tessalônica, que era a cidade mais povoada, foi escolhida como capital. Em 42 a.C., ela  obteve o estatuto de cidade livre, e a administração imperial aí estabeleceu um procônsul. A cidade se desenvolveu, suas instalações portuárias foram ampliadas. Quando Paulo nela penetrou, já se tornara uma cidade comercial florescente, onde viviam numerosos estrangeiros e, entre eles, uma importante colônia judaica.

            O livro dos Atos nos informa que Paulo vinha de Filipos, acompanhado de Silas e Timóteo (At 17,1-10). A permanência de Paulo em tessalônica talvez não tenha sido tão breve quanto o faz pensar o livro dos Atos (três sábados, At 17,2). Com efeito, ele teve tempo para aí exercer um ofício (1Ts 2,9), receber várias ajudas dos filipenses (Fl 4,16) e fazer com que judeus, prosélitos e sobretudo pagãos aderissem ao Evangelho (cf. 1Ts 1,9). Mas a sua obra foi brutalmente interrompida pela reação da colônia judaica, que o forçou a uma partida precipitada. De dato, alguns judeus haviam provocado perturbações, acusando os pregadores de agir contra os decretos imperiais e arrastando alguns messiânicos perante os magistrados (At 17,5-9). Os irmãos de Tessalônica, de noite, fizeram partir os missionários para a Beréia, onde os judeus de Tessalônica ainda vieram opor-se à pregação de Paulo.

            Assim o apóstolo deixa uma comunidade recém-formada. Compreende-se daí a sua inquietude a respeito desses novos messiânicos, abandonados a si mesmos durante a perseguição. Explica-se também a violência do tom que ele usa para falar dos judeus a seus correspondentes (2,15-16 nota).

 

 

            A primeira Epístola aos Tessalonicenses. O que impressiona logo o leitor de 1 Tessalonicenses é uma grande diferença de tom com relação às outras epístolas paulinas. O apóstolo não está preocupado com alguma grande questão doutrinal. Antes de tudo, quer manifestar a intensidade dos sentimentos que o ligam a uma comunidade que acabara de fundar e deixara pouco antes. Depois de um momento de inquietude, Paulo se mostrara eufórico com as boas notícias que, enfim, recebeu. A sua alegria por ver irradiar a fé nascente da jovem Igreja se exprime numa longa ação de graças (os vv. 2 – 10 do cap. 1 são uma só e longa frase). Não precisa corrigir erros: sabe que os irmãos de Tessalônica estão no bom caminho, que resistiram à provação. A única coisa a lhes recomendar é que perseverem nesse caminho e façam nele novos progressos. Por certo Paulo está impaciente por voltar a estar com os tessalonicenses para completar o que ainda falta à sua fé (3,10), mas ele não está preocupado: os seus correspondentes são fiéis, sabem como devem viver doravante; é preciso no máximo repetir-lhes o já dito (4,9; 5,1). Viverão na esperança, várias vezes proclamada (1,10; 2,19; 4,16), da volta de Maschiyah glorioso, a Igreja de Tessalônica é uma prova de que não obstante todos os obstáculos, o Evangelho prossegue a sua obra.

            Esta alegria, esta confiança, este fervor são expressos em uma linguagem simples e direta, e 1 Tessalonicenses é como a mensagem atenta e afetuosa de um pai a seus filhos (cf. 2,11-12), que sabe das dificuldades que eles precisam vencer. Na aurora da história da Igreja, revive-se com esta epístola o ardor dos primeiros combates e o entusiasmo das primeiras vitórias; nela encontramos a generosidade que marca os grandes começos.

 

 

            A data. Com efeito, 1 Tessalonicenses é não somente a primeira epístola de Paulo em data, mas também o mais antigo escrito do NT. O apóstolo a enviou sem dúvida no início do ano 51 (vinte anos após a morte de Yaohushua), pouco depois de chegar a Corinto, onde Timóteo veio trazer-lhe notícias provenientes de Tessalônica. Sem dúvida nessa data as tradições evangélicas já haviam tomado corpo, mas os evangelhos, tais como os possuímos, ainda não haviam sido redigidos. Outros textos do NT nos relatam tradições mais antigas mas, do ponto de vista literário, 1 Tessalonicenses é o primeiro documento messiânico.

 

 

            A segunda Epístola aos Tessalonicenses. A opinião comumente aceita vê em 2 Tessalonicenses uma carta dirigida pelo apóstolo pouco depois da primeira. No entanto, se as duas cartas trazem a mesma assinatura e foram realmente recebidas pela Igreja antiga como cartas do apóstolo Paulo, algumas questões são levantadas a respeito da autenticidade de 2 Tessalonicenses. Que uma dezena de palavras da segunda carta não se encontrem nas outras partes da literatura paulina não é uma objeção séria: 1 Tessalonicenses as tem ainda em maior número! O fato de, na segunda carta, o sentido atribuído a certos termos não ser conforme ao que se acha nas outras epístolas de Paulo também não é indício suficiente para recusar ao apóstolo a paternidade dessa carta. Mas uma comparação atenta das duas cartas conduz a duas observações mais importantes:

            1. As semelhanças literárias entre os dois escritos são características. Expressões ou versículos inteiros de 2 Tessalonicenses parecem tomados da primeira carta, e isto nos três capítulos da segunda carta, excetuando, todavia, a instrução particular de 2Ts 2,1-12. Para bem se aperceber disso, podem-se dispor em paralelo os textos seguintes:

            1Ts 1,2-3                                        2Ts 1,3

            1Ts 2,12                                         2Ts 1,5

            1Ts 3,13                                         2Ts 1,7

            1Ts 3,11-13                                    2Ts 2,16-17

            1Ts 2,9                                           2Ts 3,8

            1Ts 5,23                                         2Ts 3,16

            1Ts 5,28                                         2Ts 3,18

            Tentou-se muitas vezes justificar este paralelismo, afirmando que as duas cartas teriam sido ditadas num espaço de tempo bastante breve, o que explicaria esse estreito parentesco. Mas se o tempo que separa o envio das duas cartas é tão curto, é preciso supor uma brusca evolução da situação em Tessalônica, que nada, no primeiro escrito, deixava  prever. Fica, portanto, difícil explicar que o apóstolo, dirigindo-se aos mesmos homens no espaço de algumas semanas, passe do tom apaixonado e vibrante de 1 Tessalonicenses ao tom mais solene e ao estilo laborioso que impressionam o leitor da segunda carta.

            2. O ensinamento ministrado em 2 Tessalonicenses, concernente aos acontecimentos do fim dos tempos (cf. a parágrafo seguinte) não se refere ao que foi escrito em 1Ts 5,16 sobre a vinda sábia do Dia do YHVH. O fato é tanto mais curioso porquanto 1 Tessalonicenses  ensina que se passará sem transição de uma paz aparente à ruína, ao passo que a segunda carta descreve a sucessão das etapas da história dos homens antes da revelação gloriosa de Maschiyah. Pode-se responder a isso que a apocalíptica sempre misturou os dois temas do caráter repentino do acontecimento e dos sinais anunciadores, como se vê nos próprios textos evangélicos (cf. Mc 13, par.). Entretanto, se Paulo deu, ocasionalmente, um ensinamento sobre os últimos tempos (1Ts 4,13 – 5,3; 1Co 15,20-24), este não parece deixar nenhum lugar para um período de apostasia e para a vinda de um anticristo. É claro que a segunda carta é escrita essencialmente para expor este cenário apocalíptico (2Ts 2,1-12). Se se tratasse  de precisar ou retificar um ensinamento anterior, por que apresenta-lo como um simples lembrete de um ensinamento que, escrito ou oral, insistia sobre a vinda inopinada do Dia de YHVH, “como um ladrão a noite”?

            O problema permanece de pé, e sem dúvida não é capital, pois a tradição antiga nem sequer o alega. 2 Tessalonicenses corresponde certamente à situação precisa das comunidades messiânicas que ficaram, aqui ou acolá, inquietas por não verem chegar o Dia de YHVH tão depressa quanto supunham. Que um escritor messiânico, um responsável por uma comunidade, compenetrado do ensinamento de Paulo, haja crido dever, pondo-se sob o patrocínio do apóstolo, corrigir uma falsa e perigosa interpretação da espera da volta de Maschiyah é bastante verossímil, e explicaria bem a origem das disparidades de coerência que foram notadas. Este modo de proceder não decorre de uma mentalidade de falsário, como poderia fazer crer o nosso conceito moderno da literatura: as literaturas judaicas e messiânicas o utilizaram freqüentemente para precisar ou aprofundar um ensinamento tradicional. Seja como for, 2 Tessalonicenses desempenhou um papel importante na história da Igreja, prevenindo-a – não obstante a obscuridade de suas alusões apocalípticas – contra toda evasão para longe das realidades do combate que os messiânicos devem sustentar no mundo e lembrando que a esperança messiânica é inseparável da vigilância cotidiana.

 

 

            A experiência missionária de Paulo. Em 1 Tessalonicenses, sobretudo nos três primeiros capítulos, Paulo se exprime no presente, mas fazendo continuamente alusão ao passado. A cada passo do seu texto, encontramos verbos como “lembrar-se” ou “saber” no sentido de “lembrar-se deste ou daquele fato” (1,3.4.5; 2,12.5.9.11; 3,3.4.6; 4,2; 5,2). É que as relações presentes do apóstolo com os seus correspondentes só têm sentido baseando-se no que eles viveram juntos alguns meses antes: elas se enraízam na experiência, comum a Paulo e aos irmãos, do nascimento da comunidade messiânica pela proclamação missionária do Evangelho. Graças a essas recordações do passado, nós possuímos um testemunho muito precioso, pois Paulo talvez nunca se tenha entregue a confidências tão precisas e tão pessoais sobre a primeira adesão de um grupo humano à fé pascal.

            Ao anúncio do Evangelho, os tessalonicenses mudaram de vida: doravante, esperam a vinda de Yaohushua, o Filho que Yaohu ressuscitou dos mortos, e Paulo pode render graças por sua fé, amor e perseverança (1,3). Esta mudança radical procede primeiramente da iniciativa mesma de Yaohu, da mesma escolha amorosa que fizera de Israel o povo eleito (1,4; 2,12) e Paulo bem sabe que não pode atribuir esta conversão à sua palavra humana: aliás, ele não procurou sucesso pessoal, não quis agradar aos homens (2,3-4). Na realidade, a sua palavra era a Palavra do próprio Yaohu, e é o poder de Yaohu, que deu àqueles gregos a capacidade de “se afastar dos ídolos para servir ao Deus Yaohu vivo e verdadeiro” (1,9). [É exatamente isto que deveria acontecer hoje em dia...! Mas, acontece ao contrário: “Denominações crescendo e acrescentando suas próprias palavras humanas nas Palavras já ditas e colocadas nas Escrituras Sagradas – conforme a interpretação alheia – talvez para agradar a homens...!”]. {ISSO TEM QUE ACABAR DE UMA VEZ POR TODAS. PORQUE, SÓ EXISTE UMA PALAVRA – COMO TAMBÉM EXISTE UM SÓ BATISMO E UMA SÓ FÉ QUE SALVA E TRÊS DÃO O TESTEMUNHO – SENDO UMA ÚNICA PESSOA – POIS HÁ TRÊS QUE DÃO TESTEMUNHO (NO CÉU: O PAI, A PALAVRA E O RÚKHA hol – RODSHUA [O ESPÍRITO SANTO]; E TRÊS SÃO OS QUE TESTIFICAM NA TERRA): O RÚKHA hol – RODSHUA, A ÁGUA E O SANGUE, E OS TRÊS SÃO UNÂNIMES NUM SÓ PROPÓSITO! SENDO EXATAMENTE ISTO QUE O HOMEM AINDA NÃO APRENDEU...?}. Anselmo. Essa palavra não é, portanto, o simples discurso de um homem que teria algo a dizer sobre Yaohu: é a Palavra do ‘Elo(rr)hím(i) [ULHIM] – Yaohu, uma intervenção de Yaohu por seu Rúkha hol – RODSHUA, em favor dos ouvintes do apóstolo; e a fé dos que crêem manifesta a sua eficácia (2,13). Esta palavra, Paulo a chama também de “Evangelho” (de Yaohu) (2,4.9). Este termo, com efeito, designa exatamente a mensagem apostólica, a Boa Nova que ele relembrará em breve aos coríntios (1Co 15,1ss.). e da qual 1Ts 2,9-10 talvez seja uma formulação mais arcaica. Proclamando a ressurreição de Yaohushua, o apóstolo se torna colaborador de Yaohu (3,2), pois, pelo Rúkha hol – RODSHUA, Yaohu age poderosamente no íntimo dessa proclamação (1,5). Assim, Paulo explica para si um sucesso tão surpreendente quanto a acolhida da Palavra “na alegria do Rúkha hol – RODSHUA” (1,6), em meio às provações e perseguições que a fé em Yaohushua acarretava (2,14). E esta ação não se limita ao nascimento da comunidade dos fiéis: no seio de todas as lutas, de todas as provações que não faltam aos novos messiânicos, não cessa de retinir o apelo a uma fé mais ativa, a um amor que dá ainda mais, a uma esperança que não desfalece.

            Que significa isso, senão que o poder de Yaohu, que operou a ressurreição de Yaohushua, age doravante na pregação apostólica? A ressurreição de Yaohushua não é o simples conteúdo de um enunciado entregue à convicção ou à arte oratória do missionário que o assume. O que é afirmado no ato de proclamação – o poder de Yaohu que faz viver triunfando sobre a morte – manifesta-se nesse mesmo ato, que transforma idólatras em servidores do ‘Elo(rr)hím(i) [ULHIM] – Yaohu vivo. Mais que isso, esse poder realiza neles o que já realizou em Yaohushua. É a razão pela qual, em 1Ts, Paulo dá tão livre curso à sua segurança, à sua satisfação, à sua certeza de fé (cf. 3,7). Ele chega até a fazer da existência da comunidade de Tessalônica sua esperança, sua alegria, o orgulho que será a sua recompensa em presença do YHVH Yaohushua por ocasião da sua vinda (cf. 2,19). Em outras ocasiões, ele confessará não ter outro motivo de orgulho: a cruz de nosso YHVH YAOHUSHUAMASCHIYAH – “O UNGIDO”, OU SIMPLESMENTE “Yaohushua Maschiyah” (1Co 5,7). Ora, 1 Tessalonicenses nos mostra como Paulo identifica, em sua esperança, a comunidade na qual Maschiyah está agindo com o próprio Maschiyah. E da glória que espera do Reino futuro (2,12), ele já possui uma antecipação: suscitando a fé no coração dos homens, Yaohu já glorificou, de certo modo, o seu colaborador: “Sim, sois vós que sois a nossa glória e a nossa alegria” (2,20).

            Em sua atividade missionária, Paulo fez, portanto, a experiência da atualidade do mistério da morte e ressurreição de Maschiyah: não é um acontecimento que pertenceria ao passado. As comunidades messiânicas e ele próprio estão arrastando a provação que foi a de Yaohushua (1,6; 2,14). E nessa história, em que a morte está em ação, ele via jorrar a vida e a glória do Ressuscitado.

 

 

            O ensinamento escatológico. A. Primeira carta. Se os três primeiros capítulos de 1 Tessalonicenses consistem sobretudo numa recordação do passado e o tom desse escrito, como vimos, faz dele uma carta à parte, nela se acha também um ensinamento de tipo  particular concernente à escatologia, isto é, aos acontecimentos do fim dos tempos. Este ensinamento não se limita à instrução precisa de 4,13 – 5,3, pois a esperança da volta de Maschiyah é a certeza que pontua toda a epístola (cf. 1,10; 2,19; 3,13) e que fundamenta a conduta messiânica é o homem desta espera. O Dia do YHVH anunciado  pelo AT, isto é, o dia em que Yaohu se revelará como juiz dos justos e dos ímpios, é compreendido por Paulo como o Dia de Maschiyah, o dia em que ele virá em sua glória de Filho de Yaohu para a salvação dos fiéis e a perdição dos maus. Naquele dia, é preciso que os messiânicos sejam encontrados irrepreensíveis.

            Além do mais, este dia é esperado dentro de um prazo bastante curto (4,15: nós, os vivos, que tivermos ficado até a vinda de YHVH); a primeira geração messiânica – e Paulo com ela – acreditava numa volta próxima de seu YHVH. É a propósito de uma questão particular que o apóstolo deve esclarecer o seu pensamento. Qual será a sorte dos messiânicos mortos antes da volta de Maschiyah? Eles, que perderão a vinda de Yaohu em sua glória, levarão desvantagem com relação aos messiânicos ainda em vida? Vê-se que esta questão deve ter surgido bastante cedo nas comunidades messiânicas. A incerteza quanto à data exata da volta de Maschiyah empunha cada fiel ao risco de morrer antes do dia tão esperado. O apóstolo dissipa os temores dos seus correspondentes (4,13-18). A esperança permanece, pois está fundada na ressurreição de Maschiyah e no poder de Yaohu, que ressuscitou Yaohushua; um messiânico não é um morto para sempre. O Ressuscitado não esquecerá nenhum dos seus, e todos participarão do grande Dia e da glória. Os messiânicos mortos ressuscitarão primeiro, quando chegar o momento, e, em companhia dos messiânicos vivos, irão ao encontro do YHVH para permanecer como ele para sempre.

            Paulo dá esse ensinamento fazendo referência a uma palavra do YHVH (cf. 4,15) e empregando as imagens tradicionais da apocalíptica judaica (voz do arcanjo e trombeta de ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] anunciando a decisão divina). É significativo que o apóstolo julgue inútil deter-se em precisar os tempos e os momentos, para insistir sobre a instantaneidade daquele Dia que virá como um ladrão durante noite. Os homens se julgarão em paz, e é então que a ruína desabará sobre eles (5,2-3). A única preocupação dos messiânicos será, portanto, estar sempre prontos a acolher o seu YHVH, vigiar sem trégua.

            B. Segunda carta. Em 2 Tessalonicenses, a preocupação do autor é totalmente diversa. Certos messiânicos, por estarem persuadidos da volta iminente de Maschiyah procedem como se o Dia do YHVH já tivesse chegado, valendo-se de um ensino apostólico mal compreendido (2Ts 2,1-2). Certos membros da comunidade vivem na desordem (3,6), abolindo provavelmente os percalços da vida cotidiana e abandonando o próprio trabalho (3,10-12). As especificações dadas no cap. 2 sobre os acontecimentos que devem preceder a vinda do Yaohu correspondem a esta situação. Elas visam prevenir toda antecipação falaciosa, combater toda utopia. Com efeito, se Maschiyah deve vir castigar os incrédulos e fazer os crentes participarem da sua glória (1,8-10), esta vinda só pode realizar-se após uma série de catástrofes, como os apocalipses judaicos sempre afirmaram a propósito dos últimos tempos e como o próprio Yaohushua anunciou, conforme dizem os evangelhos (cf. Mc 13 par.). Pode-se resumir o desenrolar dos acontecimentos da seguinte forma:

            1. Satanás já está em ação neste mundo. Disto são sinal as perseguições sofridas pelos messiânicos, e a partilha do mundo se faz primeiro entre fiéis e ímpios. Mas esta impiedade irá crescendo, mentira e injustiça se difundirão. As seduções (a ilusão) serão o pior perigo: haverá o risco de se tomar o falso pelo verdadeiro e o injusto pelo justo. [Isso, já acontece hoje em dia. Nas denominações que enganam seus “fiéis”. E olha que aí não têm nada de Satanás. Pura e simplesmente o próprio homem caído que não quer se arrepender dos seus pecados. O coração endurecido distante de Yaohu faz coisas que dariam inveja em Satanás...!!!]. Anselmo.

            2. Depois virá o tempo da apostasia, quando, no momento aprazado, se manifestar um personagem chamado o Ímpio, verdadeiro Anticristo, que será como uma encarnação de todas as potências do mal. Os milagres e prodígios que ele realizará acabarão extraviando os que não tiverem acolhido o amor da verdade (2,10). No seu orgulho, ele chegará a querer passar por ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] mesmo, e tomar assento no Templo. [Bem, no meu ponto de vista, até concordo...!! Mas: “Acredito que este fato está relacionado ao PASSADOa acontecimentos que deram início a toda essa manifestação... que é relacionado agora e, que entra como sendo vivida novamente! Pois, se antes do fim virá à apostasia e isso é realmente esquecer de tudo que é bom (acredito que procuraremos por milagres como acontece hoje em dia nas denominações...!!! E, não encontraremos. Pediremos mas não virá...!!!). Essa vai ser a tribulação do verdadeiro crente em Yaohu – Pois a palavra diz: Todo aquele que invocar meu Nome será Salvo! Então o que acredito é em um grande engano que levará muitos seguidores da palavra a errar como numa trama policial de puro suspense e ação um verdadeiro filme que quem viver verá! Então é nisso que acredito como tempero para essa história toda...”]. Anselmo Estevan.

            Se este Ímpio ainda não veio no momento em que a carta é escrita, é que alguém e algo ainda o retém (cf. 2,6-7 nota), sem que se possa saber exatamente quem é assim designado. Decerto os destinatários desta carta são julgados capazes de captar a alusão. Em todo caso, é claro que, para o autor, um prazo indeterminado – ligando a este misterioso obstáculo – ainda separa o tempo em que ele escreve do tempo em que o Ímpio manifestará abertamente seu poder satânico.

            3. Somente após a vinda deste Ímpio é que o YHVH se revelará, por sua vez e aniquilará tal adversário. [Mas, por que tem que esperar a sua vinda e manifestação? Porquê tem que ser feita a distinção de quem é realmente seu verdadeiro filho e confiará nele mesmo sendo provado no fogo como ouro refinado de Ofir. Os que sobreviverem a esta provação serão seus! Não antes pois, estamos como o trigo no meio do joio – somos todos iguais nem bons nem ruins mas todos com a mesma qualidade até ao amadurecimento e a prova final para quem ficar “vivo” para esta provação...!]. Pois, acredito no Sacrifício do Filho por toda a humanidade uma única vez por todas... Senão seria preciso crucifica-lo quantas vezes para nos purificar e Satanás seria como um super-herói que nunca morre? Então pra que Seu Sacrifício na cruz por nada?  Claro que não! Então veja o que entendo: O ENGANO. Gn 3,4 (referências Jo 8,44; 2Co 11,3); Mt 28,18 (referências Ef 1,20-22; Fp 2,9.10; 1Co 15,25-28; Jo 3,35); Ef 6,12 (referências Rm 8,38; 1Co 3,22; Fl 2,1-11); Rm 16,20: Veja às referências deste capítulo e versículo dá o entender que “Satanás já está esmagado debaixo dos pés de quem acredita assim! Pois se você acreditar que ele vive, ora, pra você ele vai estar sempre vivo... veja – Ap 22,21; 1Ts 5,28; Gl 6,18 (GRAÇA C/ NOSSO ESPÍRITO); 2Co 13,14 (TRINDADE); Rm 16,20 – a Graça de Nosso YHVH Yaohushua seja com vocês. Mt 4,10 (Só adorar a Yaohu...); Rm 16,20 – Satanás: Gn 3,15 (ESMAGARÁ); Rm 16,20 – Há obra feita por nós...! Rm 15,33 (Em breve o ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] de Paz); Rm 16,20 – Que ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] seja com todos vocês – GRAÇA. Rm 7,14.15.22.23! Rm 6 – 8; 2Co 6,2; Tg 1,4; Ef 4,12.13; 1Jo 4; Rm 16,20. Ora, se as Escrituras Sagradas dizem que Yaohushua viu Satanás cair dos céus... Se os anjos o tiraram dela! Se ele foi precipitado para a terra e perseguiu em pouco tempo os discípulos de Yaohushua”! Se Yaohushua falou que o príncipe deste mundo já está julgado e já não mais está na terra! Então onde ele está? Será que pode enganar a Yaohu? Será que todo sacrifício feito perfeito uma única vez não adiantou? Será que tem que fazer de novo para alguns acreditarem? Só se for isso pois assim estamos pisando a cruz de Yaohushua e é isso que não podemos fazer é isso que me refiro....!]. Jo 12,31; Lc 10,18; Ap 12,7; 20,3;12,12! Anselmo.

            Aqueles, portanto, que em Tessalônica julgam poder viver como se o Dia do YHVH já tivesse chegado esqueceram o ensinamento do apóstolo (2,3), estão no erro em sua euforia e poupam-se erroneamente à lutas e perturbações dos últimos tempos. Antes da vitória final de Maschiyah, o combate a travar será ainda mais duro, a vigilância e o discernimento, mais necessários do que nunca. Certamente o Evangelho chamou os messiânicos a participar da glória de Maschiyah (2,14), mas antes da glória há a perseguição e o sofrimento (1,4-5) que ninguém pode atravessar, sem progredir no amor, na fé e na perseverança.

            A proximidade do fim é pois claramente relativizada se comparada com 1 Tessalonicenses. Para 2 Tessalonicenses, justamente por viverem nos inícios dos tempos apocalípticos, é que é preciso opor-se a um desmantelamento precipitado da ordem estabelecida na comunidade e na sociedade (recusa ao trabalho). É preciso afastar-se (3,6) dos que querem viver na aparência de uma vitória ainda não alcançada e, se necessário, cortar toda relação com eles (3,14). É o último ato do drama que transformará as situações, mas ainda não se chegou sequer ao penúltimo ato. Vê-se que 2Ts é o primeiro texto que coloca nestes termos o problema que o messianismo se reproporá ao longo das gerações, por todo o tempo que pensar a própria fé e esperança no quadro da representação apocalíptica.

            As Epístolas aos Tessalonicenses são ambas testemunhos fundamentais sobre a Igreja antiga e sua esperança. A ausência de longos desenvolvimentos dogmáticos não faz delas escritos de menor monta, pois, na sua relativa simplicidade, elas mencionam tudo o que constitui a fé comum dos primeiros messiânicos e a experiência dos primeiros missionários: o amor de Yaohu que chama; o YAH-YHVH-de-Maschiyah, cuja volta se espera ardentemente, a ação transbordante do Rúkha hol – RODSHUA na palavra do anúncio e na vida das comunidades, a certeza da ressurreição, a perseverança em meio à perseguição, o amor fraterno que torna solidários os messiânicos e as comunidades... Como poderia o messiânico não retornar constantemente a esta fonte? Como não encontrar aí sempre um convite a viver, no próprio tempo, a mesma esperança e com o mesmo ardor?

            [Concordo que alguns leitores não concordem com o que acho certo...! Mas, entendo dessa forma: “Que estamos chegando ao fim dos tempos! Mas ao fim dos tempos de miséria, fome, doenças, maldade, etc. e, estamos para entrar numa nova era num novo recomeço sem esses problemas que enfrentamos hoje em dia!” Sendo que o Evangelho para alguns, tem o fedor de putrefação. De coisa morta – Claro, pois estão de coração endurecido e para esses é o fim! Mas para nós o Evangelho tem odor de rosas de novo de renovação por isso o fim é o fim das coisas ruins para uma nova vida... por isso, escrevo desse jeito...!!]. 2Co 14-17 (16: aroma de vida. Os crentes verdadeiros exalam um perfume agradável, não somente em termos de seu relacionamento com Yaohu, mas também em suas interações com aqueles ao seu redor. Por outro lado, a vida dos crentes amedronta os incrédulos, que reconhecem que falta neles mesmos a doçura espiritual – uma advertência a respeito do julgamento iminente {Fp 1,28}. Quem é, porém, suficiente para estas coisas? Ser um mensageiro da vida ou morte é um privilégio extraordinário. Ninguém é digno dessa tarefa eternamente importante, mas Yaohu qualifica crentes para isso, apesar de tudo (3,6). E, é nisso que acredito!). 1Co 11,28-32; 1Jo 1,9; Sl 32,5…; seria mais ou menos isso que penso por isso escrevo...! Anselmo.

 

 

2ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS

 

TESSALONICENSES

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Complementar a sua carta anterior (l Tessalonicenses), dando aos Tessalonicenses instruções adicionais sobre a vinda de Maschiyah e a importância de um viver diário responsável.

            Data: 50 – 52 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os crentes devem perseverar em meio aos sofrimentos até a vinda de Maschiyah.

            Os seguidores de Maschiyah não devem se deixar enganar por especulações a respeito da sua segunda vinda.

            O retorno de Maschiyah trará grande juízo e recompensa.

            Enquanto aguardam a volta de Maschiyah, os crentes devem viver de maneira responsável em suas atividades diárias neste mundo.

 

 

            Propósito e características

            Dois termos principais nessa carta merecem especial atenção. Como em 1 Tessalonicenses, Paulo novamente escreveu sobre questões levantadas acerca da vinda de Maschiyah. Depois de enviar 1 Tessalonicenses, o apóstolo recebeu mais relatórios concernentes à congregação em Tessalônica. Havia motivo de regozijo, pois os tessalonicenses continuavam a progredir na fé, no amor e na constância (1,3-4), mas também havia motivo para preocupação no tocante a questões de doutrina e comportamento. A Segunda Epístola aos Tessalonicenses foi escrita principalmente para complementar os primeiros ensinos de Paulo. Nela ele corrigiu uma falsa crença perturbadora de que o Dia do YHVH já havia acontecido (2,1-11). Essas afirmações enganosas devem ter sido causadas em parte por inferências incorretas feitas a partir dos ensinos do próprio Paulo, associadas à dolorosa experiência de perseguições da congregação, que presumivelmente indicavam a chegada do fim do mundo.

EPÍSTOLAS PAULINAS: (9ª).

 

            “MAS eu pensei que ele tivesse dito...”, “Estou certo de que ele quis dizer...”, “Ficou claro para mim que nós deveríamos...”, “Eu discordo. Penso que devemos...”.

            A comunicação efetiva é difícil; podemos observar freqüentemente que a mensagem enviada não é a mensagem recebida em casa, no mercado, no bairro, ou na Igreja. Mesmo quando declarada ou escrita claramente, as palavras podem ser mal interpretadas e mal compreendidas, especialmente quando filtradas através da peneira dos preconceitos.

            Paulo enfrentou este problema com os tessalonicenses. Ele lhes havia escrito anteriormente com a finalidade de ajuda-los a crescer na fé, confortando-os e encorajando-os, afirmando a realidade da volta de Maschiyah. Apenas alguns meses mais tarde, porém, o apóstolo recebeu uma notícia vinda de Tessalônica de que alguns haviam entendido mal o seu ensino a respeito da segunda vinda de Maschiyah. Seu anúncio de que Maschiyah poderia voltar a qualquer momento fez com que alguns parassem de trabalhar e passassem apenas a esperar, procurando, no ensino de Paulo, justificativas para a ociosidade. A continua perseguição sofrida pela Igreja adicionava combustível a esta fogueira. Muitos achavam que este deveria ser realmente o “Dia do YHVH”.

            Agindo rápido, Paulo enviou uma segunda carta a esta jovem Igreja. Nela, o apóstolo deu instruções adicionais com relação à segunda vinda e ao Dia o YHVH (2,1.2). Esta segunda carta, portanto, dá prosseguimento ao assunto abordado em 1Tessalonicenses, e é um chamado a uma vida de coragem continua e a uma conduta coerente.

            Esta carta começa com a marca registrada de Paulo – uma saudação pessoal e uma declaração de ações de graça pela fé de seus leitores (1,1-3). Menciona a perseverança que os tessalonicenses estavam demonstrando, apensar da perseguição e das tribulações (1,4), e usa esta situação para introduzir o tema da volta de Maschiyah. Nesse tempo, Maschiyah tomará para si os justos que perseveram, e castigará os ímpios (1,5-12).

            Paulo passa, então, a responder diretamente às dúvidas que sugiram devido ao mal-entendido relacionado às datas dos acontecimentos do final dos tempos. Ele lhes diz para não darem ouvidos aos rumores e boatos de que o Dia do YHVH já começou (2,1.2), porque vários eventos devem ocorrer antes que Maschiyah volte (2,3-12). Enquanto isso, deveriam permanecer firmes na verdade de Maschiyah (2,13-15), receber encorajamento e esperança da parte de Yaohu (2,16.17), orar pedindo forças e para que a mensagem do Yaohu pudesse se propagar (3,1-5), e advertir aqueles que estavam ociosos (3,6-15). Paulo termina com saudações pessoais e uma bênção (3,16-18)

            Quase dois mil anos mais tarde, estamos muito mais próximos do tempo da volta de Maschiyah, mas também estaríamos errados em ver seu aparecimento iminente como uma desculpa para uma espera ociosa e contemplativa do céu. Estar preparado para a sua vinda significa divulgar o evangelho, alcançar os que estão necessitados e edificar a Igreja, o corpo de Maschiyah. Ao ler 2 Tessalonicenses, observe atentamente a realidade da volta do YHVH e sua responsabilidade de viver para Ele até aquele dia.

 

 

EPÍSTOLAS PASTORAIS

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

            No conjunto de “corpus Paulino”, as duas Epístolas a Timóteo e a Epístola a Tito formam um todo homogêneo, tanto no plano literário como no doutrinal. Aliás, se excetuarmos o breve bilhete a Filêmon, estas são as únicas cartas nomeadamente endereçadas a pessoas. Desde que, no início do século XVIII, D. N. Berdot e P. Anton as chamaram de “Epístolas pastorais”, esta denominação tornou-se tradicional. De fato, ela realça convenientemente a natureza particular desses escritos que contêm precipuamente normas relativas aos “pastores” das igrejas.

 

 

            Destinatários.

            Timóteo. A respeito de Timóteo, possuímos informações de primeira mão, tanto por intermédio de Lucas, nos Atos, como por intermédio do próprio Paulo.

            A primeira vez que Paulo se encontrou com aquele que se tornaria seu “auxiliar” por excelência (At 19,22) foi em Listra, cidade da Licaônia, colônia romana fundada por Augusto cerca de 6 a.C. Timóteo pertencia à média burguesia daquela cidade. Seu pai era “heleno”, como diziam (At 16,1), em contraposição aos autóctones, que falavam o dialeto licaônico, e gozavam de medíocre reputação. Opina-se também que fosse pagão, já que Timóteo não foi circuncidado no oitavo dia, de conformidade com a lei judaica. Sua mãe, Eunice, judia convertida ao messianismo (At 16,1), e sua avó Lóide, mulher de fé “sem subterfúgios” (2Tm 1,5), instruíram-no desde a mais tenra idade nas Sagradas Escrituras (2Tm 3,15).

            Quando começou a trabalhar com Paulo, Timóteo era relativamente moço. (Essa “juventude” deve ser interpretada de acordo com a linguagem da época, que contrapunha facilmente jovem e ancião [1Tm 5,1; Tt 2,6; 1Pd 5,1], sem falar de idade adulta. O tempo da juventude compreendia, pois, pelo menos em parte, o que hoje chamamos de idade adulta). Cerca de quinze anos depois, o apóstolo ainda poderia escrever-lhe: “Ninguém despreze a tua idade juvenil” (1Tm 4,12; cf. 5,1; 2Tm 2,22). Dotado de aparência antes tímida e reservada (cf. 1Co 16,10; 2Tm 1,8), sua saúde delicada o sujeitava a freqüentes indisposições. Sabe-se que o apóstolo o admoestaria carinhosamente a respeito disso: “Cessa de beber só água. Toma um pouco de vinho por causa do teu estômago e de tuas repetidas fraquezas”. (1Tm 5,23). Para evitar complicações com os judaizantes. Paulo o circuncidou (At 16,3). Em data por nós desconhecida, Timóteo recebeu a imposição das mãos do colégio dos anciãos (1Tm 4,14; 2Tm 1,6).

            A atividade apostólica do discípulo foi profundamente marcada pela do seu mestre. Paulo o chamava com ternura de “nosso irmão, colaborador de Yaohu na pregação do Evangelho de Maschiyah” (1Ts 3,2). Levava-o freqüentemente consigo nas suas andanças missionárias (cf. At 17,14-15; 18,5; 20,4; 2Co 1,19). Encontramos Timóteo ao lado de Paulo quando este escreve diversas cartas: 1 e 2 Tessalonicenses (1Ts 1,1; 2Ts 1,1), a segunda aos Coríntios (2Co 1,1), Romanos (Rm 16,21), Filipenses (Fl 1,1), Colossenses (Cl 1,1), Filêmon (Fm 1). Paulo confiou-lhe outrossim missões particulares na Macedônia (cf. At 19,22), especialmente entre os tessalonicenses, sempre tão ansiosos pela parusia, para “confirma-los e reconforta-los na fé” (1Ts 3,2.6). Mandou-o também aos coríntios, para lhes recordar as “regras de comportamento em Maschiyah”, tais como ele as ensinara “por toda à parte, em todas as igrejas” (1Co 4,17; cf. 16,10). Esses testemunhos, que conhecemos graças aos escritos neotestamentários, permitem supor que a colaboração missionária entre Paulo e Timóteo foi particularmente estreita.

            A amizade de Paulo por Timóteo foi indefectível. Quando o carrasco estiver postado diante da porta do cárcere, cerca do fim de sua vida, ele manifestará o desejo de rever uma última vez (2Tm 4,9.21) aquele a que chama “meu verdadeiro filho na fé” (1Tm 1,2).

 

            Tito. A respeito de Tito, só temos poucas informações, pois Lucas nunca o menciona no livro dos Atos. Nasceu numa família “grega”, ou seja, pagã (Gl 2,3), foi sem dúvida convertido pelo próprio Paulo (cf. Tt 1,4), que o levou à Assembléia de Jerusalém (Gl 2,1-3). Não foi obrigado a sujeitar-se à circuncisão (Gl 2,3), como sucedeu a Timóteo. A sua atuação foi decisiva no caso da regularização da questão de Corinto. Ele inverteu a situação em favor de Paulo (cf. 2Co 7,7) e logrou suscitar para si a estima dos coríntios. Escrevendo a estes, Paulo presta, a respeito dele, este magnífico testemunho: “Ele nos relatou o vosso vivo desejo, as vossas lágrimas, o vosso zelo por mim, a tal ponto que me causou uma alegria ainda mais viva... (Ele) recebeu de todos vós uma plena quietação... Com isto a sua ternura para convosco só cresce, quando se lembre da obediência de todos vós e com que  temor e tremor o acolhestes” (2Co 7,7.13.15).

            Paulo prezou o seu talento e sua caridade, pois confiou-lhe a tarefa de dar a última demão à organização das comunidades messiânicas em Creta (Tt 1,5). Segundo 2Tm 4,10, é provável que ele tenha estado com Paulo em Roma por certo tempo, à ocasião do segundo cativeiro e, a seguir, partia para a Dalmácia.

 

 

            Data e lugar.

            Segunda Epístola a Timóteo. Começamos com a segunda Epístola a Timóteo, que parece fornecer os melhores elementos de identificação. Segundo tudo indica, foi a última epístola pastoral na ordem cronológica. Pois nela Paulo escreve: “Cheguei ao termo da minha carreira” (4,7). Ela antecederia, pois, de perto, a morte do apóstolo.

            Haveria possibilidade de inserir este dado na trama da história, fixando para o martírio de Paulo uma data precisa? Parece difícil. Duas soluções se oferecem:

            - A primeira admite a autenticidade das pastorais e supõe, por conseguinte, um segundo encarceramento de Paulo (segundo cativeiro). Preso durante a perseguição de Nero (entre 64 e junho de 68), o apóstolo teria morrido mártir nesta época, talvez no ano 67 (cf. o testemunho de Eusébio, História eclesiástica, II, XXV, 5). A esta data remontaria a redação da segunda epístola a Timóteo.

            - A segunda solução não admite a autenticidade integral das Pastorais, e situa a sua redação numa época certamente mais tardia, por volta do fim do século I ou início do século II.

            A análise dos textos não permite resolver a questão com certeza num sentido ou no outro. Por isso, qualquer das duas posições que se adote, será prudente provê-la de algum coeficiente de probabilidade.

            Eis os elementos do problema: a segunda carta a Timóteo tem toda a aparência de ter sido redigida em Roma (1,17), durante um cativeiro particularmente rigoroso: Paulo jaz acorrentado “como um malfeitor” (2,9); este encarceramento assume a seus olhos um caráter infamante: por duas vezes ele pede a Timóteo que não se envergonhe dele (1,8.12), mas imite Onesíforo que, recorda ele, não teve pejo de suas correntes (1,16) e o procurou “com zelo” para encontra-lo na capital romana. Aliás, o apóstolo não se ilude a respeito do resultado de seu processo. Ele sabe que está próximo o tempo de sua partida, que já foi oferecido em libação (4,6). Sente-se terrivelmente só: Demas o abandonou “por amor ao mundo presente”, Crescente partiu para a Galácia, Tito, para a Dalmácia (4,10). Na primeira vez em que teve de apresentar a própria defesa, escreve: “Ninguém me assistiu, todos me abandonaram” (4,16). Só Lucas permanece com ele (4,11). Suplica a Timóteo que venha ter com ele o mais rápido (4,9), antes do inverno (4,21).

            Trata-se aqui de um cativeiro de Paulo em Roma – chamemo-lo de o primeiro cativeiro – em At 28,30, cativeiro que se deu por volta de 61-63. Mas as circunstâncias desse primeiro cativeiro não se adaptam às de 2Tm: Paulo permanecia então numa casa que alugara, e podia receber livremente os que viessem procura-lo. Deve-se, então, ou admitir um segundo cativeiro, durante o qual teria redigido sua carta, cativeiro ao qual os Atos não se referem, ou então recusar os dados históricos da carta e contestar sua autenticidade integral.

            Eis outro indício: Paulo pede que Timóteo lhe traga o manto que ele deixou em trôade, em casa de Carpo, assim como os livros, sobretudo os pergaminhos (4,13). Ora, não é possível identificar essa estada em Trôade com aquela de que nos fala Lucas em At 20,5. Essa estada, segundo At 28,30 é, com efeito, cinco anos anterior ao fim do primeiro cativeiro. Não seria fácil supor que Paulo tenha deixado um manto para o inverno durante cinco anos em casa de seu amigo Carpo.

            Uma última observação: Paulo ressalta que deixou Trófimo doente em Mileto (4,20). Este dado não se coaduna com os de At 21,29, onde nós vemos o mesmo Trófimo, em bom estado de saúde, percorrer Jerusalém com Paulo, antes do primeiro cativeiro.

            Por todas essas razões, não se pode confundir a estada de Paulo em Roma, segundo 2Tm, com a outra da qual nos fala Lucas em At 28,30. Por isso é que alguns defendem a hipótese de um segundo cativeiro romano.

 

            A Primeira Epístola a Timóteo e a Epístola a Tito. Essas duas epístolas usam o mesmo vocabulário e tratam dos mesmos assuntos que a segunda carta a Timóteo. Devem pois ser da mesma época. Os dados que poderiam conferir mais precisão cronológica são irrelevantes. Pode-se tão-somente asseverar que essas duas cartas não foram redigidas nem antes, nem durante a terceira excursão missionária, nem depois da segunda a Timóteo.

            Conforme 1Tm 1,3, Paulo está de partida para a Macedônia e deixa Timóteo em Éfeso, para ali dirigir a comunidade. Não é provável que essa estada de Timóteo em Éfeso coincida com o período da “terceira” viagem missionária, já que, durante esse tempo todo, ele esteve na comitiva imediata de Paulo. Por outro lado, os erros que se tinham infiltrado na comunidade e que o apóstolo predissera em seu discurso de despedida aos anciãos (At 20,29) permitem supor que a Igreja de Éfeso já estivesse fundada havia certo tempo. Somos portanto induzidos a recorrer à mesma alternativa que no caso anterior: ou recusar a historicidade desses dados, ou supor que Paulo, após o primeiro cativeiro em Roma, que terminou por volta de 63, tenha recomeçado o seu ministério apostólico e redigido a epístola depois 63 e antes da segunda a Timóteo.

            Esta última hipótese pode ser aventada também quanto a Epístola a Tito. Conforme Tt 1,5, Paulo deixou Tito em Creta, para que concluísse a organização da Igreja que lá fundara. Escreve-lhe durante uma viagem (Tt 3,12), e pede-lhe que o venha encontrar em Nicópolis, para passarem o inverno ali. Sendo exatos esses dados, esta atividade missionária deve situar-se nos anos que se seguiram à libertação de Paulo, por volta de 63-67.

 

 

            Conteúdo.

            As pastorais e o paulinismo. Em geral, a homogeneidade das Epístolas pastorais não é discutida. Outra é a questão da relação entre a teologia das Pastorais e o paulinismo. Ao fazer a comparação entre uma e o outro, descobrem-se há um tempo semelhanças impressionantes e sensíveis diferenças, e é a interpretação que se deve dar a este fato que suscita opiniões diametralmente opostas.

 

            Semelhanças. Pôde-se afirmar que “em nenhuma parte da literatura extrapaulina a doutrina paulina manifesta-se tão claramente quanto nas Pastorais”. E é um fato que, nas Pastorais, se encontra boa quantidade de grandes afirmações paulinas: a misericórdia divina manifestou-se em Yaohushua Maschiyah, que veio para salvar os pecadores (1Tm 1,12-17); o homem salva-se pela graça (Tt 3,7) e por meio da fé (1Tm 1,16; 2Tm 3,15); a justificação pelas obras está excluída (Tt 3,5; 2Tm 1,9); há uma relação estreita entre o batismo e a salvação (Tt 3,5); a salvação dos homens efetua-se de conformidade com o plano eterno de Yaohu (o “mistério” agora revelado: 1Tm 3,16). A tudo isso devem-se ainda acrescentar as exortações dirigidas aos escravos (1Tm 6,1-2) e as referentes à atitude a ser observada para com as autoridades (1Tm 2,1; Tt 3,1); o acento posto na utilidade dos sofrimentos do apóstolo em vista do bem dos fiéis (2Tm 2,10); a recordação dos sentimentos do apóstolo (tais como a humildade, 1Tm 1,12-14; ou seu afeto para com Timóteo, 1Tm 1,2.18; 5,23; 2Tm 1,2; 1,4; 4,9.21; etc.); a delicadeza que se deve demonstrar para com os que se desencaminham (2Tm 2,25). A lista dessas semelhanças é suficiente longa para obrigar-nos a admitir (no mínimo) que as Pastorais foram redigidas num ambiente paulino.

 

            Diferenças. Todavia, as diferenças entre a teologia das Pastorais e a grande corrente paulina são tão reais quanto as semelhanças. Se se encontram nas Epístolas pastorais as grandes afirmações paulinas referentes à salvação, estas, não raro, vêm expressas através de outro vocabulário. Em vez de ser considerada sobremodo como vínculo que prende o crente a Maschiyah, a fé é concebida, de preferência, como adesão e fidelidade à doutrina estabelecida (1Tm 4,1; 6,21), à “santa doutrina” (1Tm 1,10; 2Tm 4,3) ou ao “depósito” transmitido a homens como Timóteo (1Tm 6,20; cf. 2Tm 2,2). Fez-se notar também a insistência na prática das “boas obras” (1Tm 2,10; 5,10.25; etc.) e um conceito da moral que foi qualificada de “burguês”, por oposição às exigências mais radicais das grandes epístolas paulinas; “o lugar primordial da fé parece agora ter sido tomado pela ‘piedade’, termo que ocorre a cada passo nas Pastorais, sendo totalmente estranho ao vocabulário paulino”. O amor tende a tornar-se uma virtude equiparando às outras, em vez de ser a que comanda todas as demais (1Tm 4,12). As referências ao Rúkha hol RODSHUA são acessórias e verifica-se que a graça é considerada numa perspectiva assaz limitada (Tt 2,11-12). Finalmente, sublinha-se um enfraquecimento da expectativa escatológica, com uma acentuação na necessidade de viver piedosamente no tempo presente (Tt 2,11-14). Todos esses traços atestam ter-se chegado a uma época mais tardia, na qual não se pensa mais em assentar os fundamentos da fé, e sim em consolidar a Igreja e organizá-la em face das heresias que a ameaçam.

 

            Organização da Igreja. Num momento em que a maioria dos apóstolos já desapareceu, acentua-se a responsabilidade dos dirigentes das Igrejas, bispos e anciãos (ou presbíteros). Sob este ponto de vista, a situação que as Pastorais refletem é a do fim do século I; aqui, não se trata, como em tempos vindouros, da constituição de um episcopado monárquico, pois tanto os bispos como os presbíteros têm praticamente a seu cargo as mesmas funções (cf. 1Tm 3,1 nota). A ambos cabe a responsabilidade de velar pela fiel transmissão do ensino que receberam, unindo á sua pregação o exemplo de uma vida santa (1Tm 3,1-7. Tt 1,5-9). Devem confirmar na fé os fiéis, para enfrentarem as investidas dos falsos doutores. Quanto aos diáconos, que também devem levar uma vida exemplar (1Tm 3,8-13), então encarregados de serviços mais particulares em prol dos doentes e dos pobres. Chama bastante atenção verificar que os ministérios proféticos ou carismáticos são deixados em segundo plano, talvez devido a desordens semelhantes às que haviam sucedido na comunidade de Corinto. No seu conjunto, os ministérios ainda não estão claramente delimitados; trata-se do início de um movimento de organização que, no decurso dos tempos, a tradição definirá.

 

            As heresias. As heresias, contra que as Pastorais reagem sem cessar, e que tornam necessário o apelo à firmeza doutrinal, são definidas de forma demasiado geral para poderem ser assimiladas ao gnosticismo característico do século II. Os falsos doutores, que parecem atuar no âmago mesmo da Igreja, são influenciados mormente pelas doutrinas judaizantes: são sobretudo judeus (Tt 1,10), que se arvoram em doutores da lei (1Tm 1,7), que suscitam controvérsias a respeito da lei (Tt 3,9), e recorrem a mitos judeus (Tt 1,14), a lendas e genealogias (1Tm 1,4). Mas não é possível descobrir também no seu ensinamento o germe do dualismo gnóstico, como a interdição do casamento e certos tabus alimentares (1Tm 4,3), embora esses tabus possam ter provindo de ambientes judeus. A afirmação de que a ressurreição já se efetuou (2Tm 2,18) também pode ter uma origem gnóstica. Essas heresias andavam de par com o relaxamento moral (cf. os numerosos catálogos de vícios das Epístolas pastorais. Todavia, é preciso notar que tais catálogos eram muito conhecidos aos círculos estóicos: passaram para as nossas epístolas por intermédio dos ambientes da diáspora relacionados com a filosofia estóica. Sob este aspecto, esta influência estóica faz-se sentir particularmente nas Pastorais).

 

            O louvor nas Pastorais. Entretanto, não se dá o justo valor ao alcance e teológico das Pastorais, limitando-se discutir sobre o que nelas abarcam os títulos de bispo ou anciãos, ou sobre as heresias que pretendem denunciar. É mister, além disso, saber ouvir nelas certos ecos do culto de louvor da antiga Igreja. Este louvor evidencia-se mormente nos fragmentos de hinos primitivos reproduzidos nas Pastorais (1Tm 2,5-6; etc.), Alguns são eco dos hinos gregos usados no culto das sinagogas da diáspora (1Tm 1,17; 6,15-16). Outros, que exaltam a grandeza de Maschiyah e da sua obra, têm origem messiânica (1Tm 3,16; 2Tm 11-13).

 

            Autenticidade. As Igrejas “messiânicas” afirmam a comunidade das Epístolas pastorais. Vale dizer que a comunidade messiânica, guiada pelo Rúkha de Yaohushua, reconhece nessas cartas a Palavra de Yaohu. Mas o problema da autenticidade permanece aberto: foi Paulo que as redigiu? De fato, conforme acenamos acima, se se hesita tanto acerca da data da composição, é porque ela está vinculada à questão da autenticidade. Múltiplos são os motivos que provocam esta hesitação.

            Eis, em primeiro lugar, os argumentos de crítica externa. No sentir de alguns, eles pesam grandemente em favor da autenticidade. Clemente de Roma, Policarpo de Esmirna, Inácio de Antioquia conheciam e citavam as Pastorais. Isto significaria que a tradição das Igrejas de Roma, Esmirna e Antioquia as considerava canônicas. O Cânon de Muratori, fixado por volta de 180, insere-as no corpus Paulino; Clemente de Alexandria cita-os mais de quarenta vezes; Irineu atribui explicitamente a Paulo as citações que faz das Pastorais. Isto significa que, na segunda metade do século II, essas cartas são conhecidas e reconhecidas como paulinas e canônicas, exatamente como as demais dez epístolas.

            Talvez haja um pouco de precipitação nesta conclusão. Seja como for, o argumento tirado das semelhanças entre as Pastorais e as cartas de Inácio e Policarpo perde muito de sua acuidade se supusermos que todos esses escritos dependem de uma tradição comum anterior às Pastorais. Quanto ao testemunho do Cânon de Muratori, pode-se opor-lhe o de Marcião que, pela metade do século II, não aceita as Pastorais no seu cânon: verdade é que a condenação das heresias e o elogio do Antigo Testamento que constam nessas epístolas só podiam desagradar ao heresiarca, que rejeitava em bloco todo o Antigo Testamento.

            No plano da crítica interna, não é menos confusa a situação. Vem primeiro o problema suscitado pela heterogeneidade do vocabulário. Num total de 902 palavras usadas nas Pastorais, 305 não se encontram em parte alguma dos outros escritos de Paulo, e 175 em parte alguma do resto do NT. É muita coisa. Isso dá um hapax (termo grego que significa “uma só vez”) para 1,55 versículo nas Pastorais, ao passo que a proporção é de 1 hapax para 5,33 versículos em 1Co e 1 hapax para 3,66 versículos em 2Co. Qual a conclusão?

            Não se deve valorizar demais a importância desta aritmética. Dentre esses hapax. Alguns há que não têm pretensão a nenhum significado particular. Tal o caso das palavras puramente ocasionais, como estômago (1Tm 5,23), avó (2Tm 1,5), pergaminho (2Tm 4,13), ou de latinismos como levar uma vida (1Tm 2,2), malfeitor (2Tm 2,6), que se explicam pela estada em Roma. É preciso também mencionar os termos bíblicos usados pela versão grega do AT e que ocorriam muito naturalmente à pena daqueles que estavam familiarizados com a tradução grega do AT.

            Ficam por explicar os hapax mais significativos. Eles podem provir simultaneamente do assunto tratado e do escritor.

            O assunto tratado é especial: como conduzir a Igreja, que é a causa de Yaohu. Paulo nunca o considerou com tanta amplidão. A novidade da situação acarreta a renovação do vocabulário. Observam-se que 50 hapax referem-se às doutrinas erradas, 29 às qualidades dos ministros da assembléia, 61 às funções e virtudes de Timóteo e Tito, e 90 à organização geral da Igreja.

            O autor mudou, desde a época das grandes epístolas. É normal que um pensamento tão vigoroso quanto o de Paulo esquive-se à esclerose e que esta evolução imprima o seu cunho na do vocabulário. Isso não é peculiar às Pastorais, mas se verifica em todo o evoluir da constituição do corpus paulino. Já não é fácil provar que 1 Tessalonicenses e Colossenses provenham da mesma pena que 1 Coríntios.

            Por outro lado, Paulo envelheceu. O seu estilo tornou-se lento e empanado, inclinado a moralizar: contam-se nada menos que 30 imperativos em 2Tm! Paulo esqueceu os tumultuosos gritos de 2Co, os brados de Gl. “É um Paulo de convenção que, num estilo paternal e fácil, escreve a um Timóteo artificial” (Loisy). O propósito de clareza e ordem favorece uma linguagem técnica, inclina às palavras raras. Tal evolução lingüística é normal num escritor que envelhece. Este crescimento dos hapax com a idade topa-se em autores tão distantes entre si no tempo quanto Platão e Shakespeare.

            Finalmente, sublinhou-se a importância que o secretário deve ter adquirido na redação dessas cartas. Este argumento parece de singular peso a J. Jeremias. O amontoamento dos prisioneiros, a sujeira e a deficiência de iluminação dos calabouços, a dificuldade de escrever com a técnica antiga – que deve ter exigido para 2Tm vários dias de trabalho –, permitem supor que a influência do secretário tenha sido considerável. A par dos trechos que Paulo lhe ditou pessoalmente, por exemplo 2Tm 4,6-18, pode ser que tenha redigido longos fragmentos em que se referia ao ensino do apóstolo e a suas conversas com ele. Foi ele igualmente que, por própria iniciativa, deve ter integrado nas Pastorais os fragmentos de hinos como 1Tm 1,17; 3,16; 6,15-16 e 2Tm 2,11-13, cuja origem é cultual. Os demais pontos relativos à questão da autenticidade podem ser passados em revista mais rapidamente. Como foi visto acima, as dessemelhanças entre os ensinamentos das Pastorais e o paulinismo são importantes. Seria possível deduzir daí um argumento decisivo contra a autenticidade? Tal possibilidade chegou a ser cogitada. Mas pode-se também admitir que estes escritos datem da velhice e do apóstolo, numa época em que devia enfrentar problemas diferentes dos de suas primeiras epístolas.

            Também houve quem pretendesse encontrar um argumento contra a autenticidade na luta que as epístolas travam contra o “GNOSTICISMO” (heresia que implicaria uma data de composição bem tardia). Mas heresias a que aludem caracterizam-se por numerosos traços judaicos e não apresentam de modo preciso as características do gnosticismo do século II. [HERESIA: Opinião doutrinária contrária à VERDADE RELIGIOSA (2Pe 2,1, RA]). {DOUTRINA: Conjunto de ensinamentos religiosos (Is 42,4;Mc 1,22). Um desses ensinamentos (1Co 14,26; 2Jo 10)}. “MAS SE ESSES ENSINAMENTOS – FOREM LEVADOS FORA OU MESMO ATÉ COLOCADOS AO LADO DO QUE JÁ ESTÁ DITO PELA PALAVRA DE YAOHU [COLOCAR UM NOVO ALICERCE...], AÍ, SIM ENTRAMOS NO SÉRIO RISCO DE DISTORCER A PALAVRA DE YAOHU! POIS NELA NADA DEVEMOS ACRESCENTAR OU TIRAR PARA QUE NÃO SEJAMOS ACHADOS MENTIROSOS...COMO A PRÓPRIA PALAVRA O DIZ!”. [Anselmo Estevan.]. Os movimentos de que aqui se trata podem muito bem ter existido em vida do apostolo Paulo.

            Quanto à organização da Igreja, as Pastorais mostram que alcançara uma expansão ainda desconhecida no tempo das outras epístolas paulinas. Alguns estimam que as diretivas fornecidas a este respeito reflitam a preocupação que afligia Paulo antes de morrer. Contudo, é neste domínio particular que a autenticidade parece mais difícil de sustentar.

            Nós não aludimos à dificuldade de harmonizar o quadro histórico que se nos depara nas Pastorais com os dados fornecidos por Atos. De fato, a hipótese do “segundo” cativeiro só é aventada para criar um quadro histórico no qual se pudesse integrar a vida de Paulo de acordo com as Pastorais. Isto não significa que ele não haja existido. Pois o fim do livro dos Atos, ao narrar o primeiro cativeiro, não coincide necessariamente com o fim da vida de Paulo. A organização, como se vê, é inapreensível. Em princípio, ela deveria fazer pender a balança em favor dos dados das Pastorais, pois ninguém pode, sem motivo, ser suspeito de inverdade.

            Qual a conclusão? Tanto aos que negam a autenticidade das Pastorais como aos que a sustentam, não faltam motivos válidos. Outros estimam que uma posição intermediária, que afirmasse uma inautenticidade parcial, poderia ser a melhor solução. É possível supor que um admirador de Paulo procurasse estabelecer, em vista das necessidades da Igreja no seu tempo, o que considerava ser o testamento espiritual do apóstolo. Quanto aos pormenores concretos (por exemplo, o manto e o pergaminho esquecidos em Trôade), proviriam de cartas autênticas parcialmente encaixadas nas Pastorais.

 

 

1ª EPÍSTOLA (PASTORAL) DE PAULO A

 

TIMÓTEO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso.

            Data: 62-64 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Devemos resistir à falsa doutrina na Igreja.

            As doutrinas legalistas afastam as pessoas do verdadeiro evangelho.

            O culto e a autoridade da Igreja devem ser cuidadosamente ordenados.

            Diversos grupos dentro da Igreja têm necessidades especiais.

            O amor pelo dinheiro não tem lugar no ministério do evangelho.

 

 

            Propósito e características

            Paulo havia deixado Timóteo em Éfeso para cuidar da Igreja como seu representante especial (1,3), e escreveu essa carta para ajuda-lo a tratar de uma série de questões doutrinárias que foram levantadas por falsos mestres naquele lugar. Paulo havia estabelecido a Igreja de Éfeso anteriormente, em sua terceira viagem missionária, quando passou cerca de três anos ali (At 19; 20,31). No final dessa viagem ele havia alertado os presbíteros efésios que falsos mestres, alguns oriundos da própria liderança, trariam problemas à Igreja (At 20,29-30). Essa epístola indica que a predição tornou-se realidade (1,6.19; 4,1-2; 6,3-5.10.21).

            Paulo descreveu a falsa doutrina em Éfeso como tendo se originado dentro da própria Igreja (1,6.19; 4,1; 6,10.21; 2Tm 2,18; 4,4). Ela se caracterizava por uma preocupação com fábulas (1,4; 4,7. 2Tm 4,4), genealogias (1,4), contendas sobre palavras (6,4; 2Tm 2,14.23), controvérsias (1,4; 6,4), conhecimento (6,20), loquacidade frívola (1,6) e falatórios inúteis e profanos (6,20; 2Tm 2,16). As falsas doutrinas incluíam proibições contra o casamento e certos alimentos (4,3), bem como a crença de que a ressurreição já havia acontecido (2Tm 2,18). Os falsos mestres interpretavam de modo incorreto a lei judaica (1,7) e, desse modo, colocavam restrições à oração (2,1-7). [Bem, o texto é um pouco grande. Quem quiser se aprofundar melhor é só ler o livro mesmo, isto é só um resumo do mesmo. MAS, NO MEU VER TUDO REFLETE EXATAMENTE A DATA EM QUE ESTAMOS VIVENDO HOJE E VIVENCIANDO TUDO ISTO – 24/04/2011. Anselmo Estevan.]. Mas, isto não pode ficar de fora:

            Líderes específicos do movimento incluíam Himeneu (1,20; 2Tm 2,17). Alexandre (1,20) e Fileto (2Tm 2,17). Aqueles que buscavam posição de liderança no movimento aparentemente o faziam para obter lucro financeiro (6,5.10). Os falsos mestres provocavam divisões (6,4-5) e parecem que eram especialmente eficientes em enganar as mulheres (2,14; 2Tm 3,6-7).

            Um bom número dessas características – o ensino doutrinário específico, o interesse por fábulas e genealogias e a preocupação com o “CONHECIMENTO” (a palavra grega é GNOSIS) – sugerem que a falsa doutrina em Éfeso pode ter sido uma forma incipiente de gnosticismo, movimento herético que se tornou forte concorrente da Igreja ortodoxa em desenvolvimento nos séculos 2 e 3.

 

            Ortodoxo (cs) adj. 1. Conforme com a doutrina religiosa tida como verdadeira. 2. P. ext.  Conforme os princípios tradicionais de qualquer doutrina.

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (10ª).

 

            Mesmo sem notar, deixamos transparecer os nossos valores. Os pais em particular demonstram a seus filhos o que consideram importante e valioso. A expressão “Tal pai, tal filho” não é apenas um clichê bastante conhecido; é uma verdade permanente em nossos lares. E a experiência prova que os filhos freqüentemente seguem o estilo de vida de seus pais, repetindo seus êxitos e erros.

            Timóteo é um bom exemplo de alguém que foi influenciado por familiares tementes a Yaohu. Sua mãe, Eunice, e sua avó Lóide, eram crentes judias que ajudaram em sua formação e promoveram seu crescimento espiritual (2Tm 1,5; 3,15). Na “segunda geração” messiânica mencionada no Novo Testamento, Timóteo se tornou um aprendiz de Paulo e pastor da Igreja em Éfeso. No papel de um jovem ministro, Timóteo enfrentou todos os tipos de pressões, conflitos e desafios da Igreja e da cultura que estava à sua volta. Para aconselhar e encorajar Timóteo, Paulo enviou-lhe esta carta extremamente pessoal.

            Paulo escreveu 1 Timóteo em cerca de 64 d.C., provavelmente pouco antes de seu último encarceramento romano. Por ter apelado a César, Paulo foi enviado como prisioneiro a Roma (ver Atos 25 – 28). A maioria dos estudiosos acredita que Paulo foi libertado em aproximadamente 62 d.C. (possivelmente porque o “estatuto das limitações” havia expirado), e que o apóstolo deve ter viajado nos anos seguintes. Durante esse tempo, ele escreveu 1 Timóteo e Tito. Logo, porém, o imperador Nero iniciou sua campanha para eliminar o messianismo. Acredita-se que durante esse período Paulo foi novamente encarcerado e finalmente executado. Durante este segundo encarceramento romano, Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo. Tito e as duas cartas a Timóteo formam as chamadas “Cartas Pastorais”.

            A primeira carta de Paulo a Timóteo confirma o relacionamento deles (1,2). Paulo inicia seu conselho paternal, advertindo Timóteo a respeito dos falsos mestres (1,3-11) e exortando-o a se apoiar em sua fé em Maschiyah (1,12-20). A seguir, Paulo examina a adoração pública, enfatizando a importância da oração (2,1-7) e da ordem nas reuniões da Igreja (2,8-15). Isto leva a uma abordagem acerca das qualificações dos líderes da Igreja – presbíteros e diáconos. Neste ponto, Paulo lista critérios específicos para cada ofício (3,1-16).

            Paulo fala novamente a respeito dos falsos mestres, ensinando Timóteo como reconhecer e responder a eles (4,1-16). Em seguida, dá um conselho prático sobre o cuidado pastoral com os jovens e idosos (5,1.2), viúvas (5,3-16), anciãos (5,17-25), e escravos (6,1.2). Paulo conclui exortando Timóteo a manter seus objetivos (6,3-10), a permanecer firme em sua fé (6,11.12), a viver de modo irrepreensível (6,13-16), e a ministrar fielmente (6,17-21).

            Esta carta de Paulo a Timóteo contém muitas lições. Se você for um líder da Igreja, observe o relacionamento de Paulo com este jovem discípulo – seus conselhos e direção que Paulo estabelece para os presbíteros e diáconos. Se for um iniciante na fé, siga o exemplo dos fiéis líderes messiânicos como Timóteo, que imitou o modo de vida de Paulo. Se você for um pai, pense no profundo efeito positivo que um lar messiânico pode causar aos membros de sua família. Uma mãe e avó fiéis levaram Timóteo a Maschiyah, e o ministério dele ajudou a mudar o mundo!

            “Bem, se falarmos espiritualmente – o quê verdadeiramente somos” – todos nós para ‘Elo(rr)hím(i) [‘Ulhim] Yaohu (Que mil anos é como um dia...!), “nós, para Ele – somos como recém-nascidos filhos de dias...!!!”. E você prestou atenção como começa este texto? Sim, se somos bebês para Yaohu – falando espiritualmente! O EVANGELHO QUE NOS É PASSADO é gravado em nossos espíritos...!! E COMO SEGUIMOS VÁRIAS “DENOMINAÇÕES” TUDO O QUE NOS É ENSINADO, POR NOSSO ESPÍRITO SER CRIANÇA, ABSORVEMOS TUDO O QUE NOS É PASSADO BEM OU MAL.. E É ISSO QUE TEMOS QUE TOMAR O MÁXIMO DE CUIDADA PARA NÃO SAIRMOS IMITANDO TUDO O QUE APRENDEMOS SEJA CERTO OU PASSADO ERRONEAMENTE... É ESSE CUIDADO QUE DEVEMOS TER AO OUVIR, E COLOCAR EM PRÁTICA A PALAVRA QUE RECEBEMOS. (1Jo 4,1; 1Ts 5,16-23; 1Ts 5,23; Cl 3,11-17; Hb 4,12: “Que o próprio Yaohu de paz os santifique inteiramente. Que todo o ESPÍRITO, a ALMA e o CORPO de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de NOSSO YHVH – YAOHUSHUA – MASCHIYAH!”. João 4,24).

 

            “Filho” – o Nome que nenhum anjo poderia reivindicar: “Hb 1,4”.

            João 20,31; Jo 2,3 (Nome); Jo 20,30; Gn 11,4; 17,5; Êx 33,19; Sl 5,11; Ez 20,9; Hb 1,4.

 

            Por isso procure-o sempre em seus atos, e aprenda com Ele amando-o em VERDADE, ESPÍRITO, COM TODAS AS SUAS FORÇAS DO FUNDO DA SUA ALMA/CORAÇÃO – COLOCANDO EM PRÁTICA SEMPRE O BEM... Anselmo Estevan. (Salmo 90,4; 2 Pedro 3,8!).

 

            TIMÓTEO

 

            Pontos fortes e êxitos:

            Tornou-se crente durante a primeira viagem missionária de Paulo e se uniu a ele em suas outras duas viagens.

            Foi um messiânico respeitado em sua cidade.

            Foi um representante especial de Paulo em várias ocasiões.

            Recebeu duas cartas pessoais de Paulo.

            Provavelmente conhecia Paulo melhor do que qualquer outra pessoa, tendo se tornado como um filho para o apóstolo.

 

            Fraquezas e erros:

            Lutou contra uma natureza tímida e reservada.

            Permitiu que os outros o tratassem com desprezo devido a sua juventude.

            Foi aparentemente incapaz de corrigir alguns dos problemas da Igreja em Corinto quando Paulo o enviou para lá.

 

            Lições de vida:

            A juventude não deve ser uma desculpa para a ineficácia.

Nossas insuficiências e falta de habilidade não devem nos afastar de Yaohu, nem nos tornar indisponíveis para Ele.

 

            Informações essenciais:

            Local: Listra.

            Ocupações: Missionário e pastor.

            Familiares: Mãe – Eunice; avó – Lóide e pai grego.

            Contemporâneos: Paulo, Silas, Lucas, Marcos, Pedro e Barnabé.

 

            Versículos-chave:

            “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado; porque todos buscam o que é seu e não o que é de Maschiyah Yaohushua. Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho como filho ao pai” (Fp 2,20-22).

 

 

            A história de Timóteo é contada em Atos, começando no capítulo 16. Ele também é mencionado em Romanos 16,21; 1 Coríntios 4,17; 16,10.11. 2 Coríntios 1,1.19; Filipenses 1,1; 2,19-23; Colossenses 1,1; 1 Tessalonicenses 1,1-10; 2,3.4; 3,2-6; 1 e 2 Timóteo; Filemom 1; Hebreus 13,23.

 

 

2ª EPÍSTOLA (PASTORAL) DE PAULO A

 

TIMÓTEO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apostolo Paulo.

            Propósito:  Convidar Timóteo para visitar Paulo em seus últimos dias e animar Timóteo em seu ministério contra os falsos mestres em Éfeso.

            Data: 64-68 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Falsos mestres sempre perturbam a Igreja.

            Os líderes da Igreja precisam ser corajosos em sua luta contra os falsos mestres.

            A liderança da Igreja precisa estar baseada nas ESCRITURAS!

            Yaohu manterá os crentes verdadeiros em segurança, mas outros da Igreja serão JULGADOS.

 

 

            Propósito e características

            Paulo parece ter escrito 2 Timóteo tendo dois propósitos em mente. Primeiro, ele desejava fornecer a Timóteo uma última carta de incentivo pessoal em seu ministério (1,5-14; 2,1-16.22-26; 3,10 – 4,5). Segundo, ele pediu a Timóteo que fosse a Roma (4,9.21), dando instruções acerca de quem e do que (4,11-13) ele deveria levar com ele.

            Como 1 Timóteo, 2 Timóteo demonstra uma grande preocupação pela sã doutrina (1,13-14; 2,2; 4,1-5) e contém meditações teológicas maravilhosas sobre a GRAÇA DE YAOHU (1,8-11), a fidelidade de Maschiyah (2,11-13) e a natureza e a função das ESCRITURAS (3,15-17). Há afirmações sobe a salvação pela Graça (1,9), a eleição (1,9; 2,10.19) e a divina inspiração da ESCRITURA (3,16). Segunda Timóteo também afirma a ressurreição (2,8) e a segunda vinda (4,1.8) de Maschiyah.

            Como a última das cartas de Paulo, 2 Timóteo é especialmente importante porque nos fornece algumas percepções a respeito do final da vida do apóstolo Paulo. Sua situação era desanimadora. Ele não conseguia mais vislumbrar um ministério proveitoso (cf. Fp 1,22-26). A maioria de seus amigos o havia deixado (4,10-11). Mesmo assim, Paulo permanecia confiante. Ele não se envergonhava por sofrer pela causa do Evangelho (1,12) e estava disposto a suportar tudo “por causa dos eleitos” (2,10). Ele sabia que havia sido fiel a Maschiyah (4,7) e que Maschiyah permaneceria para sempre fiel (1,12; 2,13). Portanto, Paulo tinha a certeza de que Aquele que o havia resgatado da morte no passado (3,11; 4,17) o resgataria por meio da morte para a vida eterna (4,8.18).

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (11ª).

 

            AS FAMOSAS “últimas palavras” são mais que um clichê. Quando homens e mulheres notáveis e influentes estão prestes a morrer, o mundo espera ouvir suas sábias palavras e recomendações finais. Então, tais citações são repetidas mundialmente. Isto também ocorre com uma pessoa querida que esteja agonizando. Juntos, ao lado da pessoa, a família se esforça para ouvir cada silaba sussurrada: bênçãos, encorajamento e conselho, sabendo que esta será a mensagem final. Um dos homens mais sábios, influentes e amados da história foi o apóstolo Paulo. E nós conhecemos suas famosas últimas palavras.

            Paulo estava enfrentando a morte. Ele não estava morrendo devido a uma enfermidade, em um hospital estéril, tendo as pessoas amadas junto de si. Estava bem vivo, mas sua condição era terminal. Condenado como um seguidor de Yaohushua de Nazaré, Paulo ficou em uma fria prisão romana, separado do mundo, podendo receber apenas um ou dois visitantes, tendo consigo somente seus materiais para escrever. Paulo sabia que logo seria executado (4,6), e por isso escreveu seus pensamentos finais a seu “filho” Timóteo, passando a este o bastão da liderança, lembrando-o do que era verdadeiramente importante, e encorajando-o na fé. Imagine como Timóteo deve ter lido e relido cada palavra: esta foi à última mensagem de seu amado mentor, Paulo. Devido à situação e ao destinatário, esta é a mais intima e tocante de todas as cartas de Paulo.

            A introdução é tema, e cada frase demonstra o amor que Paulo sentia por Timóteo (1,2-5). O apóstolo então lembra a Timóteo as qualidades necessárias a um fiel ministro de Yaohushua Maschiyah (O UNGIDO) (1,6 – 2,13). Timóteo deveria lembrar-se de seu chamado e usar seus dons com ousadia (1,6-12), manter-se no caminho da verdade (1,13-18), preparar outras pessoas para segui-lo no ministério (2,1.2), ser disciplinado e estar pronto para suportar o sofrimento (2,3-7), manter seus olhos e sua mente enfocados em Maschiyah (2,8-13). Paulo desafia Timóteo a conservar a sã doutrina, a rejeitar os erros e a evitar conversas que não fossem edificantes, a manejar corretamente a palavra da verdade (2,14-19), e a manter sua vida pura (2,20-26).

            Em seguida, Paulo adverte Timóteo a respeito da oposição que este e outros crentes enfrentariam nos últimos dias da parte de pessoas egocêntricas, que usam a Igreja para seu próprio lucro, ensinando falsas doutrinas (3,1-9). Paulo admoesta Timóteo a estar preparado para enfrentar estas pessoas infiéis lembrando-se de seu exemplo (3,10.11), compreendendo a verdadeira fonte da oposição (3,12.13) e encontrando força e poder na Palavra de Yaohu (3,14-17). Então dá a Timóteo uma grande incumbência: pregar a Palavra (4,1-4) e cumprir seu ministério até o fim (4,5-8).

            Paulo conclui com pedidos pessoais e informações. Nestas palavras finais, ele revela sua solidão e seu forte amor por seus irmãos e irmãs em Maschiyah (4,9-22).

            Nunca existiu outro crente como Paulo, o apóstolo missionário. Era um homem que tinha profunda fé, um amor imortal, esperança constante, convicção tenaz, e uma profunda visão. Ele foi inspirado pelo Rúkha hol – RODSHUA para nos transmitir a mensagem de Yaohu. Ao ler 2 Timóteo, saiba que está tomando conhecimento das últimas palavras deste grande homem de Yaohu – suas últimas palavras a Timóteo e a todos os que reivindicam seguir a Maschiyah. Renove seu voto de sustentar corajosamente a verdade, conhecer a Palavra e ser capacitado pelo Rúkha hol – RODSHUA!

 

 

EPÍSTOLA (PASTORAL) DE PAULO A

 

TITO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Incentivar Tito a completar a organização das Igrejas em Creta, confrontar as ações de falsos mestres nessa religião e instruir os crentes a terem uma conduta messiânica apropriada.

            Data: 62-64 d.C.

            Verdades fundamentais:

            A Igreja deve ser organizada com líderes qualificados.

            Deve-se resistir aos falsos mestres.

            Há responsabilidades especiais para grupos específicos da Igreja.

            Algumas responsabilidades gerais devem ser compartilhadas por todos os crentes.

            Toda conduta messiânica deve apoiar-se no trabalho salvador de Yaohu em Maschiyah.

 

 

            Propósito e características

            Paulo escreveu para incentivar Tito a terminar o seu ministério em Creta. Especificamente, Paulo queria que Tito completasse a organização das Igrejas (1,5-9), confrontasse os falsos mestres que ali se encontravam (1,10-14; 3,9-11) e desse instruções às Igrejas acerca de uma conduta adequada (2,1 – 3,8).

            Como 1 Timóteo, Tito é notável pelas informações acerca da organização da Igreja. Ele nos dá uma longa descrição das qualificações para ser um presbítero/bispo (1,6-9) e importante evidência de que os termos “presbítero” e “bispo” se referem ao mesmo ofício e não a dois ofícios distintos (1,5-7).

            Assim como 1 Timóteo, Tito demonstra grande preocupação com a sã doutrina (1,9.13; 2,1-2) e contém duas meditações teológicas baseadas na graça que Yaohu tornou disponível por meio de Yaohushua Maschiyah (2,11-14; 3,4-7). Elas incluem afirmações sobre a segunda vinda de Maschiyah (2,13), a expiação substitutiva de Maschiyah (2,14), a regeneração por meio do Rúkha hol – RODSHUA (3,5) e a justificação pela graça (3,5.7). Tito ainda afirma a divindade de Maschiyah de uma maneira impressionante: o título “SALVADOR” é usado livremente e nos mesmos contextos tanto para Yaohu (1,3; 2,10; 3,4) como para Maschiyah (1,4; 2,13; 3,6), com 2,13 falando de “nosso grande Yaohu e Salvador, Yaohushua Maschiyah”.

            A preocupação de Paulo acerca da sã doutrina foi equilibrada com uma ênfase na conduta messiânica apropriada. Para Paulo, as duas caminham lado a lado. Em particular, ele enfatizou a qualidade do “autocontrole” (1,8; 2,2.5.6.12) e a importância de “fazer boas obras” (2,7.14; 3,1.8.14).

 

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (12ª). E, [3ª E. PASTORAL].

 

            O VAZIO produzido pela partida de um líder forte pode arruinar um movimento, organização ou instituição. Tendo sido dependentes da habilidade, estilo, e personalidade desse líder, associados e subordinados passam a se debater ou competir pelo controle. Logo a eficiência e a vitalidade são perdidas, o declínio e o desaparecimento surgem no horizonte. Este padrão se repete freqüentemente nas Igrejas. Grandes oradores e ensinadores reúnem discípulos, e logo floresce uma Igreja viva, vigorosa e efetiva. Vidas são transformadas e pessoas são conduzidas ao Reino de Yaohu. Mas quando este líder parte ou morre, leva consigo o vigor e o ânimo da organização. Muitas pessoas se reuniram para ouvir o ensino de Paulo. Educado, articulado, motivado, e cheio do Rúkha hol – RODSHUA, este homem de Yaohu proclamou fielmente as Boas Novas por todo o Império Romano; vidas foram transformadas e Igrejas iniciadas. Mas Paulo sabia que a Igreja deveria ser edificada em Maschiyah, não em qualquer outra pessoa. O apóstolo sabia que no final não estaria presente para edificar, encorajar, disciplinar e ensinar. Então treinou jovens pregadores para que assumissem a liderança nas Igrejas após sua partida. Paulo os exortou a centrarem suas vidas e sua pregação na Palavra de Yaohu (2Tm 3,16.17), e a treinarem outros para que o ministério tivesse continuidade (2Tm 2,2).

            Tito era um crente grego. Ensinado e discipulado por Paulo, permaneceu diante dos líderes da Igreja em Jerusalém como um exemplo vivo de que Maschiyah (O UNGIDO) estava fazendo entre os gentios (Gl 2,1-3). Como Timóteo, foi um dos confiáveis companheiros de viagem de Paulo e um de seus amigos mais íntimos. Mais tarde tornou-se um embaixador especial de Paulo (2Co 7,5-16) e no final, o supervisor das Igrejas em Creta (1,5). Lenta e cuidadosamente, Paulo transformou Tito em um messiânico maduro e um líder responsável. A carta a Tito foi um passo neste processo de discipulado. Do mesmo modo que fez com Timóteo, Paulo instruiu Tito sobre como organizar e liderar as Igrejas.

            Paulo começa com uma saudação e uma introdução mais longas do que as habituais, esboçando a progressão da liderança: o ministério de Paulo (1,1-3), as responsabilidades de Tito (1,4.5) e os líderes que Tito designaria e treinaria (1,5). Paulo então lista qualificações pastorais (1,6-9) e contrasta os presbíteros fiéis com os falsos líderes e mestres (1,10-16). [Ta vendo? De nada adianta a “NACIONALIDADE”. Mas sim: “quem o dirige e seus próprios pensamentos bem direcionados por uma pessoa de Yaohu – como Paulo a Tito”, mesmo sendo Grego – soube administrar “Igrejas...!!”. Diferente de “FALSOS MESTRES E LÍDERES RELIGIOSOS QUE PODERIAM ATÉ MESMO SER JUDEUS...”]. Anselmo.

            Em seguida, Paulo enfatiza a importância das boas obras na vida do messiânico, dizendo a Tito como se relacionar com pessoas de variadas faixas etárias na Igreja (2,2-6). Ele exorta Tito a ser um bom exemplo de um crente maduro (2,7.8) e a ensinar com coragem e convicção (2,9-15). Discute então as responsabilidades gerais dos messiânicos na sociedade: Tito deveria lembrar as pessoas sobre estas responsabilidades (3,1-8) e deveria evitar DISCUSSÕES QUE TROUXESSEM DIVISÃO (3,9-11). Paulo conclui com questões relacionadas a itinerários e saudações pessoais (3,12-15).

            A carta de Paulo a Tito é breve, porém é um vínculo importante no processo de discipulado, ajudando um jovem a tornar-se um líder da Igreja. Ao ler esta carta pastoral, você aumentará seu conhecimento em relação à organização e à vida da Igreja Primitiva, e encontrará princípios para estruturar as Igrejas contemporâneas. Mas aprenderá também como ser um líder messiânico responsável. Leia a carta a Tito e, como Paulo, treina homens e mulheres para liderar e ensinar aos outros.

 

 

 

EPÍSTOLA (PASTORAL) DE PAULO A

 

FILEMOM

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Paulo.

            Propósito: Interceder em favor de Onésimo, um escravo fugitivo.

            Data: Cerca de 60 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os messiânicos devem demonstrar amor uns pelos outros e perdoar-se mutuamente.

            A obediência messiânica deve feita de modo espontâneo e não forçado.

 

 

            Propósito e características

            O propósito principal de Paulo ao redigir essa carta era suplicar que Filemom recebesse Onésimo de volta como um irmão em Maschiyah (vs. 12-16). Para alcançar esse propósito, Paulo relembrou Filemom da relação fraterna que ele e Filemom compartilhavam em Maschiyah. Uma vez que Paulo havia se afeiçoado muito a Onésimo (vs. 12,16), ele encorajou Filemom a receber de volta o seu escravo da mesma maneira que receberia o próprio apóstolo Paulo (v. 17).

            Filemom nos proporciona um claro exemplo de como aplicar o ensino da ESCRITURA aos problemas do dia a dia. Segundo o exemplo de Maschiyah, Paulo agiu como um mediador por amor a Onésimo e apontou para a unidade dos messiânicos como irmãos e irmãs em Maschiyah como um princípio fundamental para a prática do perdão e do amor mútuos.

 

 

 

           

 

 

EPÍSTOLAS PAULINAS: (13ª). E, [4ª E. PASTORAL].

 

            De todas as cartas de Paulo que chegaram até nós, a Epístola a Filêmon é a mais breve. Contudo, não é um simples bilhete, já que nela Paulo observa todas as regras do protocolo epistolar vigente na época. É também a mais pessoal; mas daí não se infere que ela seja uma simples “carta privada”. De fato, Paulo dirige-se também à “Igreja que se reúne em casa de Filemom” (v. 2). Não estaria o motivo profundo disto no fato de que “no Corpo de Maschiyah os assuntos pessoais já não são mais privados”?

            Desde em tempos mais remotos, esta epístola impressionou pela delicadeza de sentimentos que Paulo nela exprime. Nunca o apóstolo empenhou-se tanto em não fazer pesar sobre seus discípulos o jugo de sua autoridade. Ele pede, sugere, não impõe. Com justo título pôde Maurice Goguel qualificar esta missiva de “verdadeira obra-prima de tato e coração”.

            Foi sem dúvida de Roma ou Cesaréia que Paulo escreveu esta carta. Seja como for, ela é contemporânea da epístola aos Colossenses: na ocasião Paulo está preso (Cl 4,3.10.18; Fm 9.10.13.18) e acha-se rodeado dos mesmos companheiros (Cl 4,7-14; Fm 23-24). O seu destinatário não nos é conhecido por outras vias. Parece ter sido um membro importante da comunidade de Colossos, à qual beneficiava com seus bens e influência (vv. 5-7). Era um convertido de Paulo; o apóstolo recorda-lho discretamente (v. 19); tem por ele grande estima, a ponto de chama-lo de “seu colaborador bem-amado” (v. l).

 

           

            Circunstâncias. As circunstâncias da carta permanecem um tanto obscuras. Contudo, as várias alusões que Paulo faz permitem-nos levantar hipóteses bastante verossimilhantes.

            Onésimo, escravo de Filemom, fugira da casa do patrão, quiçá em consequência de alguma falcatrua (v. 18). Tendo encontrado Paulo em condições que não nos são relatadas, afeiçoou-se a ele e foi convertido (v. 10). Paulo, por sua vez, afeiçoou-se a Onésimo e o constituiu seu colaborador. Na carta aos Colossenses, designa-o como “este irmão fiel e caríssimo” (4,9). Por isso Paulo o conservou junto a si. Tal situação, porém, ao prolongar-se, corria o risco de se tornar melindrosa: Filemom podia tomar-se de ressentimentos pela indiscrição de Paulo que, sem ter recebido consentimento seu, nem sequer tê-lo avisado, tomara a seu serviço o escravo fugitivo. Ademais, consoante o direito em vigor, Paulo, ao conservar consigo um fugitivo, tornava-se cúmplice de grave infração do direito privado. Finalmente, o próprio Onésimo arriscava-se a ser procurado e posto na cadeia antes de, à força, o devolverem a seu dono, que podia infligir-lhe um grave castigo. Compreende-se por isso que Paulo tenha resolvido devolver Onésimo a seu dono. Entretanto, não se limita a devolve-lo. Envia simultaneamente a Filemom esta missiva, na qual implora-lhe que receba o seu escravo, não só como “um irmão muito amado” (v. 16), mas, ainda mais, como se fosse o próprio Paulo (v. 17). Não lhe pede a alforria de Onésimo em termos expressos, mas não duvida de que Filemom fará ainda mais do que lhe é pedido (v. 21). Cabe a Filemom compreender o que comporta aquele “mais”. Em todo caso, Paulo dá a entender com toda a clareza desejável que tem plena confiança de que, alforriado ou não, Onésimo lhe seja devolvido para servir ao Evangelho.

 

 

            Utilidade doutrinal. Às vezes, tem causado estranheza que uma carta “privada”, tão pouco dogmática, tenha sido inserida no cânon das ESCRITURAS. Mas não teria a Igreja dos primórdios conservado esta missiva por ter percebido nela algo que não encontrava alhures sobre o proceder messiânico em face da escravatura? A hipótese parece, quando menos, plausível. Claro está que não se deveria transformar a exegese desta breve epístola num tratado sobre “a escravatura na perspectiva do Evangelho”. Ao escreve-lo, Paulo só tinha em mira um caso concreto, particular, mas talvez fosse exatamente por tratar-se, naquela ocasião, de um caso particular, que ele se abalançou a nos dizer, acerca dos vínculos entre patrão e escravo, algo mais do que em suas cartas mais doutrinais.

            Os diversos trechos em que Paulo aborda, em suas epístolas, o problema do relacionamento entre patrões e escravos correm o risco de parecer tímidos (1Co 7,20-24; Ef 6,5-9; Cl 3,22 – 4,1). Não há dúvida de que, ao ouvir esses poucos versículos, o escravo do mundo antigo encontrava neles a afirmação assombrosa da sua dignidade humana. Mas Paulo não contesta radicalmente a instituição da escravatura como tal. Ademais, não se pode tampouco duvidar de que Paulo afirme ousadamente que, no Messias, todas as fronteiras ficaram abolidas, que já não há “nem escravo nem homem livre” (Gl 3,28). Chega mesmo a escrever aos messiânicos de Roma, senhores e escravos: “Que o amor fraterno vos una em mútua afeição” (Rm 12,10). Mas, se garante que “diante de Yaohu”, “no Messias”, no âmago do grupo fraterno e, especialmente, dentro da moldura das assembléias litúrgicas, todos os fiéis são iguais e irmãos, parece não deduzir daí nenhuma consequência no plano exterior e jurídico, o da vida civil.

            Paulo distingue indubitavelmente dois planos: “diante de Yaohu”, “diante dos homens”, mas a Epístola a Filemom interdiz a interpretação estritamente dualista que, não raro, se deu ao seu pensamento. De fato, embora Paulo não pretenda em parte alguma que é preciso abolir diretamente o estatuto da escravidão, tão difundido na época, não há como imputar-lhe a ter dito que o escravo deve permanecer escravo, ficar na posição que lhe coube na sociedade, como se esta posição lhe houvesse sido destinada do alto, irremissívelmente. Como bem revela T       heo Preiss: “De fato, Paulo não justapõe coisa alguma: pelo contrário, a fraternidade, a unidade no Messias apreendem esta relação senhor-escravo, despedaçam-se e a reconstituem num plano totalmente diverso; Onésimo será considerado, não só como um ser igual, um outro membro da Igreja, mas será membro da família de Filemom, será integralmente irmão. Assim, não resta margem alguma de paternalismo: haverá um fraternidade total”. Como Paulo ressalta, sera juntamente “na qualidade de homem e na do Messias” (v. 16), que Onésimo deverá ser acolhido fraternalmente por Filemom.

            Ainda com Theo Preiss, é permitido concluir que “se o Novo Testamento não é revolucionário no sentido moderno, é ainda menos conservador: de fato, toda a ordem social é desarticulada e se desfaz com a estrutura deste mundo”.

 

 

            Autenticidade. Só raramente se pôs em dúvida a autenticidade desta missiva. De fato, não se pode perceber que, além de Paulo, poderia tê-la escrito: dele é a linguagem, o estilo, o coração (Pe. Benoît). Contudo, aqueles que pensam dever contestar a autenticidade da Epístola aos Colossenses caem na obrigação de suspeitar também da desta epístola; pois, como vimos, há tal conexão entre essas duas cartas, que não se poderiam sustentar, a seu respeito duas opiniões diferentes.

 

 

CARTAS GERAIS:

 

(AS EPÍSTOLAS CATÓLICAS).

 

INTRODUÇÃO

 

 

 

            {NVI: “As sete cartas que seguem Hebreus – Tiago, 1 e 2Pedro, 1 e 2 e 3João e Judas têm sido muitas vezes designadas como “cartas gerais”. Essa expressão remonta ao historiador da Igreja primitiva Eusébio (c. 265-340 d.C.), que, na sua História eclesiástica (2,23-25), primeiramente se referiu a essas sete cartas como “epístolas católicas” empregando a palavra “CATÓLICA” no sentido de “UNIVERSAL”}.

 

            A Bíblia de Jerusalém: Sete epístolas do NT que não são de Paulo, foram, por causa disso, reunidas bem cedo numa mesma coleção, não obstante a sua origem diversa: uma de Tiago, uma de Judas, duas de Pedro, três de João. Seu título, muito antigo, de “católicas”, deriva, sem dúvida, do fato de a maioria delas não ser dirigida a comunidades ou pessoas em geral.

 

            A epístola de Tiago não foi aceita senão progressivamente na Igreja. Se sua canonicidade não parece ter criado problemas no Egito, onde Orígenes a cita como Escritura inspirada, Eusébio de Cesaréia, no começo do séc. IV, reconhece que ela ainda é contestada por alguns. Nas Igrejas de língua siríaca, foi apenas no decurso do séc. IV que ela foi introduzida no cânon do NT. Na África, Tertuliano e Cipriano a desconhecem e o catálogo de Mommsen (cerca do ano 360) ainda não a contém. Em Roma, ela não figura no cânon de Muratori, atribuído a sto. Hipólito (pelo ano 200) e é muito duvidoso que ela tenha sido citada por são Clemente de Roma e pelo autor do Pastor de Hermas (cf. mais adiante). Portanto, ela não se impõe no conjunto das Igrejas do Oriente senão pelo fim do séc. IV.

            Quando as Igrejas aceitam a canonicidade desta epístola, identificam comumente seu autar com aquele Tiago “irmão de Yaohushua – YHVH” (Mt 13,55p; cf. 12,46 +), cuja função tão marcante na primeira comunidade de Jerusalém (At 12,17 +; 15,13-21; 21,18-26; 1Co 15,7; Gl 1,19; 2,9.12) foi coroada pelo martírio por mãos dos judeus, no ano 62 aproximadamente (Josefo, Hegesipo). Esta personagem, evidentemente, não se identifica com o apóstolo Tiago, filho de Zebedeu (Mt 10,2p), que Herodes mandou matar em 44 (At 12,2), mas poder-se-ia pensar em identifica-lo com o outro apóstolo do mesmo nome, o filho de Alfeu (Mt 10,3p). Já os antigos hesitavam neste ponto e os modernos ainda o discutem, inclinando-se pela negativa. A expressão de Paulo em Gl 1,19 foi interpretada em ambos os sentidos.

            Ademais, o verdadeiro problema situa-se noutra parte e mais profundamente. Consiste na própria atribuição da epístola a Tiago, “irmão do YHVH – Yaohushua”. Esta atribuição, efetivamente, não está isenta de dificuldades. Se de fato a carta tivesse sido composta por esta personagem de primeira grandeza, não se compreenderia bem a dificuldade que teve para se impor na Igreja como Escritura canônica. Além disso, ela foi escrita diretamente em grego, com uma elegância, uma riqueza de vocabulário, um senso de retórica (diatribe) que surpreendem bastante em um Galileu; sem dúvida, TIAGO poderia ter sido ajudado por um discípulo de boa cultura helênica, mas esta é uma conjetura que não se consegue provar. Enfim, e sobretudo, a epístola apresenta uma afinidade muito notável com escritos que foram compostos no fim do séc. I ou começo do séc. II, especialmente a primeira carta de Clemente de Roma e o Pastor de Hermas. Muitas vezes se tem afirmado que estas duas obras utilizaram amplamente a epístola de Tiago; hoje sempre mais reconhece que tais afinidades se explicam pela utilização de fontes comuns e pelo fato de que os autores destas diferentes obras tinham de enfrentar dificuldades análogas. Por isso, numerosos autores, atualmente, situam a composição da epístola de Tiago no fim do séc. I, ou mesmo no começo do séc. II. O caráter arcaico de sua (messiologia) se explicaria não pela antiguidade de sua redação, mas pelo fato de ela provir de ambientes judeu-messiânicos, herdeiros do pensamento de Tiago, irmão do YHVH, e alheios à evolução da teologia messiânica-primitiva.

            Entretanto, caso se julgue necessário manter a autenticidade da epístola, sua composição deverá ser datada de antes de 62, ano da morte de Tiago. Então, duas hipóteses são possíveis, conforme a posição que se adota no tocante às relações entre Tg e Gl/Rm a respeito do problema da justificação pela fé (cf. mais adiante). Para certos autores, é Tiago que entra em polêmica contra Paulo, ou melhor, contra os messiânicos que deformavam o ensinamento dele; nesse caso, ele teria escrito a sua epístola pouco tempo antes de morrer. Para outros, que são cada vez menos numerosos, foi Paulo que quis combater as idéias de Tiago, cuja epístola teria sido composta então entre 45 e 50, data esta que explicaria o caráter arcaico de sua (messiologia). O que acima dissemos dá a entender que é pouco verossímil uma data tão antiga.

            Seja qual for a sua origem, este escrito é dirigido às “doze tribos da Diáspora” (1,1), que são certamente os messiânicos de origem judaica, dispersos no mundo greco-romano, sobretudo nas regiões próximas à Palestina, como a Síria ou o Egito. Que esses destinatários sejam convertidos do judaísmo é o que confirma o corpo da carta. O uso constante que o autor nela faz da Bíblia, supõe que esta lhe é familiar, tanto mais que ele procede, nas suas argumentações, menos por citações explícitas (como, por exemplo, Paulo, ou o autor da Epístola aos hebreus) do que por reminiscências espontâneas e alusões subjacentes por toda parte. Ele se inspira particularmente na literatura sapiencial, para extrair dela lições de moral prática. Mas depende também profundamente dos ensinamentos do evangelho, e seu escrito não é puramente judaico, como algumas vezes se tem afirmado. Ao contrário, aí se encontram continuamente o pensamento e as expressões prediletas de Yaohushua, e também desta vez, menos na forma de citações expressas tiradas de uma tradição escrita, do que mediante a utilização de uma tradição oral viva. Em suma, trata-se de um sábio judeu-messiânico que repensa, de maneira original, as máximas da sabedoria judaica em função do cumprimento que elas encontraram na boca do Mestre.

            Seu escrito não se enquadra facilmente nos moldes convencionais do estilo epistolar. Constitui antes uma homilia, uma amostra daquela catequese que devia estar em uso nas assembléias judeu-messiânicas de seu tempo. Nele se encontra uma série de exortações morais que se seguem com pouco nexo, ora agrupando sentenças que tratam do mesmo tema, ora unindo as frases por meio de assonâncias verbais. São avisos sobre a paciência nas provações (1,21; 5,7-11), a origem da tentação (1,13-18), o domínio da língua (1,26; 3,1-12), a importância do bom relacionamento e da misericórdia (2,8.13; 3,13 – 4,2; 4,11s), a eficácia da oração (1,5-8; 4,2s; 5,13-18; etc.). O sacramento da unção dos enfermos tem seu lugar teológico em 5,14s (concílio de Trento).

            Dois temas principais orientam toda essa parênese. O primeiro exalta os pobres e adverte severamente os ricos (1,9-11; 1,27 – 2,9; 4,13 – 5,6): esta atenção para com os humildes, os favoritos de Yaohu, prende-se a uma antiga tradição bíblica e de modo todo especial às bem-aventuranças do evangelho (Mt 5,3 +). O segundo insiste na execução das boas obras e acautela contra uma fé estéril (1,22-27; 2,10-26). Sobre este último ponto encontra-se até mesmo uma discussão polêmica (2,14-26), que muitos intérpretes julgam dirigida contra Paulo. Com efeito, é forçoso reconhecer que existem contatos bastante notáveis entre Tg e Gl/Rm, sobretudo na interpretação diversa de textos bíblicos idênticos referentes a Abraão. E não é impossível que Tiago tenha querido combater, se não o próprio Paulo, pelo menos certos messiânicos, que tiravam de sua doutrina consequências nefastas. Todavia, dever-se manter duas coisas: primeiro, que, acima de uma oposição superficial causada por situações diferentes, Paulo e Tiago estão de acordo quanto ao âmago da questão (cf. 2,14 +). Segundo, que este tema de fé e das obras, suscitado tão naturalmente pelos dados da religião judaica, pode bem ter sido um assunto tradicional de discussão que eles terão abordado de modo independente.

 

            Judas, que se chama “irmão de Tiago” (v.1), parece apresentar-se também ele, como um dos “irmãos do YHVH” (Mt 13,55p). Nada nos obriga a identifica-lo com o apóstolo que tem o mesmo nome (Lc 6,16; At 1,13; cf. Jo 14,22); ele mesmo também se distingue do grupo apostólico (v. 17). Nem há necessidade alguma de imaginar uma pseudonímia, que se justificaria dificilmente, aliás, dada à importância medíocre da personagem escolhida para o pseudônimo.

            Na realidade, esta epístola foi aceita desde o ano 200 pela maioria das Igrejas como Escritura canônica. O uso que ela faz de fontes apócrifas (Henoc nos vv. 7,14ss; Assunção de Moisés no v.9) suscitou de fato algumas dúvidas desde a antiguidade mas não deveria admirar, pois este recurso legítimo a escritos judaicos, estão em voga, de modo algum equivale a reconhecer-lhes um caráter inspirado.

            A intenção de Judas é unicamente estigmatizar os falsos doutores que colocam em perigo a fé messiânica. Ameaça-os com um castigo divino ilustrado com precedentes da tradição judaica (vv. 5-7) e a descrição que dá de seus erros parece também influenciada por essas lembranças do passado (v. 11). Ela permanece, aliás, bastante vaga e certamente não autoriza a identificá-los com o gnosticismo do séc. II. A impiedade e a licenciosidade moral que lhes censura, particularmente suas blasfêmias contra o YHVH Messias e os anjos (vv. 4,8-10), podem ter existido no seio do messianismo desde o séc. I, sob o influxo das tendências sincretistas combatidas pela Epístola aos colossenses, as Pastorais e o Apocalipse.

            Certos dados convidam, porém, a não avançar demais pelo séc. I adentro. As pregações dos apóstolos já pertencem ao passado (vv. 17s). A fé é concebida como um dado objetivo “transmitido uma vez por todas” (v. 3). Parece que são utilizadas as epístolas de Paulo. É verdade que a segunda epístola de Pedro, por sua vez utiliza a de Judas, mas, como diremos adiante, ela pode ser posterior à morte de Pedro. Enfim, deve-se supor como data os últimos tempos da idade apostólica.

 

            Duas epístolas católicas se apresentam como escritas por Pedro. A primeira, que traz no endereço o nome do príncipe dos apóstolos (1,1), foi recebida sem contestação desde os primórdios da Igreja: citada provavelmente por Clemente de Roma e certamente por Policarpo, é atribuída explicitamente a Pedro a partir de Irineu. O apóstolo escreve de Roma (Babilônia 5,13), onde ele se encontra em companhia de Marcos, que ele chama de “seu filho”. Embora sejam muitas poucas as informações que temos sobre o fim de sua vida, uma tradição, muito segura afirma, com efeito, que ele se transferiu para a capital do império, onde morreu mártir no tempo de Nero (em 64 ou 67?). Ele escreve aos messiânicos “da Diáspora”, especificando os nomes de cinco províncias (1,1), que representam praticamente o conjunto da Ásia Menor. O que ele diz do passado deles (1,14.18; 2,9s; 4,3) sugere que são convertidos do paganismo, embora não se exclua a presença de judeu-messiânico entre eles. É por isso que lhes escreve em grego; e, se este  grego, simples, mas correto e harmonioso, parece ser de uma qualidade boa demais para o pescador Galileu, conhecemos o nome do discípulo secretário que pode tê-lo assistido na redação: Silvano (5,12), comumente identificado com o antigo companheiro de Paulo (At 15,22 +).

            A finalidade desta epístola é sustentar a fé dos seus destinatários em meio às provações que os assaltam. Houve quem procurasse identifica-las com perseguições oficiais, tais como as de Domiciano ou mesmo de Trajano, o que suporta uma época bem posterior a Pedro. Mas as alusões da epístola não exigem nada disso. Trata-se, antes, de prepotências, injúrias e calúnias que os convertidos sofrem, por causa de sua pureza de vida, da parte daqueles cujos desregramentos eles abandonaram (2,12; 3,16; 4,4.12-16).

 

            Outra dificuldade levantada contra a autenticidade da epístola é o uso considerável que ela parece fazer de outros escritos do NT, sobretudo de Tg, Rm e Ef; fato tanto mais surpreendente, porque o evangelho parece pouco utilizado. Mas as reminiscências evangélicas são numerosas, apesar de permanecerem discretas; se fossem mais destacadas, não faltaria quem dissesse que algum pseudônimo tentou desta forma fazer-se passar por Pedro. Quanto aos contatos com Tiago e Paulo, não se deve exagerar. Não aparece na epístola nenhum dos temas especificamente paulinos (valor transitório da Lei judaica, Corpo do Messias, etc.). E muitos daqueles que são considerados também como “paulinos”, porque nos são conhecidos sobretudo através das epístolas de Paulo, de fato são apenas patrimônio comum da primeira teologia messiânica (valor redentor da morte de Yaohushua, fé e batismo, etc). Os trabalhos da crítica reconhecem sempre mais a existência de formulários de catequeses primitivas, de florilégios de textos do AT, que podem ter sido utilizados paralelamente pelos diversos escritos em questão, sem que tenha havido entre eles dependência direta. Se apesar disso resta certo número de casos determinados, nos quais 1Pe parece de fato ter-se inspirado em Rm ou Ef, podemos admiti-lo sem rejeitar a autenticidade; Pedro não possuía a envergadura teológica de Paulo e pode muito bem ter recorrido aos escritos deste último, sobretudo ao dirigir-se, como neste caso, a círculos de influência paulina. Além disso, não se deve esquecer que seu secretário Silvano era um discípulo de ambos os apóstolos. Enfim, é justo assinalar, ao lado destas afinidades com os escritos paulinos, as semelhanças que certos intérpretes julgam ter descoberto entre 1Pe e outros escritos de cunho petrino, tais como o segundo evangelho ou os discursos de Pedro nos Atos.

            A carta deve ser anterior à morte de Pedro (64 ou 67), mas talvez só alguns anos mais tarde é que Silvano o deu por terminada, segundo as diretrizes de Pedro e sob a sua autoridade. Isto seria até mesmo provável, se se constatasse que a epístola é heterogênea, combinando fragmentos diversos, entre os quais uma homilia de origem batismal (1,13 – 4,11). Mas essas distinções não conseguem ultrapassar o nível da conjetura.

            De caráter essencialmente prático, este escrito não deixa de possuir também uma apreciável riqueza de doutrina. Nele se encontra um maravilhoso resumo da teologia em voga na época apostólica, teologia de comovente ardor na sua simplicidade. Uma das idéias mestras é a corajosa perseverança nas tribulações, tendo O MESSIAS como modelo (2,21-25; 3,18; 4,1): como ele, os messiânicos devem sofrer com paciência, felizes se as suas tribulações provêm de sua fé e de sua santa conduta (2,19s; 3,14; 4,12-19; 5,9), respondendo ao mal apenas com o bem, a caridade, a obediência aos poderes públicos (2,13-17) e a mansidão para com todos (3,8-17; 4,7-11.19). Há uma passagem difícil e compreendida pelos exegetas de modo diverso (3,19s; cf. 4,6), conforme interpretaram a “pregação” do Messias como um anúncio de salvação ou de castigo, e conforme reconheceram nos “espíritos encarcerados” ou os ímpios mortos no tempo do dilúvio, ou os anjos decaídos, de que fala a tradição bíblica e apocalíptica. Seja como for, este ato do YHVH está bem situado no momento de sua morte, e temos aí um dos principais lugares teológicos do dogma da descida à mansão dos mortos.

 

            Não há dúvida de que também a segunda epístola se apresenta como sendo de Pedro. Não apenas no endereço (1,1) o apóstolo coloca seu nome, mas ainda alude ao anúncio de Yaohushua a respeito de sua morte (1,14) e afirma ter sido testemunha da transfiguração (1,16-18). Enfim, faz alusão a uma primeira carta (3,1), que deve ser 1Pe.

            Se escreve uma segunda vez aos mesmos leitores, é com dupla finalidade: pô-los de sobreaviso contra os falsos doutores (2) e responder à inquietação causada pela demora da Parusia (3). Rigorosamente falando, podemos imaginar estes falsos doutores e esta inquietação desde o fim da vida de Pedro. Mas há outras considerações que põem em dúvida a autenticidade e sugerem uma data mais tardia. A linguagem apresenta notáveis diferenças em relação à 1Pe. Todo o cap. 2 é uma repetição, livre mas patente, da epístola de Judas. A coleção das epístolas de Paulo parece já formada (3,15s.). O grupo apostólico é posto em paralelo com o grupo profético e o autor fala como se não fizesse parte deles (3,2). Estas dificuldades autorizam certas dúvidas que surgiram desde a antiguidade. Não apenas o uso da epístola não é atestado com certeza antes do séc. III, mas também alguns a rejeitavam, como o testemunham Orígenes, Eusébio e Jerônimo. Além disso, muitos críticos modernos recusavam-se, por sua vez, a atribuí-la a Pedro, e é difícil não lhes dar razão. Mas se um discípulo posterior se valeu da autoridade de Pedro, pode ser que ele tivesse algum direito de o fazer, talvez porque pertencesse aos círculos que dependiam do apóstolo, ou então porque utilizasse um escrito proveniente dele e o adaptasse e completasse com o auxílio de Jd. Isso não equivale necessariamente a cometer uma falsificação, pois os antigos tinham idéias diferentes das nossas sobre a propriedade literária e a legitimidade da pseudonímia.

            Aliás, para nossa fé basta que a epístola tenha sido seguramente aceita pela Igreja como canônica e represente, por conseguinte, uma herança autêntica da época apostólica. Com isto, está garantida a sua doutrina e merecem destaque particularmente a vocação messiânica de “participação da natureza divina” (1,4), a definição do caráter inspirado das ESCRITURAS (1,20s.) a certeza da Parusia vindoura, não obstante a demora e a incerteza do seu dia, e o anúncio, após a destruição do mundo pelo fogo, de um mundo novo em que habitará a justiça (3,3-13). [Vejam bem o texto: um novo mundo, destruição pelo fogo, habitará a justiça! É aqui que entendo quando as Escrituras falam de lago de fogo... Aqui, o “ímpio será destruído”. E, só reinará a “justiça” que estiver com Yaohushua – O MESSIAS...! Anselmo Estevan.].

 

            As três epistolas de João foram já apresentadas juntamente com o quarto evangelho.

 

            As cartas assim designadas podem ser consideradas (na maior parte) dirigidas a públicos generalizados, mais que a pessoas específicas ou a grupos localizados 2 e 3 João, as duas cartas que parecem mais claramente dirigidas a indivíduos, já há muito tempo estão sendo consideradas suplementos de 1 João, que é claramente dirigida a um público GERAL. Comparadas com as cartas de Paulo, no entanto, todas elas (menos 3 João) são claramente gerais na natureza. Por contraste, Paulo dirige suas cartas a destinatários como os santos de Filipos, ou as Igrejas da Galácia, ou Timóteo ou Tito.

            Conforme Eusébio observou há muito tempo, um fato interessante quanto às cartas gerais é que a maioria delas, em alguma ocasião, ficou entre os livros do NT que foram alvo de alguma objeção. Tiago, 2 Pedro, 2 João, 3 João e Judas foram todas muito questionadas antes de integrar o cânon das ESCRITURAS.

 

 

1ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

EPÍSTOLA AOS HEBREUS

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: Desconhecido.

            Propósito: Incentivar a fidelidade ao Messias e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e superior sumo sacerdote.

            Data: Antes de 70 d.C.

            Verdades fundamentais:

            O Messias é superior aos anjos, a Moisés, a Arão e ao ministério sacerdotal do Antigo Testamento.

            O Antigo Testamento admitiu o caráter temporário dessas estruturas, de modo que a nova ALIANÇA não é de maneira alguma contrária à antiga!

            Deixar O Messias e voltar-se para tipos obsoletos de fé levará ao julgamento divino.

            As pessoas da Igreja devem perseverar até o fim em fidelidade ao Messias ou irão sofrer o castigo divino.

 

 

            Propósito e características

            O estilo literário elevado de Hebreus e seus interesses teológicos colocava-a à parte dos outros livros do Novo Testamento. Dentre a sua importante contribuição para o Novo Testamento de Yaohushua O UNGIDO está à revelação minuciosa do cumprimento, por Yaohushua, do templo, dos sacrifícios e do sacerdócio que haviam sido estabelecidos na lei de Moisés (caps. 8 – 9).

            O autor referiu-se ao seu trabalho como uma “palavra de exortação” (13,22). Desde que a mesma expressão grega em At 13,15 (“mensagem de encorajamento”) refere-se a um sermão na sinagoga, esse termo pode identificar essa “epístola” como um sermão expositivo na forma escrita. Hebreus é apropriadamente descrita como “palavra de exortação” (13,22), visto que exortação e encorajamento estão no centro do propósito do livro (3,13; 6,12-20; 10,25; 12,5-6). Repetidas vezes, Hebreus conclama seus leitores a uma resposta ativa e corajosa (p. ex., 4,11.14.16; 6,1; 10,19-25).

 

 

 

            A Epístola aos Hebreus pode causar perplexidade ao leitor moderno. Percorrendo-a, experimenta-se ora um sentimento de admiração, ora uma impressão de estranheza.

            Admiração em face da densidade doutrinal e profundeza humana de várias passagens. Pois o autor recorre a fórmulas incomparáveis para proclamar a transcendência do Messias e, ao mesmo tempo, sabe exprimir com realismo a extrema solidariedade que une Yaohushua à “seus irmãos”. O profundo conhecimento do Antigo Testamento reponta a cada linha, e seu amor à Igreja sustém cada uma de suas exortações.

            Há, porém, nele traços que provocam uma impressão de estranheza: o autor dá muita margem à evocação dos ritos antigos e sacrifícios de animais; de outra parte, revela grande agilidade mental para interpretar de maneira simbólica textos e acontecimentos e para sugerir correspondências entre as realidades terrestres e os arquétipos celestes, entre os fatos históricos e a eternidade divina. Então, muitos leitores têm a sensação de estar perdendo (fé) e se, para se recuperar, tentam examinar o texto mais de perto, o complexo estilo retórico só lhes acrescenta dificuldades.

            Sob outro aspecto, a própria origem da obra cria questões complexas, que suscitaram, desde os primeiros séculos, divergências e dúvidas, posteriormente reavivadas no tempo da Reforma: de quem provém à epístola? É lícito ou não associa-la ao nome do apóstolo Paulo? Por que motivo assemelha-se ela tão pouco às grandes epístolas paulinas? A quem foi dirigido e em que ocasião? Será que se trata realmente de uma epístola?

            Mister se faz examinar essas questões com certa atenção, antes de proceder a um rápido inventário das riquezas contidas neste escrito fascinante.

 

 

            Origem controversa. Durante os quatro primeiros séculos, a situação da Epístola aos Hebreus passou por muitas vicissitudes. A este respeito, porém, deve-se notar uma diferença sensível entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente.

            Nas Igrejas do Oriente, Hebreus sempre foi aceita como epístola paulina. Todavia, essa tradição muito firme não obstava a que os antigos constatassem as diferenças que distinguem Hebreus das cartas de Paulo.

            Para justificar tais particularidades, Clemente de Alexandria apresenta a epístola como sendo uma adaptação grega de um texto composto por Paulo em hebraico (cf. Eusébio, História Eclesiástica, VI, 14,2). Ele julga reconhecer em Hebreus o estilo de Lucas. Pouco mais tarde, Orígenes acentua ainda mais claramente a distinção: os pensamentos, diz ele, quadram aos do apóstolo, mas tudo indica que a composição não é dele; Hebreus é obra de um discípulo de Paulo, que exprime fielmente, porém a seu modo, o ensinamento do mestre. Que discípulo? Orígenes confessa não saber (Eusébio, Ibid., VI, 25,11-13), mas a ignorância a tal respeito não afeta em nada sua adesão a esse texto da Escritura. Menos preocupados com o problema literário, outros comentadores orientais atinham-se à afirmação da origem paulina, confirmada pela tradição de suas Igrejas.

            No Ocidente, a situação era outra. Conhecida desde o fim do século I, visto, Clemente Romano recorrer manifestamente a ela na sua carta à Igreja de Corinto, a Epístola aos Hebreus não era aceita sem reticências. As dúvidas à sua autenticidade paulina provocavam hesitações quanto ao seu valor enquanto escrito inspirado. O seu emprego por diversas seitas contribuiu para incrementar as suspeitas. O cap. 7 foi usado para escorar especulações extravagantes sobre Melquisedec; os rigoristas estribaram-se em Hb 6,4-6 e 10,26 para negar o perdão aos messiânicos que tinham apostatado duramente a perseguição; os arianos tiraram argumento de 3,2 para sustentar que o Verbo é uma criatura. Segundo um testemunho de Filastro de Brescia (Migne, PL 12, col 1199), de tudo isso resultou que, no fim do século IV, a epístola não fosse lida nas Igrejas. De sua parte, São Jerônimo constatava que os romanos não atribuíam Hebreus a Paulo (De viris iII.59); ele mesmo só dava importância secundária à questão do autor (Ep. 129 ad Dard., PL 22, col. 1103); a tradição das Igrejas gregas, que desde sempre atestaram ser este escrito parte das Escrituras inspiradas, constituía, a seu ver, uma garantia decisiva. Tal era também a opinião de Santo Agostinho (De pecc. Mer. 1,50), As listas do “Cânon das Escrituras”, estabelecidas no fim do século IV, puseram cobro às hesitações, mencionando explicitamente a Epístola aos Hebreus. Mas o fato de estar enumerada junto com as cartas de Paulo resultou naturalmente na tendência a afirmar a autenticidade paulina do escrito. Na Idade Média, a Glossa Ordinaria adotou uma posição semelhante à de Clemente de Alexandria. Hebreus é uma carta de Paulo fielmente traduzida por Lucas depois da morte do apóstolo.

 

 

            No tempo da Reforma. As discussões recomeçaram na Renascença. Um eco disto encontra-se nos comentários que Lutero fez à epístola em 1517-1518, no mesmo ano do seu manifesto de Wittenberg. Ele explica o texto como sendo do Apóstolo e até descobre nele a tese fundamental do paulinismo. “Nesta epístola, Paulo exalta a graça contra o orgulho da justiça humana segundo a Lei”. Mas nem por isso deixa de ressaltar que uma frase como Hb 2,3, onde o autor se inclui entre os que receberam o evangelho por intermédio dos discípulos, é um “argumento muito válido” para demonstrar que a epístola não é de Paulo. De fato, este recorre, na epístola aos Gálatas, a uma linguagem totalmente diversa. Em 13,19, pelo contrário, Lutero vê um argumento a favor da autenticidade paulina, já que este versículo evoca o cativeiro.

            Alguns anos depois, ao apresentar sua tradução do Novo Testamento, Lutero definia a própria posição: a epístola não é da lavra de Paulo, nem de outro apóstolo qualquer. Nem por isso deixa de admirar nela a maestria com que o autor desconhecido faz uso das ESCRITURAS. Algumas passagens, porém, criam dificuldades: a epístola nega a possibilidade de conversão para aqueles que, depois do batismo, tornaram a cair em pecado (6,4-6; 10,26; 12,17). Então, Lutero emite a opinião de que Hebreus é uma obra heterogênea.

            Calvino, por sua vez não manifesta reticência alguma. Declara que, indiscutivelmente, Hebreus faz parte das Escrituras apostólicas e atribui a manobras de Satanás o fato de, outrora, a autoridade da epístola ter sido atacada. Nem por isso, entretanto, a considera obra se Paulo.

            Posteriormente, a exegese protestante passou por certa variedade de opiniões. No século XVII, a tese da autenticidade paulina foi novamente aceita quase por unanimidade. A seguir, prevaleceu a tese oposta.

            O magistério católico, mais preso ao testemunho da tradição, empenhou-se em defender a origem paulina da epístola. Deve-se notar, no entanto, que o Concílio de Trento recusou pronunciar-se explicitamente sobre a questão da autenticidade, o que deu ensejo a um ou outro comentador católico (por exemplo, Estius) sustentar que o autor é um discípulo de Paulo que compôs uma obra original. Por ocasião das discussões do princípio do século XX, a Pontifícia Comissão Bíblica proibiu aos católicos negar a origem paulina, embora consentindo se falasse de uma redação não-paulina. Os comentadores católicos mais recentes entendem origem paulina em sentido lato; um dos mais eruditos estima ter sido a epístola composta por Apolo, depois do martírio de Paulo (S. SPICQ. A epístola aos Hebreus, t .I, pp. 260-261).

 

 

            O problema da autenticidade. Na realidade, há numerosos argumentos que se opõem à autenticidade paulina. O feitio geral de Hebreus absolutamente não corresponde ao temperamento do apóstolo Paulo. O estilo é pacífico demais, a composição, regular demais, a personalidade do autor, demasiado apagada (cf. 2,3). E podem salientar-se múltiplas discrepâncias no vocabulário, no fraseado a que recorre e na própria maneira de conceber o mistério do Messias.

            Em vão se procuraria, em Hebreus, a denominação “O Messias Yaohushua” ou a expressão “em Maschiyah – o Messias”, tão freqüentemente em Paulo. As citações do AT nunca são introduzidas como “Escrituras” (“está escrito”, “diz a ESCRITURA), mas sempre como “palavras” (“ele diz”). O autor fala amiúde da entronização celeste do Messias, mas só uma vez da sua ressurreição dente os mortos (13,20) e, mesmo então, sem usar uma fórmula habitual. A sua apresentação sacerdotal do Messias é única em todo o NT. Numa palavra, estamos diante de uma personalidade muito diferente da de Paulo.

            Alguns chegaram até a negar qualquer afinidade entre o conteúdo da epístola e o pensamento Paulino. Há nisto um exagero manifesto. De fato, em diversos pontos de importância capital, pode-se observar um parentesco muito claro entre Hebreus e a doutrina de Paulo: 1) a Paixão do Messias é apresentada sob seu aspecto de obediência voluntária em Hb 5,8 e 10,9, tal como em Fl 2,8 e Rm 5,19; 2) a ineficiência da Lei antiga e sua ab-rogação são afirmadas em Hb 7,11-19 e 10,1-10 com um vigor que em nada desdizem os textos de Gl 3,21-25 ou de Rm 4,15. Em nenhuma outra parte do NT se encontra, a respeito desse tema paulino, uma formulação tão explícita; 3) reciprocamente, é nas epístolas paulinas (1Co 5,7; Rm 3,25 e sobretudo Ef 5,2) que o tema fundamental da epístola aos Hebreus tem seus melhores pontos de conexão. Uma comparação entre Gl 2,20 e Ef 5,2.25, mostra claramente como o aspecto sacrifical e sacerdotal da redenção foi posto progressivamente em evidência nos meios paulinos; 4) pode-se finalmente destacar mais de uma analogia entre a “messiologia” de Hebreus e a das epístolas do cativeiro: o Filho, imagem de Yáhu, sua elevação acima dos anjos, o Nome que recebe na consumação do seu sacrifício – outras tantas constatações substanciais que proíbem recusar valor à tradição oriental concernente à origem “paulina” da epístola. Há motivos válidos para crer que Hebreus foi composta por um companheiro de Paulo. (Yaohu – Yahu – seguem a mesma fonética! O “o” é só para vocalização ok! Não constando no hebraico!!! Sendo que onde houver o “ditongo” [‘ao’] – lei-a-se = “Yahu!”) Grifo meu Anselmo Estevan. 23/08/2011.

            Quanto a determinar mais precisamente o nome do autor, não há muito como pretende-lo. De fato, já a antiga tradição hesita entre várias hipóteses; propõem-se os nomes de Lucas, ou de Clemente de Roma, ou de Barnabé. Nenhuma dessas atribuições exibe títulos suficientemente válidos. Por isso, os modernos procuram outras. A mais plausível é, sem dúvida, a que deve a Lutero e põe em destaque o nome de Apolo: origem judaica, educação helênica em Alexandria, conhecimento das ESCRITURAS e reputação de eloqüência (At 18,24-28; 1Co 3,6) são características que calham perfeitamente ao autor de Hebreus, cuja linguagem tem mais de uma afinidade com a de Fílon de Alexandria. Mas a ausência de qualquer testemunho antigo a tal respeito e a impossibilidade de qualquer comparação com outra obra que seja com certeza de Apolo mantém esta atribuição no rol das hipóteses inverificáveis. Queiramos ou não, é preciso resignar-se a ignorar o nome do autor.

 

 

            Gênero literário: epístola ou sermão? Até o gênero da obra presta-se à contestação. Habitualmente, chamam no de epístola, mas Hebreus não principia sob a forma de epístola e não se pode afirmar-se que um cabeçalho epistolar haja sido perdido ou supresso: na realidade, a primeira frase (1,1-4) constitui um excelente início, mas não é início de carta, e sim exórdio de sermão. A composição, em seu conjunto, ostenta o mesmo caráter oratório. O autor nunca diz que escreve, mas sempre que fala (2,5; 5,11; 6,9; 8,1; 9,5; 11,32). O corpo da obra não contém nenhum elemento propriamente epistolar. Para que o tom mude, é forçoso esperar pelos derradeiros versículos: 13,22-25 é um final de carta; ali se deparam algumas palavras de notícias, enviadas a pessoas que moram alhures; a seguir, vêm as costumeiras saudações e uma expressão de votos. Antes, porém, desta conclusão, cujo tom absolutamente não casa com o do exórdio, distingue-se uma frase solene (13,20-21) que faz às vezes de uma verdadeira peroração. Por isso, fica-se inclinado a diferenciar, no escrito que possuímos, de uma parte, um sermão destinado a ser pronunciado oralmente (1,1 – 13,21) e, da outra, um breve bilhete que lhe foi acrescentado (13,22-25). Lícito é pensar que o sermão tenha sido efetivamente pronunciado perante a assembléia dos fiéis em uma ou várias localidades. Além disso, foi enviado por escrito a outros messiânicos, a quem, na oportunidade, mandaram-se breves notícias e saudações. Não é impossível que o sermão e o bilhete sejam de dois autores diversos. Se o estilo do sermão exclui uma atribuição ao apóstolo Paulo, não se pode dizer do bilhete.

 

 

            Destinatários. A obra não contém nenhuma indicação exata dos seus destinatários. O título “Aos Hebreus” não faz parte do texto; é antigo, mas, com toda a probabilidade, foi escolhido na hora de inserir o escrito numa coletânea de várias epístolas. O seu sentido não é claro. Antigamente, alguns comentadores deduziram dele serem os destinatários de origem judaica, habitando na Palestina e falando hebraico. Tal concepção já não se admite, de vez que, agora, todos reconhecem que o grego da epístola nada tem de um grego de tradução.

            Autores recentes sustentaram que a epístola se destinava a judeus não-messiânicos, e, mais precisamente, a membros da seita de Qumran: hipótese improvável, já que a epístola não faz apelo á conversão, mas à perseverança e ao progresso na fé (3,6; 5,12; 6,9-12; etc.). Aliás, se ela contém analogias inegáveis com os escritos descobertos perto do mar Morto em Qumran, tem-nas igualmente, e impressionantes, com o judaísmo helenista, e pensou-se vislumbrar nela, além disso, a influência de doutrinas gnósticas. De tal diversidade de comparações ressalta ter-se à epístola alimentado em húmus muito rico. O ambiente em que foi elaborada mantinha-se sensível a múltiplas influências. Ela se dirige a comunidades messiânicas que não são de fundação recente (5,12; 13,7), sem por isso remontarem aos tempos primitivos da Igreja na Palestina (cf. 2,3). À generosidade dos inícios (6,10; 10,32-34) sucedera um certo cansaço (5,11; 10,25; 12,3). A perspectiva de novas dificuldades provocava tentações de desânimo (10,35-36; 12,4.7). A isto acrescia decerto um perigo de desvios doutrinários, de atitudes mais ou menos judaizantes (13,9). Em todo caso, a influência judeu-messiânica parece marcar profundamente essas comunidades.

            Circunstâncias e data. A conclusão epistolar desta obra evoca circunstâncias concretas, porém, de maneira tão enigmática, que não as podemos situar, nem no tempo, nem no espaço. Onde e quando foi libertado Timóteo? De que coisa foi libertado? Ignoramo-lo. A menção “dos da Itália” não nos fornece esclarecimento algum, já que não podemos saber onde se encontrava esta gente no tempo da redação do bilhete, e o fato de os destinatários conhecerem certos fiéis originários da Itália evidentemente não basta para lhes revelar a identidade.

            Da mesma sorte, a data da composição pode ser avaliada de maneiras muito diversas. Tendo em conta certos modos de formulação arcaica, um comentador situa a epístola muito cedo, antes das grandes epístolas de Paulo. Outros adiam sua redação para o fim do século I e até mais tarde. O fato de Clemente Romano fazer uso de Hebreus por volta de 95 exclui uma datação excessivamente tardia. Por outro lado, as afinidades da messiologia da epístola com a das epístolas do cativeiro sugerem uma data próxima ao martírio de Paulo. Pode-se cogitar nos anos que precederam a destruição do Templo de Jerusalém, sucedida em 70. Com efeito, a autor reporta-se à liturgia do Templo como a uma realidade ainda atual (10,1-3).

 

 

            Estrutura. As lacunas da nossa informação concernem às circunstâncias em que a Epístola aos Hebreus foi redigida não trazem inconvenientes de maior monta, já que o gênero literário desta obra é penhor de uma notável independência no que diz respeito a eventos particulares. O que importa muito mais é discernir as linhas gerais da composição.

            A antiga divisão em duas partes, uma doutrinal (1,1 – 10,18), e outra moral (10,19 – 13,25), não condiz bem com a intenção do autor, que, desde o início, vai alternando exposições doutrinais com exortações (cf. 2,1-4; 3,7 – 4,16; 5,11 – 6,12), por causa da sua preocupação de associar intimamente a fé à vida messiânica.

            Uma divisão em três  partes: 1) a palavra de Yahu (1,1 – 4,13); 2) o sacerdócio do Messias (4,14 – 10,18); 3) a vida messiânica (10,19-fim) pode valer-se de certas constatações exatas, mas não dá conta fielmente do conjunto dos dados.

            Um estudo mais acurado evidencia uma técnica de composição muito sólida, cujos processos (“inclusões”, “encadeamentos”, construções simétricas) derivam de tradições literárias bíblicas. Pode-se verificar, destarte, entre o exórdio e a peroração, uma estrutura em cinco partes enunciadas sucessivamente pelo autor (cf. as notas em 1,4; 2,17c; 5,10; 10,36.39; 12,12-13).

            I. Numa primeira parte (1,5 – 2,18), O autor empenha-se em definir o NOME” DO UNGIDO, ou seja, determina a posição de [YAHU’SHÚA] com relação a Yahu-‘Elo(rr)hím(i) [‘Ulhim] (1,5-14) e com relação aos homens (2,5-18). Com este objetivo, recorre a uma comparação com a posição dos anjos. Este desenvolvimento vai concluir com a afirmação do sacerdócio do UNGIDO (2,17).

            II. Uma segunda parte (3,1 – 5,10) mostra a realização, em O MESSIAS, das duas características fundamentais de qualquer sacerdócio: O UNGIDO é acreditado junto a Yáhu (3,1-6) e é solidário com os homens (4,15 – 5,10); a sua posição é comparável, ao mesmo tempo, à de Moisés (3,2) e à de Aarão (5,4). Entre essas duas comparações, o autor insere uma longa exortação à fidelidade messiânica (3,7 – 4,14).

 

            III. A terceira parte (5,11 – 10,39) exprime a doutrina em toda a sua plenitude, de vez põe em evidência os traços específicos do sacerdócio do Messias: O MESSIAS é um sumo sacerdote de tipo novo (7,1-28); o seu sacrifício pessoal difere profundamente dos ritos antigos e abriu o acesso ao verdadeiro santuário (8,1 – 9,28); obteve-nos, realmente, o perdão dos pecados (10,1-18).

 

[É exatamente isto que muitos pastores hoje em dia não vêem, não enxergam ou se fazem de besta? Pois tudo Ele já conseguiu pra nós. E, quem está no Filho – NOVA CRIATURA É E JÁ NÃO HÁ MAIS CONDENAÇÃO SOBRE ELE...!!! Será que ninguém consegue enxergar essa verdade??!! Por isso procuro sempre a verdade começando pelo seu verdadeiro Nome!!! Anselmo.].

 

 

            continuação do texto: Por conseguinte, este sacrifício põe fim ao sacerdócio antigo, à Lei antiga, à antiga Aliança. Mais importante que as outras, esta terceira parte comporta uma introdução (5,11 – 6,20) e uma conclusão (10,19-39).

            IV. Visando atrair os messiânicos ao caminho aberto pelo sacrifício do Messias, uma quarta parte (11,1 – 12.13) insiste em dois aspectos fundamentais da vida espiritual: a fé, a exemplo dos antepassados (11,1-40), e a necessária persistência (12,1-13).

            V. Finalmente, a última parte (12,14 – 13,18) esboça um quadro da vida messiânica, convidando os fiéis a enveredar resolutamente pelo caminho reto da santidade e da paz.

 

 

            O sacerdócio do Messias. Fácil é dar-se conta de que a contribuição doutrinal da Epístola aos Hebreus consiste antes de mais nada na apresentação sacerdotal do mistério do Messias. De fato, Hebreus, é o único escrito do Novo Testamento, que atribuí a Maschiyah os títulos de sacerdote e sumo sacerdote. Há nisto um fato de grande importância. Com isto, ficam expressas as relações existentes entre a fé messiânica e uma das principais correntes da tradição bíblica, a que concerne ao culto: ritos e sacrifícios, santuário do ‘Elo(rr)hím(i) [‘Ulhim] – Yahu de Israel.

            Ao primeiro relance, a pessoa e a obra de Yahushúa pouco tinham a ver com este modo de exprimir a religião. Yahushúa não pertencia à classe sacerdotal e nunca pretendera um ministério de sacerdote. Quanto ao acontecimento do Calvário, exteriormente não teve nada de ritual. Ali, a morte de Yahushúa se nos antolha como pena legal, ao jurídico infamante, que o segrega do povo de Yahu, ao passo que o sacrifício é um ato ritual glorificante, que une a Yahu.

            Para que o caráter sacrifical da paixão e da ressurreição do Messias se revele em sua plenitude, faz-se necessária uma dupla superação: de uma parte, é preciso que se rompa o acanhamento dos conceitos tradicionais, apegados ao cumprimento dos ritos,e, de outra, seja percebido, para além das aparências, o sentido profundo do fato. Sob a inspiração de textos proféticos (Is 53,10) e de afirmações de Yahushúa (1Co 11,25), guiada outrossim por certas circunstâncias como a data pascal da Paixão, a reflexão messiânica abriu-se a esta luz (cf. 1Co 5,7; Rm 3,25; Ef 5,2; 1Pd 1,19). Com a Epístola aos Hebreus, a afirmação alcança toda a nitidez que se possa desejar. Não se podia chegar a tal resultado sem uma comparação atenta com os ritos antigos e os sacrifícios de animais. Esta evocação, já o dissemos, corre o risco de confundir o leitor moderno. Mas deve-se notar que, ao invés de se deter nesse estágio, o autor só fala dele para levar o crente a ultrapassa-lo.

            É no Messias glorificado, ao consumar-se a paixão, que ele reconhece a realização perfeita do sacerdócio: Filho de Yahu e irmão dos homens, o Messias glorioso garante aos homens o acesso junto a Yahu; por conseguinte, é sumo sacerdote. O seu sacerdócio assume a sucessão do de Aarão (5,4-5), ultrapassando-o, porém: pois conforme o testemunho do Sl 110, Yahu queria suscitar um sacerdote de nova espécie. “segundo a ordem de Melquisedec” (7,1-28). A morte e glorificação de Maschiyah constituem um verdadeiro sacrifício; deve-se mesmo afirmar: o único sacrifício verdadeiro, que vem substituir todos os sacrifícios antigos. Com efeito, estes permaneciam confinados no nível terrestre; gestos convencionais não podiam nem purificar profundamente a consciência (9,9; 10,1-4), nem altear o homem até Yahu. A morte do Messias é, pelo contrário, uma oblação pessoal perfeita (9,14); ela avassala o homem em sua integridade e o submete por inteiro à vontade de Yahu (5,8; 10,9-10). Ao mesmo tempo, renova-o completamente e o introduz na intimidade de Yahu. Por sua morte, o Messias se tornou sacerdote celeste (9,24), efetuou a purificação dos pecados e fundou uma aliança nova e eterna (9,15; 13,20). O seu sangue é para nós penhor de livre acesso junto a Yahu (10,19). Tudo isso é obra divina, dom de ‘Elo(rr)hím(i) [‘Ulhim] -Yahu – aos homens, já que foi o próprio Yahu quem realizou em seu Filho essa transformação radical do homem (2,20). {Sendo que, onde não usei o “ditongo”, o Nome do Filho – leva o “acento agudo” na palavra: SHUA – SHÚA! SALVAÇÃO – PARA INDICAR A SUA AUTORIDADE JUNTO AO PAI E SEU NOME...!!!} ANSELMO. OBS.: CONTINUAM VALENDO AS DUAS FORMAS! OK!

 

 

            A condição messiânica. Antes de mais nada, a condição messiânica defini-se graças a esta relação sacerdotal com Yahu. O que a antiga liturgia da Expiação (Lv 16) mal conseguia prefigurar com tentativas ineficazes (Hb 9,9; 10,1) tornou-se, no único sacrifício do Messias, realidade plena. “Nós temos um sumo sacerdote” (8,1; cf. 4,14-15; 10,21), um sumo sacerdote perfeito que penetrou de uma vez por todas no verdadeiro santuário (9,12) e que, doravante, nos representa diante de Yahu (7,25; 9,24). Ele nos abriu o caminho; em seu seguimento, somos convidados a nos aproximar de Yahu com toda confiança (4,16; 7,19; 10,22). O pecado foi abolido (9,26; 10,12); o inimigo, vencido (2,14). A libertação definitiva, conseguida (2,15; 9,12). Desde agora, os messiânicos (OS SEGUIDORES DO MESSIAS!) ANSELMO, participam nos bens do mundo por vir (6,4-5); entram na posse do reino definitivo (12,28). Para eles, a nova era já começou (1,2; 9,26).

            Viu!!! É exatamente isto que deve ser pregado....!! Mas o que acontece?? É pregado exatamente ao contrário: SOMENTE: “PROCURAM – CURAS, NAMOROS, ESPOSAS, DINHEIRO, BENS MATERIAIS; HÁ, AQUI NÃO TEM O RÚKHA... VOU A OUTRA DENOMINAÇÃO QUE LÁ AS PESSOAS CONSEGUEM BENS MATERIAIS, SÃO CURADAS ETC..”.. ATÉ AÍ TUDO BEM... MAS DEIXAM DE PROCURAR SEU REINO E, ISSO, TEM QUE ACABAR... DÊ UMA OLHADA NO TEXTO E VEJA O QUE DIZ AS ESCRITURAS SAGRADAS!!!! TUDO ELE JÁ CONSEGUI POR NÓS ATÉ MORREU E RESSUSCITOU.... O QUE NOS RESTA FAZER? É CRER NELE E PROCURAR SEU REINO O RESTO É E SERÁ ACRESCENTADO!!! A pregação deve curar o nefesh a alma o resto não precisa nem pedir que vem automaticamente...!!! Anselmo Estevan. Cito Rm 16; Hb 2,14! SOMOS MAIS DO QUE VENCEDORES MAS EM SEU “NOME”! NÃO DE OUTREM! POIS “ELE” JÁ VENCEU POR NÓS........!!!!

            Isto não significa terem eles já chegado à meta. Sua vocação celeste (3,1) ainda não se realizou plenamente. Sua existência continua decorrendo no mundo terrestre, onde eles não têm morada permanente, e tendem à posse da morada do futuro (13,14). Esperam pela segunda aparição do seu Salvador (9,28). Percebem a proximidade do Dia (10,25.37), mas ainda não fruem a plena caridade de sua luz.

            Seu relacionamento com Yahu, por YahuShúa, é real e íntimo, mas só lhes é concedido na fé. É só pela fé que, desde agora, entram no repouso propiciado por Yahu (4,3). Caso deixem que a incredulidade lhes penetre o coração, ei-los separados do Ungido (3,14) e de Yahu (3,12; 10,38), destinados à perdição (10,39). No seu modo de falar da fé, o autor conjuga dois pontos de vista assaz diferentes. Um, mais intelectual, que precisa o conteúdo da fé (11,1b.3.6); o outro, mais existencial, que mostra o dinamismo da fé, relacionando-a com a esperança (11,1a.8-10; etc.). Desta maneira, ostentam-se, lado a lado, a mentalidade grega e judaica.

            Aliás, isto mesmo se pode observar em outras explanações. Assim, por exemplo, o culto antigo acha-se definido sob duplo aspecto: nele o autor mostra simultaneamente o reflexo da imutável realidade celeste (8,5; 9,24) e a prefiguração de um acontecimento “por vir”, o sacrifício do Messias, cujo alcance é escatológico (9,7-12). Com isso, a tipologia da epístola adquire fértil complexidade. Digno de reparo é também a habilidade do autor em aliar à preocupação constante de atingir os valores eternos uma vigorosa insistência na eficácia decisiva de um fato histórico, acontecido “uma só vez” (9,26.28). “uma vez para sempre” (7,27; 9,12; 10,10). Esta associação paradoxal de duas perspectivas que se poderiam julgar inconciliáveis manifesta incontestavelmente a penetração de seu (rûah) espírito, bem como e sobretudo a profundeza de sua fé.

            Deixando de parte a contraposição paulina entre a fé e as obras, que em parte alguma aparece em Hebreus, o autor timbra de preferência em mostrar que a fé é rica em obras e que tudo quanto se realizou de válido no Antigo Testamento teve por base a fé. Por outro lado, ele acentua que, no estado de provação em que nos encontramos, nossa fé deve munir-se de persistência (6,12; 10,36; 12,1-13). Se o Messias tomou sobre si o sofrimento e a morte humanos e fez deles o caminho de sua glória (2,9) e de nossa salvação (5,8-9), não foi para dispensar-nos de os enfrentar, mas para nos dar possibilidade de enfrenta-los cheios de esperança (12,2-3).

            Embora insista muito na perfeita eficácia de um só sacrifício, o do Messias, o autor não hesita em apresentar a vida messiânica como uma oferenda de “sacrifícios” (no plural: 13,16). Ele convida os fiéis a elevarem a Yahu, por Yahushúa o UNGIDO, um contínuo “sacrifício de louvor” (13,15) e, de outra parte, afirma o valor sacrifical de uma vida de serviço fraterno e caridade (13,16). A exemplo do sacrifício do UNGIDO, e em união com ele, o messiânico não põe o culto à margem da vida, mas une-se com Yahu por meio da própria existência real. Isto não significa de modo algum uma imersão descomedida na cidade terrestre (cf. 13,12-14), nem a dissolução de toda comunidade messiânica. Pelo contrário, o autor lembra a necessidade da coesão entre messiânicos: solicitude de uns pelos outros (3,12; 4,1.11; 10,24; 12,15), assiduidade às assembléias messiânicas (10,25), obediência aos dirigentes (13,17). E, mais de uma vez, dá a entender toda a importância que atribui à pregação (2,1.3; 4,2; 5,11; 13,7) e à liturgia messiânica (6,4; 10,19-22.29; 13,10). De fato, seria grande ilusão pretender chegar a Yahu sem estar unido com o Messias e seus irmãos. Como se vê, Hebreus fornece uma imagem da vida messiânica muito nítida e notavelmente equilibrada.

 

 

            Dialética dos dois Testamentos. Merece particular atenção um último aspecto do ensinamento de Hebreus.Talvez esta epístola mostre melhor do que qualquer outro escrito do Novo Testamento como se cumpriram em O UNGIDO as ESCRITURAS antigas, e evidencie o conjunto de correlações que definem esta realização messiânica. Trata-se de um conjunto complexo e até paradoxal, pois une afirmação com negação para chegar a uma superação inesperada. O exemplo mais significativo é o do sacrifício do Messias: em certo sentido, a morte do Messias na cruz é a negação mesma do culto antigo; parece não ter relação alguma com ele; em muitos pontos opõe-se-lhe. E, todavia, um olhar atento vislumbra uma profunda continuidade: tanto de uma parte como da outra, é oferecida a Yahu uma oblação que vai até a efusão do sangue e tem em mira conseguir o perdão dos pecados. Mas que superioridade no caso do Messias! A imolação ritual dos animais, sucede um dom pessoal levado ao extremo, numa obediência perfeita a Yahu e numa solidariedade total com os homens. Destarte, o objetivo colimado pelo culto antigo é agora atingido de uma vez por todas e, da mesma feita, todos os ritos anteriores ficam abolidos.

            Este exemplo está longe de ser o único. De um extremo a outro de sua obra, o autor confronta as promessas com suas realizações, às antigas prefigurações com seu cumprimento e sempre faz ressaltar as diversas correspondências que caracterizam do plano de Yahu. É dotado de um sentido agudo da continuidade deste plano, que constitui a unidade de ambos os Testamentos, mas nem por isso mostra-se menos cônscio da novidade e do caráter definitivo da revelação trazida por O UNGIDO.

 

 

            Conclusão. Embora o abalançar-se à leitura da Epístola aos Hebreus exija certo esforço, este não tarda a ser amplamente recompensado. Neste escrito do Novo Testamento percebe-se um desejo tão intenso de entrar em comunhão com Yahu, descobre-se uma doutrina tão profunda da mediação do Messias e uma compreensão tão real das dificuldades da vida messiânica, que não há mais como cansar-se de reler suas páginas substanciosas. Nos nossos tempos, sua contribuição é sem dúvida mais preciosa do que nunca. De fato, a Epístola aos Hebreus dirige-se a messiânicos desorientados e ameaçados de desânimo. Ela aponta para o verdadeiro remédio desse tipo de mal: não vagas exortações moralizantes, mas, pelo contrário, um sério esforço de aprofundamento na fé em o Messias.

 

 

2ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

EPÍSTOLA DE TIAGO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: Tiago, o irmão de YahuShúa.

            Propósito: Ensinar a sabedora de Yahu para perseverar em meio às dificuldades até o retorno do Messias! [Observe: que não os ensinamentos de homens. Mas, de Yahu - Ul]. Anselmo.

            Data: 44-62 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os messiânicos devem receber sabedoria de Yahu para permanecerem fiéis em meio aos sofrimentos e conflitos.

            O fato de ouvir a Palavra de Yahu deve levar a praticar a Palavra de Yahu.

            A fé salvadora revela-se na boa obra de cuidar das pessoas necessitadas.

            A sabedoria divina ensina os messiânicos a amarem-se e a servirem-se mutuamente. (Isso é ser um verdadeiro EVANGÉLICO...! Não o contrário....!!!). Anselmo.

            A harmonia na comunidade messiânica é de grande importância. [Ta vendo!! É isso que digo e repito: Esse deve ser o verdadeiro evangelho e a verdadeira pregação...sendo que, temos que procurar o “ser” interior dos “crentes”..depois, o resto virá..., pois a Palavra diz: PROCURE PRIMEIRO O REINO DOS CÉUS. O RESTANTE, LHES SERÁ  ACRESCENTADO...!!!]. Anselmo.

 

 

            Propósito e características

            Tiago escreveu para os messiânicos – (cristãos). Só que não uso esse termo por ter sido inventado pelo povo helenista dá época....conforme explicado nesta apostila...!! E, se somos um só povo para Yaohu com o sacrifício de seu único Filho amado!! Não deve haver diferença entre messiânico (que representa o povo judeu) e a invenção do nome “cristão” = seguidor de “Cristo” –  já, uma vez, que esse nome quando veio para a transliteração a língua portuguesa – a transliteração foi erroneamente colocada como: Cristo – que não representa o nome correto -  MESSIAS, O UNGIDO, (CHRISTÓS!! FORMA GREGA). (DO HEBRAICO – MASHIACH). E, PELO SEU SACRIFÍCIO ÚNICO NA “CRUZ”. TORNOU DOS DOIS POVOS UM POVO...ENTÃO NÃO ADMITO TAL DIFERENÇA CITO: Rm. (Rm 8; 15ss; e, demais capítulos...). Por isso uso o termo MESSIÂNICO – SEGUIDOR DO MESSIAS! Ao invés do termo “Cristão”! Anselmo. Voltando ao texto: que haviam sofrido perseguições. Ele os encorajou a buscarem sabedoria, fortalecerem a fé e mostrarem essa fé por meio da obediência a Yahu, especialmente no relacionamento com outras pessoas.

            O livro de Tiago tem sido considerado variavelmente uma epístola, um sermão (para ser lido em voz alta nas Igrejas), uma forma de literatura da sabedoria, uma diatribe (expressando as idéias de uma pessoa como uma conversa interior) e uma parênese (um texto que junta admoestações e exortações de natureza ética). Essas categorias não são mutuamente excludentes, e há elementos de cada uma delas em Tiago.

            O livro possui traços marcantes do judaísmo e contém várias referências ao Antigo Testamento (Antiga Aliança). O paralelismo como o que é encontrado na poesia bíblica (1,9-10) está presente, juntamente com provérbios, imagens vívidas tiradas da natureza e agrupamentos de ditos que revelam uma marcante semelhança com o estio de Yahushúa.

            Tiago chamou a atenção para a necessidade da sabedoria divina, especialmente nos tempos de provação e dificuldades. Ele estimulou seus leitores a orar pedindo sabedoria e para atentarem para seus sinais distintos na própria vida. A sabedoria de Yahu resulta numa vida de acordo com a Palavra de Yahu e é caracterizada pelo serviço humilde a Yahu e aos outros!

 

 

 

            À primeira vista, a Epístola de Tiago nada apresenta de misterioso. Começa com uma fórmula epistolar comum, na qual o autor é nomeado, depois designado como messiânico de certa importância. O excelente grego em que está redigida, a presença, nos caps. 2 e 3, de pequenos desenvolvimentos escritos no estilo vivo da “diatribe”, tão freqüente na filosofia popular, o uso constante que o autor parece fazer, não do texto hebraico, mas da versão grega da Septuaginta, quando cita o Antigo Testamento, são outros tantos indícios de uma origem helenística. A viva polêmica de 2,14-26 contra uma interpretação abusiva da doutrina paulina da salvação pela fé sem as obras permite situar, com certeza, a composição da epístola algum tempo após a metade do século I, época dos grandes êxitos missionários do apóstolo Paulo, ao passo que a ausência de toda alusão política e de qualquer menção ao Templo de Jerusalém parece excluir o período da revolta de 66-70 e a década seguinte. Enfim, a Epístola de Tiago não contém nenhuma exposição doutrinal comparável às que constituem o atrativo – e também a dificuldade – das epístolas de Paulo ou de João. Apenas oferece um ensinamento moral, às vezes banal, e que, em todo caso, faz consideráveis empréstimos à moral helenística do tempo.

            Alguns problemas. Sob essa aparente limpidez, no entanto, dissimulam-se árduos problemas. Percebeu-o muito bem a tradição posterior que, freqüentemente, hesitou em atribuir à Epistola de Tiago a mesma autoridade que às de Paulo. Enquanto, desde o século II, a primeira epístola de Pedro e a primeira de João eram admitidas por todos como Escritura, a Epístola de Tiago, só muito aos poucos, a partir dos começos do século III, tomou lugar no Novo Testamento. Somente pelos fins do século IV, após longos debates, a ela foi conferida, no Ocidente, a autoridade canônica que o Oriente já lhe reconhecia da maneira quase unânime. Sabe-se que Lutero voltou a suscitar a discussão em torno desta epístola, cuja doutrina lhe parecia muito pouco “apostólica”, a ponto de chegar, às vezes, a sustentar que se tratava de um escrito judaico a excluir do cânon. Embora não tenha tido seguidores, a dificuldade que teve a Epístola de Tiago para se impor, no decorrer dos séculos, é significativa: a obra situa-se fora das grandes correntes da teologia messiânica do século I.

            Também a atribuição tradicional da epístola a Tiago, irmão do Ungido, levanta um problema. Mesmo se renunciarmos a identifica-lo com Tiago, filho de Alfeu e membro do grupo dos Doze (cf. Mc 3,18 e par.), este personagem tão importante, da Igreja de Jerusalém (cf. Gl 1,19; 2,9.12; At 12,17; 15,13-21; 21,18-25) parece ter sido um puro palestinense, ao qual era bastante estranha a cultura grega (cf. particularmente Eusébio, História eclesiástica, II,  23,4-18). Como imaginar tenha ele escrito uma obra tão visivelmente grega? Tomada ao pé da letra, tal atribuição não é pois, verossímil. No entanto, é demasiado antiga e difundida para ser descartada sem mais. Ela obriga a dar-se conta de que nem tudo é totalmente grego na Epístola de Tiago: seu vocabulário e sua sintaxe comportam alguns semitismos que, sem dúvida, não poderiam ser atribuídos somente à influência da versão da Septuaginta, a justaposição de sentenças breves ligadas entre si por simples palavras-colchete, a que se reduzem, quanto ao essencial, os caps. 1 e 4-5, é muito pouco conforme aos cânones literários helenísticos; certo parentesco com o Sirácida sugere a existência de contatos com os livros sapienciais judaicos; a importância dada aos motivos escatológicos, em particular ao tema do juízo (2,12-13; 4,12; 5,9-12), faz pensar no judaísmo palestinense e no ensinamento de Yahushúa. Não é, pois, impossível imaginar que Tiago, irmão do YHVH, tenha deixado sua marca na epístola. Alguns admitem que ele tenha encarregado um secretário de língua grega de redigi-la em seu nome segundo suas instruções. Outros, com mais verossimilhança, acreditam que havia uma tradição das palavras de Tiago comparável, guardadas as devidas proporções, à tradição sinótica, e que ela foi utilizada por um escritor que, de acordo com os hábitos literários daquele tempo, queria submeter o seu escrito a um patrocínio famoso. [SIRÁCIDA – VER: ECLESIÁSTICO:Livro APÓCRIFO, classificado como LITERATURA DE SABEDORIA. É conhecido também pelos nomes de “Sirácida” e “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”. Mais tarde, aí por 132 a.C., foi traduzido para o grego pelo seu neto. O autor defende os valores religiosos e o modo de vida dos judeus, tentados a abraçarem a filosofia e os costumes gregos]. Nesse caso, dever-se-ia datar a epístola dos anos 80-90,

            Os exegetas modernos puseram o dedo em outro problema delicado que surge a respeito da Epístola de Tiago: endereçada “às doze tribos da Dispersão”, isto é, a judeus, tomando-se aquela expressão ao pé da letra, a epístola só menciona o nome de Yahushúa – o Mashiach duas vezes (1,1 e 2,1) e de maneira tão fugaz que alguns críticos viram nisso adições posteriores destinadas a messianizar um escrito puramente judeu. Afastada essa hipótese aventurosa que o debate pós-paulino de 2,14-26 torna indefensável, permanece a verdadeira questão: a quem pôde um autor messiânico destinar uma obra em que a pessoa de Mashiach desempenha papel tão secundário? Sem dúvida, a messiânicos de cultura grega que conservaram alguma relação com as sinagogas às quais haviam outrora pertencido; mas também, muito provavelmente, a judeus helenizados, talvez de tendência essênia, que ele esperava conquistar, acentuando pontos que os messiânicos tinham em comum com eles: o zelo pela lei moral, o ideal de pobreza, a intensidade da espera escatológica, a fé no Yahu único revelado no Antigo Testamento.

 

 

            Situação da epístola. Mais que qualquer outro elemento, o que aproximava uns dos outros esses messiânicos e judeus era a ética que praticavam. Daí a importância predominante concedida na epístola às questões morais, bem como à mistura íntima dos motivos judaicos e gregos pela qual a parênese de Tiago se aparenta com a do judaísmo helenístico. Mas a ética ensinada pelo autor não se reduz à repetição de banalidades aceitáveis por todos. Comporta aspectos originais que permitem situar melhor a epístola. São eles, em primeiro lugar, os três desenvolvimentos de 2,1 – 3,13 que concernem à maneira de celebrar o culto: atribuição dos lugares (2,1-13), ordem do serviço (3,1-13), consequências práticas da fraternidade cultural (2,14-26). Essas três passagens assestam uma polêmica bastante viva contra os maus hábitos contraídos, talvez, em algumas Igrejas paulinas que também eram as que haviam rompido mais completamente com o judaísmo. Outra originalidade da moral de Tiago é a extrema severidade de seus ataques contra os ricos (1,9-11; 2,5-7; 4,13-17; 5,1-6), demasiado precisos e vigorosos para não passarem de literatura. Duas ou três características dessas passagens levam a pensar que essas violentas críticas são destinadas, pelo menos em parte, a judeus notáveis (2,6-7; 5,6).

            O autor da Epístola de Tiago parece, pois, travar um combate em duas frentes, contra igrejas muito servilmente apegadas à memória de Paulo, de uma parte, e, de outra, contra os judeus ricos. Assim, ele espera unir os outros messiânicos e os judeus de condição modesta que, a seus olhos, constituem juntos “as doze tribos da Dispersão”. Concebível por volta de 60-65, tal empresa situa-se, mais provavelmente, depois de 80, antes da adesão definitiva das sinagogas da Dispersão à concepção farisaica do judaísmo. Ela interessava a toda a diáspora de língua GREGA, podendo a epístola, no entanto, ter sido redigida em uma cidade helenófona da Palestina, como Cesaréia ou Tiberíades.

            Um leitor do século XX, habituado a distinguir claramente entre judaísmo e (cristianismo), (TERMO INVENTADO PELO POVO HELENISTA... CONFORME CITADO ANTERIORMENTE E CONFORME AS ESCRITURAS SAGRADAS DOS DOIS POVOS UM, UM ÚNICO POVO FOI FEITO ENTÃO NÃO CONCORDO COM ESSA SEPARAÇÃO [GREGO, JUDEU, E O TERMO INVENTADO CRISTÃO – QUE ERRONEAMENTE SEGUE O TERMO {CRISTO} EM VEZ DO TERMO CORRETO – MASHIACH – O UNGIDO!  REFERINDO-SE AO TERMO CORRETO “MESSIAS” SEGUIDOR DO MESSIAS! CITO Rm 2,12-16; Rm 11; 9; 8; “Gálatas 3,28”. EXATAMENTE POR ISSO NÃO FAÇO SEPARAÇÃO DO TERMO É E TEM QUE SER “MESSIÂNICO!”]. Anselmo Estevan.), terá certa dificuldade em compreender a mentalidade que possibilitou essa tentativa de aproximação. Contudo, na hora do diálogo ecumênico e da liquidação do contencioso judeu-messiânico (representando os dois povos num único povo), na época da economia de abundância e dos povos reduzidos à miséria, não há dúvida de que a Epístola de Tiago tem um ensinamento a dar. É, pois, uma felicidade que, do lado protestante, se haja renunciado a trata-la desdenhosamente de “epístola de palha” (Lutero) e a censurar-lhe as insuficiências da cristologia (eu chamo: messiologia) e da soteriologia e que, do lado católico, se haja compreendido que ela poderia ser utilizada para fins bem mais proveitosos do que simplesmente justificar o sacramento dos enfermos (cf. 5,14-15) ou, pior ainda, criar polêmica contra a concepção protestante da SALVAÇÃO pela fé (cf. 2,14-26).

            SOTERIOLOGIA: ESTUDO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO!

 

 

            Divisões da epístola. Inútil procurar na epístola um plano preciso, além do que é sugerido pelas mudanças de estilo constatadas em 2,1 e 3,13. A seção central, que se estende entre esses dois pontos, compreende três desenvolvimentos bastante coerentes, unidos entre si pelo objeto comum de suas críticas – o culto celebrado em algumas Igrejas de tradição paulina – e pelo recurso a procedimentos retóricos freqüentes na “diatribe”, perguntas e apelos feitos aos leitores, discussão com um interlocutor fictício etc. Mas o cap. 1 não passa de um longo encadeamento de sentenças breves sem ordem aparente, exceto que, freqüentemente, uma palavra-colchete liga o fim de uma frase ao começo da frase seguinte: “constância na adversidade” nos vv. 3-4; “defeito” ou “falta” nos vv. 4-5, “provação” e “tentado” (o mesmo radical em grego) nos vv. 12-13; “religião” nos vv. 26-27 etc. Quanto à terceira parte da epístola, à parte de 3,14, verifica-se que é ainda mais desordenada e mistura, ao acaso, desenvolvimentos relativamente densos (4,1-10.13-17; 5,1-6.7-11) e sentenças isoladas. Essa desordem é habitual na parênese e não impede o autor de manipular, com arte consumada, diversos procedimentos estilísticos: aliteração e rima, membros de frase rimadas etc. Não é impossível, aliás, que essa desordem reflita o caráter da tradição a que o autor se conforma, ao menos para algumas partes da epístola. Quer se trate das palavras de Yahushúa – vistos os mui numerosos paralelos existentes entre o Sermão da Montanha e a Epístola de Tiago – ou de uma compilação de palavras de Tiago, essa tradição, sem dúvida, carecia de muita estrutura literária e o nosso autor não sentiu necessidade de lhe impor uma. Deve ter pensado que, para um escrito desse gênero, no qual contam somente a impressão de conjunto e a qualidade dos detalhes, era supérfluo um plano mais elaborado. De resto, a desordem que manteve não deixa de ser força e encanto.

 

 

3ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Pedro.

            Propósito: Encorajar os messiânicos perseguidos e confusos a permanecerem unidos e firmes na fé.

            Data: 60-68 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os messiânicos têm o maravilhoso privilégio de ver a grande salvação de Yahu em YahuShúa.

            O privilégio da salvação traz consigo diversas responsabilidades importantes.

            Os messiânicos devem ser santos, amar profundamente uns aos outros e consagrarem-se à glória de Yahu.

            Os relacionamentos dentro e fora da Igreja devem ser mantidos de acordo com os padrões do Mashiach, e não de acordo com os padrões do mundo.

            Os messiânicos devem encarar o sofrimento como seguidores do Mashiach da perspectiva correta. (Quando tentamos levar seu Nome VERDADEIRO [para o conhecerem]...!!! E. somos maltratados.....{Jo 17,11.12.26; Mt 6,9; Js 1,1; Mt 1,1; Atos 4,12!}). Anselmo. 23/08/11

 

 

            Propósito e características

            Pedro escreveu para encorajar os messiânicos perseguidos e confusos e para exorta-los a ministrarem na fé (5,12). Por esse propósito, ele repetidas vezes volta os pensamentos dos messiânicos para a alegria e glória de sua herança (1,3-13; 3,7; 4,13-14; 5,1.4.6.10) e os instrui sobre como comportar-se corretamente em meio ao sofrimento não merecido (4,12-19). Conquanto destinados principalmente aos messiânicos perseguidos, os princípios ensinados por Pedro aplicam-se a todos os messiânicos que sofrem, independentemente da causa, desde que o sofrimento não seja ocasionado pelo próprio pecado da pessoa. Com base nessa epístola, Pedro tem sido chamado com justiça de “o apóstolo da esperança” (cf. 1,3.13.21; 3,5.15). O impulso exortativo de toda a epístola pode ser resumido na fórmula “confiar e obedecer” (4,19; cf. 2,23).

 

 

 

            A primeira Epístola de Pedro não desperta muito a atenção dos teólogos, porque não contém desenvolvimentos doutrinais e também porque não traz ensinamento característico com relação ao conjunto do Novo Testamento. O que mais se conservou dela é o trecho sobre o “sacerdócio régio” e o que menciona a pregação do Mashiach nos infernos. Quanto aos mais, é fácil demonstrar o parentesco da epístola com os sinóticos, com os discursos dos Atos e as exortações morais de Paulo. Contudo, esta convergência da nossa epístola com escritos de formas tão diversas não teria, talvez, algo a nos ensinar a respeito da catequese do período apostólico e sobre o essencial da vida messiânica? Atualmente muitos comentadores estão convencidos disso; eis a razão pelo qual o estudo desta epístola vem, desde vários anos, suscitando um renovado interesse entre os especialistas.

 

            Os destinatários. A epístola contém poucas indicações que permitam a identificação precisa dos seus destinatários. É endereçada aos messiânicos que se encontram em cinco províncias romanas da Ásia Menor, “os eleitos que vivem como estrangeiros na dispersão” (1,1). Originalmente, este termo “dispersão” ou “diáspora” se aplicava aos judeus que residiam fora da Palestina, o que permitiria supor, à primeira vista, que aqui se trate de judeu-messiânico. Na realidade, esse termo é muito provavelmente empregado simbolicamente para indicar os messiânicos dispersos no mundo (cf. 2,11), de origem majoritariamente pagã. Com efeito, a alusão ao seu antigo modo de vida correspondente melhor a ex-gentios do que a judeus (1,14.18; 4,3).Todavia, eles já estavam familiarizados com a Sagrada Escritura, como prova o uso freqüente de citações do Antigo Testamento na epístola.

            As comunidades a que se destinava a epístola tinham, na sua maior parte, sido fundadas durante a missão paulina ou seja, se não diretamente pelo próprio Paulo, ao menos por seus colaboradores que se espalharam pelas diversas províncias da Ásia Menor, a partir dos principais centros (cf. o exemplo de Epafras, que levou o Evangelho para Colossos, Cl 1,7). Na epístola, a organização dos ministérios é menos elaborada do que nas epístolas pastorais e se amolda melhor a uma época relativamente antiga da vida da Igreja primitiva; mencionam-se apenas os anciãos (5,1-4) e, indiretamente, os diáconos (cf. 4,11, nota). Com relação à condição social, os membros dessas comunidades, de modo geral, deviam ser humildes, como atesta a passagem especialmente desenvolvida sobre o modo de se comportarem os servos ou escravos (2,18-25).

 

            Autor, data e lugar de composição. Tendo presentes os dados da epístola, o autor é Pedro, “apóstolo de Yahushúa o Mashiach” (1,1), “ancião”, “testemunha dos sofrimentos do Mashiach” (5,1), que escreveu sua carta “por meio de Silvano” (5,12), tendo junto a si Marcos, seu “filho” (5,13). A atribuição da epístola ao apóstolo Pedro é confirmado pela tradição: a segunda epístola de Pedro, um dos escritos mais tardios do Novo Testamento, já dá testemunho disso (2Pe 3,1); mais tarde, Irineu, Tertuliano e Clemente de Alexandria apontam o apóstolo Pedro como autor desta epístola. A isto tudo acresce o fato que, segundo o historiador Eusébio, Pápias atesta, nos inícios do século II, uma relação estreita entre o apóstolo Pedro e Marcos, autor do segundo evangelho (cf. também At 12,12).

            Todavia, um grupo de especialistas pôs em dúvida a autoridade petrina da epístola. Eis os principais argumentos que apresentam, com as respostas que se lhes podem dar:

            A) O grego da epístola é de tal qualidade, que parece difícil atribuí-la a Pedro, pescador galileu. A afirmação de que Pedro teria escrito seu texto em aramaico, fazendo-o depois traduzir para o grego por alguém (Silvano, 5,12), não resolve a dificuldade. Com efeito, custaria explicar, neste caso, por que as citações do AT, na epístola, são todas, sem exceção, tiradas diretamente do texto grego do AT. Mas o argumento não é decisivo. Tem-se advertido, de um lado, que o grego era comumente usado na Palestina no tempo de Yahushúa, como atestam documentos recentemente descobertos; assim sendo, Pedro podia muito bem ter conhecido esta língua. De outro lado, Pedro pôde contar com a colaboração de Silvano na redação de seu texto, o que permite explicar a boa qualidade do estilo.

            B) Tem-se alegado ainda o paralelismo impressionante entre algumas idéias da epístola e a teologia paulina. Mencionemos apenas alguns exemplos: o uso da imagem veterotestamentária da pedra de tropeço (1Pe 2,4-8 e Rm 9,32-33), a exortação à submissão às autoridades (1Pe 2,13-17 e Rm 13,1-7), ou ainda o emprego da fórmula “em Maschiyah” (3,16; 5,10.14). Entretanto, uma passagem como Gl 2,11-14 não tornaria totalmente improvável uma influência do paulinismo sobre o pensamento de Pedro? Para dizer a verdade, as semelhanças que se podem aduzir entre a epístola e os escritos paulinos explicam-se facilmente pela existência de um fundo catequético comum na Igreja primitiva, fundo este utilizado tanto por Pedro como por Paulo. No que diz respeito ao incidente de Antioquia referido por Gl 2,11-14, a bem dizer, ele não atesta uma oposição teológica entre os dois apóstolos: o que Paulo censura a Pedro é a sua atitude numa circunstância particular, e não sua teologia.

            C) Em 1 Pedro não se revela nenhum conhecimento direto de Yahushúa terrestre, como no-lo apresentam os evangelhos. Seu ouvir só fala de modo geral dos sofrimentos e da morte de Maschiyah, e silencia completamente noções centrais do ensinamento de Yahushúa (por exemplo “o filho do homem”, “o reino do Eterno”). Pedro, que fora discípulo tão achegado a Yahushúa, não se teria exprimido de outra maneira? Não se teria referido com mais precisão à experiência vivida ao lado do seu mestre? A isto se responde citando toda uma série de textos da epístola, que refletem palavras pronunciadas por Yahushúa (1,8 e Jo 20,29; 2,2 e Mc 10,15 par.; 2,12 e Mt 5,16; 2,23 e Mt 5,39; 3,9 e Lc 6,28; 3,14 e Mt 5,10; 5,3 e Jo 13,15-17; cf. 2,25 e Mt 9,36). Além disso, muitas destas palavras vêm de contextos diretamente ligados à pessoa de Pedro (p. ex. 5,2 e Jo 21,15-17; 1,4.13 e Lc 12,33.35.41). Faça-se especialmente tal comparação quanto ao tema do servo sofredor na epístola. Este tema, cuja origem remonta ao livro de Isaías (52,13 – 53,,12), é manifesto tanto nos evangelhos (Lc 22,37 e Is 53,12), como nos discursos de Pedro (At 3,13.26; cf. 4,27.30) e na nossa epístola (2,21-25). Convenhamos que não se deve exagerar o alcance real desses cotejos, pois bem circularam na Igreja coleções de palavras de Yahushúa. Mas bastam para provar que o argumento baseado na “ausência de recordações diretas do Mashiach terrestre” é muito discutível.

            D) A epístola aludiria às primeiras perseguições oficiais generalizadas (e não apenas locais), que não se poderiam situar antes do reinado do imperador Domiciano (81 a 96 d.C.), portanto, muito depois da morte de Pedro (4,12 e 5,9). Esta opinião é igualmente contestável. Antes de mais nada, é preciso observar que o estado de espírito refletido pela epístola é muito diferente daquele do Apocalipse, no qual o Estado é apresentado com evidência como perseguidor: Nada há parecido em 1 Pedro, que continua ensinando o respeito às autoridades, já inculcado em Romanos (1Pe 2,13-17 e Rm 13,1-7), enfatizando particularmente seu papel positivo (2,14). Acrescente-se a isto o fato de que a epístola não emprega “os termos técnicos da ‘perseguição’, ...nem os de processo, tribunal, acusação...porém emprega vocábulos teológicos: a tentação-prova, os sofrimentos injustamente suportados por causa da justiça”. Seguramente se trata simplesmente “dos vexames, criticas zombarias, procedimentos injustos, delação, ostracismo... de que foram vítimas os messiânicos desde o princípio por parte dos seus concidadãos gentios ou antigos correligionários” (C. Spicq), o que não nos impediria, absolutamente, de fazer remontar a epístola a uma época relativamente antiga, quando ainda vivia o apóstolo Pedro.  [PARTICULARMENTE, EU SINTO ISSO NA PELE...!] GRIFO MEU. ANSELMO ESTEVAN. 23/08/11. (ZOMBARIA....ETC.).

            Em suma, as objeções contra a atribuição da epístola a Pedro não são decisivas. Pode-se manter a datação tradicional. Pedro teria confiado a Silvano a redação de uma carta circular de encorajamento, pouco antes da perseguição de Nero (64 d.C.). Entretanto, o estudo da situação histórica e do desenvolvimento do messianismo favorece mais a hipótese que situa a epístola num período não muito distante do martírio de Pedro, cerca de 70-80. Um discípulo residente em Roma teria redigido esta mensagem de exortação para manter viva a tradição do apóstolo e alentar as comunidades messiânicas dispersas.

 

            Gênero literário, unidade e escopo da epístola. A atenção de numerosos críticos tem sido despertada pelas alusões ao batismo que aparecem, em particular, nos três primeiros capítulos da epístola. Além disso, alguns julgaram poder distinguir uma mudança de atmosfera a partir de 4,12: os sofrimentos já não são considerados qual mera possibilidade, mas, como realidade atual (4,12; 5,9; cf. 2,20; 3,14.17). Com fundamento em tais constatações, têm sido emitidas várias hipóteses a respeito do gênero literário e a unidade da epístola, encarecendo principalmente sua origem litúrgica. Uns pensam que ela reproduz uma liturgia batismal (1,3 – 4,11), à qual se teria ajuntado um escrito mais tardio, destinado a confirmar os batizados na fé (4,12 – 5,14). Outros não dão maior importância às diferenças notadas entre 1,3 – 4,11 e 4,12 – 5,11, e consideram 1,3 – 5,11 como uma homilia batismal, à qual se teria conferido a caráter de uma epístola pelo acréscimo de 1,1-2 e 5,12-14. Por fim, pretendeu-se ver em 1 Pedro uma liturgia da semana pascal.

            Estas hipóteses, porém, esbarram em várias objeções: a unidade de vocabulário e de estilo da epístola torna improvável a existência de duas componentes de origem diferente. O endereçamento e a conclusão têm ligações claras com o corpo da epístola (“estrangeiros”, 1,1 e 2,11, cf. 1,17: a exortação, tema da epístola, 5,12 e 2,11). Além disso, a ação de graças (1,3-9) e o “código” de moral messiânica (2,13 – 3,7) contribuem para reforçar a convicção de que 1 Pedro foi deveras concebida como uma epístola. Verdade é que houve quem estranhasse a ausência de dados pessoais sobre o autor e os destinatários; isto, porém, pode ser explicado pelo fato de a epístola provir de quem goza de autoridade na Igreja, apesar de não ter sido o fundador das comunidades às quais se dirige. Quanto à mudança de perspectiva constatada a partir de 4,12, convém não enfatizar demais sua importância, pois os sofrimentos já são considerados como atuais em 1,6. Por outro lado, a grande variedade de tentativas de reconstituição de uma liturgia ou de uma liturgia batismal partindo do texto da epístola prova a natureza muito instável da hipótese. Ajuntem-se a isto dois fatos: não se encontra nenhuma menção clara à cerimônia do batismo na epístola (ao contrário de textos como Rm 6,3-4; Cl 2,12; Tt 3,5), a não ser uma única vez e, ainda assim, numa passagem de valor tipológico (3,21); além disso, não se vê no texto indício de qualquer progressão que permita reconstituir as etapas de uma cerimônia batismal (o verbo grego, p. ex., que alude ao novo nascimento em 1,23 já é empregado em 1,3; cf. 1,3 nota).

            Portanto, não há como pôr em dúvida a natureza epistolar e a unidade de 1 Pedro. A epístola está solidamente enraizada em toda uma tradição catequética comum à Igreja primitiva. O final (5,12) lhe define exatamente o escopo: exortar e fortalecer na fé messiânica cujo zelo corria o risco de esmorecer, e cuja coragem estava sendo posta à prova por diversas tribulações. Neste intuito, o autor se refere a ensinamentos que esses messiânicos já tinham ouvido por ocasião da sua conversão e do seu batismo.

 

 

            Conteúdo da epistola. Não é possível fornecer um plano lógico da epístola. Isto se deve à natureza particular deste escrito, no qual as exortações vêm constantemente entremeadas de elementos doutrinais destinados a justifica-las e reforça-las. De modo geral, o imperativo – a exortação – precede o indicativo – a declaração doutrinal -, que dá suporte a esta exortação (ao contrário das principais cartas paulinas, nas quais uma primeira parte doutrinal, com o indicativo referindo-se àquilo que os messiânicos já possuem em Yahushúa – o Mashiach, é seguido de uma segunda parte exortativa, com o imperativo convidando-os a viver de modo digno daquilo que receberam). Quando muito, pode-se admitir uma progressão na exortação, se se considerar que a atualidade da ameaça se torna clara a partir de 4,12. O conteúdo da epístola pode ser apresentado da seguinte maneira:

 

            Endereçamento e saudação: 1,1-2.

            Ação de graças (à guisa das bênçãos judaicas, cf. Ef 1,3-14), que se prolonga mediante uma reflexão sobre a revelação do plano da salvação 1,3-12.

            Primeira exortação, dirigida a messiânicos de origem pagã, para convida-los a romper definitivamente com seu antigo modo de viver: 1,13 – 2,10.

            - Apelo a uma vida de santidade, precisamente por causa da esperança que o Mashiach nos conquistou: 1,13 – 2,10.

            - Alguns conselhos sobre a vida comunitária: 1,22 – 2,3.

            - Fundamento doutrinal: se o ETERNO escolheu os messiânicos para fazer parte do templo espiritual, cujo fundamento é O UNGIDO, foi para que eles proclamassem aos altos feitos daquele que os chama à luz: 2,4-10. (indiscutivelmente saber seu NOME) grifo meu. Yah – YHVH – YahuShúa! SALVAÇÃO At 4,12!

            Segunda exortação: 2,11 – 3,12.

            - Declaração geral a respeito da conduta que se deve ter entre os pagãos: 2,11-12.

            - Os deveres dos messiânicos, conforme sua situação: deveres com relação às autoridades, deveres dos servos para com seus patrões, deveres recíprocos dos esposos: 2,13 3,7.

            - Novo apelo ao amor fraterno: 3,8-12.

            Terceira exortação: 3,13 – 4,11.

            - Apelo á confiança diante da oposição do mundo: 3,13-17. (Seu Nome) grifo meu. [Não o aceitam....????].

            - Fundamento desta confiança: a vitória total de Maschiyah – o Mashiach: 3,18-22.

            - Consequência prática do exemplo do Mashiach, ruptura com o pecado: 4,1-6.

            - Vigilância na vida comunitária: 4,7-11.

            Quarta exortação, determinada pela iminência da perseguição: 4,12-19.

            Exortações particulares: 5,1-11.

            - Recordações dos deveres dos chefes da comunidade: 5,1-4.

            - Humildade e vigilância: 5,5-11.

            Conclusão: 5,12-14.

 

 

            A vida messiânica conforme a primeira Epístola de Pedro. Muitas vezes ignorou-se o valor todo especial da mensagem de 1 Pedro. Ora, este valor aparece com toda a clareza desde que se leve em conta à situação visada pela epístola. Para o autor não se tratava mais de lançar os fundamentos da fé, que já tinham sido ensinados aos leitores destinatários do escrito (1,12). Tratava-se bem pelo contrário, diante das crescentes dificuldades experimentadas pelas comunidades messiânicas, de exorta-las à perseverança, em razão mesmo da esperança que lhes fora pregada. Para tal fim, o apóstolo orienta as atenções de seus leitores em direção ao Mashiach, a fim de que eles tomem (ou retornem) conscientes do poder da vida nova que nele está (1,3; 2,2); ademais, insiste sobre a natureza vitoriosa da esperança recebida, fonte de uma atividade perseverante e radiosa na vida de cada dia.

 

 

            A) O enraizamento na obra do Mashiach. O autor está convencido de que seus leitores foram escolhidos por Yahu em YahuShúa e, de agora em diante, fazem parte do seu povo (1,2-3; 2,9). Não obstante, quer leva-las a um enraizamento mais profundo na obra realizada pelo YHVH deles. É neste sentido que lhes recorda o sacrifício do Mashiach (1,2; 1,19) e seus sofrimentos (2,21-24), para que eles sigam seu exemplo (2,21). Insiste igualmente sobre a vitória do Mashiach, vitória que se estende a todas as esferas do universo (3,18-22) e para a qual a própria morte não é obstáculo (4,6; cf. 3,19). Doravante, é necessário que os crentes permaneçam unidos àquele que é a pedra angular, o fundamento sólido da comunidade (2,4-8).

            A este propósito, é preciso ressaltar que a messiologia da epístola se assemelha mais à apresentada no início dos Atos, especialmente nos discursos de Pedro, que à de Paulo (p. ex., o tema do servo sofredor, conforme as citações acima; a função do batismo, At 2,38-40 e 1Pe 3,21; cf. igualmente At 2,31 e 1Pe 3,18). Note-se ainda que se encontram ecos de várias confissões de fé ou hinos da comunidade messiânica (p. ex. 2,22-24; 3,22; 4,6).

 

 

            B) A esperança viva. O tema da esperança é importante desde o começo da epístola (1,3.13.21). Esta esperança é focalizada desde o tríplice ponto de vista da sua origem, do seu objeto e de suas consequências. Quanto à origem, ele não é fruto da imaginação ou dos esforços dos homens: é o do gratuito que ‘Elo(rr)Hím(i) [‘ULHIM]  Yahu lhes concede pela ressurreição do YahuShúa o Mashiach (1,3) (tenha-se bem presente a que ponto a ressurreição do Mashiach está ligada à realização da salvação: 1,21; 3,21). Quanto ao objeto, ela está orientada para o reino futuro, para a herança imperecível que é garantida aos crentes, para o momento em que a fé se converterá em visão e no qual o povo de Yahu possuirá plena e definitivamente a salvação concedida no YahuShúa o Mashiach (1,4.7.13). Quanto as consequências para a vida atual dos fiéis, a esperança, longe de se confundir com uma atitude estóica ou uma resignação passiva, é de certo modo, o motor de um comportamento novo (1,13-15). É a esperança que possibilita aos crentes lutar com alegria (1,6), não a despeito da provação (que, à primeira vista, parece contradize-la), mas em meio à própria provação (4,12-13). A cada passo, ela é posta em questão pelo mundo, mas o crente deve estar disposto a dar testemunho dela com certeza tranqüila (3,15-16).

            [Por isso mesmo procuro saber e transmitir seu Nome que SALVA: “YahuShúa!”]. Grifo meu: Anselmo Estevan. At 4,12; Ef 4,5; Fp 2,9-11!!!!!!!!!!!!!!!!

 

            C) O testemunho na vida de cada dia. A epístola insiste na missão própria do povo de Yahu no mundo: Yahu escolheu homens para que o sirvam e irradiem por toda a terra o conhecimento das suas obras. Eis a razão por que o tema da eleição, em 1 Pedro, caminha de ar com o tema do sacerdócio dos fiéis (2,5; 2,9; cf. Rm 12,1). O serviço que lhes é pedido se exerce antes de tudo na Igreja (1,22; 2,1-5; 3,8-12; 4,7-11; 5,1-7). Os anciãos assumem uma responsabilidade particular, com o objetivo de manter a comunidade na vivência do amor fraterno (5,1-4). Mas há ainda toda uma série de obrigações relacionadas com os diversos aspectos da vida política, social e familiar (2,11- 3,7). As diretivas dadas sob este ponto de vista assemelham-se aos códigos morais, encontradiços na literatura profana da época ou no judaísmo. Não obstante, recebem orientação e conteúdo novos por suas referência ao YHVH (2,13) e pela atenção dada a cada pessoa, inclusive as mais humildes. Tais diretivas não parecem pôr em questão o que poderia parecer contestável nas estruturas sociais da época; aparentemente, nada têm de revolucionário. Mas, em determinada situação, indicam aos crentes a linha a seguir: levar uma mensagem de esperança, no amor do YHVH, e, graças a esta transformação interior da condição humana, permitir as necessárias reformas da vida social. Acrescentemos que, de modo geral, a epístola não dá mostras de hostilidade para com o mundo pagão. Muito pelo contrário, acentua a responsabilidade do povo de Yahu com relação a ele: em todas as circunstâncias, até nas mais penosas, os fiéis devem agir de modo a esclarecer os gentios (2,11-12; 3,13-17).

            Aos messiânicos de todas os tempos, a epístola recorda o que implica “a esperança viva”, que é a deles em Yahushúa o Mashiach: a adesão confiante ao YHVH vitorioso junto com uma atividade construtiva a seu serviço.

 

 

4ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo Pedro.

            Propósito: Encorajar os messiânicos perseguidos e confusos a permanecerem unidos em sua fé.

            Data: 65-67 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os messiânicos devem crescer espiritualmente em virtude das grandes bênçãos em O Mashiach.

            A certeza do retorno do Mashiach vem do testemunho de pessoas que viram O Mashiach pessoalmente e das Escrituras. (Não, a “Bíblia”)!

            Yahu irá julgar com rigor os FALSOS MESTRES que negam a volta de Maschiyah – O MASHIACH!

            Yahushúa ainda não voltou porque Yahu é paciente com seu povo.

            Os messiânicos devem ser pacientes; contudo, devem procurar acelerar o dia do retorno do Mashiach pela oração, pela obediência e pelo evangelismo.

 

 

            Propósito e características

            (Lembrando que os “GNÓSTICOS”, SÃO FALADOS NOS LIVROS DE: 1Jo; 2Jo; 3Jo; 2Jo 9). Grifo meu.

            2 Pedro foi escrita para messiânicos que estavam sendo ameaçados por falso ENSINO (2,1). Em resposta a esse falso ensino, Pedro enfatizou a verdade e as implicações morais do evangelho.

            Esse falso ensino parece ter sido um precursor do GNOSTICISMO, um termo que designa uma variedade de movimentos heréticos nos primeiros séculos messiânicos (ESPECIALMENTE NO SÉCULO 2) que combinavam as idéias da FILOSOFIA GREGA, do misticismo oriental e do CRISTIANISMO. O protognosticismo com que Pedro deparou ensinava que a salvação se dava por meio do conhecimento intuitivo e esotérico, e não por meio da fé no Mashiach.

            Como eles prezavam muito mais a mente do que o corpo, os GNÓSTICOS DO SÉCULO 2 MUITAS VEZES CAÍAM EM FRAGRANTE IMORALIDADE OU RIGOROSO ASCETISMO. O ascetismo não foi tratado em 2 Pedro, mas a imoralidade é claramente repreendida (2,13-19). Os FALSOS MESTRES aparentemente usavam a liberdade messiânica como uma licença para pecar, especialmente para cometer imoralidade sexual (2,14). Além do mais, eles eram culpados de negar a Yahu (2,1), desprezar as autoridades e os seres celestiais (2,10) e zombar da segunda vinda do Maschiyah O Mashiach (3,3-4).

 

 

 

            Gênero literário e teologia. Após a saudação de praxe (1,1-2), o autor recorda a índole da vocação messiânica (1,3-11). Vivendo em comunhão com a natureza divina (1,4), o messiânico é chamado à santidade, que supõe a fidelidade à palavra apostólica (1,12-21). De fato, a pregação messiânica não se apóia sobre fábulas fictícias (1,16), mas sobre o testemunho apostólico e sobre a palavra dos profetas pelo Rúkha Qadôsh (1,21). [Espírito Santo].

            A seguir o autor lança um violento ataque, em tom exaltado, contra os falsos mestres, cuja perversão doutrinal e moral ele denuncia (2,1-22). O castigo deles é inevitável, como outrora o dos anjos culpados e dos habitantes de Sodoma e Gomorra (2,6).

            Após este longo trecho, o desenvolvimento iniciado no cap. 1 prossegue com o problema criado pela demora da parusia (3,3-13); o YHVH é paciente, mas seu dia chegará (3,9).

            A carta termina com um apelo á vigilância (3,14-18).

            Mais do que com o gênero epistolar propriamente dito, este escrito se aparenta com o gênero “testamento”, freqüente nas tradições judaicas dessa época: um discurso de despedida que se admite uma pessoa importante faça antes da morte permite desenvolver alguns pontos de doutrina que convêm recordar à comunidade.

            Será que esta epístola de aspecto tão especial merece um lugar no NT? O leitor moderno, cioso do “diálogo”, pode fazer tal pergunta diante da lista de insultos e injúrias do cap. 2

            Não obstante, a epístola fornece enfoques precisos e novos sobre a interpretação e a inspiração das Escrituras, como também sobre a formação do cânon; as profecias do AT e o testemunho apostólico são postos no mesmo nível e servem de base para uma fé sólida (1,19; 3,2). Em nenhum outro lugar do NT, a natureza inspirada das Escrituras é afirmada tão explicitamente: “Nenhuma profecia da Escritura é o objeto de interpretação pessoal: porque nunca uma profecia foi proferida pela vontade humana, mas foi movidos pelo Rúkha Qadôsh que alguns homens falaram da parte de Yahu” (1,20-21).

            É também nesta epístola que se encontra a primeira menção de uma coletânea de cartas de Paulo (3,15-16), a qual, embora não contenha necessariamente todo o conjunto do corpus Paulino é entretanto considerada como parte integrante das Escrituras.

            Finalmente, a epístola focaliza outro ponto de interesse, tratando resolutamente do problema da demora da parusia: “Que é feito da promessa de sua vinda? Pois desde que os Pais morreram, tudo continua como estava no início da criação” (3,4). O autor denuncia com violência esta falta de fé e se esforça por dar uma resposta: o dilúvio acontecido é uma prefiguração do juízo final, que o autor descreve consciente as categorias de sua época (3,6). O mundo antigo será destruído pelo fogo, para dar lugar a “novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça” (3,13). Sobretudo a noção de tempo não existe para o YHVH: “Um só dia é como mil anos e mil anos, como um dia” (3,8). A demora que se lhe atribui provém apenas da sua amorosa paciência. Ele quer deixar a cada um o tempo de se converter. Por isso, vivam todos desde já na santidade. Através deste ensinamento escatológico, o autor recorda uma dimensão importante da vida messiânica.

 

 

            Adversários e destinatários. O autor denuncia “ímpios” que se infiltraram na Igreja (2,1). Quem são eles? Convertidos à fé messiânica, eles a renegaram e ameaçam por então perverter a comunidade, prometendo-lhe uma falsa liberdade (2,19). A heresia deles é simultaneamente teológica – estes falsos doutores renegam o YHVH que os remiu e desprezam os anjos (2,10-11) – e moral: eles levam uma vida devassa e são insaciáveis no pecado (2,14).

            Para os identificar, tem-se falado de “GNÓSTICOS”; estes, julgando-se dotados de um conhecimento superior e de uma total liberdade, professam o desprezo pela carne, mas nem por isso deixam de levar uma vida dissoluta; assim se poderiam explicar os aspectos moral e teológico de seus erros e a insistência do autor sobre o “conhecimento” messiânico, que ele opõe à falsa ciência dos hereges (1,2.3.5.8.12.16; 2,20.21; 3,17-18). Com relação ao seu desprezo pelas “Glórias” (2,10) difícil é captar exatamente a alusão: cometem, eles, a juízo do autor, o pecado de nomear os anjos? De fato, encontra-se no judaísmo – e em particular entre os essênios – a menção a semelhante proibição, motivada pelo respeito aos anjos e pelo temor de recorrer a seu nome para fins mágicos. Ou, pelo contrário, negam-lhes eles toda realidade ou toda superioridade, ultrapassando nisto o pensamento de Paulo, que se contentava em sublinhar a inferioridade dos anjos com relação ao Mashiach (Ef 12,1; Cl 2,15)? É difícil precisa-lo bem, pois, na longa série de invectivas do cap. 2 o autor se vale de expressões convencionais, traçando, como foi dito, uma espécie de “retrato-robô” do ímpio.

            Os destinatários da carta estão familiarizados com a ESCRITURA e as tradições apocalípticas judaicas, às quais o autor faz numerosas alusões sem nunca as citar explicitamente (exceto em 1,17): os anjos culpados (2,4), o dilúvio (2,5), Sodoma e Gomorra (2,6-7), Balaão de Bosor (2,15), tradições referentes à origem do mundo pela água e sua destruição pelo fogo.

            Esta epístola, especialmente em 2,1 – 3,3, e a de Judas acusavam ligações evidentes e estreitas. Encontram-se nelas concepções muito parecidas, expressas freqüentemente nos mesmos termos, aliás raros em todo o NT; as duas epístolas parecem seguir o mesmo fio condutor. Assim, ambas polemizam contra os falsos doutores qualificados, nos dois casos, de “céticos zombeteiros” (2Pe 3,3; Jd 18), que proferem enormidades (2Pe 2,18; Jd 16), banqueteiam-se sem vergonha (2Pe 2,13; Jd 12); o pecado deles é comparado ao dos anjos culpados de Sodoma e Gomorra e de Balaão.

            A menos que 2 Pedro e Judas se inspirem de modo independente num texto mais antigo – o que é pouco verossímil – parece incontestável que 2 Pedro depende de Judas; em muitas passagens, o texto parece secundário; em geral, o autor esclarece os passos paralelos da epístola de Judas; suprime alguns elementos estranhos para leitores menos informados a respeito das tradições apócrifas: o combate do arcanjo Miguel (Jd 9), a prostituição dos anjos (Jd 6), a citação de Henoc (Jd 14). Teria havido em 2 Pedro alguma reticência com relação aos apócrifos? Difícil é resolve-lo.

            De outra parte, 2 Pedro levanta a objeção sobre a demora da parusia, enquanto em Judas a questão nem sequer é aventada.

            Estes diferentes indícios revelam um ambiente solidamente enraizado nas tradições judaicas, mais tardio do que o de Judas; é também mais aberto ao helenismo, como indicam, além das omissões já apontadas, uma linguagem elegante, que não exclui sequer certa preciosidade no abuso de palavras compostas e rebuscadas – chegou-se a contar 56 palavras que são empregadas unicamente nesta epístola: é a proporção mais alta do NT. Seria esta epístola fruto de um esforço pastoral de conciliação entre as tendências mais particularistas manifestadas na epístola de Judas, e outras correntes mais abertas, como as que se manifestam nas epístolas de Paulo? Provém ela de um esforço de síntese entre tendências diversificadas no seio da Igreja primitiva?

            Por outro lado, visto esta epístola ter sido aceita primeiro na Igreja de Alexandria e contestada pela da Síria, nós sugeriríamos de bom grado que ela provém de um ambiente judeu-messiânico da Diáspora helenista.

 

 

            Autor e data. O autor se identifica com o apóstolo Simão Pedro (1,1). Se, em 3,1, esta carta é apresentada como a “segunda”, espontaneamente se pensa que a primeira seja 1 Pedro. Além disso, o autor recorda sua presença na Transfiguração do YHVH (1,16); enfim, ele anuncia sua morte como próxima (1,14).

            Esta identificação sempre discutida levanta uma série de dificuldades. De um lado, não se devem urgir demais as indicações biográficas pelas quais o autor se identifica com o apóstolo; isto pertence ao gênero literário dos “Testamentos”.

            De outro lado, as diferenças estilísticas são numerosas entre as duas epístolas; 599 palavras divergentes contra 100 comuns. A problemática referente à escatologia não é a mesma; esta diferença supõe que um lapso de tempo assaz longo separa as duas epístolas.

            O autor não parece pertencer à primeira geração messiânica, que despareceu (3,4). A epístola é posterior à de Judas, dotada comumente nos últimos decênios do século I. Enfim e acima de tudo, como já vimos, ela contém uma menção explícita do cânon das Escrituras: existe uma coleção de cartas de Paulo, que, embora incompleta, é contada entre as “ESCRITURAS”, assim como os demais escritos apostólicos e proféticos.

            Por outro lado, como não é possível recuar demais a composição de uma epístola tão farta de tradições judeu-messiânicas, pode-se propor como data provável de redação o ano 125, período que exclui uma origem petrina direta. Entretanto, poder-se-ia falar de um “círculo petrino”, no qual, para lembrar, em continuidade aos ensinamentos do apóstolo, a necessidade de manter a fé, teria sido composta esta carta em forma de testamento espiritual? Recordemos, a este respeito que, segundo uma tradição de Eusébio (História Eclesiástica, II, 16,1), Marcos, que por certo tempo foi colaborador de Pedro (cf. 1Pe 5,13), teria evangelizado Alexandria, ambiente em que esta epístola foi aceita por primeiro.

 

 

            Canonicidade. Justamente com o Apocalipse, este foi o livro do NT que teve mais dificuldades para ser reconhecido como canônico. Foi através da Igreja de Alexandria que esta carta penetrou lentamente no universo das Igrejas. Ausente do cânon de Muratori (pouco antes do ano 200), ela é citada pela primeira vez por Orígenes (nascido em 185/6 e falecido em 254), que a aponta como contestada. Eusébio (falecido em 340) ainda a relaciona entre os escritos controversos. Foi só no século V que a epístola foi reconhecida pela maioria das Igrejas e no século VI, na Síria. No entanto, por volta de 200, ela consta de uma versão egípcia do Novo Testamento e, lá pelos fins do século III, no papiro 72.

 

 

 

5ª CARTA GERAL/CATÓLICA:

(e, resumo das ‘6ª e 7ª’ cartas – sendo 2 e 3Jo!).

 

PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo João.

            Propósito: Alertar sobre os falsos mestres que ensinavam que o Mashiach não tinha verdadeiramente vindo em carne e incentivar um estilo de vida apropriado para os seguidores do Mashiach encarnado.

            Data: 85-95 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Receber a salvação do ’Elo(rr)hím(i) – Yahu resulta numa vida reta e especialmente em amor pelos companheiros messiânicos.

            YahuShúa era totalmente humano.

            Muitos que dizem seguir o Mashiach não são verdadeiros seguidores.

            Os messiânicos devem estar prontos para se auto-examinarem para ver se sua fé em O MASHIACH é verdadeira.

            A plena certeza salvação é própria daqueles cuja vida evidencia que eles estão realmente vivendo para o Mashiach.

 

 

            Propósito e características

            Em termos gerais, 1 João foi escrita para transmitir os frutos dos trabalhos de uma vida para a próxima geração. Além disso, o propósito específico de 1 João era advertir e instruir seus leitores contra o falso ensino que negava que Yahushúa o Mashiach veio em carne (4,2-3). No início da história messiânica houve várias formas desse ensino, geralmente conhecido como “DOCETISMO”. Alguns docetistas acreditavam que o Mashiach o Salvador era um espírito divino que começou a habitar no homem “Yeshua” de Nazaré no seu batismo, mas que o deixou exatamente antes da CRUCIFICAÇÃO. Outros defendiam que YahuShúa era somente um espírito que parecia ser humano e que passou pelas experiências humanas (p. ex., sofrimento e morte). Entre esses dois extremos, existia um grande número de visões adicionais. (Viram a diferença entre: “Ye”. E “Ya”! Yahé o Nome do Pai! Ye seria o Nome do filho! Mas, se, só um Nome é que SALVA – At 4,12! E, conforme Fp 2,9-11o Filho recebe o NOME do Pai = Yah! O Nome do Filho: “YahuShúa”! Ok.). Grifo meu.

            Alguns estudiosos acham que esse falso ensino pode ser identificado mais precisamente como uma variedade do gnosticismo, uma atitude religiosa que relacionava a salvação com uma experiência de revelação individual, esotérica – ou mais precisamente com o ensinamento do professor Cerinto. É certo que Cerinto foi identificado pelos escritores posteriores tanto como gnóstico como docetista, mas em 1 João há pouco para ligar o falso ensino com as idéias especificas atribuídas a Cerinto; na verdade, há pouco para identificar o falso ensino como gnóstico. Além do fato de que João estava direcionando os seus comentários contra o docetismo, poucos detalhes sobre a controvérsia são evidentes.

            Seria mais apropriado descrever 1 João como o “testamento” de João. Ela contém os três elementos-chave de um testamento: revisão da vida do testador, exortação ética e prognósticos e advertências sobre o futuro (cf. 1Sm 12; At 20,18-35). A revisão que João faz da sua vida enfatiza a sua fidelidade ao seu chamado apostólico (At 20,20-21; 1Jo 1,1-3), e o uso distintivo do tempo presente liga o ato de escrever esse próprio livro à revisão do seu ministério (1Jo 1,4). Às exortações de João incluem o conselho para servir ao verdadeiro ELORRÍM – COM NOME: YAHU! E fugir da idolatria. (1Sm 12,14-15; 1Jo 2,3-5) – especialmente à luz do exemplo de Yahushúa (1Jo 2,6). João realçou a confissão de pecado e as bênçãos resultantes (1Sm 12,10-11; 1Jo 1,9).

 

 

            Circunstâncias da composição. As epístolas joaninas, ao menos as duas primeiras, praticamente não contêm detalhes sobre as circunstâncias de sua composição nem sobre a pessoa do autor. Mas o exame do próprio texto permite conhecer com suficiente certeza a situação em que se encontravam seus destinatários e as razões que levaram o autor a lhes escrever.

            Do tom polêmico de várias passagens pode-se deduzir que as comunidades às quais as cartas são dirigidas atravessavam grave crise. A difusão de doutrinas incompatíveis com a revelação messiânica (“OS SEGUIDORES DO MESSIAS”) ameaçava comprometer a pureza da fé. Quais eram os pregadores deste ensinamento? São chamados de ANTICHRISTÓS (1 Jo 2,18.22; 4,3; 2Jo 7). Profetas da mentira (1Jo 4,1), mentirosos (2,22). Sedutores (2Jo 7); são do mundo (1Jo 4,5) e deixam-se guiar pelo espírito do ERRO (4,6). Outrora pertenciam à comunidade (2,19; cf. 2Jo 9); agora procuram extraviar os crentes que permaneceram fiéis (2,26; 3,7), ministrando-lhes uma doutrina que não é a de MASCHIYAH (2Jo 10).

            Em que consistia seu ERRO? Iludidos por uma mística do tipo gnóstico, pretendiam conhecer a ‘Elo(rr)hím(i) (1Jo 2,4), ver a ‘Elo(rr)hím(i) (3,6; 3Jo 11), viver em comunhão com ele (1Jo 2,3), estar na luz (2,9), a despeito de uma doutrina e de uma conduta em flagrante contradição com a revelação “CRISTÔ. Sobretudo, tinham uma posição herética em matéria de CRISTOLOGIA: recusavam ver em Yahushúa o MESSIAS (2,22) e o Filho de ‘Elo(rr)hím(i) (4,15; 2Jo 7); rejeitavam a Encarnação (4,2; 2Jo 7) e “dividiam” Yahushúa, uma vez que separavam nele o “Yeshua” da história do Filho de ‘Elo(rr)hím(i), e negavam que este tivesse vindo realmente pela água e pelo sangue (1Jo 4,3; 5,6). Seu comportamento moral não era menos repreensível: por uma tendência já nitidamente gnosticizante, pretendiam ser isentos de pecado (1,8.10) e não se preocupavam em guardar os mandamentos (2,4), nomeadamente o do amor fraterno (2,9).

            [Bem, vemos: que “um Elorrím é falado! Ok. Mas qual seu Nome? Pois naquela época e na que estamos vivendo hoje em dia, muitos “deuses”(elohais) existem....!!! Por isso mesmo é de suma importância – saber qual o nome do “Elorrím” que vc. Adora..........???! Para não cair no mesmo erro que João fala – de “pessoas” que achavam estar com razão e falando em nome de um deus comum.......!!!”.] Grifo meu.

            Já faz muito tempo que se procura identificar concretamente esses doutores da mentira. Pelo testemunho de Irineu, é contra o herege Cerinto que se dirigia o evangelho de João; poder-se-ia pensar que também as cartas visam ao ensinamento de Cerinto. De fato, este parece concordar em vários pontos com a doutrina dos pregadores denunciados pela carta. Cerinto, sempre segundo Irineu, ensinava que YahuShúa, no seu nascimento, era apenas um homem como os outros: no batismo, o Maschiyah celeste se teria unido a ele, mas para separar-se no momento da Paixão (cf. talvez 1Jo 2,22; 5,6). Todavia, outros pontos da doutrina atribuídos a Cerinto não deixaram vestígio algum nas Epístolas joaninas. Seja qual for a validade desta identificação histórica, a corrente visada pelas cartas tem provavelmente certo parentesco com o movimento judaizante pré-gnóstico, contra o qual, aliás, já reagiam as cartas do cativeiro e as cartas pastorais, e que desembocaria mais tarde nos grandes sistemas gnósticos do século II.

            A finalidade do autor, porém, não é combater esses hereges; ele se dirige diretamente aos messiânicos (seguidores do Messias) [sendo: tanto os judeus como os “gentios”]. Quer pô-los de sobreaviso contra as pretensões dos gnósticos, e mostrar-lhes que são eles, os crentes, que por sua própria fé possuem verdadeiramente a comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) – Yahu (1Jo 1,3). É igualmente o que diz a conclusão da primeira carta: “Eu vos escrevi tudo isso para que saibais que tendes a vida eterna, vós que tendes a fé no “NOME” DO FILHO DE “’Elo(rr)hím(i)” – TAMBÉM COM UM NOME: “YAHU”! (5,13). Pela mesma razão, o autor repete como um estribilho a fórmula: “nisto reconhecemos que...” (1Jo 2,3.5; 3,19,24; 4,2.6.13; cf. 3,10; 2Jo 6,7.9; 3Jo 3.12) Ele quer indicar assim qual seja o sinal pelo qual se reconhecem os VERDADEIROS CRENTES: Esses critérios são a fidelidade à fé messiânica, (os seguidores do Messias! Não havendo distinção entre: gregos, judeus, romanos ou “GENTIOS”), [POIS, TODOS SÃO SEGUIDORES DE UM NOME NÃO INVENTADO, QUE É VERDADEIRO E QUE SEU SIGNIFICADO É “O UNGIDO” PARA TODOS OS POVOS!!!! GRIFO MEU.], ensinada desde o começo (p. ex., 1Jo 2,22-24) e a observância dos mandamentos, especialmente o do amor fraternal (p. ex., 2,3-6.9-11).

 

 

            Autor. As três cartas são, quase certamente, do mesmo autor. Crise idêntica se reflete nas duas primeiras e mesmo, indiretamente, na terceira. Pelo pensamento, vocabulário e estilo, as três cartas assemelham-se de tal modo que só dificilmente se pode atribuí-las a autores diferentes. Eis algumas dessas fórmulas características: “Muitos sedutores (ou profetas da mentira) espalharam-se pelo mundo” (1Jo 4,1; 2Jo 7): “andar na verdade” (2Jo 4; 3Jo 3); “amar na verdade” (2Jo 1; 3Jo 1; cf. 1Jo 3,18); o mandamento do amor não é um “mandamento novo”, mas um mandamento “que já temos desde o princípio” (1Jo 2,7; 2Jo 5); “ter o Pai e o Filho” (2Jo 9) ou “ter o Pai também” (1Jo 2,23).

            A identificação do autor cria um problema. Ao contrário de Paulo, em parte alguma ele indica seu nome. Em 2Jo 1 e 3Jo 1, ele se designa como o “Ancião”: este título não indica o chefe hierárquico, mas, segundo o costume das Igrejas da Ásia (Pápias, Irineu), alguém que tivesse pertencido ao grupo dos discípulos de Yahu ou que pelo menos os tivesse conhecido. Era, pois, alguém que gozava de autoridade considerável, enquanto testemunha do início da tradição apostólica. Por outro lado, o autor apresenta a si mesmo como testemunha ocular da vida de Yahushúa (1Jo 1,1-3; 4,14). Estas diversas indicações explicam a opinião tradicional, que reconhece neste autor o apóstolo João. Quanto à primeira carta, de fato, os testemunhos antigos são unânimes em atribuir-lha. Não acontece o mesmo com as duas cartas menores, precisamente por causa do título “o Ancião”: nos séculos III e IV, alguns ambientes viam neste autor um certo “João, o Presbítero” (o que, de fato, traduz o Ancião), distinto do apóstolo João. Mas a antiga tradição de Éfeso conhecia apenas um João, o discípulo de Yahu.

 

 

            Pano de fundo literário e doutrinal. À primeira vista, influência do AT sobre as cartas reduz-se a pouca coisa, pois nelas João faz uma única alusão direta a um texto da Lei (cf. 1Jo 3,12). Entretanto, não faltam as expressões bíblicas: “fiel e justo” (1Jo 1,9), “conhecer a ‘Elo(rr)hím(i) – Yahu” (2,3.4.14; etc.), “vitima de expiação” (3,2; 4,10), “um pecado que conduz à morte” (5,16) etc. Mas a presença do AT na carta maior deve ser procurada sobretudo no tema central que desenvolve, o da comunhão com Yahu e do “conhecimento” de Yahu: segundo mais de uma passagem, “conhecer a Yahu” parece identificar-se com o conhecimento de Yahu que Jeremias apresentava como sinal distintivo da nova Aliança (cf. as notas sobre 1Jo 2,3.13.20.27; 3,9; 5,20.21).

            Todavia, no plano do vocabulário, é com o judaísmo palestinense, especialmente com a corrente representada pelos escritos de Qumran, que o autor tem mais afinidade. Vocábulos ou expressões com “andar na verdade” (1Jo 1,6), “o espírito da verdade” (4,6), “a iniqüidade” (3,4), como também o contraste tão fortemente acentuado entre Yahu e o mundo (4,4-6), a luz e as trevas (1,6-7; 2,9-11), a verdade e a mentira (2,21.27), se encontram igualmente na Regra de Qumran. O dualismo joanino não é metafísico e cósmico, como no GNOSTICISMO, e sim moral e escatológico: pois reside no coração do homem, por certo fraco e pecador, mas capaz de conversão e, portanto, de união com Yahu. Pela importância acentuada atribuída ao conhecimento, as cartas, situam-se na corrente do judaísmo apocalíptico e sapiencial, que se interessava particularmente pela revelação dos mistérios. Mas essas fórmulas, vindas do judaísmo, são sempre reinterpretadas pelo autor de modo pessoal, em função da christólogia.

            Outra influência, e esta preponderante, foi particularmente evidenciada pelos estudos recentes. É a da tradição messiânica primitiva, sobretudo a da catequese batismal, João remete insistentemente seus leitores a “o que eles ouviram” (1Jo 1,1.3.5; 2,7.18.24; 3,11; 4,3; 2Jo 6), muitas vezes com uma referência explicita ao “começo”, isto é, à pregação messiânica inicial (1Jo 1,1; 2,7.13.14.24; 3,11; 2Jo 5,6). Ele espera dos messiânicos que confessem seus pecados (1Jo 1,9) e convida-os a professar sua fé em Yahushúa, o Filho de Yahu vindo na carne (1Jo 2,2.3; 4,2.15; 2Jo 7): estes são ainda temas batismais. Entretanto, todos esses temas, judeus ou messiânicos (pois, entendo: “que todos são seguidores do Messias! Seja: ‘judeu, grego, hebreu, gentio...’, todos são seguidores de um mesmo ‘Elo(rr)hím(i) que veio em carne e osso e foi ‘UNGIDO’ PARA, DESTA FORMA, NOS SALVAR – O ‘MESSIAS’! Pois, todos somos seus seguidores. E não um termo inventado para separar dois povos.......”). Grifo meu; são retomados e atualizados pelo autor para descrever a situação presente dos crentes, no conflito que os opõe ao mundo.

 

 

            A primeira epístola.O gênero literário desta epístola é difícil. Como é desprovida de endereço (destinatários) e de conclusão, e não faz menção a nome algum, é difícil considera-la como uma simples carta, sequer como carta dirigida a uma comunidade local (como é a maioria das cartas de Paulo). Entretanto, o autor chama seus leitores de “meus filhinhos” (cf. 2,1, nota), recorda-lhes muitas vezes a fé comum e os exorta a lhe permanecer fiéis: exercia, portanto, sobre eles, uma autoridade religiosa. A carta parece ter sido dirigida a um grupo de Igrejas ameaçadas pela mesma heresia. Trata-se provavelmente de Igrejas da província da Ásia, como refere antiga tradição. O escrito que João lhes envia é uma espécie de carta pastoral destinada a sustenta-las e iluminá-las no combate pela fé.

            A respeito da estrutura da epístola, as opiniões são divididas. O problema se complica pelo fato de que nela se encontram poucas partículas de ligação. Mas um fenômeno revelador permite discernir um plano: é o fato de que o autor volta várias vezes aos mesmos temas, sempre na mesma ordem. O pensamento se desenvolve seguindo um movimento em espiral, em torno de um tema central, a nossa comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu. Encontramo-lo claramente enunciado no prólogo (1,3) e expresso em termos equivalentes no versículo de conclusão (5,13). O autor quer comunicar aos messiânicos uma certeza: eles, os crentes, possuem a vida eterna. Mostra-lhes, em confronto com os hereges, em que condições eles obtêm esta vida, e com que critérios pode ser reconhecida. Toda a epístola é uma descrição desses critérios e dessas condições da vida messiânica autêntica, numa série progressiva de quadros paralelos:

 

            Prólogo (1,1-4): enunciado do tema fundamental.

            I. Primeira exposição dos critérios de nossa comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (1,5 – 2,28).

            A comunhão é aqui considerada como participação na luz de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu. Critérios desta comunhão:

            1. Andar na luz, libertos do pecado (1,5 – 2,2).

            2. Observar o mandamento do amor (2,3-11).

            3. A fé dos crentes, perante o mundo e os anticristos (2,12-28).

            II. Segunda exposição dos critérios de nossa comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (2,29 – 4,6).

            Desta feita, a comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é descrita em termos de filiação. Critérios que permitem reconhecer os filhos de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu:

            1. Praticar a justiça e não pecar (2,29 – 3,10).

            2. Praticar a caridade, a exemplo do Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (3,11-24).

            3. O discernimento dos espíritos, pela fé em Yahushúa o Mashiach (4,1-6).

            III. Terceira exposição dos critérios e condições da nossa comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (4,7 – 5,12).

            O critério negativo, a renúncia ao pecado, não é mais mencionado. Para os dois critérios positivos, o amor e a fé, o autor remonta à sua fonte última: o amor, considerado até agora sob o aspecto parenético (2,3-11) e christológico (3,11-24), é focalizado desta vez no seu aspecto propriamente divino (cf. 4,7 – 9,16); a fé, descrita nos dois primeiros ciclos como um comportamento eclesial, a profissão de fé (cf. 2,22-25; 3,23; 4,2-6), é apresentada agora como uma realidade teologal, a fé no (NOME DO) FILHO DE ‘ELO(RR)HÍM(I) YAHU (5,5.10; cf. 5,13):

            1. (A renúncia ao pecado é omitida neste final da carta).

            2. O amor vem de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e se enraíza na fé (4,7,21).

            3. A fé no Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, raiz da caridade (5,1-12). Epílogo (5,13-21).

            A análise da epístola permitiria, conforme certos críticos, discernir em sua redação várias camadas literárias. Alguns procuram mesmo separar um texto primitivo, de proveniência gnosticizante ou qumraniana, desenvolvimentos parenéticos acrescentados pelo autor. Mas a diversidade dos estilos não é prova da pluralidade das fontes. O caráter mais doutrinal de uma ou outra passagem explica-se muito bem pela influência da catequese batismal. E a própria regularidade da estrutura da epístola é um indício a favor de sua unidade literária.

            Uma passagem, porém, que outrora deu lugar a uma famosa controvérsia, certamente não é autêntica. Trata-se de um inciso em 5,6-8, chamado “comma johanneum” (os vocábulos postos entre parênteses): “Três são os que dão testemunho (no céu: o Pai, o VERBO e o RÚKHA hol – RODSHUA, e esses são três [Um]; e são três os que dão testemunho na terra): o Rúkha, a água e o sangue, e esses três convergem num mesmo testemunho”. Este texto, reproduzido na Vulgata sixto-clementina, falta em todos os manuscritos gregos anteriores ao século XV, nas antigas versões e nos melhores manuscritos da Vulgata. Provavelmente não é mais do que uma glosa marginal introduzia no texto, no decurso de sua transmissão no Ocidente. {“E, estás, são palavras do autor...!!! Como ficamos então???? Este é um caso para se pensar muito bem a respeito: DAS COMPILAÇÕES DAS BÍBLIAS FEITAS POR HOMENS E, SUAS CÓPIAS....!!!!”}. GRIFO MEU. [Depois eu falo demais em “compilação....?????!!!!!”]. Anselmo.

 

 

            As duas epístolas menores. À diferença de 1Jo, estes dois pequenos escritos têm todas as características de verdadeiras epístolas.

            A segunda é dirigida “à Senhora eleita e a seus filhos”, título dado pelo Ancião a uma das Igrejas da Ásia que dele depende, aliás não-identificada. A fé dos messiânicos, nesta comunidade, está sendo ameaçada pela presença de sedutores que rejeitam a Encarnação (v. 7) e não permanecem fiéis à doutrina do Mashiach (v. 9). João quer prevenir os crentes contra semelhante ensinamento (vv. 8,10-11): eles, que possuem o conhecimento da verdade (v. 1), devem também andar na verdade (v. 4) e amar-se uns aos outros (v. 5), vivendo assim na luz do mandamento vindo do Pai e transmitido na Igreja desde o começo (vv. 4-6). São temas que já se encontravam desenvolvidos mais longamente na primeira epístola.

            A terceira, que apresenta surpreendentes semelhanças estilísticas com a segunda (comparar 2Jo 1.4.12-13 com 3Jo 1.3.13-15), tem contudo um caráter muito mais pessoal. Ela é dirigida a certo Gaio, que o Ancião felicita por andar na verdade (v. 3; cf. 2Jo 4). O tom levemente polêmico explica-se por uma crise que explodiu entre os crentes. O Ancião escrevera antes uma carta à comunidade. Mas Diótrefes, provavelmente chefe desta Igreja, não reconhece a sua autoridade (v. 9). O Ancião se vê, portanto, obrigado a dirigir-se agora a Gaio, um dos principais messiânicos que permaneceram fiéis. Da Igreja onde ele mesmo residia, o Ancião dirigia um grupo de pregadores itinerantes, encarregados de dar a conhecer entre os pagãos O NOME DE YAHUSHÚA o Mashiach (v. 7). Sua subsistência era assegurada em toda parte pelos messiânicos, que assim se mostravam cooperadores da verdade (v. 8). Mas Diótrefes não quer recebe-los e chega até a expulsar da Igreja quem quer que lhes preste ajuda (v. 10). O fim desta carta é exortar Gaio a continuar sua obra de amparo aos missionários.

            À primeira vista, este bilhete tem um caráter pastoral e não contém alusão alguma às doutrinas heréticas de que falam as duas outras cartas. Entretanto, a oposição feroz de Diótrefes à obra de evangelização dirigida pelo Ancião, e sua recusa em escutar a este, característica do espírito do erro (1Jo 4,6), a afirmação do Ancião de que Diótrefes não viu a ELORRÍM Yahu (3Jo 11) – alusão à pretensão herética de ver a Elohim Yahu (1Jo 3,6; cf. 2,4) -, enfim, a alegria expressa pelo fato de Gaio andar na verdade (3Jo 3,4), comportamento que, por outro lado, é posto em contraste com o dos sedutores (2Jo 4-7), tudo isso faz supor em Diótrefes certo comprometimento com a heresia.

            Nenhum indício preciso permite dizer com certeza em que ordem as três cartas foram escritas. Segundo alguns autores, 1Jo seria a última em data. Esta opinião não carece de verossimilhança: no tempo desta epístola, um grupo de antichrístós já se separou da comunidade (2,19), o que parece indicar que a heresia se desenvolveu e se consolidou ainda mais. O modo como o autor fala dá a entender, parece, que o perigo se generaliza. Depois de se ter dirigido a uma comunidade local, em 2Jo e 3Jo, ele se vê obrigado agora a repisar os mesmos temas numa carta coletiva, destinada agora às diversas Igrejas da Ásia sob sua autoridade.

 

 

            Teologia da primeira epístola. Não seria a caso de fazer aqui uma análise da teologia da epístola, mas de fazer ressaltar seu ensinamento fundamental. A intenção do autor está claramente expressa no versículo de conclusão: “Tudo isso vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, vós que tendes fé no NOME DO FILHO DE ELORRÍM (Elohim) YAHU” (5,13). {Então, João fala em ‘fé’ no NOME...!!! Ok. E se lhe dão outro Nome????? Como fica essa história??? Pois toda a epístola manda: andar na verdade! Se Yahu é VERDADE!!! E, o É com certeza!!! Me respondam: Por que o que se diz crente – quer andar na ‘MENTIRA’ E FALA QUE TEM FÉ...! No meu ver, está indo contra tudo e todo o ensinamento da Palavra que é o VERBOQUE É A VERDADE! POIS SUAS PALAVRAS SÃO: EM VERDADE, EM VERDADE VOS DIGO...!!! Quem fala por e pela MENTIRA, e é o pai da MENTIRA – TODOS NÓS JÁ SABEMOS....ENTÃO SE VOCÊ PELO MENOS NÃO ACREDITA E NEM TENTA PROCURAR A VERDADE POIS SE ACOMODA NO QUE JÁ ESTÁ AÍ.... ENTÃO PODE CAIR NESSES VERSÍCULOS: “João 8,44-59” [podendo cair em pecado que não haverá perdão...!!!! Contra o Espírito (Rúkha)]; “Daniel 8,12..”. ENTÃO TODOS QUE TEM OUVIDOS E OLHOS PARA VEREM E ESCUTAM A VERDADE, NÃO LHES DÊEM AS COSTAS.........!!! ANSELMO ESTEVAN.}. Na perturbação causada pelas doutrinas heréticas, João quer dar aos crentes uma certeza: são eles, e não os profetas da mentira, que possuem a vida divina. Nos últimos versículos, esta certeza irrompe como o grito de vitória da fé sobre o mundo: “Sabemos que todo aquele que NASCEU DE ‘ELO(RR)HÍM YAHU NÃO PECA MAIS... Sabemos que somos de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, mas o mundo inteiro jaz SOB O PODER DO MALIGNO. Sabemos que o Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu... nos deu a INTELIGÊNCIA para conhecer o VERDADEIRO. E, nós estamos no VERDADEIRO, em seu Filho YAHUSHÚA – MASCHIYAH – O MASHIACH (UNGIDO)” [5,18-20). Contra as falsas pretensões GNÓSTICAS, os messiânicos devem esforçar-se por desenvolver e fortalecer em si mesmo esta “gnose” verdadeira que é a certeza da fé. “O messiânico perfeito não está mais nas trevas, mas na luz, ele sabe!” (J. Mouroux). {Bem, essas são palavras do autor! Agora minhas palavras: “Não sejas sábio em si mesmo...!!! Mas, somente procure a Sabedoria que vem do alto....e sejas instruído para todo o sempre!!!”. Pois, faço de 1 e 2 Pedro minhas palavras: Ora, o ‘Elo(rr)hím(i) Yahu de toda a graça, que em Maschiyah (O Mashiach) vos chamou á sua glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar! Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos tornei coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa a virtude; como a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso YHVH YahuShúa o Mashiach!}.

            O grande tema da carta é a comunhão dos crentes com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu: ela é “comunhão com o Pai e com seu Filho YahuShúa o Mashiach” (1,3), mas se manifesta entre os  messiânicos (seguidores do Messias) como comunhão entre irmãos (1,3.6). Este termo – comunhão – não se encontra alhures em João, mas a própria realidade que ele exprime é descrita através de toda a carta em diversas fórmulas mais ou menos equivalentes, que procuram evidenciar toda a riqueza desta vida divina: o crente “é ‘Elo(rr)hím(i) Yahu” (2,5; cf. 5,20), “permanece em ‘Elo(rr)hím(i) Yahu” ou “no Filho e no Pai” (2,6.24.27; 3,6), “permanece em ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e ‘Elo(rr)hím(i) Yahu permanece nele” (3,24; 4,15.16); “nasceu de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu” (2,29; 3,9; 4,7; 5,1.4); é “filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu” (3,2.10); “tem o Pai e o Filho” (2,23; 5,12.13; cf 2Jo 9); “tem a vida” (5,12). É preciso ainda acrescentar a isto a expressão bíblica “CONHECER ‘Elo(rr)hím(i) YAHU” (2,3.4.14; cf 3,1; 4,6.7.8). Com notável insistência, João frisa o fato de que esta comunhão divina só se atinge pela e na mediação de Yahushúa, o Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, a quem as primeiras testemunhas ouviram e contemplaram (1,1-3). E se podemos “conhecer o VERDADEIRO”, é porque estamos “em seu Filho YahuShúa O MASHIACH”, pois ele mesmo “é o VERDADEIRO, é ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e a vida eterna” (5,20).

            Uma vez que possuem o conhecimento de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (4,6-7), os verdadeiros messiânicos descobrem sempre melhor quem é ‘Elo(rr)hím(i) Yahu. João indica três aspectos sob quais o ministério de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu se manifesta àquele que crê: ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é luz, ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é justo, ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é amor! (Falo em seu único e verdadeiro Nome – YHVH – que significa – “Yahu”. Pois com mais de 30 mil deuses feitos por mãos humanas. Não confundo de jeito nenhum o ETERNO com esses deuses que de diferente na escrita só tem o “d” minúsculo. Não para o meu (“ULHIM”) com Nome pessoal e, também não com títulos... mas com Nome!!! Êx 3,15; 6,3; Ef 4,5; Êx 20,7; At 4,12; Fp 2,9-11; Ap 19,13…!!!!). Grifo meu.

            Desde o começo da epístola, João proclama aos messiânicos uma grande mensagem, cujo sentido pleno ele vai revelar-lhes: ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é luz (1,5). Aqui, como no judaísmo, o vocábulo luz significa revelação. É o tema do prólogo repetido: em Yahushúa O Mashiach foi-nos revelada a vida eterna, isto é, a vida do Pai e a vida filial do VERBO “voltado para o Pai” (1,2). A partir da vinda do Mashiach, esta luz verdadeira da revelação brilha para os homens (2,8). Ela é doravante para eles a mensagem do amor de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, mas ao mesmo tempo um convite a viverem também eles no amor. Todos os que entendem permanecer nesta luz de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu amam seus irmãos (2,10) e vivem em comunhão uns com os outros (1,7).

            Outra perfeição divina é mencionada por duas vezes: ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é justo (1,9; 2,29). Mas o título é também aplicado duas vezes ao Mashiach (2,1; 3,7), porque é em sua obra de salvação que se revelou ao mundo a justiça de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu. Em cada uma dessas passagens, o atributo divino de justiça é justaposto à noção de pecado: por sua justiça. ‘Elo(rr)hím(i) Yahu nos salva do pecado, manifestando assim o amor que ele nos tem (cf. 2,1-2 e 4,10). Por esta revelação da justiça salvífica de ‘Elo(rr)hím(i), o crente sente-se impelido a praticar também ele a justiça (2,29; 3,7), a ser puro como também YahuShúa é puro (3,3).

            A terceira definição joanina de Elorrím (Elohim) Yahu é a mais célebre; encontra-se verdadeiramente no cerne da revelação neotestamentária: ‘Elo(rr)hím(i) Yahu é amor (4,8.16). Para João, o amor é ao mesmo tempo dom de si e comunhão. Em ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, o amor une o Pai e o Filho. Mas este amor divino se revela e comunica: todo amor vem de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (4,7). A obra da salvação realizada pelo Filho, (SÓ PODERIA ESTAR BEM COLOCADA NESTA PALAVRA: AMOR! UM ATO DE AMOR PARA SUA CRIAÇÃO! POIS TINHA  O PROPÓSITO DE MOSTRAR AOS “ANJOS” A FORÇA E O “AMOR DE SUA PALAVRA...!!!! O LOGOS O MASHIACH! QUE JAMAIS PODE LEVAR O NOME DE SENHOR QUE É BAAL! E NÃO TEM SALVAÇÃO ALGUMA NESSE NOME!”. EFÉSIOS 3,8-10) GRIFO MEU, é vista toda inteira por João como a grande revelação do amor do Pai (3,16; 4,9-10.16). Nós todos, que conhecemos esta mensagem na fé, somos chamados, como messiânicos (seguidor do Messias), a deixar que este amor de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu cumpra a sua obra em nós (2,5; 4,12.17.18), amando nossos irmãos (4,20), mas amando-os pelo que são realmente, filhos de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (5,2). Em virtude desta revelação, toda a vida do crente se torna uma vida “na verdade e no amor” (2Jo 3). Esta vida de fé e de amor é a condição direta do conhecimento de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu.

            Entretanto, João não se esquece de que os doutores da mentira também pretendem “conhecer a ‘Elo(rr)hím(i)”. Esta é a razão por que multiplica as advertências, indicando os critérios da vida messiânica autêntica. Esses critérios podem-se repartir em duas séries. Primeiro, critérios de ordem moral: evitar o pecado (3,6); não amar o mundo (3,15); andar na luz: (1,7); praticar a justiça (2,29; 3,10); observar os mandamentos (2,3-5; 3,24; 5,2), sobretudo o mandamento do amor fraterno (2,9-11; 3,10.18-20; 4,13.20; 5,1). Mas também doutrinas: permanecer no ensinamento ouvido desde o princípio (2,24); escutar os que, na Igreja, ensinam a verdade (4,6); crer e confessar que YahuShúa é o Mashiach, o Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (2,23; 4,2; 5,1.10). Quanto ao dom do Rúkha hol – RODSHUA (3,24; 4,13), não se trata propriamente de um critério, mas de uma força interior que suscita a fé e o amor fraterno.

            Quais os frutos desta autêntica comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e com os irmãos? A ação da palavra de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e a intensidade da fé tornam o messiânico vitorioso do pecado e do mundo (2,13.14; 4,4; 5,4-5); todo aquele que vive plenamente sua vida de filho de Deus Yaohu deixa de ser, por assim dizer, capaz de pecar (3,6.9; 5,18). Sua total submissão à vontade de Deus Yaohu exclui nele todo temor (4,18), e dá-lhe plena segurança diante do soberano Juiz (2,28; 3,21; 4,17), e também a certeza de ser atendido na oração (3,21-22; 5,14-15). Eis por que esta comunhão dos crentes torna-se para eles uma fonte de paz (2Jo 3) e suscita neles a alegria messiânica (1Jo 1,3).

 

 

            Conclusão. As epístolas joaninas expõem uma síntese da vida messiânica autêntica. Vida de comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, ela realiza com perfeição a Nova Aliança entre ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e os homens, anunciada pelos profetas para os tempos da SALVAÇÃO. Esta Aliança é nova, antes de tudo pela revelação trazida por YahuShúa o Mashiach – a revelação do amor do Pai -, mas também pela interiorização desta verdade sob a ação do Rúkha. A fé e o amor tornam-se assim a nova lei dos discípulos do Mashiach. Para fazer com que esta revelação produza ainda melhor todos os seus frutos. João acentua a necessidade de uma tradição que se refira sem cessar às suas origens; e também insiste na importância do discernimento dos espíritos, da “unção” interior (Khrisma) e da experiência de fé dos crentes: são outros tantos pontos de doutrina que, mais tarde, serão reprisados e amplamente desenvolvidos na teologia, na espiritualidade e na mística messiânica.

            Se estas cartas contêm um ensinamento sobre a comunhão com ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, uma moral e uma teologia mística, elas nos propõem também uma escatologia. Com efeito, não pode deixar de impressionar-nos a importância que nelas se dá á perspectiva do fim dos tempos. É “a última hora”, diz João. Nós, messiânicos, estamos numa situação de oposição ao mundo; mas sabemos que este mundo passa; eis por que somos convidados a firmar em YahuShúa toda a nossa esperança: quando ele aparecer, então o veremos tal como é... (Cuidado para não ficar no: “Jesus do Corcovado de pedra ou dos erros da Latinização das línguas para o português com o ‘Jesus’ no ‘papel’ das Bíblias – e se tornar um pagão.....e, quando ele vier e se mostrar como realmente é a hora já acabou de fazer a escolha certa....por isso procure pela verdade em seu nome At 4,12!”). Grifo meu. [Iêsous, Iésus, Yeshua, Jesus...?????]. Grifo meu.

            A atualidade desta mensagem para o nosso tempo e para todos os tempos é evidente. Hoje como em outras épocas, a fé está em crise. Os messiânicos querem saber onde está a verdade da fé, procuram critérios para reconhecer o Rúkha de Elohím Yahu. A esses crentes, na posse do conhecimento da verdade, João pede simplesmente que permaneçam firmes, na doutrina do Yahushúa o Mashiach o UNGIDO. E que sejam, por sua vida de amor, testemunhas de sua fé no Filho de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu.

 

            OBS.: “Quanto ao termo hebraico: Elohím! (Da transliteração): Dos fonemas iniciados com H, o som é de um H aspirado, como na palavra Há ‘Shem ou no artigo definido Há. Em ambos os casos, trata-se de um fonema similar ao do inicial da palavra razão. Já no término exprime um timbre acentuado como se fosse uma leve menção do “r”. No meio das palavras ocorre o som de “rr”.

O “i”: Uma menção tão leve da vogal ‘i’ a ponto do fonema dela confundir-se com a vogal ‘m’!

 

            Então: Elohím = lê-se “Elorrím”! [‘Elo(rr)hím(i)]. Ok. {‘} este sinal em hebraico designa-se a letra: “Alef”! Como não temos som ou sinal ortográfico na nossa língua portuguesa e mesmo porque esse som se perdeu dentro das doutrinas ortodoxas hebraicas... a mesma é representa por este sinal ok! E, a esse termo o traduziram para: “Deus”! Mas discordo! Pois Deus vem de derivação de: Zeus – Júpiter um deus ou Deus Romano pagão.....!!!!! Ok. Por isso, decidi usar o termo: “Elohím”! Se por acaso aparecer o termo “Deus” – desconsidere na apostila tal título pagão! Anselmo Estevan.

 

 

6ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo João.

            Propósito: Alertar os messiânicos com respeito ao falso ensino de que Maschiyah O UNGIDO não tinha vindo verdadeiramente em carne e para incentivar a hospitalidade aos pregadores do VERDADEIRO EVANGELHO.

            Data: 85-95 d.C.

            Verdades fundamentais:

            O amor entre os messiânicos (os seguidores do Messias o UNGIDO) é a preocupação moral básica dos seguidores do Mashiach! Maschiyah – O MESSIAS!

            Negar a plena encarnação de Maschiyah leva ao julgamento de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu.

 

 

            Propósito e características

            A segunda epístola de João foi escrita para advertir contra o mesmo tipo de ensino falso a que 1 João se apôs (veja “Introdução a 1 João: Propósito e características”). Com toda probabilidade, ela foi escrita na mesma época, nas duas últimas décadas do século 1 (c. 85-95 d.C.). Conquanto repita idéias de 1 João, essa epístola não pressupõe que seus leitores tivessem conhecimento de 1 João ou do seu conteúdo.

            Segundo João tem características típicas de uma carta: uma saudação, um cumprimento introdutório e uma despedida. Como as primeiras epístolas de Paulo, essa é uma carta de encorajamento e advertência a um grupo específico pelo qual o autor sentia-se pastoralmente responsável.

 

 

            A VERDADE e o amor são freqüentemente discutidos em nosso mundo, mas raramente praticados. (um “mal” do “hoje” o “agora”...!!!). Grifo meu!

            De políticos a vendedores, por conveniência, as pessoas ignoram ou escondem fatos, e usam palavras para aumentar seu prestígio a alcançar posições políticas ou vender seus produtos. O perjúrio é comum, e a integridade e a credibilidade são espécies em perigo de extinção. Palavras com significados distorcidos e tiradas de algum contexto conveniente a seus interesses particulares, se tornaram meras ferramentas para a construção do ego. Não é de se admirar que tenhamos que “jurar” para dizer a verdade.

            E o amor? Nosso mundo está cheio dessa palavra: Canções populares, cartões de saudação, conselheiros de mídia, e novelas românticas nos inundam de noções e sonhos de relações etéreas, idílicas e sentimentais. O amor real, porém, é raro – doação abnegada, atenção, atitude de compartilhar, e até mesmo morrer pela pessoa amada. Ansiamos amar e ser amados, mas vemos poucos exemplos vivos do amor verdadeiro. Muitos tentam possuir, acumular e tornar-se o “numero um” em várias áreas da vida.

            O Mashiach é a antítese dos valores prevalecentes na sociedade, ou seja, da falsidade e do egocentrismo – porque Ele é a VERDADE e o AMOR em pessoa. Então, todos os que reivindicam lealdade a Ele devem se comprometer com estes ideais – seguir a VERDADE e vive-la, refletir o amor e agir com amor uns para com os outros.

            O apóstolo João viu a VERDADE e o AMOR pessoalmente – ele esteve com YahuShúa. Este discípulo foi tão positivamente impactado que tudo o que escreveu, do seu Evangelho até o Apocalipse, está repleto deste tema: A VERDADE E O AMOR SÃO VITAIS PARA O MESSIÂNICO E SÃO INSEPARÁVEIS NA VIDA “MESSIÂNICA”. 2 João, sua breve carta a uma pessoa querida, não é diferente. Nela, João adverte a viver na verdade e obedecer a ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (1.4), tomar cuidado com os enganadores (1.7), e amar a ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e uns aos outros (1.6).

            2 João levará somente alguns minutos para ser lida, mas sua mensagem deve durar a vida toda. Ao refletir sobre estes poucos parágrafos escritos pelo sábio e velho seguidor do Mashiach O MESSIAS, comprometa-se novamente a ser uma pessoa que mantém a VERDADE, o AMOR, e a OBEDIÊNCIA. (“Dê essa prova de AMOR a quem deu sua vida por você...!!! Procure saber seu Nome santo e VERDADEIRO...!!!”.). Grifo meu.

 

 

7ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo João.

            Propósito: Incentivar o serviço ao próximo, especialmente à hospitalidade àqueles que ministram o evangelho.

            Data: 80-90 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Os Messiânicos que são fiéis em demonstrar bondade aos outros devem ser elogiados.

            Praticar a hospitalidade, especialmente para os ministros do evangelho, é um grande privilégio e uma responsabilidade do messiânico.

            Os líderes messiânicos devem estimar-se e apoiar-se mutuamente, e não temer e maltratar uns aos outros.

 

 

            Propósito e características

            Enquanto 1 e 2 João celebram verdades que unem todos os messiânicos, 3 João lamenta a mesquinha rivalidade que coloca os messiânicos uns contra os outros. Em particular, a carta foi originada por um sério conflito entre Diótrefes (aparentemente presbítero de uma congregação sob o cuidado de João) e outros na congregação a respeito da hospitalidade mostrada aos missionários viajantes. É provável que Demétrio, o qual foi recomendado a Gaio por essa carta, era ou alguém que se preocupava com os missionários ou, ele mesmo, um dos próprios missionários viajantes que dependiam de acomodações temporárias.

            Não há nenhum sinal de 3 João de conflito a respeito da pessoa e da obra do Maschiyah O UNGIDO que aparece amplamente em 1 e 2 João. Pode ser que 3 João tenha sido escrita antes de 1 e 2 João e antes que essa controvérsia surgisse, possivelmente entre 80 e 90 d.C.

            Esse escrito é caracterizado como uma epístola por conter uma saudação, um cumprimento introdutório e saudações finais. Trata-se de uma carta que recomenda Demétrio ao destinatário, Gaio. A preocupação central de 3 João é que os missionários viajantes deveriam ser recebidos com toda hospitalidade, de acordo com o princípio do amor messiânico.

 

 

 

            POR CONTA de um convite especial ou de surpresa, visitantes chegam a nossa casa. Com eles vem a certeza de que teremos chão sujo, roupa extra para lavar, pratos sujos, horários alterados, aumento das despesas e inconveniência. De compartilhar uma refeição a fornecer uma cama, a hospitalidade custa tempo, energia e dinheiro. Mas o modo como tratamos os outros reflete os nossos verdadeiros valores – o que é realmente importante para nós. Vemos as pessoas como objetos ou inconveniências, ou como criações sem igual de um ‘Elo(rr)hím(i) Yahu de amor? E o que é mais importante para ‘Elo(rr)hím(i) Yahu, uma pessoa ou um tapete? Talvez o caminho mais efetivo para demonstrar os valores de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu e o amor do Mashiach pelos outros seja convidar e tratar bem os hóspedes em nossa casa.

            Para Gaio, a hospitalidade era um hábito. Sua reputação de amizade e generosidade, especialmente para com os ensinadores e missionários viajantes (1,5), tornou-se notória. Para afirmar o estilo de vida messiânica de Gaio, agradecer-lhe por sua postura e encoraja-lo em sua fé, João escreveu esta nota pessoal.

            O formato de João para esta carta está centrado em torno de três homens: Gaio, o exemplo de alguém que segue o YahuShúa e ama os outros (1,1-8); Diótrefes, que se proclama líder da Igreja, porém não refletia os valores de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu (1,9-11); e Demétrio, que também seguia a verdade (1.12). João encoraja Gaio a praticar a hospitalidade, manter-se na verdade, e a fazer o que é certo.

            Embora esta seja uma carta pessoal, podemos “olhar por cima do ombro” de Gaio e aplicar suas lições à nossa vida. Ao ler 3 João, com qual dos homens você se identifica? Você é um Gaio, generoso para com os outros? Um Demétrio, que ama a verdade? Ou um Diótrefes, cuidando de si mesmo e de seus interesses? Reflita sobre os valores do Mashiach Yahushúa em seus relacionamentos, abrindo sua casa e tocando os outros com o seu AMOR!

 

 

 

 

 

 

 

8ª CARTA GERAL/CATÓLICA

 

EPÍSTOLA DE JUDAS

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

 

            Visão geral

            Autor: Judas, o irmão de Yahushúa.

            Propósito: Combater o falso ensino de que a liberdade e a salvação dos messiânicos pela graça dão a eles licença para pecar.

            Data: 65-67 d.C.

            Verdades fundamentais:

            Um castigo rigoroso aguarda aqueles que se rebelam contra (ELORRÍM) ELOHÍM Yahu e O Mashiach – O UNGIDO – YahuShúa.

            Os messiânicos (seguidores do Messias) devem resistir com vigor aos falsos mestres na Igreja.

            A liberdade messiânica e a livre graça de Elohím Yahu não dão aos messiânicos, licença para pecar.

            Os messiânicos são responsáveis por procurar ativamente fazer boas obras e crescer espiritualmente.

 

 

            Propósito e características

            O principal interesse de Judas nessa epístola era denunciar os falsos mestres. Ele confrontou uma ameaça semelhante àquela que 2 Pedro se contrapôs: falsos mestres que usavam a liberdade messiânica e a livre graça de Elohím Yahu como licença para a imoralidade (v. 4; cf. as notas sobre 2Pe 2,2.14). A maior parte da epístola (vs. 4-19) é dedicada às condenações severas dos falsos mestres a fim de impressionar os leitores com a seriedade da ameaça. A estratégia de Judas era, contudo, mais do que uma simples oposição negativa. Ele também insistiu com seus leitores para que crescessem no conhecimento da verdade messiânica (“edificando-vos na vossa fé santíssima”, v. 20) para dar um firme testemunho da verdade (“batalhardes, diligentemente, pela fé”; v. 3) e procurar recuperar aqueles cuja fé estava oscilando (“arrebatando-os do fogo”; v. 23). Essa prescrição para confrontar os erros espirituais é tão oportuna hoje quanto era quando na época em que foi escrita.

            Judas é também notável pelo seu uso de materiais não canônicos. Conquanto as alusões a materiais extrabíblicos e citações deles sejam relativamente raras no Novo Testamento, esse uso ocasional não é de admirar, especialmente dada aceitação de obras religiosas não canônicas durante esse período de tempo e do desejo dos escritores do Novo Testamento de comunicar a mensagem do evangelho em linguagem e termos familiares a seus leitores. Outros exemplos incluem o uso semelhante da literatura apocalíptica por Pedro (2 Pedro) e o uso de Paulo das elaborações da tradição de Êx 7,11 em 2Ts 3,8, bem como as citações que ele fez dos poetas pagãos (At 17,28; 1Co 15,33; Tt 1,12). O uso desses materiais para propósitos ilustrativos ou como um apelo subsidiário à SABEDORIA convencional não implica nem a inspiração desses documentos não canônicos e nem a exatidão de todos os materiais que eles contêm.

 

 

 

            O leitor moderno corre o risco de ficar desconcertado com a Epístola de Judas, cuja mentalidade lhe parecerá estranha: é que muitas alusões podem escapar-lhe.

            Esta epístola previne o leitor contra falsos doutores, difíceis de identificar. O retrato dos adversários inclui traços convencionais, clichês da literatura polêmica do judaísmo contemporâneo da era messiânica: esses homens são glutões, devassos, gananciosos, interesseiros... São acusados de introduzir divisões na Igreja, de insultar ao anjos, de renegar o YHVH Yahushúa O Mashiach (Maschiyah). Tratar-se-ia de gnósticos, de pessoas com pretensão a ser os detentores do único verdadeiro conhecimento (gnose) que salva e em nome do qual desprezam a carne, entregam-se a vícios contra a natureza e põem em dúvida a Encarnação? Isto explicaria por que o autor os chama, ironicamente, de “psíquicos” (v. 19): eles, que se gabam de possuir uma essência superior, são na realidade movidos por seus próprios instintos e não pelo Rúkha Qadôsh (Espírito Santo). Não obstante, é difícil delimitar as suas doutrinas. Só tentaremos caracterizar o ambiente do autor.

            Este ambiente se manifesta em estreita conexão com os círculos que, a partir do século II a.C., viram a elaboração da literatura apocalíptica e transmitiram obras como o livro de Henoc, a Assunção de Moisés, os Testamentos dos Doze Patriarcas. O autor cita até textualmente uma passagem do livro de Henoc (vv. 14-15) e utiliza tanto a própria Assunção de Moisés, como um documento parecido (v. 9).

            Esse mesmo ambiente dá ainda grande importância à veneração de certas categorias angélicas (v. 8); caracteriza-se pelo horror à contaminação e pela separação dos ímpios, quando considerados incuráveis: “Execrando-se até a túnica contaminada pela carne” deles (v. 23). Estas concepções – opostas às concepções propriamente paulinas – encontram-se na literatura qumrânico-essênia, na qual circulavam igualmente as obras apocalípticas acima mencionadas. Há aí um elemento interessante para tentar definir os círculos judeu-messiânicos em que foi elaborada a Epístola de Judas. Todavia, a veneração do autor pelos anjos não prejudica a sua christólogia, já que ele confessa, contra os adversários, o “YHVH YahuShúa Maschiyah” (v. 4); Yahushúa é aquele em quem é necessário pôr a própria expectativa para a vida eterna (v. 21).

            É também numa linha apocalíptica que se situa a pregação da epístola a respeito do julgamento dos ímpios. O castigo virá inexoravelmente; já está prefigurado na condenação dos anjos culpados, na punição de Sodoma e Gomorra, no extermínio das gerações incrédulas no deserto. Repare-se na mentalidade tipológica que subjaz a estes exemplos. Os ímpios aparecem já castigados pelas grandes condenações de outrora; o autor chega até a dizer que eles pereceram na revolta de Core (v. 11). O presente já está anunciado e contido no passado. Esta atualização da Escritura prolonga concepções judaicas: ela é marcada por uma época; mas é um jeito de afirmar que as maneiras de agir de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu permanecem idênticas, e que a Escritura continua como norma sempre válida para o tempo presente. (Observe que não é a “Bíblia” mas sim a: “ESCRITURA SAGRADA QUE É COLOCADA EM PAUTA...!”) grifo meu.

            O autor da epístola apresenta-se como senso Judas, irmão de Tiago. De fato, o Novo Testamento fala de Tiago e Judas, irmãos do YHVH, irmãos também de Joset (ou José) e de Simão (Mc 6,3; Mt 13,55). Tratar-se-ia pois de Judas, distinto de Judas Tadeu, um dos Doze, citado em Lc 6,16; At 1,13 (cf. Mc 3,18; Mt 10,3). Mas terá sido mesmo ele o autor desta epístola? Com efeito, algumas indicações da epístola revelam-se pós-apostólicas (no v. 3 fala-se da fé transmitida aos santos e, sobretudo, no v. 17, do ensinamento dos apóstolos, que parecem pertencer em bloco ao passado): o autor deve, portanto, basear-se em ensinamentos de Judas, irmão do YHVH. Nas esferas em que ele vivia, veneravam-se os irmãos de Yahushúa, Tiago e Judas, e se divulgavam os seus ditos. Por outro lado, não se poderia atrasar demais a data de uma epístola que deita tais raízes num ambiente judaico antigo. Pode-se pois considerar como data os anos entre 80-90.

            Apesar de seu caráter particular, a Epístola de Judas foi reaproveitada pela segunda epístola de Pedro (cf. a introdução a 2Pe). Devia, portanto, gozar de certa notoriedade e não se poderia minimizar a força da corrente judeu-messiânica que a subtende e da qual ela nos fornece aspectos desconhecidos. Sua admissão no cânon apresentou dificuldades, principalmente nas igrejas da Síria. No século IV, Eusébio observa que alguns a contestam. Mas, por outro lado, ela é citada como Escritura pelo cânon de Muratori (pouco antes do ano 200) e por Tertuliano (por volta do ano 200); é comentada por Clemente Alexandrino (inícios do século III) e citada por Orígenes (nascido em 185/6, falecido em 254). Foi, portanto, aceito muito cedo em Roma. Alexandria e Cartago. Segundo Jerônimo (nascido cerca de 345 e falecido por volta de 420), as reticências que envolvem a epístola deviam-se aos empréstimos feitos por ela a escritos não reconhecidos pelas Igrejas.

 

 

 

APOCALIPSE DE JOÃO

 

 

 

            INTRODUÇÃO

 

 

 

            Visão geral

            Autor: O apóstolo João.

            Propósito: Estimular a fidelidade do Mashiach em meio ao sofrimento pela afirmação de que ‘Elo(rr)hím(i) Elohím Yahu governa a História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Maschiyah O UNGIDO.

            Data: 66-95 d.C.

            Verdades fundamentais:

            A Igreja enfrenta muito sofrimento neste mundo pecaminoso.

            Elohím Yahu requer arrependimento sincero e fidelidade paciente da parte do seu povo.

            Elohím governa a História de tal modo que o mal não prevalecerá conta a Igreja.

            YahuShúa retornará em glória trazendo castigo final para o ímpio e bênção final para o justo que triunfar.

 

 

            Propósito e características

            Apocalipse assegurou às Igrejas da Ásia Menor que o Mashiach sabia da situação delas e ele chamava a permanecerem fiéis contra toda tentação. Sua vitória já havia sido assegurada pelo sangue do Cordeiro (5,9-10; 12,11). O Mashiach voltaria logo para vencer Satanás e todos os seus agentes (19,11 – 20,10) O que isso foi feito na sua crucificação...........grifo meu!, e o povo do Mashiach gozaria de eterna paz em sua presença (7,15-17; 21,3-4). Isso na sua segunda vinda é claro...pois Ele espera o arrependimento...........! Grifo meu.

            O apocalipse é um exemplo de literatura apocalíptica. Como Ezequiel, Daniel e Zacarias, o livro contém visões com muitos elementos simbólicos. Pelo uso de imagens visuais assim como promessas e admoestações verbais, ele tece numa vasta tapeçaria poética os temas encontrados no total das ESCRITURAS. Sua profundidade é apresentada por meio de múltiplas alusões, que com freqüência se referem simultaneamente a várias passagens do Antigo Testamento. É uma “revelação”, ou seja, uma exposição que tenciona nutrir todos aqueles que são filhos do Mashiach (1,1).

            Etimologicamente, o vocábulo apocalipse vem do GREGO apokalyptein, que significa “TIRAR O VÉU”; um apocalipse é uma “re-velação”. A apocalíptica, portanto, vincula-se à tradição profética, da qual constitui um desenvolvimento particular. Sua influência na literatura bíblica e parabíblica manifesta-se especialmente a partir do século II a.C. (cf. Dn 7 – 12), mas já se encontram antecipações em Ezequiel, Joel, Zacarias e Isaías 24 – 27.

 

 

            Características gerais do gênero literário apocalíptico.

            1. A forma de revelação. O gênero literário profético, mesmo que ocasionalmente faça referência a visões, caracteriza-se principalmente pelo oráculo, palavra divina transmitida pelo profeta, que, se supõe, ouviu-a anteriormente, ou a escuta agora.

            Na apocalíptica, o homem de (‘Elohím) Yahu é sobretudo um visionário: ele viu o “céu aberto”, ou foi beneficiado com uma espécie de “assunção” que o introduziu no mundo superior e lhe deu a oportunidade de contemplar realidades normalmente inacessíveis. Por isso, a mensagem é transmitida na forma de uma descrição e de uma interpretação daquilo que ele viu; a imagem tem mais importância que o discurso; a palavra só intervém no quadro de uma encenação e normalmente para ressaltar ou completar seu significado.

 

 

            2. O uso do simbolismo. Por sua própria natureza, as realidades celestes contempladas pelo visionário são de ordem superior, sem equiparação com o homem. É portanto normal que elas não possam ser representadas tais quais são, nem definidas com precisão. Para evocar a esfera do Transcendente e do Sagrado na qual foi introduzido, o autor só pode preceder por aproximações: ele se exprime por meio de analogias singulares, impressionantes, por vezes paradoxais, das quais já se encontram muitos exemplos nas teofanias bíblicas, bem como nas representações religiosas do mundo greco-oriental ou na liturgia.

            O simbolismo destina-se também a realçar o caráter confidencial da mensagem e a sublinhar como sua comunicação é um privilégio. Com suas alegorias, suas alusões cifradas, suas proclamações enigmáticas, a literatura apocalíptica pretende dirigir-se a iniciados: só os que foram chamados é que têm acesso à compreensão dos segredos divinos. Assim o autor sugere a importância da mensagem que comunica, ao mesmo tempo em que aguça a curiosidade apaixonada do leitor.

 

 

            3. O objeto das visões apocalípticas. Enquanto a religiosidade grega tende espontaneamente ao conhecimento das verdades superiores ou à contemplação das realidades exemplares, a revelação bíblica anuncia o desígnio de Elohím Yahu e a presença atuante do YHVH no seio da história. Este anúncio é ao mesmo tempo uma eleição, um apelo a corresponder ao agir divino.

            No profetismo clássico, a preocupação de exortar é direta e habitualmente explícita. Recordando ao povo sua vocação e seu destino privilegiado, os profetas proclamam as exigências atuais da aliança. A recordação das maravilhas passadas justifica a consigna de fidelidade; o anúncio de novas bênçãos ou de castigos tem por finalidade suscitar uma resolução imediata de reforma espiritual ou moral.

            Na literatura apocalíptica, a exortação à fidelidade ou à conversão é igualmente fundamental, mas não tão imediatamente perceptível. Supõe-se que as visões comunicam os segredos da história: desvendam o desenrolar inexorável das grandes fases finais do desígnio de (‘Elohím) Yahu; evocam a chegada da era nova e suas preparações misteriosas, e assim esclarecem o crente sobre o verdadeiro desfecho das vicissitudes presentes. Entretanto, semelhante revelação tem por si mesma valor de advertência: ela mantém a esperança dos perseguidos, reanima a coragem dos tíbios, solicita a conversão dos extraviados.

            Na pregação profética, conversão e fidelidade são condição para a manutenção da aliança. Na visão apocalíptica, a revelação do triunfo final de Elohím Yahu implica a senha da perseverança e o convite a se manter alerta.

 

 

            4. O tema da urgência, a antedatação e a pseudonímia. Na linha do oráculo profético, mas por outros caminhos, a mensagem apocalíptica afirma sua urgência. O leitor é conduzido a pressentir do “Dia do YHVH” e do Julgamento.

            Tal iminência é sugerida por meio de procedimentos diversos, dos quais os mais freqüentes são a antedatação e a pseudonímia das revelações. Supõe-se que estas foram recebidas outrora por um personagem famoso e, desde então, transmitidas por uma cadeia de iniciados ou, ao contrário, miraculosamente reencontradas: assim, por exemplo, o Apocalipse de Baruc, o Livro dos Segredos de Henoc, a assunção de Moisés, o Quarto Livro de Esdras. (livros apócrifos). Sua origem pretensamente antiga e prestigiosa confirma sua importância; ela permite assim apresentar como futuro um desenvolvimento histórico que, de fato, já está realizado no momento da difusão da mensagem. Como, sob símbolos habilmente límpidos, os acontecimentos recentes figuram entre os últimos sinais do acontecimento final, os leitores que sabem calcular as datas podem esperar assistir em breve ao triunfo dos justos e ao castigo dos ímpios.

            A intenção de semelhante anúncio é evidente: a proximidade da era escatológica confere ao tempo presente excepcional gravidade; ela sustenta o fervor e encoraja a engajamentos imediatos.

 

 

            5. Interpretação do mundo e da história. Ao passo que a pregação profética visa ao desenrolar-se do plano de Elohím Yahu ao longo de uma duração continua e no quadro do destino histórico do povo escolhido, a literatura apocalíptica supõe uma ruptura radical entre a era presente – marcada pelo pecado e a influência das potências malignas – e a era futura, na qual se realizará em plenitude o triunfo de Elohím Yahu e de seus escolhidos. A era presente, tempo de conflito e de prova, será substituída pela peremptória e definitiva manifestação da ordem divina. Essa realização não é aleatória; ela não depende do jogo das vontades humanas. Os prazos estão determinados de antemão e são normalmente desconhecidos dos homens, pois só ‘Elohím Yahu é o YHVH e o juiz da história.

            O cosmo inteiro é atingido pelo advento final do Reino de Elohím: a visão do fim dos tempos tem as mesmas dimensões da criação.

            Tal concepção é ao mesmo tempo pessimista e otimista: pessimista, enquanto sublinha a caducidade do mundo presente e sua perversidade; otimista, enquanto afirma o triunfo final de Elohím Yahu, malgrado as vitórias aparentes do mal. É uma concepção especialmente vivaz nos períodos de crise; aliás, foi em épocas de perseguição que se compuseram os escritos apocalípticos.

 

 

            Perspectivas particulares do Apocalipse de João. Embora adotando em grande parte os procedimentos e as estruturas do gênero literário apocalíptico, o Apocalipse de João não pode ser reduzido simplesmente a esse gênero.

            Uma importante seção da obra não está realmente em forma apocalíptica: as cartas às sete Igrejas da Ásia (Ap 2 - 3) ligam-se mais à pregação profética ordinária. Como no profetismo, o autor se nomeia e dirige sua mensagem aos seus contemporâneos.

            Mas é sobretudo por sua interpretação religiosa da história e por seus verdadeiros centros de interesse que o Apocalipse de João se distingue da maioria das obras do gênero literário apocalíptico.

 

 

            1. A interpretação messiânica da história. A visão joanina do fim dos tempos assimilou certas convicções essenciais da teologia messiânica primitiva. A era nova, anunciada e esperada pela apocalíptica judaica, já foi inaugurada na Ressurreição do UNGIDO. Os últimos tempos estão iniciados e os benefícios messiânicos estão comunicados: o Rúkha derramou-se sobre toda carne (Qadôsh Rúkha): [cf. At 2,16-21] e o messiânico já está ressuscitado com o Maschiyah – YahuShúa! (cf. Cl 3,1). Mas esta vinda do Reino realizou-se no mistério: é sempre objeto de revelação e só pode ser percebida pela fé. Ela tende à plenitude da sua realização e manifestação gloriosa.

            Segundo esta perspectiva messiânica, o “Dia do YHVH” está desdobrado: de uma parte, designa o acontecimento da Ressurreição do Mashiach Yahushúa e da sua exaltação ao “senhorio” do universo como sendo YHVH; de outro lado, ainda é esperado enquanto Parusia, manifestação universal e fulgurante do Reino de Elohím Yahu por seu Maschiyah o YahuShúa. Momentaneamente, há coincidência entre o “tempo presente” e a “nova era”. A Igreja está no tempo presente, mas é da era futura: ela é uma realidade escatológica, simultaneamente cumprimento das profecias e primícias proféticas do fim dos tempos. (At 4,12; Fp 2,9-11): Por isso, só há: SALVAÇÃO EM UM ÚNICO NOME! GRIFO MEU. CONFORME O “SENHORIO” DO FILHO! GRIFO MEU.

 

 

            2. O objeto das visões. Uma vez que a escatologia já está inaugurada, a ruptura clássica entre a era nova não apresenta mais a mesma significação. Não evoca mais tanto a sucessão de duas fases, quanto à distinção entre duas ordens: a ordem histórica e a ordem escatológica.

            As visões não têm mais, portanto, como único objetivo evocar o processo do fim dos tempos em vista de preparar os homens para a chegada do “Dia do YHVH”. Elas se interessam mais pelas realidades misteriosas já instauradas e comunicadas. A teologia do Maschiyah e da Igreja supera a descrição apocalíptica da história. A esperança messiânica não se nutre apenas da perspectiva de uma Parusia iminente, mas também da evocação da participação atual no combate vitorioso do UNGIDO.

            Em consequência, o tema da urgência, habitual na literatura apocalíptica, não se insere mais no quadro de uma avaliação cronológica dos prazos escatológicos, mas funda-se antes de tudo na convicção de que a fase decisiva do desígnio de Yahu foi revelada e inaugurada no acontecimento pascal. Os últimos tempos estão iminentes porque, no mistério, já começaram. A expectativa messiânica é tanto mais firme e atuante por referir-se a bens cujas primícias já estão, desde agora, concedidas.

            Dando tal relevo à contemplação dos acontecimentos da salvação e ao aprofundamento da condição da Igreja, o Apocalipse de João se aproxima das perspectivas da pregação profética, pois esta pretendia suscitar um despertar espiritual, pela recordação das maravilhas da Aliança e a consideração da vocação de Israel. Aliás, esta atenção prestada ao próprio mistério do “Reino que vem”, mais que à data de sua manifestação gloriosa, explica por que o Apocalipse de João não adota os processos de pseudonímia e antedatação que, na apocalíptica tradicional, destinavam-se principalmente a permitir que se calculasse a proximidade do “Dia do YHVH”.

 

 

            Autor e circunstâncias da composição. O livro do Apocalipse não nos oferece informações precisas sobre seu autor. Este atribui-se o nome de João e o título de profeta (1,1.4.9; 22,8-9), mas em parte alguma pretende ser um dos Doze. Uma tradição bastante firme, da qual encontramos vestígios desde o século II, identifica o autor do Apocalipse com o apóstolo João, ao qual atribui também o quarto evangelho. [Ta vendo? Não??? Há, desculpem, ainda não expliquei né??? O termo “do”! Como difere do termo “de” veja o parágrafo acima ele fala por mim...!!!!! Pois, quando a Bíblia fala de “SENHOR” sempre usa o termo “do” representando alguém por detrás do título...!!! E, nunca o termo de pois seria esse SENHOR DE QUEM SE FALA E NÃO O “É” OK...! QUANDO SE USA “DE”, SE FALA DA PESSOA.......]. GRIFO MEU. Entretanto, a tradição primitiva não foi unânime a este respeito, e a origem apostólica do Apocalipse foi por muito tempo posta em dúvida em certas comunidades messiânicas. Os exegetas contemporâneos estão muito divididos. Uns afirmam que as diferenças de estilo, de clima e de teologia tornam difícil a atribuição do Apocalipse e do quarto evangelho ao mesmo autor. Outros, pelo contrário, sublinham as analogias temáticas e doutrinais, bem como o pano de fundo semítico das duas obras; eles pensam que o Apocalipse e o evangelho derivam do ensinamento do apóstolo João, sem dúvida por intermédio de redatores pertencentes aos meios joaninos de Éfeso.

            O Apocalipse é dirigido às “sete Igrejas da Ásia” (1,3.11; 2 – 3); trata-se, de fato, de sete comunidades messiânicas situadas na Província da Ásia, cuja metrópole era Éfeso. Por causa do número sete, que evoca a plenitude, pode-se pensar que o autor visava não somente a algumas comunidades particulares, por ele especialmente conhecidas, mas a toda a Igreja.

            Quanto às circunstâncias da composição, a obra nos traz duas indicações certas, as quais porém não permitem uma datação precisa. De um lado, a Igreja já fez a experiência da perseguição e parece mesmo confrontado com uma oposição oficial do império romano. De outro lado, a Parusia esperada se faz esperar, e o prolongamento da espera suscita, em alguns, meios-termos e tibieza, em outros, desencorajamento, hesitação ou impaciência. Levando em conta esses elementos , podem-se propor principalmente duas hipóteses: o período que se segue à perseguição de Nero e precede a ruína de Jerusalém (65-70) ou o final do reinado de Domiciano (91-96). Em favor da primeira hipótese, apresenta-se antes de tudo a alusão ao templo de Jerusalém (11,1-2) e à sucessão dos imperadores (17,10-11). A segunda hipótese, porém, parece mais verossímil à maioria dos exegetas contemporâneos; ajusta-se melhor ao testemunho de Irineu de Lião e, levando em conta a pretensão de Domiciano de promover o culto imperial, justifica a insistência com que o Apocalipse evoca o antagonismo irredutível entre o reinado do Senhor YahuShúa e o reinado blasfematório de César.

 

 

            [Ok. Esse texto acima é um ótimo exemplo para expor minha tese: DE QUE, A “BÍBLIA” FOI COMPILADA POR HOMENS NORMAIS A TODOS NÓS...!!! QUE, DETIVERAM O PODER NAS MÃOS E A CORROMPERAM SIM A SEU BEL PRAZER!!! MAS COMO? DESSE JEITO: A ANTIGA ALIANÇA – FOI REVELADA A HOMENS SÁBIOS OU NÃO. MAS QUE ESCREVERAM SOB A ORIENTAÇÃO DE Elohím YAHU! A NOVA ALIANÇA TAMBÉM FOI IGUALMENTE FEITA MAS SOB A “INSPIRAÇÃO” DESSE MESMO Elohím YAHU A CERTAS PESSOAS COMO OS PROFETAS DA ANTIGA ALIANÇA! E, A HOMENS CHAMADOS APÓSTOLOS SEGUIDORES DO MESSIAS...! QUE RECEBERAM ESSA MESMA INSPIRAÇÃO E COLOCARAM NO PAPEL – SENDO DENOMINADA A “ESCRITURA SAGRADA”! MAS, A “BÍBLIA”, FOI A COMPILAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS...!!!! E, COMO DIZ O TEXTO ACIMA, MUITOS ERAM A FAVOR, E, MUITOS ERAM CONTRA O QUE O “HOMEM” ACHAVA CERTO OU ERRADO.....!!!!! (Rm 2,24; Is 2,10-18; 3,7.17; 7,18.20-21.23; 11,10-11; 24,21; 26,8; 27,1; 42,8; 52,5-6; Ez 16,27; 36,20-23; Os 2,16; Mq 4,5; Zc 14,9; Ml 1,6; 2,1-3; 2 Co 4,1-6; Dn 8,12; Jo 8,44-59; Rm 1,18-27; Rm 16,17; 1Co 5,7-11; Êx 20,1-17; Rm 10,13; Mt 22,36-38; Zc 7,12-14; Os 4,6; Jd 12; Mt 7,16-23; 1Co 11,20-34; 2Pe 2,13; Rm 11,1-4; 1Rs 18; 19,18; Rm 11,9-36; 1Co 8,4-7; Lv 24,10-16; Dt 28,15-43.58-59; Ef 4,5; At 4,12; 17,23; Fp 2,9-11; Êx 3,15; 6,1-3; Rm 2,4; Jo 1,1-14; Ap 2,9; 13,1.5-7; 16,17; 17,13; 19,13; 2Ts 2,11-12). Então, queridos leitores, vamos limpar essa sujeirada toda que colocaram na Bíblia {por homens comuns que detiveram o poder nas mãos...} que adulteraram passagem  – que provem das Sagradas Escrituras....pois homens não sãos deuses mas fazem a vontade de Satanás....sendo seus filhos deturpando a Palavra de Yahu – Ul o Todo Poderoso. Anselmo Estevan].

 

SENHOR, senhor, Senhor:

 

Atos 26,14-15: E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.

         E disse eu: Quem és, Senhor! E ele respondeu: Eu Sou YahuShúa, a quem tu persegues.

 

         Romanos 10,13: Porque todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.

 

         Saulo, ou Paulo, ao se referir quem o derrubou no chão...? Usou um termo comum: “senhor”, ou “Senhor”! Ok. Usando este termo, ele não sabe o agente do sujeito ok. Quem me derrubou? Usando um termo comum de autoridade!!!! Ok. Correto. A Bíblia que é a Palavra do ETERNO – não se contradiz! Certo? Certo! Então, de uma adulteração de “línguas”, veio uma corrupção gentílica (por não saber) usou o termo em hebraico [YHVH] com consoantes para a transliteração em português {Yehowah – para Yahweh} – da adulteração do seu próprio povo do “YHVH” – com as consoantes acrescentadas – para “Adonay”! Ficando com o Nome de: “SENHOR”!

         Hora esse termo veio a “adulteração e blasfêmia de seu Nome Santíssimo!”. Devido ao termo ser comum, mas se usado como nome, representa uma entidade pagã “Baal” – Que leva o Nome próprio de Senhor! Então para não se misturarem os termos, começaram a usar o nome de “senhor” com todas as letras maiúsculas e o “s” sendo maior ainda! (SENHOR). Ok. Mas de nada adiantou!!!! Por que??? Porque, por vontade humana e por não saberem seu Nome Santo, lhe adotaram esse termo como sendo seu Nome próprio = “Senhor” sendo seu Nome!!! Erro gravíssimo pois é de vontade humana e não do ETERNO!!!! “Ou seja: só e somente títulos!!! Alguns nobres outros blasfemos e que denominam o ETERNO IGUAL A UMA ENTIDADE PAGÃ E DANDO-LHE ESSA AUTORIDADE!!!! AÍ ESTÁ A BLASFÊMIA QUE NINGUÉM QUER VER OU OUVIR!!!! Reflita sobre esses versículos mas no lugar de SENHOR – não o use como nome ok”:

         Êx 20,1-17; Dt 6,4-5; 1Rs 18; 19,18; Is 26,8; 42,8; Os 4,6; 2,16; Zc 7,12-14; Mt 22,36-38; Mc 12,29-30; Mc 12,33; At 4,12; 17,23; Rm 2,24; 10,2-3; 11,1-4; 15,4; Ef 4,5; Fp 2,9-11; 2Tm 3,16-17; Tg 1,22-25; Ap 17,13! Por isso tudo, entra esta referência para dizer que Ele é acima de tudo e de todos:

 

            (APOCALIPSE 19,11-16):

 

            16.

            A, REFERÊNCIA DESTE VERSÍCULO, NOS LEVA A: (DANIEL 2,47):

            “REIS DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”:

 

 

            DANIEL 2,47:

 

            ESTUDO: O vosso “Elohím” é o Elohím dos (elohais) deuses. A afirmação de Nabucodonosor não significa que ele reconheceu o Deus – Yaohu como o único verdadeiro Deus, mas ele o percebeu como sendo SUPERIOR às divindades do panteão babilônico. SENHOR DOS REIS. Nabucodonosor declarou que o Elohím – Yahu de Israel era também Supremo sobre todos os governantes humanos e seus reinos. Esse é o tema unificador de Dn 1,1 – 6,28.

 

            Ap 19,16 (Tem no seu manto um NOME INSCRITO – LEVA A DUAS REFERÊNCIAS: Ap 2,17; 19,12):

           

            (2,17: Um Nome novo: Dar nome era um exercício de autoridade sobre aquele que estava sendo nomeado [por ex., Gn 2,19-20; Mt 1,25]). Ao renomear os fiéis, “Yeshua” confirma como propriedade sua aqueles que estão sob sua autoridade. Ninguém conhece, exceto. Em certas circunstâncias, conhecer o Nome de um Ser era a maneira de obter poder sobre ele ou ela (Mc 5,9). Ao manter secreto esse novo nome, “Yeshua” assegura que os crentes não cairão nunca sob o poder do inimigo.

 

            19,12: (VOLTA À AP. 2,17); e volta para (19,16). Agora veja o estudo dos versículos 11-16 – do capítulo “19” – de Apocalipse:

 

            a trindade um só Elohím! Três PESSOAS:

 

            Conforme essa verdade e a Palavra de Elohím – Yahu, cremos em um só Elohím, que é um único Ser, em quem há três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. (o Yahu, o YahuShúa e o Rúkha hol - RODSHUA). Essas são, realmente, desde a eternidade, distintas conforme os atributos próprios de cada Pessoa.

            O Pai é a causa, a origem e o princípio de todas as coisas visíveis e invisíveis.

            O Filho é o VERBO, a sabedoria e a imagem do Pai.

            O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é a eterna força e o eterno poder.

            Essa distinção não significa que Deus está dividido em três, pois a SAGRADA ESCRITURA nos ensina que cada um destes três – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – tem a sua própria existência, distinta, por seus atributos, de tal maneira, porém, que essas três Pessoas são um só Deus. É claro, então, que o Pai não é o Filho e que o Filho não é o Pai; que também, o Espírito Santo não é o Pai ou o Filho.

            Entretanto, estas Pessoas assim distintas, não são divididas nem confundidas entre si.

            Porque somente o Filho se tornou homem, não o Pai ou o Espírito Santo. O pai jamais existiu sem seu Filho e sem seu Espírito Santo, Pois todos os três têm igual eternidade no mesmo SER. Não há primeiro nem último, já que todos os três são um em VERDADE, em PODER, em BONDADE e em MISERICÓRDIA.

            1Co 8,4-6; Mt 28,19; Ef 3,14.15; Pv 8,22-31; Jo 1,14; Jo 5,16.17; 1Co 1,24; Cl 1,15-20; Hb 1,3; Ap 19,13; Jo 15,26; Jo 1,1.2.

 

            Agora o que esses estudos nos revelam?

 

            1 – Que o substantivo, “SENHOR”, se for tomado como NOME comum – simples para UM DEUS ÚNICO, o transforma num deus igual a deuses ou seja: “Outro deus igual a todos os outros...”: Is 42,8; Êx 20,7; Dt 28,58-59; Os 12,5; Zc 14,9; Os 2,13.16-17. (SENHOR SÓ COMO SUBSTANTIVO – MOSTRANDO QUE ELE É ACIMA DE TODO SENHOR! E, NÃO, MAIS UM “SENHOR”!!!!!!!).

            Sendo, desta forma, soberano a todos os deuses pagãos – então não podendo receber o nome de “SENHOR”! (E, mesmo porque, o “nome” – está “INSCRITO” E NÃO “ESCRITO”!). (Ez 36,21-23; Zc 14,9; Rm 2,24...; Is 52,5-6; etc.!). E, o “NOVO NOME” – Que é dado ao “FILHO” e que ninguém conhece, é REVELADO EM: “Fp 2,9-11!”. (At 4,12).

            Onde, o Filho – se torna “Pai” – na nossa salvação – sendo superior a tudo e todos...Yahu – YHVH – YahuShúa – YHVH!!! (Do seu nome: Yeshua – recebendo um nome novo = YahuShúa – nosso salvador!).

            (At 4,12; 1Co 15) – Reforçando o estudo da Trindade...!!! E. sendo “Elohím – Yahu” – EM TODOS...!

 

 

            Pois, títulos são só títulos: Como por exemplo “Deus”, “deus”, “deuses” – que derivam do termo: (THEOS). VEJA LOGO, DEPOIS DESTE ESTUDO:

 

Êx 3,14: E disse Deus a Moisés: Eu Sou o que Sou. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me envio a vós!

        

         Vamos ao estudo desse verbo: (Hayah) raiz primitiva; existir, i. e., ser ou vir a ser, acontecer (sempre enfático, e não um mero verbo de ligação ou auxiliar): - Vir a ser, ser, fazer-se, alcançar, cumprir, andar fazendo, haver (semelhante), passar, dar ocasião, será que, fazer, enfraquecer, vir, seguir, suceder, ter, dura, pertencer, portai(-vos), era (apressado), ser/servir (para).

         Verbo que significa, ser feito. É usado mais de 3.500 vezes no Antigo Testamento. (mas com o erro de “SENHOR”. Grifo meu).

         Pois, onde que o TETRAGRAMA YHVH – TERIA O SIMPLES SIGNIFICADO DE “SENHOR”? Somente por acrescentação humana – tomou essa forma “ERRADA”! Para não sabermos nunca a “pronúncia correta do seu Nome”. Somente por isso! Eternizaram o termo: SENHOR! Pois como um Nome que procede dum verbo descrito acima – pode tornar-se um substantivo que virou Nome? Só e somente pela vontade humana....!!!!!! Não e nunca por vontade divina: 1Co 8,5-7: Estudo das palavras: “Senhores” e “deuses”.:

 

         - senhores – do (Grego) Kyrios – (Kyros, supremacia); supremo em autoridade, i. e. (como substantivo) controlador; (conseqüentemente) senhor (como título de respeito): - Deus, senhor; amo. Substantivo de Kyros (s.f.), força, poder, Senhor, amo dono.

 

         - (Theos) de origem incerta, uma divindade, especialmente a suprema divindade; (figurado) um magistrado; elo hebraico muito: excelente, Deus, deus, devoto, para Deus. Do hebraico, a resposta dos líderes de Israel como representantes de Deus na teocracia dos judeus (Jo 10,34.35, citação de Sl 82,1.6). No sentido grego: Um deus, uma divindade (At 7,43; 12,22; 14,11; 19,26; 1Co 8,4.5; Gl 4,8). Assim, SATANÁS é chamado de “o deus deste século”, o seu líder etc. (2Co 4,4). ADONAY, KYRIOS, DEUS, SENHOR SOMENTE TÍTULOS DE ACRÉSCIMOS AO TETRAGRAMA – QUE REPRESENTAM TAMBÉM O ANJO CAÍDO.... TOME CUIDADO E REFLITA SOBRE SUAS AÇÕES....NÃO QUE A BÍBLIA ESTEJA ERRADA NÃO É ISSO MAS QUE A COMPILOU ESSE SIM QUIS FAZER PARTE COM SATANÁS. E DERRUBAR SUA PALAVRA POR TERRA OK. DANIEL 8,12!!! UM CÓDIGO CIFRADO QUE POUCOS O VERIAM E CONSEGUIRIAM QUEBRAR OS GRILHÕES DO MAL....!!!!!! POIS SÓ A VERDADE LIBERTA!

 

            Veja isto: Yeshua do hebraico, nome dado ao filho do ETERNO POR VONTADE HUMANA.

         NA LÍNGUA GREGA ESSE NOME VIROU: Iêsous.

         Na transliteração para a língua portuguesa colocaram o “J” – ficando: Jehoshua.

            Como o nome não ficou bom??? O mudaram para “Jesus”.

         Só que pelos seus sacrifícios e como não por vontade humana o ETERNO lhe deu um nome acima de todo nome para que todo joelho se dobre...... e esse nome não foi por vontade humana: YAHUSHÚA! Um nome que SALVA! (At 4,12; Fp 2,9-11; Ef 4,5!!!). Reflita sobre esse estudo ok. Não desacredite na Bíblia! Mas ajude a tirar essa sujeira toda que colocarão na Palavra limpa e que Salva do ETERNO....Ok. Anselmo.

 

         P.s. Daimonion (Grego) – forma neutra de um derivado [(Dainon), de (Daio, destruidor fortunas); um demônio ou espírito sobrenatural – diabo (Mt 8,31; Mc 5,12; Lc 8,29; Ap 16,14; 18,2]; um ser demoníaco; por extensão, uma divindade: diabo, deus)!

(Por isso dou importância ao Nome...........Ok.!!!!!).

 

         EFÉSIOS 4,5; Fp 2,9-11! REFLITA SOBRE ISSO OK. E LHE DE O NOME QUE LHE É DEVIDO: YAHU!

 

         Pois, nós recebemos um Espírito que não veio de semente de corrupção, mas para nos libertar-nos da nossa própria escravidão...! Então, ouça enquanto ainda é dado esse tempo....!!! Reflita.....!!! Anselmo Estevan. {“DE NADA LHES SERVIRÁ TODO O TEMPO QUE VOCÊS VIVEREM NA FÉ SE NO ÚLTIMO MOMENTO VOCÊS NÃO ESTIVEREM PERFEITOS!”}. Mt 5,48; Lc 6,36; Lv 19,2; 1Pe 1,16: Sejam perfeitos, sejam santos........!!!!! Yahu!

 

 

         Ta vendo como são as coisas...! Mostrei esse estudo para meu colega...! Sabe qual foi a sua resposta? – “Eu chamo de Senhor”! Ok. Só que tomando esta atitude, vc. Está fazendo a vontade dos “Homens”! E, não a de um único Elohím com Nome! Falando assim vc. Está contra a Bíblia!! Não estou contra a Bíblia!!! Pois a Bíblia não é SAGRADA! Somente a ESCRITURA SAGRADA – ela sim, é “SAGRADA” – Pois é a Palavra de Deus Yaohu – Revelada e Inspirada ao homem certo os profetas! A Bíblia foi COMPILADA POR HOMENS...(da Escritura Sagrada)!!! Ok. Ela, a Bíblia, somente, contêm, os “Escritos Sagrados” – que infelizmente foram corrompidos por Homens...! Por isso, digo e repito – Quem não aceita a verdade agrada ao homem e não ao único Deus com Nome próprio!

 

         Rm 10,11-13: Porque a Escritura diz:

         Todo aquele que nele crer não será confundido.

         Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Yahu de todos, rico para com todos os que o invocam.

         Porque todo aquele que invocar o Nome de Yahu (o nome do Senhor Yahu) será salvo!

 

         Rm 9,33: Como está escrito:

         Eis que ponho em Sião uma “PEDRA” DE “TROPEÇO” e uma “ROCHA” de “ESCÂNDALO”; e todo àquele que “crer” NELA não será confundido!!!!

 

         UMA PEDRA DE TROPEÇO!

         UMA ROCHA DE ESCÂNDALO!

 

         Dois termos parecidos. Mas, um é pequeno e faz cair! O outro é grande, forte, firme – mas representa um “escândalo!”.

         DUAS ESCOLHAS. COM UMA OPÇÃO: QUEM TIVER O CONHECIMENTO SERÁ LIBERTO – POIS NÃO RECEBEMOS, NOVAMENTE, O ESPÍRITO DA ESCRAVIDÃO (ROMANOS 8,15)! A ESCOLHA É SUA!!!! (1Sm 2,2; 1Pe 2,8; 1Ts 5,9; Rm 9,16-24).

 

         Veja como a “língua” hebraica é tida como: SAGRADA! Ao invés da “língua” grega: Ex.: Rm 8,1: Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em o Ungido (Christós) Yahushúa, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito (PNEUMA).

 

         Rm 8,5: Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito (PNEUMA).

 

         SENDO ASSIM – TANTO O “ESPÍRITO SANTO – DO ETERNO”, COMO O NOSSO espírito – RECEBE O MESMO SIGNIFICADO....TANTO OS ANJOS, COMO ATÉ “SATANÁS” – FORMA ESPIRITUAL...!!!

         AGORA, NO HEBRAICO, HÁ UMA GRANDE DIFERENÇA: - NOSSO ESPÍRITO – FÔLEGO DE VIDA É: RÛAH.

         O “ESPÍRITO DO ETERNO (ESPÍRITO SANTO) É: RÚKHA hol – RODSHUA!”. Grande diferença não!

 

         Pneuma: Uma corrente de ar, i.e., sopro (golpe de vento) ou uma brisa; (por analogia ou figurado) um espírito, i.e. (humano) a alma racional (por implicação) princípio vital, disposição mental etc., ou (sobre-humano) um anjo, demônio, ou (DIVINO) Deus, o espírito de Maschiyah, o Espírito Santo....!!! Anselmo Estevan.

 

 

         Retornando ao texto: Alguns autores pensam que as circunstâncias de composição são bem mais complexas, pois o Apocalipse não seria uma obra homogênea, mas a harmonização desajeitada de peças diversas, compostas e retocadas no decurso dos últimos decênios do século I.

         A estrutura do Apocalipse e sua interpretação. Mesmo na hipótese e certos trechos ou conjuntos do Apocalipse terem conhecido inicialmente uma existência independente, o escrito que chegou até nós revela determinada estrutura, que por certo não corresponde aos nossos hábitos atuais de composição, mas deixa entrever um desenvolvimento geral bastante homogêneo e procedimentos assaz constantes.

         De saída, podem-se distinguir duas grandes seções: a seção profética, que se apresenta sob a forma de “cartas às Igrejas” (1,9 – 3,22), e a seção mais estritamente apocalíptica (4,1 – 22,5). Nesta última, encontra-se globalmente o esquema habitual das evocações apocalípticas: os prelúdios do fim dos tempos (6,1 – 11,19), as provações imediatas e a grande confrontação (12,1 – 20,15), o cumprimento e a manifestação final (21,1 – 22,5). No Apocalipse de João, esse esquema é enriquecido e complicado pela inserção dos “septenários” (sete selos, sete trombetas, seta taças) e das visões intermediárias, que permitem ao profeta multiplicar as alusões, recapitular numerosos textos do Antigo Testamento e explanar sua meditação sobre o ministério da Igreja e do tempo presente.

         O estabelecimento de um plano preciso é por certo aleatório, mas a dificuldade principal reside na interpretação que se deva dar à própria sucessão das visões. Será preciso ver nelas uma evocação mais ou menos simbólica do encaminhamento da história para o Parusia próxima? Ou, antes, será a sucessão um quadro fictício, no interior do qual o autor intentaria apresentar sucessivamente não as diversas fases do processo escatológico, mas os múltiplos aspectos do triunfo de Yahushúa, da condição da Igreja e do julgamento do mundo? É fundamental a escolha, pois dela depende a exegese de todo o livro. A interpretação cronológica tem a seu favor os hábitos da literatura apocalíptica, mas supõe, para a solução de certas dificuldades, que se admita o deslocamento ou o caráter de várias visões. Importante corrente exegética atual, levando em conta o paralelismo de várias seções do Apocalipse – entre outras, dos septenários -, vê na sucessão das visões apenas um artifício literário: através do conjunto da obra, são as mesmas convicções e a mesma mensagem que se afirmam, embora repetidas sem cessar sob imagens diferentes e em vista de aplicações ou explicitações novas.

 

 

         Mensagem e atualidade do Apocalipse. Como toda mensagem profética, o Apocalipse proclama-nos a atualidade do desígnio de Elohím Yahu e, correlativamente, a urgência do nosso engajamento. Esta proclamação, ele a faz transmitindo-nos a compreensão sobrenatural do tempo presente e do cumprimento desse desígnio.

         A obra de Elohím Yahu chegou a seu termo, e agora nós apenas esperamos a sua manifestação (1,7; 22,20). Yahushúa já triunfa e seu Reino está inaugurado. Yahushúa é o único Salvador e, desde então, por investidura divina, o único YHVH (5,5-14; 11,15-17; 12,10; 19,11-16). Estamos nos últimos tempos, e vivemos na antecipação da salvação e nos prelúdios do julgamento. [Bem neste texto, temos que derrubar: “BAAL” que é tido também como Senhor! Aqui, só impera o SENHOR – YHVH!!!!!! E NÃO MAIS BAAL – SENHOR! OK.[Os 2,16]: REFLITA SOBRE ESSE ASSUNTO: Ap 5,5-14; 11,15-17; 12,10; 19,11-16! HONRE SEU NOME SANTÍSSIMO E EXCLUSIVO ACIMA DE TUDO: Êx 20,7 – Yahu!] grifo meu. Diante desse fato, os homens já se repartem em duas categorias irreconciliáveis:

         - os que conhecem o Mashiach são associados a seu triunfo e constituem o povo de Yaohu, realização de Elohím Yahu, realização do povo MESSIÂNICO (7,9-17; 14,1-5; 15,2-4; 17,14; 19,1-9; 20,4-6);

         - os que, não o reconhecem, permanecem em estado de oposição a Elohím Yahu: são os “habitantes da terra”, os cúmplices da usurpação ímpia, que vivem sob o domínio de SATANÁS e, como ele, estão votados à condenação (6,15-17; 9,20-21; 13,7-8.14-17; 14,9-11; 17,8-14; 18,9-19; 19,19-22; 20,7-9). [Então, qual vai ser sua escolha???? Ficar com seu nome: “SENHOR” – QUE É DE DERIVAÇÃO HUMANA PARA ESCONDER SEU SANTO NOME POR MEDO E NÃO POR AMOR: “QUE DE UMA ADULTERAÇÃO VEIO A SE TORNAR UMA CORRUPÇÃO TAMBÉM HUMANA...!!!! OU VAI MUDAR DE LADO, DEIXANDO A SATANÁS E SEUS ANJOS CAÍDOS PARA O FOGO ETERNO, E, VAI VIR PARA SUA GLORIOSA LUZ, SE LIBERTAR E ESCOLHER FICAR COM SEU NOME SANTO: YAHU – UL (HALLELU-YAH)! POIS SÓ VC. PODE FAZER A ESCOLHA PARA SALVAR SUA ALMA...!”]. GRIFO MEU.

         Em sua realidade profunda, a Igreja está estreitamente associada à pessoa e à obra do Mashiach:

         - Ela é a comunidade eleita, alvo do seu amor (1,5b; 3,9; 7,3-4; 12,6; 19,7-9):

         - Ela foi redimida por seu sangue (1,5b; 5,9; 7,14; 14,3-4).

         - Ela é a inauguração do seu Reino, povo real e sacerdotal (1,6; 5,10; 7,15; 20,4-6).

         Dessa relação constitutiva, decorre uma comunhão “EXISTENCIAL”; o destino da Igreja é visto em sua associação com o destino do Maschiyah, o Mashiach, o Ungido, o YAHUSHÚA (seu verdadeiro Nome: Fp 2,9-11):

         - O YAHUSHÚA era profeta, “testemunha fiel” (1,5; 3,14; 19,11). A Igreja é uma comunidade santa que exerce o testemunho; no mundo, ela está em missão profética (11,3-6; 12,17; 19,10; 22,9).

         O Mashiach (Yahushúa) levou seu testemunho até a paixão, porque encontrou a oposição de um mundo inimigo de Deus (NÃO RECONHECENDO SEU PRÓPRIO NOME!) [1,5; 5,6]. A Igreja também cumpre sua missão na prova; ela conhece o combate e o martírio (6,9; 7,14; 11,7-10; 12,2.4.11; 16,6; 18,24; 20,4);

         O Mashiach (Yahushúa) é vencedor e ressuscitado (1,5.18; 5,5; 12,5; 17,14; 19,11-21). A Igreja participa já desta vitória; ela não está apenas em estado de eleição, mas já está salva e vive das primícias da ressurreição (6,11; 7,16-17; 11,11-12; 12,11; 17,14; 20,4-6);

         O Mashiach (Yahushúa) está glorificado, estabelecido na condição de Senhorio – YHVH (1,5.12-16; 19,16). A Igreja é desde já Reino sacerdotal; desde agora exerce no culto sua função celeste, e em breve será manifestado o seu triunfo (7,9-12.15; 14,3; 20,4.6).

         Assim, no tempo presente, a Igreja vive os diversos aspectos do ministério do Maschiyah – O YahuShúa: ela segue o Cordeiro aonde que ele vá (14,4). Esta conformidade implica atitudes morais e espirituais:

         - porque deve testemunhar num mundo que não reconhece a Elohím Yahu, dela se exige que viva na FIDELIDADE (1,3; 2,10.13,26; 3,8; 14,12; 22,7.9);

         - sobre esta terra, onde está em exílio, ela sofre a perseguição, mas é também preservada por Yahu e nutrida das primícias da RESSURREIÇÃO. A atitude que corresponde a esse estado de prova, mas de certeza da Glória, é a perseverança, forma particular da fidelidade, como o martírio o é do testemunho (1,9; 2,2.3.10; 3,10-11; 13,10; 14,12) [POR ISSO MESMO, NÃO MUDE ESSE FIEL TESTEMUNHO EM DESONRA AO SEU FILHO LHE MUDANDO O NOME E SEGUINDO O BODE AO INVÉS DO CORDEIRO POR SIMPLES VONTADE HUMANA...!!!!!] GRIFO MEU;

         - a Igreja está também em êxodo, em marcha para a revelação da Jerusalém celeste, sua verdadeira pátria, e se prepara para viver da plena manifestação do seu YHVH –Yahushúa! Esta perspectiva da Glória futura, no seio da prova presente, matem na Igreja uma tensão cheia de esperança: “VEM, YHVH YAHUSHÚA, VEM!” (6,10; 10,7; 11,17-18; 12,10-12; 15,3-4; 19,7-9; 20,3-4; 22,17.20).

         Essa mensagem nos diz respeito. Ultrapassa o anúncio de uma Parusia futura, cujos prazos e modalidade pertencem incertos. E também não se destina a manter os fiéis numa vaga nostalgia consoladora de suas decepções terrestres, levando ao descompromisso!

         O reinado de Yahushúa não é um acontecimento futuro, mas uma realidade presente. O cenário da Parusia gloriosa e do julgamento final apenas projeta na luz de Yahu e na simultaneidade da eternidade o que se realiza hoje, no mistério e na duração da história. A cada momento, o homem exprime sua pertença e determina seu destino; a cada momento verifica-se a autenticidade de sua fé e se realiza seu julgamento; em torno dele e nele exerce o antagonismo irredutível da idolatria da terra e do reconhecimento do único Mashiach Messias Yahushúa. A Palavra profética convida o crente a dar-se conta da seriedade eterna de cada instante: ela não tolera a distração, nem a leviandade, nem os meios-termos, mas incita ao engajamento imediato e integral. Situando a existência presente da perspectiva da Parusia, o Apocalipse recorda que o YHVH Yahushúa está no termo da história, como está no seu princípio; e que, para além das aparências, as realidades terrestres estão em relação com o desígnio de Elohím Yahu. Ao mesmo tempo, por suas numerosas referências ao simbolismo litúrgico, o Apocalipse convida a comunidade dos FIÉIS a viver o culto como um encontro atual com o Mashiach Yahushúa, como um apelo a se conformar à Páscoa do YHVH YAHU, como uma proclamação e uma expectativa da manifestação da Jerusalém celeste, da qual a Igreja é a antecipação e o sinal.

 

         Fim da minha apostila. E, um início para os que o aceitarem de coração aberto – aceitando seu Nome verdadeiro: “HALLELU-YAH”!!!!!!!!!!!!

 

      Anselmo Estevan. 10/07/2011.

 

 

         P.S.:

 

              "O VÉU JÁ FOI RASGADO!!!". NÃO DEIXE QUE o RECOLOQUEM

       DE NOVO!            

Véu: Êxodo 26,31-33; Mateus 27,51; Marcos 15,28; Lucas 23,45; Romanos 5,2; 3,23; Hebreus 9,8-10.12; 10,19.20:

Maschiyah abrindo o caminho direto a Yahu!

O VÉU DO TABERNÁCULO: Êx 26,31-35. O VÉU DO TEMPLO: 2Cr 3,14. O VÉU SOBRE A FACE DE MOISÉS: Êx 34,33-35. O VÉU DA CARNE DE Maschiyah: Hb 10,19.20. O VÉU DE CEGUEIRA SOBRE ISRAEL: 2Co 3,13-16. O VÉU SOBRE AS NAÇÕES: Is 25,6-9; Ap 22,4. O VÉU, A CARNE QUE COBRE O NOSSO CORPO: Gn 2; 3; 1Co15... Da criação/queda/ à união com Yahu - através de Maschiyah - Ap 21,6; 22,17; 3,20:

YAHUSHúA - Maschiyah:

Jo 10,9 (Rm 12,4.5; 1Co 12,12.27; Ef 4,15; 5,29.30; Cl 1,18; Jo 14,6; Ef 2,18).

O PASTOR DO REBANHO:

Jo 10,7-11.14.16; 1Pe 2,25:

Então Yahushúa afirmou de novo: Digo-lhes a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas - não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. "Entrará e sairá" e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; "eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente!".

"Eu sou o bom pastor"; conheço as minhas ovelhas. "E elas me conhecem...".

Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco.

É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz e haverá um "SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR".

Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas.

Se há uma entrada, há uma saída. Yahushúa é a "entrada" para o "Reino de Yahu!".

"Temos que passar através dele", Pois, "Ele" é a porta!

O Velho Testamento, é a Casa de Yahu. E, víamos o Seu Reino "através da JANELA".

Yahushúa veio a ser a PORTA da Casa (REINO DE YAHU), o NOVO TESTAMENTO.

Jurei por Mim mesmo (...); "A Palavra" que não Será REVOGADA: Is 45,3; 45,14; Hb 6,13; Is 50,10.11; Rm 14,11; Fp 2,10.11 (Todo joelho se dobrará...); IGREJA: Rm 12,1 - Rm 12,1 - 16,27. Culto racional. Não meramente atividade ritual. Mas a participação do coração, da mente e da vontade no serviço obediente!

YAHUSHÚA: O NOVO TESTAMENTO (NOVA ALIANÇA):

"O ponto crucial da redenção de Maschiyah aconteceu no momento da tentação de Satanás no deserto. Quando Satanás abordou Eva e Adão eles foram conquistados e caíram. Quando Satanás aproximou-se de Adão, de novo, em Maschiyah. Satanás foi vencido e abatido, e a humanidade mediante aliança com Maschiyah conquistou uma grande vitória e recuperou a vida!".

"Se a tentação foi o ponto crucial, a Cruz e a ressurreição foram o ponto culminante da obra de Maschiyah  na recapitulação. Ao morrer em obediência a Yahu, Yahushúa Maschiyah fez o sacrifício supremo e conquistou a morte. O que participa voluntariamente da nova humanidade de Maschiyah escolhendo ‘Ele’, e não o primeiro Adão, como sua "cabeça", pelo arrependimento, pela fé e pelos sacramentos recebe a transformação que se tornou possível pela encarnação do Filho de Yahu. Ele entra para uma nova humanidade - de uma nova raça - com a esperança de compartilhar da própria natureza divina e imortal de Yahu!".

2Co 5,17; Rm 8,1 - Não deixem que lhe ponham de novo o véu sobre seus corações...! Anselmo.

 

            VAMOS ÁS BÍBLIAS CONSULTADAS NESSA OBRA QUE, ACHO QUE, LEVOU APROXIMADAMENTE: 03 ANOS E MEIO DE PESQUISA. VAMOS LÁ: “TRADUÇÃO ECUMÊNICA – TEB”; “GENEBRA – EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA”; “APLICAÇÃO PESSOAL”; “DO PEREGRINO”; “DE JERUSALÉM”; “MACARTHUR”; “TEMAS EM CONCORDÂNCIA”; “APOLOGÉTICA”; “NVI – NOVA VERSÃO INTERNACIONAL”; “MANUAL DA BÍBLIA HEBRAICA”; “JUDAICA COMPLETA”; “HEBRAICA PESHITTA”; “PALAVRAS- CHAVE HEBRAICO – GREGO”; “DEFESA DA FÉ”! BEM, AGORA VAMOS AOS DICIONÁRIOS: DICIONÁRIO DA BÍBLIA DE ALMEIDA! DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO! DICIONÁRIO BÍBLICO HEBRAICO-PORTUGUES! E FINALIZANDO A PESQUISA DOS LIVROS E BÍBLIAS (O DICIONÁRIO AURÉLIO PORTUGUÊS) E A: ENCICLOPÉDIA BÍBLICA INTERPRETAÇÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO DO AT E NT DA EDITORA AGNOS!

 

   Finalizando, quero expressar os meus reconhecimentos a quem obteve as duas primeiras apostilas: (Pentateuco, e o Antigo Testamento – a Antiga Aliança): Agradeço aos irmãos e irmãs: Renatinha; (Lourdes Castelli); [Duda]; ao querido irmão na fé: “Edson”; ao irmão: Camargo; a irmã: Luciene; Roberto Mendes (irmão na fé); [Roberto] outro irmão na fé; irmão Ciro; Beth; Sandra; o irmão João Rodrigues; e, tantos outros.....!!! Obrigado! Termino esta, em revisão ao texto, pedindo desculpas se deixei passar algum erro...?! Ou se, por acaso, algum versículo ou mesmo capítulo não bater com as Bíblias reformadas.... é que a pesquisa foi feita pelo carro chefe – Bíblia de Estudo Tradução Ecumênica TEB! Por isso possa ocorrer alguma diferença de texto ou mesmo de passagens ao número do versículo.

 

   Obra feita por: “Anselmo Estevan. Com formação de: Pastor e Bacharel em Teologia pela Faculdade Ibetel de Suzano em São Paulo – Com muita honra, obtive esses dois cargos para levar a Palavra de Yah – Y’H’V’H ao mundo.....!!!!”.

 

27/08/11. Fim!

ANSELMO ESTEVAN.

            SOMENTE UMA OBSERVAÇÃO DE FINAL DE ESTUDO POIS ESTOU SENDO MUITO COBRADO NA UBE SOBRE DA ONDE TIRO OS NOMES DA TRINDADE...ETC....!! COMO SEGUE UM EXEMPLO DE UM IRMÃO DA UBE – SEDENTO POR INFORMAÇÕES...!!!! DESCULPEM: DEPOIS DA ACRESCENTAÇÃO DESSE LINDO ESTUDO (TORAH):

TORAH – LEI (ENSINAMENTO):

 

           A Lei é boa!

 

           Rm 7,12-13.16; (Mt 5,17ss); 1Tm 1,8; [Complementos: “A Confissão de Fé 2,2; 19,6; Catecismo Maior de Westminster 99, 152; Confissão Belga 2”]. Vamos e esse estudo:

 

           ROMANOS 7,12-13: E assim a Torah é Santa, e a Mytsvah (Mandamento) santa, justa e boa.

           Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte para bem; a fim de que pela Mytsvah (Mandamento) o pecado se fizesse excessivamente maligno,

           E se faço o que não quero, consinto com a Torah, que é boa.

 

           Vamos ao estudo dessa passagem: (Rm 7,12-13):

           Santo, e Justo, e Bom. A Lei reflete o caráter de ‘Ulhim (“Santo”). Ela é a norma objetiva para a resposta pactual da humanidade a ‘Ulhim (“Justo”). E é também benéfica para os seres humanos, os quais foram criados à imagem de ‘Ulhim (“Bom”).

           * Vamos a referência de Rm 7,12 (“A Lei é Santa”): (Sl 19,8: [veja o v.(“7”)-8]): A LEI DO Y’H’V’H (YAHU) É PERFEITA, E REFRIGERA A NEFESH (alma); o testemunho do Y’H’V’H é fiel, e dá sabedoria aos simples (Sl 19,7).

           Os preceitos do Y’H’V’H (Yahu) são retos e alegram o coração; o mandamento do Y’H’V’H (Yahu) é puro, e ilumina os olhos.

 

           ESTUDO DE: ([Sl 19,7-11: A Lei de {Yahu} é perfeita. A Lei, a revelação especial de ‘Ulhim, reflete o caráter do seu autor. Nomes diferentes são usados para a Lei, mas são quase sinônimos e apontam para o todo da revelação especial de ‘Ulhim à humanidade.] Sl 19,7):

           Sl 19,7: A Lei: Torá, o termo mais geral para indicar a Lei. Restaura a alma. Instilando energia e esperança naqueles que a seguem. Dá sabedoria. A sabedoria não é um conhecimento intelectual superior. A Palavra de ‘Ulhim implanta no ouvinte o temor de ‘Ulhim, dando o conhecimento de ‘Ulhim e o modo como o homem deve viver retamente diante dele! 1 Timóteo 1,8: Sabemos, porém, que a torá é boa, se alguém dela faz uso legítimo.

           ESTUDO DE (1Tm 1,8): A Lei é boa. Assim como o próprio (YahuShúa) (Mt 5,17ss), Paulo acreditava que a Lei Mosaica por si só era um presente maravilhoso de ‘Ulhim. (Veja Rm 7,12-13.16). No entanto, esse presente podia ser motivo de abusos e se tornar maldição!

 

           Agora, completando esse estudo da “Lei” – vamos aos seguintes complementos:

 

           1º Confissão de Fé de Westminster (capítulo II - II [DE ‘ULHIM E DA SANTÍSSIMA TRINDADE]  {pág. 1.787}; capítulo XIX – VI [DA LEI DE ‘ULHIM] {pág. 1.796}).

           2º Catecismo Maior de Westminster [(SEGUNDA PARTE) “PERGUNTA 19!”. Pág. 1.805]. [(TERCEIRA PARTE) “PERGUNTA 99!”. Pág. 1.813]. [(TERCEIRA PARTE) “PERGUNTA 152!”. Pág. 1.822].

           3º Confissão Belga. Artigo 2 (Como conhecemos a ‘Ulhim). Pág. 1.750.

 

           “Material tirado da: ‘Bíblia de Estudo de Genebra’ Edição Revista e Ampliada”. Para uma melhor compreensão dos estudos da: “LEI!”: Obs.: “Os NOMES das Pessoas da Trindade – são grifos meus”.

 

           1º CFW Capítulo II – II: ‘ULHIM E DA SANTÍSSIMA TRINDADE: ‘Ulhim tem em si mesmo, e de si mesmo toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência; não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua Glória nelas, por elas, para elas e sobre elas. Ele é a única origem de tudo ser; Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas, e sobre elas tem Ele soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas as coisas estão patentes e manifestas diante dele; o seu saber é infinito, infalível e independente da criatura, de sorte que para Ele nada é contingente ou incerto. Ele é Santíssimo em todos os seus conselhos, em todas as suas obras e em todos os seus preceitos. Da parte dos anjos, dos homens e de qualquer outra criatura lhe são devidos todo culto, todo serviço e toda obediência, que houve por bem requerer deles.

           Referências bíblicas: Jo 5,26; At 7,2; Sl 119,68; 1Tm 6,15; At 17,24.25; Rm 11,36; Ap 4,11; Hb 4,13; Rm 11,33.34; At 15,18; Pv 15,3; Sl 145,17; Ap 5,12-14.

 

           Capítulo XIX – VI: DA LEI DE ‘ULHIM: Embora os verdadeiros crentes não estejam debaixo da Lei como um pacto de obras, para serem por ela justificados ou condenados, contudo ela lhes serve de grande proveito, como aos demais; informando-lhes, como regra de vida, à vontade de ‘Ulhim e o dever que eles têm, ela os dirige e os obriga a andar segundo a retidão; dando-lhes também as pecaminosas poluções de sua natureza, do seu coração e da sua vida, de maneira que eles, examinando-se por meio dela, alcançam mais profunda convicção de pecado, maior humilhação por causa dele e maior aversão a ele; ao mesmo tempo, lhes dá mais clara visão da necessidade que têm do Maschiyah e da perfeita obediência a Ele. Ela é também de utilidade aos regenerados, a fim de conter a sua corrupção; pois proíbe o pecado; as suas ameaças servem para mostrar o que merecem os seus pecados e quais são as aflições que, por causa deles, devem esperar nesta vida, ainda que estejam livres da maldição ameaçada na Lei. Do mesmo modo, as suas promessas mostram que ‘Ulhim aprova a obediência deles e que bênçãos podem esperar dessa obediência, ainda que essas bênçãos não lhes sejam devidas pela Lei considerada como pacto das obras – assim, o fazer homem o bem ou evitar o mal, porque a Lei estimula aquilo e proíbe isto, não é prova de estar ele debaixo da Lei e não debaixo da Graça.

           Referências bíblicas: Rm 6,14; 8,1; Gl 3,13; Rm 7,12.22.25; Sl 119,5; 1Co 7,19; Rm 7,7; Rm 3,20; Tg 1,23-25; Rm 7,9.14.24; Gl 3,24; Rm 8,3.4; 7,25; Tg 2,11; Ed 9,13.14; Sl 89,30-34; Sl 37,11; Gl 2,16; Lc 17,10; Rm 6,12.14; Hb 12,28.29; 1Pe 3,8-12; Sl 34,12.16.

 

           2º CMW SEGUNDA PARTE:

 

           Pergunta 19: Qual a providência de ‘Ulhim para com os anjos?

           Resposta: ‘Ulhim, pela providência, permitiu que alguns dos anjos, voluntária e irremediavelmente, caíssem em pecado e perdição, limitando e ordenando isso, como todos os pecados deles, para a sua própria glória; estabeleceu os demais em santidade e felicidade, empregando-os todos, conforme apraz, na administração do seu poder, misericórdia e justiça.

           Referências bíblicas: Jd 6; Lc 10,17; Mc 8,38; 1Tm 5,21; Hb 12,22; Sl 103,20; Hb 1,14.

 

           TERCEIRA PARTE:

 

           Pergunta 99: Que regras devem ser observadas para a boa compreensão dos Dez Mandamentos?

           Resposta: Para a boa compreensão dos Dez Mandamentos, as seguintes regras devem ser observadas:

 

           1ª - A Lei é Perfeita e obriga todos à plena conformidade do homem inteiro à retidão dela e à inteira obediência para sempre; de modo que requer a sua perfeição em todos os deveres e proíbe o mínimo grau de todo pecado.

           Referências bíblicas: Sl 19,7; Tg 2,10; Mt 5,21.22.

 

           2ª - A Lei é espiritual, assim, se estende tanto ao entendimento, à vontade, aos afetos e a todas as outras potências da alma, como às palavras; às obras e ao procedimento.

           Referências bíblicas: Rm 7,14; Dt 6,5; Mt 22,37-39; Mt 12,36.37.

 

           3ª - Uma e a mesma coisa, em respeito diversos, é exigida ou proibida em diversos mandamentos.

           Referências bíblicas: Cl 3,5; 1Tm 6,10; Pv 1,19; Am 8,5.6

 

           4ª - Onde um dever é prescrito, o pecado contrário é proibido; onde um pecado é proibido, o dever contrário é prescrito; assim, onde uma promessa está anexa, a ameaça contrária está inclusa; onde uma ameaça está anexa, a promessa contrária está inclusa.

           Referências bíblicas: Is 58,13; Mt 15,4-6; Ef 4,28; Êx 20,12; Pv 30,17; Jr 18,7.8; Êx 20,7.

 

           3ª - O que ‘Ulhim proíbe não se há de fazer em tempo algum; o que Ele manda é sempre um dever; mas nem todo dever especial é para ser compreendido em todos os tempos.

           Referências bíblias: Rm 3,8; Dt 4,9; Mt 12,7; Mc 14,7.

 

           6ª - Sob um pecado ou um dever, todos os da mesma classe são proibidos ou mandados, juntamente com todas as causas, os meios, as ocasiões e as aparências deles e provocações a eles.

           Referências bíblicas: Hb 10,24.25; 1Ts 5,22; Gl 5,26; Cl 3,21; Jd 23.

 

           7ª - Aquilo que nos é proibido ou mandado temos a obrigação, segundo o lugar que ocupamos, de procurar que seja evitado ou cumprido por outros, segundo o dever das suas posições.

           Referências bíblicas: Êx 20,1-26; Lv 19,17; Gn 18,19; Dt 6,6.7; Is 24,15.

 

           8ª - Quanto ao que é mandado a outros, somos obrigados, segundo a nossa posição e vocação, a ajuda-los e a cuidar em não participar com outros do que lhes é proibido.

           Referências bíblicas: 2Co 1,24; 1Tm 5,22; Ef 5,7.

 

          

           Pergunta 152: O que cada pecado merece da parte de ‘Ulhim?

           Resposta: Cada pecado, até o menor, sendo contra a soberania, a bondade e a santidade de ‘Ulhim, e contra a sua justa Lei, merece a sua ira e maldição, nesta vida e na vindoura, e não pode ser expiado, se não pelo sangue do Maschiyah.

           Referências bíblicas: Tg 2,10-11; Êx 20,1-2; Dt 32,6; Hc 1,13; 1Pe 1,15.16; 1Jo 3,4; Rm 7,12; Gl 3,10; Dt 28,15; Lm 3,39; Mt 25,41; Rm 6,21.23; Hb 9,22; 1Jo 1,7.

 

 

           3º CB: ARTIGO 2:

 

           Como conhecemos a ‘Ulhim:

           Nós conhecemos por dois meios. Primeiro: Pela criação, manutenção e governo do mundo inteiro, visto que o mundo, perante os nossos olhos, é como um livro formoso, em que todas as criaturas, grandes e pequenas, servem de letras que os fazem contemplar os atributos invisíveis de ‘Ulhim, isto é, o seu eterno poder também a sua própria divindade, como diz o apóstolo Paulo (Rm 1,20). Todos estes atributos são suficientes para convencer os homens e torná-los indesculpáveis.

           Segundo: ‘Ulhim se faz conhecer ainda mais clara e plenamente por sua sagrada e divina Palavra, isto é, tanto quanto nos é necessário nesta vida, para sua glória e para a salvação dos que lhe pertencem. (Sl 19,1-4; Sl 19,7.8; 1Co 1,18-21).

 

           Mattitiyahu (Mt) 5,17ss.: Não cuideis que vim destruir a torah (Lei) ou os navyim (profetas): Não destruir, mas leva-los a cumprir!

           Porque em êmeth (verdade) vos digo que, até que o céu e a terra passem, nenhum Yud (“Y”) ou qualquer traço se omitirá da torah, sem que tudo seja cumprido!

           Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos por menor mytsvah (mandamento) que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

 

           Sendo assim, a “Lei” é toda a “Bíblia” – com a diferença de que: Pelo “Ungido” – A cumpriu para e por nós – nos dando a sua Graça! Única e exclusivamente, devemos honra-lo para não cairmos novamente em “Pecado” – e, desfazer à sua Obra perfeita em obediência para nos libertar da escravidão dos Pecados – sendo, pelo seu precioso sangue derramado, somos novas criaturas – sendo assim, oremos em seu Nome que salva (At 4,12): YahuShúa! A Lei é Boa! A carne que a invalidou....!!!!!  Reflita em Efésios: 2,11-22; 3,8-10; 6,12-15! Para isso era preciso primeiro a: “LEI” para depois a sua: “GRAÇA!”.

 

           Bíblias de Estudo de Genebra Edição Revista e Ampliada – Bíblia hebraica torah – Peshitta. Foram consultadas nesta obra. Feita por: Anselmo Estevan com grifos meus nos Nomes Da Trindade!

 

 

 QUANDO FALO EM; “MEU GRIFO NO NOME DO ETERNO” ÁS MINHAS PESQUISAS SÃO FEITAS POR ESSES LIVROS, ONDE, BASEIO A MINHA LINHA DE RACIOCÍNIO (você sabe que essa ideia de colocar vogal no nome de deus é nova como vc acha que sabe o nome o eterno se nem os judeus nascidos de mãe judia não sabe? qual o fundamento academico e qual metodo de pesquisa linguistico e historico gramatical vc usou?). PARA QUE ESSA RESPOSTA NÃO VENHA A ACONTECER DE NOVO E DE NOVO E DE NOVO LÁ VAI UMA AMOSTRA DE ONDE TIRO A MINHA TESE:

Escrito por anselmo.estevan às 18h04
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              VAMOS LÁ: Começando pelo: “Léxico hebraico e aramaico do Antigo Testamento. Da Editora Vida. Autor: William L. Holladay”.

           “Dicionário Hebraico-Português & Aramaico-Português. 18ª Edição Editora: Sinodal /Vozes”.

           “Livro: Gramática Hebraica. Autor Gordon Chown. Da Editora CPAD.”.

           “Livro: Noções de Hebraico Bíblico. Autor: Paulo Mendes. Editora Vida. (Pág.  143. Nota 31; Pág. 187!)”.

           “Dicionário Bíblico Hebraico-Português. Autor: Luiz Alonso Schökel. Editora Paulus. Pág. 271”.

           “Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Autores: R. Laird Harris; Gleason L. Archer, Jr. Bruce K. Waltke. Editora Vida. Pág. 345; 346; 347; 348; 349; 350; 351; 352”.

           “Manual da Bíblia Hebraica: Introdução ao Texto Massorético. Guia Introdutório para a Bíblia Hebraica Stuttgartensia. Autor: Edson de Faria Francisco. 3ª Edição – Revista e Ampliada. Editora Vida”.

           “Enciclopédia Bíblica: O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO versículo por versículo. Autor: R.N. Champlin, Ph.D. Editora: Agnos. 2ª Edição. Direitos reservados! Pág. 5373: ‘TETRAGRAMA’. Volume 7 – Dicionário bíblico. E Dicionário bíblico. Volume 6 -  Pág. 4.121: ‘Deus’. Pág. 4.138 – Geração dos deuses...(Pág. 4875-4881; 5492-5477-5478!).”.

           “Bíblia de Estudo Palavras-chave Hebraico-Grego. Pág. 1523...”.

           “Bíblia de Estudo do Peregrino – Pág. 111; 116-117”. Editora – Paulos!

           “Bíblia de Estudo de Genebra Edição Revista e Ampliada – Pág. 94 (A auto revelação de [‘Ulhim] – Ele tem um NOME!”). Editora: Cultura Cristã. SBB!

           “BÍBLIA DE ESTUDO DO PEREGRINO: PÁGINA: 1357”: ‘SALMOS 113’: [....] O HOMEM O INVOCA, RESPEITA, LOUVA, ATÉ O AMA {Is 56,5}; IMPÕE A SEUS FILHOS NOMES COMPOSTOS DE – YAHU, YEHO -. O NOME YHVH É ÚNICO Zc 14,9. REFLITA EM Nm 6,27!!!!!!!!!!!! ASSIM INVOCARÃO MEU NOME SOBRE OS ISRAELITAS, E EU OS ABENÇOAREI! REFLITA EM: JOÃO 17,6. 11.12: MANIFESTEI O TEU NOME AOS HOMENS TIRADOS DO MUNDO E QUE ME CONFIASTE: ERAM TEUS E OS CONFIASTES A MIM, E CUMPRIRAM TUAS PALAVRAS. JÁ NÃO ESTOU NO MUNDO, ENQUANTO ELES ESTÃO NO MUNDO; EU VOU PARA TI, PAI SANTO; GUARDA-OS NO TEU NOME, E QUE ME DESTE, PARA QUE SEJAM UM COMO NÓS. ENQUANTO ESTAVA COM ELES, EU OS GUARDAVA NO TEU NOME, AQUELE QUE ME DESTE [Fp 2,9-11]; EU OS GUARDEI, E NENHUM DELES SE PERDEU; EXCETO O DESTINADO À PERDIÇÃO, PARA CUMPRIMENTO DA ESCRITURA. BÍBLIA DE ESTUDO DO PEREGRINO!

           “Livro Antigo Testamento POLIGLOTA: HEBRAICO-GREGO-PORTUGUÊS-INGLÊS. DA EDITORA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. EDITORA VIDA”.

 

           Fora, a Faculdade Ibetel de Suzano onde me formei em: Teologia, e fiz Bacharel em Teologia. E mais os estudos da palavra que estudo há 14 anos. Isso é um resumo da minha tese quando falo do Nome do Eterno....!!!!! Para que não haja mais dúvidas...!!!! Anselmo Estevan. Em defesa ao seu NOME SANTO!

Comentário de L.C. dos Santos18 horas atrás

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você sabe que essa ideia de colocar vogal no nome de deus é nova como vc acha que sabe o nome o eterno se nem os judeus nascidos de mãe judia não sabe?

qual o fundamento academico e qual metodo de pesquisa linguistico e historico gramatical vc usou?

Escrito por anselmo.estevan às 18h03
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“NÚMEROS 6,27: ASSIM, PORÃO O MEU ‘NOME’ SOBRE OS FILHOS DE YSRAEL, E EU OS ABENÇOAREI”:

 

 

TRANSLITERAÇÃO

PORTUGUÊS

TEXTOS

01

Abiyah

Abia

1 Crônicas 3,10

02

Abiyahu

Abia

2 Crônicas 13,20

03

Adayahu

Adaia

2 Crônicas 23,1

04

Adoniyahu

Adonia

1Reis 1,8

05

Amaryahu

Amarias

2 Crônicas 19,11

06

Amasyahu

Amasias

2 Reis 14,18

07

Atalyahu

Atalia

2 Crônicas 22,2

08

Asalyahu

Azalias

2 Reis 22,3

09

Azaryahu

Azarias

2 Reis 15,6

10

Benayahu

Benaías

Ezequiel 11,1

11

Berekyahu

Baraquias

Zacarias 1,7

12

Delayahu

Delaias

Jeremias 36,12

13

Eliyahu

Elias

1 Reis 17,1

14

Gedalyahu

Gedalias

1 Crônicas 25,3

15

Germaryahu

Gemarias

Jeremias 36,10

16

Hananyahu

Ananias

Jeremias 36,12

17

Hizqiyahu

Ezequiel

2 Reis 20,20

18

Kenanyahu

Quenanias

1 Crônicas 15,22

19

Malkiyahu

Malquias

Jeremias 38,6

20

Matanyah

Matanias

Esdras 10,26

21

Matanyahu

Mattanias

2 Crônicas 29,13

22

Mattityah

Matitias

Esdras 10,43

23

Mattityahu

Matitias

1 Crônicas 15,18

24

Mikayahu

Micaias

2 Crônicas 17,7

25

Nehemyah

Neemias

Neemias 7,7

26

Neriyahu

Nerias

Jeremias 36,14

27

Netanyahu

Natanias

Jeremias 36,14

28

Obadyahu

Abadias

1 Reis 18,3

29

Pedayahu

Padaia

1 Crônicas 27,20

30

Pelatyahu

Palatias

Ezequiel 11,1

31

Qôlayah

Colaias

Neemias 11,7

32

Rehabyahu

Reabias

1 Crônicas 26,25

33

Remalyahu

Remalias

2 Reis 16,1

34

Semakyahu

Semaquias

1 Crônicas 26,7

35

Sepanyahu

Sofonias

2 Reis 25,18

36

Serayahu

Seraias

Jeremias 36,26

37

Shebanyahu

Sebanias

1 Crônicas 15,24

38

Shekanyahu

Secanias

2 Crônicas 31,15

39

Shelemyahu

Selemias

Jeremias 36,14

40

Shemaryahu

Semarias

1 Crônicas 12,5

41

Sidqiyahu

Zedequias

1 Reis 22,24

42

Tebalyahu

Tebalias

1 Crônicas 26,11

43

Tôbiyahu

Tobias

2 Crônicas 17,8

44

Uriyahu

Urias

Jeremias 26,20

45

Uziyahu

Uzias

2 Crônicas 26,22

46

Yahushúa

O MESSIAS

MatitYahu 1,1

47

Yahudah

Judá

Isaías 1,1

48

Yahudim

Judeus

Daniel 3,12

49

Yeberekyahu

Jeberequias

Isaías 8,2

50

Yehdeyahu

Jedeías

1 Crônicas 24,20

51

Yerizkyahu

Ezequias

Jeremias 15,4

52

Yezanyahu

Jezanias

Jeremias 40,8

53

Yigdalyahu

Jigdalias

Jeremias 35,4

54

Yirmeyahu

Jeremias

2 Crônicas 36,21

55

Yeshayahu

Isaías

Isaías 1,1

56

Zebadyahu

Zebadias

1 Crônicas 26,2

57

Zekaryahu

Zacarias

2 Crônicas 26,5

 

MATERIAL TIRADO DA INTERNET. COM DIREITOS AUTORAIS: AUTOR SR. JARIVAL. RECIFE, 28 DE MAIO DE 2011. (NOMES TEOFÓRICOS!): NOME TEOFÓRICO É UM NOME DERIVADO DE OUTRO NOME! YAHU O NOSSO ETERNO 'ULHIM - PESQUISA FEITA POR: ANSELMO ESTEVAN. COM FORMAÇÃO DE BACHAREL EM TEOLOGIA PELA FACULDADE IBETEL DE SUZANO.

  

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 "PARA SUA SALVAÇÃO: SE VC. QUISER!!! SE NÃO FIQUE DE FORA....!!!!! POIS ESSA OPORTUNIDADE NÃO VOLTARÁ JAMAIS........ETERNAMENTE.....! REFLITA MUITO NAS REFERÊNCIAS DE: Números 6,27 (Bíblia de Estudo de Genebra Edição Revista e Ampliada e confira com os Nomes do Eterno acima, Veja: Dt 28,10; 2Sm 7,23; 2Cr 7,14; Is 43,7; Dn 9,18-19; Êx 20,24; Nm 23,20; Sl 5,12; 67,7; 115,12-13; Ef 1,3! Use sua inteligência e Salve sua vida pois QUEM CRER SERÁ SALVO. MAS OBSERVE ATOS 4,12! Reflita também em: Salmos 150,6; 113; 8,1 ("O NOME PESSOAL OU DA ALIANÇA, DE 'ULHIM QUE ELE REVELOU A MOISÉS NA SARÇA ARDENTE [CF. ÊX 3]. QUÃO MAGNIFICO É O TEU NOME! O NOME DE 'ULHIM INDICA O SEU CARÁTER E A SUA REPUTAÇÃO! POR ISSO CUIDADO COM AS ADULTERAÇÕES E CORRUPÇÕES DO SEU NOME (Dn 8,12; Rm 2,24...). CUIDADO - ÊX 20,7! DISSO DEPENDE SUA SALVAÇÃO! REFLITA TAMBÉM EM: Mt 6,9; Jo 17,6.11.12.26). POIS A SUA SALVAÇÃO VALE MUITO MAIS DO QUE O OURO REFINADO DE UFIR! POIS FOMOS COMPRADOS PELO SANGUE DO SEU ÚNICO FILHO!!! PARA DESPREZARMOS O NOME DELE QUE SALVA........!!!!!!! ANSELMO ESTEVAN".

 

É ACHO MELHOR EU FAZER LOGO ESSA APOSTILA MAS AGORA É FIM....SHALÔM ALECHEM. ANSELMO ESTEVAN.