VAMOS VER O ÚNICO (YAH) NOME QUE SALVA!!!!!!

JÁ QUE OS LIVROS DE LOUVORES FALAM CITAM O NOME DO ETERNO...!!!! VAMOS VER ALGUMAS PASSAGENS QUE FALAM DO SEU NOME ÚNICO: YHVH:

 

TANAK (AT):

           Tehillim (Salmos):

           [1] 5,11: Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.

           [2] 7,17: Eu, porém, renderei graças ao YHVH, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do YHVH Altíssimo.

           [3] 8,1: Ó YHVH, Senhor Yahu nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!

           [4] 8,9: Ó YHVH, Senhor Yahu nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!

           [5] 9,2: Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.

           [6] 9,10: EM TI, POIS, CONFIAM OS QUE CONHECEM O TEU nome!

           [7] 18,49: Glorificar-te-ei, pois, entre os gentios, ó YHVH, e cantarei louvores ao teu nome.

           [8] 20,5: Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso ‘Ulhím hastearemos pendões; satisfaça o YHVH a todos os teus votos.

           [9] 20,7: UNS CONFIAM EM CARROS, OUTROS, EM CAVALOS; NÓS, PORÉM, NOS GLORIAMOS EM nome DO YHVH, NOSSO ‘ULHÍM.

           [10] 22,22: A MEUS IRMÃOS DECLAREI O TEU nome; CANTAR-TE-EI LOUVORES NO MEIO DA CONGREGAÇÃO.

           [11] 23,3: Refrigera-me a nefesh (alma). Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

           [12] 25,11: Por causa do teu nome, YHVH, perdoa a minha iniquidade, que é grande.

           [13] 29,2: Tributai ao YHVH Kevod (Glória) devida ao seu nome, adorai o YHVH na beleza da santidade.

           [14] 30,4: Salmodiai ao YHVH, vós que sois seus santos, e daí graças ao seu santo nome.

           [15] 31,3: Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás.

           [16] 33,21: Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome.

           [17] 34,3: Engrandecei o YHVH comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.

           [18] 44,5: Com o teu auxílio, vencemos os nossos inimigos, em teu nome, calcamos aos pés os que se levantam contra nós.

           [19] 44,20: SE TIVÉSSEMOS ESQUECIDO o nome DO NOSSO ‘ULHÍM OU TIVÉSSEMOS ESTENDIDO AS MÃOS À ‘ELOHÍM (deus/DEUS) ESTRANHO.

           [20] 45,17: O TEU nome, EU FAREI CELEBRADO DE GERAÇÃO A GERAÇÃO, E ASSIM OS POVOS TE LOUVARÃO PARA TODO O SEMPRE.

           [21] 48,10: Como o teu nome, ó ‘Ulhím, assim o teu louvor se estende até aos confins da terra, a tua destra está cheia de justiça.

           [22] 52,9: Dar-te-ei graças para sempre, porque assim o fizeste; na presença dos teus fiéis, esperarei no teu nome, porque é bom.

           [23] 54,1: Ó ‘Ulhím, salva-me, pelo teu nome, e faze-me justiça, pelo teu poder.

           [25] 54,6: Oferecer-te-ei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó YHVH, porque é bom.

           [26] 61,5: Pois ouviste, ó ‘Ulhím, os meus votos e me deste a herança dos que temem o teu nome.

           [27] 61,8: Assim, salmodiarei o teu nome para sempre, para cumprir, dia após dia, os meus votos.

           [28] 63,4: Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos.

           [29] 66,2: Salmodiai a glória do seu nome, daí glória ao seu louvor.

           [30] 66,4: Prostra-se toda a terra perante ti, canta salmos a ti; salmodiai o teu nome.

           [31] 68,4: CANTAI A ‘ULHÍM, SALMODIAI O SEU nome; EXALTAI O QUE CAVALGA SOBRE AS NUVENS. YAHU É O SEU nome, EXULTAI DIANTE DELE.

           [32] 69,30: Louvarei com cântico o nome de ‘Ulhím, exulta-lo-ei com ações de graças.

           [33] 69,36: Também a descendência dos seus servos a herdará, e os que lhe amam o nome nela habitarão.

           [34] 72,17: Subsista para sempre o seu nome e prospere enquanto resplandecer o sol; nele sejam abençoados todos os homens, e as nações lhe chamem bem-aventurado.

           [35] 72,19: Bendito para sempre o seu glorioso nome, e da sua glória se encha toda a terra.

           [36] 74,7: Deitam fogo ao teu santuário; profanam, arrasando-a até ao chão, a morada do teu nome.

           [37] 74,10: Até quando, ó ‘Ulhím, o adversário nos afrontará? Acaso, blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?

           [38] 74,18: Lembra-te disto: o inimigo tem ultrajado ao YHVH, E UM POVO INSENSATO TEM BLASFEMADO O TEU nome.

           [39] 74,21: Não fique envergonhado oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.

           [40] 75,1: Graças te rendemos, ó ‘Ulhím; graças te rendemos, e invocamos o teu nome,  e declaramos as tuas maravilhas.

           [41] 76,1: Conhecido é ‘Ulhím (Yahu) em Yahudah (Judá); grande, o seu nome em Yisrael.

           [42] 79,6: DERRAMA O TEU FUROR SOBRE AS NAÇÕES QUE TE NÃO CONHECEM E SOBRE OS REINOS QUE NÃO INVOCAM O TEU nome.

           [43] 79,9: Assiste-nos, ó ‘Ulhím e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra--nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.

           [44] 80,18: E assim não nos apartaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome.

           [45] 83,16: Enche-lhes o rosto de ignomínia, para que busquem o teu nome, YHVH YAHU.

           [46] 83,18: E RECONHECERAM QUE SÓ TU, CUJO nome É YAHU, ÉS O ALTÍSSIMO SOBRE TODA A TERRA. {SENHOR NÃO É NOME!!!}:

 

           [“83,18: O Altíssimo. A expressão hebraica soa semelhante ao título mais comum dado ao (deus) (‘Elohím) cananeu ‘BAAL’. O salmista pede que (Deus – que também é representado por: ‘Elohím – grifo meu), ‘Ulhím Yahu – grifo meu, julgue as nações para que elas vejam que o próprio (Senhor/SENHOR – que também é Baal na língua hebraica – grifo meu); repetindo o texto: que o próprio Senhor, e não Baal, é o único (Deus) de todo o mundo! Mas, se continuarem com o título ‘Deus’ que vem de: ‘Zeus’ um deus/Deus pagão grego! Se continuarem com esse título (SENHOR – como nome pagão!) Que representa – ‘Baal’! De nada adianta o salmista implorar ou mostrar a verdade... Pois a ‘Bíblia’ está corrompida nessa parte e ninguém enxerga isso????”].

           Estudo tirado da: Bíblia de Estudo de Genebra, pág. 751.

           [REFERÊNCIA: SH’MOT (ÊXODO) 6,3: Apareci a Avraham (Abraão), Yitz’chak (Isaque) e Ya’akov (Jacó) como Ul Shaddai (ETERNO TODO-PODEROSO), apesar de não me ter feito conhecer a eles por meio de meu nome, Yud-Heh-Vav-Heh, o {YAHU}, não lhes fui conhecido?].

           Bíblia de Estudo: Bíblia Judaica Completa. Com grifos meus.

 

           [47] 86,9: Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de ti, YHVH, e glorificarão o teu nome.

           [48] 86,11: ENSINA-ME, YHVH – YAH, O TEU CAMINHO, E ANDAREI NA TUA VERDADE; DISPÕE-ME O CORAÇÃO PARA SÓ TEMER O TEU nome.

           [49] 86,12: Dar-te-ei graças, YHVH, ‘Ulhím meu, de todo meu coração, e glorificarei para sempre o teu nome.

           [50] 89,16: Em teu nome, de contínuo se alegra e na tua justiça se exalta.

           [51] 89,24: A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder.

           [52] 91,14: PORQUE A MIM SE APEGOU COM AMOR, EU O LIVRAREI; PÔ-LO-EI A SALVO, PORQUE CONHECE O MEU nome.

           [53] 92,1: Bom é render graças ao YHVH e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo.

           [54] 96,2: Cantai ao YHVH, bendizei o seu nome; proclamai a sua salvação, dia após dia.

           [55] 96,8: TRIBUTAI AO YHVH A GLÓRIA DEVIDA AO SEU nome; TRAZEI OFERENDAS E ENTRAI NOS SEUS ÁTRIOS.

           [56] 97,12: Alegrai-vos no YHVH, ó justos, e daí louvores ao seu santo nome.

           [57] 99,3: CELEBREM ELES O TEU nome GRANDE E TREMENDO, PORQUE É SANTO.

 

           [“99,3: nome: ver Sl 8,1. É santo. ‘Ullhím é completamente separada e impar. Isso é verdade em virtude de sua natureza não criada, seu poder e sua perfeição moral. Yesha’Yahu (Isaías): 6! Então, por isso tudo, seu NOME não pode ser um NOME comum.....!!! Grifo meu. Estudo tirado da Bíblia de Estudo de Genebra Edição Revista e Ampliada pág. 763”].

 

           [58] 99,6:  MOSHÊH E AHARON (MOISÉS E ARÃO), ENTRE OS SEUS KOHEN (SACERDOTES), E SH’MU’EL (SAMUEL), ENTRE OS QUE LHE INVOCAM “O nome”, CLAMAVAM AO YHVH, E ELE OS OUVIA.

           [59] 100,4: Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe “o nome”.

           [60] 102,12: Tu, porém, YHVH, permaneces para sempre, e a memória do teu nome, de geração em geração.

           [61] 102,15: Todas as nações temerão “o nome” do YHVH, e todos os reis da terra, a sua glória.

           [62] 102,21: A fim de que seja anunciado em Sião o nome do YHVH.

           [63] 103,1: Bendize, ó minha alma, ao YHVH, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome.

           [64] 105,1: Rendei graças ao YHVH, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos.

           [65] 105,3: Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o YHVH.

           [66] 106,8: Mas ele os salvou por amor do seu nome, para lhes fazer notório o seu poder.

 

           [“Obs.: Esta passagem, sua referência, nos remete à: Êx 9,16: Mas, deveras, para isso te hei mantido, a fim de mostrar-te o meu poder, e para que seja o meu nome anunciado em toda a terra! (E não escondido como o fez seu povo, por medo e não por amor por se achar indigno de o pronunciar? Como? Se a vontade do ETERNO É TOTALMENTE DIFERENTE....!!!!”)].

 

           [67] 106,47: Salva-nos, YHVH, nosso ‘Ulhím, e congrega-nos de entre as nações, para que demos graças ao teu santo nome e nos gloriemos no teu louvor.

           [68] 109,21: Mas tu, YHVH ‘ULHÍM, age por mim, por amor do teu nome; livra-me, porque é grande a tua misericórdia.

           [69] 111,9: Enviou ao seu povo a redenção, estabeleceu para sempre a sua aliança; santo e tremendo é o seu nome.

           [70] 113,1: Louvai, servos do YHVH, louvai o nome do YHVH.

 

           [“HALLELU-YAH”].

 

           [71] 113,2: Bendito seja o nome do YHVH, agora e para sempre.

           [72] 113,3: Do nascimento do sol até ao ocaso , louvado seja o nome do  YHVH.

           [73] 115,1: Não a nós, YHVH, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.

           [74] 116,4: Então, invoquei “o nome” do YHVH: ó YHVH, livra-me a nefesh (alma).

           [75] 116,13: TOMAREI O CÁLICE DA SALVAÇÃO E INVOCAREI “O nome” DO YHVH.

 

           [“Essa passagem, não tem referências! Isso indica que somente o seu NOME único e exclusivo é que pode salvar! Estudo do ‘Cálice’: (Sl 11,6): À parte do seu cálice: Os salmos se referem-se ao cálice da bênção de ‘Ulhím (23,5), bem como ao cálice de sua ira, que os ímpios irão sorver até as suas escórias (75,8) para a sua própria destruição!”].

 

           [76] 116,17: Oferecer-te-ei sacrifícios de ações de graças e invocarei “o nome” do YHVH.

           [77] 118,11: Cercaram-me, cercaram-me de todos os lados; mas em nome do YHVH as destruí.

           [78] 118,12: Como abelhas me cercaram, porém como fogo em espinhos foram queimadas; em nome do YHVH as destruí.

           [79] 118,26: Bendito o que vem em nome do YHVH. A vós outros da Casa do YHVH, nós vos abençoamos.

           [80] 119,55: Lembro-me, YHVH, do teu nome, durante a noite, e observo a tua lei.

           [81] 119,132: Volta-te para mim e tem piedade de mim, segundo costumas fazer aos que amam o teu nome.

           [82] 122,4: Para onde sobem as tribos, as tribos do YHVH, como convém a Yisrael (Israel), para render graças ao nome do YHVH.

           [83] 124,8: O nosso socorro está em “o nome” do YHVH.

           [84] 129,8: E também os que passam não dizem: A bênção do YHVH seja convosco! Nós vos abençoamos em nome do YHVH – YAHU!

           [85] 135,1: HALLELU-YAH (LOUVOR A YAH)! Louvai “o nome” do YHVH, louvai-o, servos do YHVH.

 

           [“REFERÊNCIAS AO ESTUDO, AOS SALMOS: 111; 111,1 (ESSA EXORTAÇÃO E EXCLAMAÇÃO DE LOUVOR INICIA E ENCERRA {v. 21} O SALMO.). ESSAS SÃO PALAVRAS DE DAVI...!!! COMO PODEM LOUVAR O ETERNO COM OUTRO NOME??? NUNCA!!!”].

 

           [86] 135,3: Louvai ao YHVH, porque o YHVH é bom; cantai louvores ao seu nome; porque é agradável.

           [87] 135,13: O teu nome, YHVH, subsiste para sempre; a tua memória, YHVH, passará de geração em geração.

           [88] 138,2: Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra.

           [89] 140,13: Assim, os justos renderão graças ao teu nome; os retos habitarão na tua presença.

           [90] 143,11: Vivifica-me, YHVH, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira da tribulação a minha nefesh (alma).

           [91] 145,1: Exaltar-te-ei, ó ‘Ulhím meu e Rei; bendirei o teu nome para todo o sempre.

           [92] 145,2: Todos os dias te bendirei e louvarei o teu nome para todo o sempre.

           [93] 145,21: Profira a minha boca louvores ao YHVH, e toda carne louve o seu santo nome, para todo o sempre.

           [94] 148,5: Louvem “o nome” do YHVH, pois mandou ele, e foram criados.

           [95] 148,13: Louvem “o nome” do YHVH, porque só o seu nome é excelso, a sua majestade é acima da terra e do céu.

           [96] 149,3: Louvem-lhe “o nome” com flauta; cantem-lhe salmos com adufe e harpa.

5876 - Sinônimos

Ver Definição para humnos 5215

Ver Definição para psalmos 5568

Ver Definição para ode 5603

5603 é o termo genérico; 5568 e 5215 são específicos, o primeiro designando uma canção que toma o seu caráter geral dos Salmos do AT, embora não restrito a eles; o último, uma canção de louvor. Enquanto a idéia principal de 5568 é um acompanhamento musical, e a de 5215, louvor a Deus, 5603 é a palavra geral para uma canção, seja acompanhada ou não, seja de louvor ou sobre algum outro assunto. Assim é totalmente possível para a mesma canção ser ao mesmo tempo descrita pelas três palavras.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8679

5568 ψαλμος psalmos

de 5567; TDNT - 8:489,1225; n m

1) toque, ato de fazer vibrar e produzir som

1a) do toque das cordas de um instrumento musical

1b) de um canção piedosa, um salmo

Sinônimos ver verbete 5876

TDNT TDNT corresponde à obra de Gerhard Kittel, Theological Dictionary of the New Testament. Ao lado da sigla TDNT, o primeiro número (ex.: 1:232) remete ao volume e ao verbete a ser consultado na coleção de 8 volumes da obra de Kittel; o segundo número remete ao verbete da obra condensada em um único volume por G. W. Bromiley.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8679

5214 υμνεω humneo

de 5215; TDNT - 8:489,1225; v

1) cantar o louvor de, cantar hinos para

2) cantar um hino, cantar

2a) o canto dos hinos pascais (Salmos 113 a 118 e 136, chamados pelos judeus “o grande Hallel”)

TDNT TDNT corresponde à obra de Gerhard Kittel, Theological Dictionary of the New Testament. Ao lado da sigla TDNT, o primeiro número (ex.: 1:232) remete ao volume e ao verbete a ser consultado na coleção de 8 volumes da obra de Kittel; o segundo número remete ao verbete da obra condensada em um único volume por G. W. Bromiley.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8679

2241 ηλι eli ou eloi

de origem hebraica, 410 אלי com sufixo pronominal; n pr m

1) Eli, Eli, lamá sabactâni. A forma hebraica, como Elio, Elio, etc., é o siro-caldeu (a língua de uso diário dos judeus no tempo de Cristo) das primeiras palavras do Salmo 22. Significam “Meu Deus, meu Deus, por quê me desamparaste?”

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8679

08605 תפלה t ̂ephillah

procedente de 6419; DITAT - 1776a; n. f.

1) oração

1a) oração

1b) fazer uma oração

1c) casa de oração

1d) ouvir oração

1e) em títulos de Salmos (referindo-se à oração poética ou litúrgica)

DITAT DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br). O número que aparece ao lado da sigla DITAT corresponde ao verbete deste dicionário, que pode ser consultado para maior aprofundamento.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8605

08020 שלמן Shalman

de derivação estrangeira; n pr m

Salmã = “adorador do fogo”

1) uma forma contrata do nome de Salmaneser, rei da Assíria

1a) talvez um obscuro rei assírio, predecessor de Pul

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8020

08012 שלמון Salmown

procedente de 8008, grego 4533 σαλμων; n pr m

Salmom = “veste”

1) pai de Boaz, sogro de Rute, e avô de Davi

1a) também ‘Salma’

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8012

08009 שלמה Salmah

o mesmo que 8008; n pr m

Salmom = “veste”

1) pai de Boaz, sogro de Rute, e avô de Davi

1a) também ‘Salma’

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8009

08007 שלמא Salma’

provavelmente em lugar de 8008; n pr m

Salma = “veste”

1) pai de Boaz, sogro de Rute, e avô de Davi

1a) também ’Salmom’

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H8007

05961 עלמות ̀Alamowth

pl. de 5959; n f

1) mulher jovem, soprano?

1b) um termo usado no título dos salmos - Alamote

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H5961

04609 מעלה ma ̀alah

procedente de 4608; DITAT - 1624L,1624m; n f

1) o que sobe, pensamentos

2) degrau, escada

2a) degrau, escada

2b) graus (de relógio de sol)

2c) histórias (do céu)

2d) subida

2e) cântico de romaria

2e1) para as três grandes festas de peregrinação (títulos de Salmos)

DITAT DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br). O número que aparece ao lado da sigla DITAT corresponde ao verbete deste dicionário, que pode ser consultado para maior aprofundamento.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H4609

04387 מכתם miktam

procedente de 3799; DITAT - 1056a; n m

1) mictam

1a) um termo técnico encontrado nos títulos dos salmos

1b) sentido incerto

DITAT DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br). O número que aparece ao lado da sigla DITAT corresponde ao verbete deste dicionário, que pode ser consultado para maior aprofundamento.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H4387

04210 מזמור mizmowr

procedente de 2167; DITAT - 558c; n m

1) melodia, salmo

DITAT DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br). O número que aparece ao lado da sigla DITAT corresponde ao verbete deste dicionário, que pode ser consultado para maior aprofundamento.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H4210

03038 ידותון Y ̂eduwthuwn ou ידתון Y ̂eduthuwn ou ידיתון Y ̂ediythuwn

provavelmente procedente de 3034; n pr m

Jedutum = “louvável”

1) um levita da família de Merari e o líder de um dos três corais do templo cujos descendentes também formaram um dos corais permanentes do templo; o seu nome aparece no início de 3 salmos (Sl 39.1; 62.1; 77.1) também como compositor ou como receptor destes salmos, porém mais provavelmente como regente do coral que entoava estes salmos

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H3038

02158 זמיר zamiyr ou זמר zamir e (fem.) זמרה z ̂emirah

procedente de 2167; DITAT - 558b; n m

1) cântico, salmo

DITAT DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br). O número que aparece ao lado da sigla DITAT corresponde ao verbete deste dicionário, que pode ser consultado para maior aprofundamento.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H2158

01665 גתית Gittiyth

procedente de 1663; n f

Gitite = “os lagares”

1) um instrumento musical? procedente de Gate? e usado em três títulos de Salmos - Sl 8.1; 81.1; 84.1; título de um cântico usado para a Festa das Tabernáculos

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H1665

0516 אל תשחת ’Al tashcheth (aramaico)

procedente de 408 e 7843; n m

Al-taschith = “não destruas”

1) (Hifil) uma orientação para o músico chefe, ou talvez o título de uma melodia usada em vários salmos

Hifil

Hifil

1) O Hifil em geral expressa a ação “causativa” do Qal - ver 8851

Qal Hifil

ele comeu ele fez comer, alimentou

ele veio ele fez vir, trouxe

ele reinou ele fez rei, coroou

2) O Hifil é geralmente empregado para formar verbos a partir de substantivos e de adjetivos.

Substantivo ou Adjetivo Hifil

ouvido ouvir (dar ouvidos)

distante afastar-se, colocar longe de

3) Alguns verbos “simples” acham-se no Hifil.

lançar, destruir, levantar cedo, explicar, contar

Essa forma representa 13.3% dos verbos analisados.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H516

0365 אילת ’ayeleth

o mesmo que 355; DITAT - 45L; n f

1) corça, cervo, gazela

2) “Aijeleth Shahar” ("corça da manhã”) é parte do título do Sl 22.1 e provavelmente descreve ao músico a melodia com a qual o salmo deveria ser tocado

DITAT DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br). O número que aparece ao lado da sigla DITAT corresponde ao verbete deste dicionário, que pode ser consultado para maior aprofundamento.

Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. H365

SALMOS

Designação dos HAGIÓGRAFA, visto que os Salmos são o primeiro livro da terceira divisão da Escritura do AT, segundo a ordem dos livros adotada pelos judeus (Lc 24.44).

SALMOS ALFABÉTICOS

V. ALFABÉTICOS, SALMOS.

SALMOS, LIVRO DOS

Coleção de hinos de Israel, escritos por diferentes autores, durante um período de mais ou menos 800 anos. Há vários tipos de salmos: hinos de louvor a Deus; orações pedindo ajuda, proteção e salvação; pedidos de perdão; canções de agradecimento pelas bênçãos de Deus; orações em favor do rei; canções para ensinarem as pessoas a fazerem o bem; súplicas para que Deus castigue os inimigos; e outros. As orações às vezes são pessoais; outras vezes são nacionais, em favor de todo o povo. A forma usada na poesia bíblica se chama PARALELISMO, que, aliado à riqueza de comparações, dá graça e beleza aos salmos. Jesus cantou os salmos e os citou várias vezes. Eles foram citados mais de cem vezes pelos escritores do NT. Através dos séculos, os salmos têm sido uma fonte de inspiração e devoção nas reuniões da Igreja Cristã e no seu trabalho missionário. Os salmos estão agrupados em cinco livros, que começam com os de número 1, 42, 73, 90 e 107.

SALMOS PENITENCIAIS

V. PENITENCIAL.

AT Antigo Testamento

V. ver

NT Novo Testamento

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

PENITENCIAL

Relativo a tristeza por pecados cometidos, seguida de arrependimento e perdão. Na tradição cristã são sete os salmos penitenciais: 32, 38, 51, 102, 130 e 143.

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

PARALELISMO

Forma da poesia hebraica que pode ser de três tipos:

1) No p. sinonímico a mesma idéia é expressa com outras palavras na linha ou nas linhas seguintes (Sl 1.1).

2) No p. de contraste ou antitético a segunda linha é o oposto da primeira (Sl 1.6).

3) O p. sintético tem variantes, sendo que numa delas as duas primeiras linhas são sinonímicas, e a terceira é suplementar (Sl 1.3).

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

ALFABÉTICOS, SALMOS

Salmos cujos versículos ou estrofes estão na ordem do alfabeto hebraico, isto é, começam com álefe, a primeira letra, e vão até tau, que é a última. (V. LAMENTAÇÕES, LIVRO DE e Sl 119, RC).

ALFABETO HEBRAICO

Conjunto das 22 letras que representam os sons (as consoantes e algumas vogais) da língua hebraica (Sl 119, RC; Lm 1—4, RC):

1) álefe – א;

2) bete – ב;

3) guímel – ג;

4) dálete – ד;

5) hê – ה;

6) vau – ו;

7) zaine – ז;

8) hete – ח;

9) tete – ט;

10) jode – י;

11) cafe – ך;

12) lâmede – ל;

13) mem – ם;

14) num – ן;

15) sâmeque – ס;

16) aim – ע;

17) pê – פ;

18) tsadê – ץ;

19) cofe – ק;

20) rexe – ר;

21) chim – ש;

22) tau – ת.

V. ver

RC Almeida Revista e Corrigida

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

Tsadê.

18 Espiaram os nossos passos, qde maneira que não podíamos andar pelas nossas ruas; está chegando o nosso fim, estão cumpridos os nossos dias, rporque é vindo o nosso fim.

Cofe.

19 Os nossos perseguidores foram smais ligeiros do que as aves dos céus; sobre os montes nos perseguiram, no deserto nos armaram ciladas.

Rexe.

20 O respiro tdas nossas narinas, o ungido do Senhor, ufoi preso nas suas covas; dele dizíamos: Debaixo da sua sombra viveremos entre as nações.

Chim.

21 Regozija-te e valegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; wo cálice chegará também para ti; embebedar-te-ás e te descobrirás.

Tau.

22 O castigo da tua maldade xestá consumado, ó filha de Sião; ele nunca mais te levará para o cativeiro; ele visitará a tua maldade, ó filha de Edom, descobrirá os teus pecados.

q 2Rs 25.4-5

r Ez 7.2-3,6; Am 8.2

s Jr 4.13

t Gn 2.7

u Jr 52.9; Ez 12.13; 19.4,8

v Ec 11.9

w Jr 25.15-16; Ob 10

x Is 40.2

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Corrigida 2009; Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri, 2009; 2009, S. Lm 4:17-22

Hete.

22 As misericórdias kdo Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. 23 Novas lsão cada manhã; grande é a tua fidelidade. 24 A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.

Tete.

25 Bom é o Senhor para os que se atêm a ele, mpara a alma que o busca. 26 Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. 27 Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade;

Jode.

28 assentar-se nsolitário e ficar em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele. 29 Ponha oa boca no pó; talvez assim haja esperança. 30 Dê pa face ao que o fere; farte-se de afronta.

Cafe.

31 Porque o Senhor não rejeitará para sempre. 32 Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias. 33 Porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens.

Lâmede.

34 Pisar debaixo dos pés todos os presos da terra, 35 perverter o direito do homem perante a face do Altíssimo, 36 subverter o homem no seu pleito, qnão o veria o Senhor?

Mem.

37 Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? 38 Porventura da boca do Altíssimo rnão sai o mal e o bem? 39 De sque se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.

Nun.

40 Esquadrinhemos os nossos caminhos, experimentemo-los e voltemos para o Senhor. 41 Levantemos o coração juntamente com as mãos para Deus nos céus, dizendo: 42 Nós prevaricamos te fomos rebeldes; por isso, tu não perdoaste.

Sâmeque.

43 Cobriste-nos de ira e nos perseguiste; umataste, não perdoaste. 44 Cobriste-te vde nuvens, para que não passe a nossa oração. 45 Como wcisco e rejeitamento, nos puseste no meio dos povos.

Pê.

46 Todos xos nossos inimigos abriram contra nós a sua boca. 47 Temor e cova yvieram sobre nós, assolação e quebrantamento. 48 Torrentes de águas derramaram os meus olhos, zpor causa da destruição da filha do meu povo.

Ain.

49 Os ameus olhos choram e não cessam, porque não há descanso, 50 até bque o Senhor atente e veja desde os céus. 51 O meu olho move a minha alma, por causa de todas as filhas da minha cidade.

Tsadê.

52 Como ave, me caçaram os que são meus inimigos sem causa. 53 Arrancaram ca minha vida na cova e lançaram pedras sobre mim. 54 Águas correram sobre a minha dcabeça; eu disse: Estou cortado.

Cofe.

55 Invoquei eo teu nome, Senhor, desde a mais profunda cova. 56 Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor. 57 Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; fdisseste: Não temas.

Rexe.

58 Pleiteaste, gSenhor, os pleitos da minha alma, remiste a minha vida. 59 Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa. 60 Viste toda a sua vingança, htodos os seus pensamentos contra mim.

Chim.

61 Ouviste as suas afrontas, Senhor, todos os seus pensamentos contra mim; 62 os lábios dos que se levantam contra mim e as suas imaginações contra mim todo o dia. 63 Observa-os ao se assentarem e ao se levantarem; ieu sou a sua canção.

Tau.

64 Tu lhes darás a recompensa, Senhor, jconforme a obra das suas mãos. 65 Tu lhes darás ânsia de coração, maldição tua sobre eles. 66 Na tua ira, os perseguirás, e keles serão desfeitos debaixo dos céus do Senhor.

As grandes aflições de várias classes de pessoas

Álefe.

4 1 Como se escureceu o ouro! Como se mudou ao ouro fino e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas!

Bete.

2 Os preciosos filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, bcomo são, agora, reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!

Guímel.

3 Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos; mas ca filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.

Dálete.

4 A língua do que mama fica pegada pela sede ao seu paladar; dos meninos pedem pão, e ninguém lho dá.

Hê.

5 Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas; eos que se criaram em carmesim abraçam o esterco.

Vau.

6 Porque maior é a maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, fa qual se subverteu como em um momento, sem que trabalhassem nela mãos algumas.

Zain.

7 Os seus nazireus eram mais alvos do que a neve, eram mais brancos do que o leite, eram mais roxos de corpo do que os rubins, mais polidos do que a safira.

Hete.

8 Mas, gagora, escureceu-se o seu parecer mais do que o negrume, não se conhecem nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pedaço de pau.

Tete.

9 Os mortos à espada mais ditosos são do que os mortos à fome; porque estes se esgotam como traspassados, por falta dos frutos dos campos.

Jode.

10 As hmãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos; iserviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.

Cafe.

11 Deu o Senhor cumprimento ao seu furor; jderramou o ardor da sua ira e acendeu fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos.

Lâmede.

12 Não creram os reis da terra, nem todos os moradores do mundo, que entrasse o adversário e o inimigo pelas portas de Jerusalém.

Mem.

13 Foi por causa dos kpecados dos profetas, ldas maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela.

Nun.

14 Erram como cegos nas ruas, mandam contaminados de sangue; de tal sorte que ninguém pode tocar nas suas roupas.

Sâmeque.

15 Desviai-vos, nbradavam eles. Imundo! Desviai-vos, desviai-vos, não toqueis; quando fugiram e erraram, disseram entre as nações: Nunca mais morarão aqui.

Pê.

16 A ira do Senhor os dividiu; ele nunca mais tornará a olhar para eles; onão reverenciaram a face dos sacerdotes, nem se compadeceram dos velhos.

Ain.

17 Os pnossos olhos desfaleciam, esperando vão socorro; olhávamos atentamente para gente que não pode livrar.

k Ml 3.6

l Is 33.2

m Is 30.18; Mq 7.7

n Jr 15.17; Lm 2.10

o Jó 42.6

p Is 50.6; Mt 5.39

q Hc 1.13

r Jó 2.10; Is 45.7; Am 3.6

s Pv 19.3; Mq 7.9

t Dn 9.5

u Lm 2.2,17,21

v Lm 3.8

w 1Co 4.13

x Lm 2.16

y Is 24.17; 51.19; Jr 48.43

z Jr 4.19; 9.1; 14.17; Lm 2.11

a Lm 1.16

b Is 63.15

c Jr 38.6,9-10; Dn 6.17

d Lm 3.18; Is 38.10-11

e Jn 2.2

f Tg 4.8

g Jr 51.36

h Jr 11.19

i Lm 3.14

j Jr 11.20; 2Tm 4.14

k Dt 25.19; Jr 10.11

a Lm 2.19

b Is 30.14; Jr 19.11; 2Co 4.7

c Jó 39.14,16

d Lm 2.11-12

e Jó 24.8

f Gn 19.25

g Lm 5.10; Jl 2.6; Na 2.10

h Lm 2.20; Is 49.15

i Dt 28.57; 2Rs 6.29

j Jr 7.20; 21.14; Dt 32.22

k Jr 5.31; 6.13; 14.14; 23.11,21; Ez 22.26,28; Sf 3.4

l Mt 23.31,37

m Jr 2.34

n Lv 13.45

o Lm 5.12

p Is 30.6-7

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Corrigida 2009; Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri, 2009; 2009, S. Lm 3:21-4:17

Lâmede.

12 Dizem a suas mães: Onde trigo e vinho? kQuando desfalecem como o ferido pelas ruas da cidade, derramando-se a sua alma no regaço de suas mães.

Mem.

13 Que testemunho te trarei? lA quem te compararei, ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para te consolar a ti, ó virgem filha de Sião? Porque grande como o mar é a tua ferida; quem te sarará?

Nun.

14 Os teus profetas mviram para ti vaidade e loucura e não manifestaram a tua maldade, para afastarem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.

Sâmeque.

15 Todos nos que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam perfeita em formosura, gozo de toda a terra?

Pê.

16 Todos oos teus inimigos abrem a boca contra ti, assobiam e rangem os dentes; dizem: Devoramo-la; certamente este é o dia que esperávamos; achamo-lo e vimo-lo.

Ain.

17 Fez o Senhor po que intentou; cumpriu a sua palavra, que ordenou desde os dias da antiguidade: derribou e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa, exaltou 2o poder dos teus adversários.

Tsadê.

18 O coração deles clamou ao Senhor: qÓ muralha da filha de Sião, corram as tuas lágrimas como um ribeiro, de dia e de noite; não te dês descanso, nem parem as meninas de teus olhos.

Cofe.

19 Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como águas diante da face do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, rque desfalecem de fome à entrada de todas as ruas.

Rexe.

20 Vê, ó Senhor, e considera a quem fizeste assim! sHão de as mulheres comer o fruto de si mesmas, as crianças que trazem nos braços? tOu matar-se-á no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta?

Chim.

21 Jazem em terra pelas ruas o moço ue o velho; as minhas virgens e os meus jovens vieram a cair à espada; tu os mataste no dia da tua ira; vdegolaste-os e não te apiedaste deles.

Tau.

22 Convocaste de toda parte os meus receios, como em um dia de solenidade; wnão houve no dia da ira do Senhor quem escapasse ou ficasse; aqueles xque trouxe nas mãos e sustentei, o meu inimigo os consumiu.

A tristeza de Jeremias. Ele convida o povo a reconhecer o seu pecado e a voltar para Deus, para obter misericórdia

Álefe.

3 1 Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do seu furor. 2 Ele me levou e me fez andar em trevas e não na luz. 3 Deveras se tornou contra mim; virou contra mim de contínuo, a mão todo o dia.

Bete.

4 aFez envelhecer a minha carne e a minha pele, quebrantou os meus ossos. 5 Edificou contra mim e me cercou de fel e trabalho. 6 Assentou-me em lugares tenebrosos, como os que estavam mortos há muito.

Guímel.

7 bCircunvalou-me, e não posso sair; agravou os meus grilhões. 8 Ainda cquando clamo e grito, ele exclui a minha oração. 9 Circunvalou os meus caminhos com pedras lavradas, fez tortuosas as minhas veredas.

Dálete.

10 Fez-me dcomo urso de emboscada, um leão em esconderijos. 11 Desviou os meus caminhos e fez-me em pedaços; deixou-me assolado. 12 Armou o seu arco, ee me pôs como alvo à flecha.

Hê.

13 Fez fentrar nos meus rins as flechas da sua aljava. 14 Fui gfeito um objeto de escárnio para todo o meu povo e a sua canção todo o dia. 15 Fartou-me hde amarguras, saciou-me de absinto.

Vau.

16 Quebrou com pedrinhas de areia os meus dentes; icobriu-me de cinza. 17 E afastaste da paz a minha alma; esqueci-me do bem. 18 Então, disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor.

Zain.

19 Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, jdo absinto e do fel. 20 Minha alma, certamente, se lembra e se abate dentro de mim. 21 Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança.

k Lm 2.19; 4.4

l Lm 1.12; Dn 9.12

m Jr 2.8; 5.31; 14.14; 23.16; 27.14; 29.8-9; Ez 13.2

n 2Rs 1.9,21; 9.8; Jr 18.16; Na 3.19; Ez 25.6

o Jó 16.9-10; Lm 3.46

p Lv 26.16; Dt 28.15

2 Hebr. o chifre

q Lm 1.16; 2.8; Jr 14.17

r Is 51.20; Lm 2.11; 4.1; Na 3.10

s Lv 26.29; Dt 28.53; Jr 19.9; Lm 4.10; Ez 5.10

t Lm 4.13,16

u 2Cr 36.17

v Lm 3.43

w Jr 6.25; 46.5

x Os 9.12-13

a Jó 16.8; Is 38.13; Jr 50.17

b Jó 3.23; 19.8; Os 2.6

c Jó 30.20

d Os 5.14; 13.7-8

e Jó 7.20; 16.12

f Jó 6.4

g Jr 20.7; Jó 30.9; Lm 3.63

h Jr 9.15

i Pv 20.17

j Jr 9.15

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Corrigida 2009; Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri, 2009; 2009, S. Lm 2:11-3:21

Álefe.

2 1 Como cobriu o Senhor de nuvens, na sua ira, a filha de Sião! aDerribou do céu à terra a glória de Israel e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira.

Bete.

2 Devorou bo Senhor todas as moradas de Jacó e não se apiedou; derribou no seu furor as fortalezas da filha de Judá e as abateu até à terra; profanou o reino e os seus príncipes.

Guímel.

3 Cortou, no furor da sua ira, 1toda a força de Israel; retirou para trás a sua destra de diante do inimigo; e ardeu contra Jacó, como labareda de fogo que tudo consome em redor.

Dálete.

4 Armou co seu arco como inimigo, firmou a sua destra como adversário de matou tudo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação, como fogo na tenda da filha de Sião.

Hê.

5 Tornou-se eo Senhor como inimigo; devorou Israel, devorou todos os seus palácios, destruiu as suas fortalezas; e multiplicou na filha de Judá a lamentação e a tristeza.

Vau.

6 E arrancou a sua cabana com violência, como se fosse a de uma horta; fdestruiu a sua congregação; o Senhor, em Sião, pôs em esquecimento a solenidade e o sábado e, na indignação da sua ira, rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote.

Zain.

7 Rejeitou o Senhor o seu altar, detestou o seu santuário; entregou na mão do inimigo os muros dos seus palácios; deram gritos na Casa do Senhor, como em dia de reunião solene.

Hete.

8 Intentou o Senhor destruir o muro da filha de Sião; estendeu o cordel, não retirou a sua mão destruidora; gfez gemer o antemuro e o muro; eles estão juntamente enfraquecidos.

Tete.

9 Abateram as suas portas; hele destruiu e quebrou os seus ferrolhos; o seu rei e os seus príncipes estão entre as nações onde não lei, nem acham visão alguma do Senhor os seus profetas.

Jode.

10 Estão sentados ina terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; lançam pó sobre a sua cabeça, cingiram panos de saco; as virgens de Jerusalém abaixam a sua cabeça até à terra.

Cafe.

11 Já se consumiram os meus olhos jcom lágrimas, turbada está a minha alma, o meu coração se derramou pela terra, por causa do quebrantamento da filha do meu povo; pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade.

a Mt 11.23

b Lm 2.17,21; 3.43

1 Hebr. todo o chifre

c Is 63.10; Lm 2.5

d Ez 24.25

e Lm 2.4; Jr 30.14; 52.13; 2Rs 25.9

f Is 1.8; 5.5; Lm 1.4; Sf 3.18

g 2Rs 21.13; Is 34.11

h Jr 51.30; Lm 1.3; 4.20

i Jó 2.12-13; Is 3.26; 15.3; Lm 3.28; Ez 7.18; 27.31

j Lm 1.20; 3.48

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Corrigida 2009; Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri, 2009; 2009, S. Lm 2:1-11

Vau.

6 E da filha de Sião foi-se toda a sua glória; os seus príncipes ficaram sendo como corços que não acham pasto e caminham sem força na frente do perseguidor.

Zain.

7 Lembra-se Jerusalém, nos dias da sua aflição e das suas rebeliões, de todas as suas mais queridas coisas, que tivera dos tempos antigos; quando caía o seu povo na mão do adversário, e ela não tinha quem a socorresse, os adversários a viram e fizeram escárnio da sua queda.

Hete.

8 Jerusalém fgravemente pecou; por isso, se fez instável; todos os que a honravam a desprezaram, gporque viram a sua nudez; ela também suspirou e voltou para trás.

Tete.

9 A sua imundícia está nas suas saias, hnunca se lembrou do seu fim; por isso, foi pasmosamente abatida, não tem consolador. Vê, Senhor, a minha aflição, porque o inimigo se engrandece.

Jode.

10 Estendeu o adversário a sua mão a todas ias coisas mais preciosas dela; jpois viu entrar no seu santuário as nações acerca das quais mandaste que não entrassem na tua congregação.

Cafe.

11 Todo o seu povo anda suspirando, kbuscando o pão; deram as suas coisas mais preciosas a troco de mantimento para refrescarem a alma; vê, Senhor, e contempla, pois me tornei desprezível.

Lâmede.

12 Não vos comove isso, a todos vós que passais pelo caminho? Atendei e vede se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que me entristeceu o Senhor, no dia do furor da sua ira.

Mem.

13 Desde o alto enviou fogo a meus ossos, o qual se assenhoreou deles; lestendeu uma rede aos meus pés, fez-me voltar para trás, fez-me assolada e enferma todo o dia.

Nun.

14 Já mo jugo das minhas prevaricações está atado pela sua mão; elas estão entretecidas, subiram sobre o meu pescoço, e ele abateu a minha força; entregou-me o Senhor na suas mãos, e eu não posso levantar-me.

Sâmeque.

15 O Senhor atropelou todos os meus valentes no meio de mim; apregoou contra mim um ajuntamento, para quebrantar os meus jovens; no Senhor pisou, como em um lagar, a virgem filha de Judá.

Ain.

16 Por essas coisas, choro eu; oos meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo.

Pê.

17 Estende pSião as suas mãos, não há quem a console; mandou o Senhor acerca de Jacó que fossem inimigos os que estão em redor dele; Jerusalém é para eles como uma coisa imunda.

Tsadê.

18 Justo qé o Senhor, pois me rebelei contra os seus mandamentos; ouvi, pois, todos os povos e vede a minha dor; as minhas virgens e os meus jovens se foram para o cativeiro.

Cofe.

19 Chamei os meus amadores, mas reles me enganaram; os meus sacerdotes e os meus anciãos expiraram na cidade, senquanto buscavam para si mantimento, para refrescarem a sua alma.

Rexe.

20 Olha, Senhor, quanto estou angustiada; tturbada está a minha alma, o meu coração está transtornado no meio de mim, porque gravemente me rebelei; ufora, me desfilhou a espada, dentro de mim está a morte.

Chim.

21 Ouvem que eu suspiro, vmas não tenho quem me console; todos os meus inimigos que souberam do meu mal folgam, porque tu o determinaste; wmas, em trazendo tu o dia que apregoaste, serão como eu.

Tau.

22 Venha toda a sua iniquidade à tua presença, e faze-lhes como me fizeste a mim por causa de todas as minhas prevaricações; porque os meus suspiros são muitos, xe o meu coração está desfalecido.

O cerco, a fome e a ruína de Jerusalém

f 1Rs 8.46

g Jr 13.22,26; Ez 16.37; 23.29

h Dt 32.29; Is 47.7; Lm 1.2,17,21

i Lm 1.7

j Dt 23.3; Ne 13.1

k Jr 38.9; 52.6; Lm 2.12; 4.4

l Ez 12.13; 17.20

m Dt 28.48

n Is 63.3; Ap 14.19-20; 19.15

o Jr 13.17; 14.17; Lm 1.2,9; 2.18

p Jr 4.31; Lm 1.2,9

q Ne 9.33; Dn 9.7,14

r Lm 1.2; Jr 30.14

s Lm 1.11

t Jó 30.27; Is 16.11; Jr 4.19; 48.36; Lm 2.11; Os 11.8

u Dt 32.25; Ez 7.15

v Lm 1.2

w Is 13; Jr 46

x Lm 5.17

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Corrigida 2009; Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri, 2009; 2009, S. Lm 1:5-22

LAMENTAÇÕES

de Jeremias

A humilhação de Jerusalém. Os pecados e aflições do povo

Álefe.

1 1 Como se acha solitária aquela cidade dantes tão populosa! aTornou-se como viúva a que foi grande entre as nações; e princesa entre as províncias tornou-se tributária!

Bete.

2 Continuamente chora bde noite, e as suas lágrimas correm pelas suas faces; não tem quem a console entre todos os seus amadores; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela, tornaram-se seus inimigos.

Guímel.

3 Judá cpassou ao cativeiro por causa da aflição e por causa da grandeza da sua servidão; dhabita entre as nações, não acha descanso; todos os seus perseguidores a surpreenderam nas suas angústias.

Dálete.

4 Os caminhos de Sião pranteiam, porque não há quem venha à reunião solene; todas as suas portas estão desoladas; os seus sacerdotes suspiram; as suas virgens estão tristes, e ela mesma tem amargura.

Hê.

5 Os seus adversários ea dominaram, os seus inimigos prosperam; porque o Senhor a entristeceu, por causa da multidão das suas prevaricações; os seus filhinhos vão em cativeiro na frente do adversário.

a Is 47.7-8; Ed 4.20

b Jr 13.17

c Jr 52.27

d Dt 28.54,65

e Dt 28.43-44; Jr 30.14-15; Dn 9.7,16

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Corrigida 2009; Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri, 2009; 2009, S. Lm 1:1-5

LAMENTAÇÕES, LIVRO DE

LAMENTAÇÃO 2, sobre a destruição de Jerusalém e sobre o sofrimento do povo que participou dela, em 587 a.C. O autor faz uma confissão de pecados cometidos pelo povo e pelos seus líderes, reconhecendo ter sido justo o castigo que a cidade e seu povo receberam (1.18). Porém, conforta-se na misericórdia de Deus e roga que ele mais uma vez ajude e restabeleça seu povo. Segundo a tradição judaica e a cristã, Jeremias é seu autor.

a.C. antes de Cristo

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

LAMENTAÇÕES, LIVRO DE

LAMENTAÇÃO 2, sobre a destruição de Jerusalém e sobre o sofrimento do povo que participou dela, em 587 a.C. O autor faz uma confissão de pecados cometidos pelo povo e pelos seus líderes, reconhecendo ter sido justo o castigo que a cidade e seu povo receberam (1.18). Porém, conforta-se na misericórdia de Deus e roga que ele mais uma vez ajude e restabeleça seu povo. Segundo a tradição judaica e a cristã, Jeremias é seu autor.

a.C. antes de Cristo

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

HAGIÓGRAFA

Nas Escrituras judaicas, a terceira divisão do AT. Inclui Sl, Pv, Ct, Rt, Lm, Ec, Et, Dn, Ed, Ne, 1Cr e 2Cr. Essa divisão se chama também de “Escritos” ou de “Salmos” (Lc 24.44).

HALEL [Louvor]

Nome dado aos salmos 113—118 (Halel Egípcio), cantados nas festas da Páscoa, dos Tabernáculos, de Pentecostes e da Dedicação. Os Salmos 120—136 são às vezes chamados de “O Grande Halel”. (Pronuncia-se halêl, com h aspirado.)

AT Antigo Testamento

Kaschel, Werner ; Zimmer, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida 2ª Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005

AGORA, SIM! SABEMOS UM POUCO DOS: "SALMOS" - LOUVORES!!!!! AGORA, SIM PODEMOS ENTENDER UM POUCO DO SEU POVO..... https://estudosdaescritura.blogspot.com/ PARA FALARMOS DE ALGO DO PASSADO, TEMOS QUE NOS REMETER AO TEMPO EM QUE ACONTECEU TAL COISA PARA QUEM POR QUE E COMO FOI ESCRITA E OS POR QUES?????? AGORA SABEMOS UM POUCO DA POESIA DO ANTIGO TESTAMENTO!!!! NUM PERIODO DE GUERRAS TRAVADAS ENTRE HOMENS DETERMINADAS PELO ETERNO PARA TIRAR DA TERRA OS QUE NÃO SEGUIAM O ÚNICO ETERNO COM NOME PRÓPRIO....MAS, SEGUIAM, SEUS DEUSES MALIGNOS TODOS COM NOMES PRÓPRIOS....!!!!! https://estudosdaescritura.blogspot.com/

BÍBLIA DE ESTUDO “TEMAS EM CONCORDÂNCIA”! EDITORA: CENTRAL GOSPEL. PÁGINAS: 646-647 ÀS PÁGINAS: 188-190: ESTUDO DE UM SALMO QUE ESTÁ SENDO MUITO DEBATIDO....VAMOS VER ESSE ESTUDO PELA BÍBLIA (TEMAS EM CONCORDÂNCIA): [AS PÁGINAS CITADAS, AS PRIMEIRAS SÃO DA BÍBLIA! AS OUTRAS, SÃO: 'DE ESTUDO EM CONCORDÂNCIA DO PRIMEIRO ASSUNTO...!!!]:

 

54. DEUS NOS LIVRA DA AFLIÇÃO

II SAMUEL 22

17 Estendeu do alto a sua mão e tomou-me; tirou-me das muitas águas

II CRÔNICAS 30

9 Pois, se voltardes para o Senhor, vossos irmãos e vossos filhos acharão misericórdia diante dos que os levaram cativos, e tornarão para esta terra; porque o Senhor vosso Deus é clemente e compassivo, e não desviará de vós o seu rosto, se voltardes para ele.

SALMOS 30

11 Tornaste o meu pranto em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria;

SALMOS 34

19 Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra.

 

20 Ele lhe preserva todos os ossos; nem sequer um deles se quebra.

SALMOS 37

32 O ímpio espreita o justo, e procura matá-lo.

 

33 O Senhor não o deixará nas mãos dele, nem o condenará quando for julgado.

SALMOS 146

8 o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos.

ISAÍAS 9

4 Porque tu quebraste o jugo da sua carga e o bordão do seu ombro, que é o cetro do seu opressor, como no dia de Midiã.

ISAÍAS 25

3 Pelo que te glorificará um povo poderoso; e a cidade das nações formidáveis te temerá:

 

4 Porque tens sido a fortaleza do pobre, a fortaleza do necessitado na sua angústia, refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor, pois o assopro dos violentos é como a tempestade contra o muro.

 

55. CONTRASTE ENTRE OS ÍMPIOS E OS JUSTOS

PROVÉRBIOS 12

5 Os pensamentos do justo são retos; mas os conselhos do ímpio são falsos.

26 O justo é um guia para o seu próximo; mas o caminho dos ímpios os faz errar.

 

56. CONTRASTE ENTRE A VIDA TERRENA DO JUSTO E DO ÍMPIO

II SAMUEL 22

26 Para com o benigno te mostras benigno; para com o perfeito te mostras perfeito,

 

27 para com o puro te mostras puro, mas para com o perverso te mostras avesso.

 

28 Livrarás o povo que se humilha, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abaterás.

 

II CRÔNICAS 15

Asa abole a idolatria e renova o pacto do Senhor

 

1 Então veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede,

 

2 que saiu ao encontro de Asa e lhe disse: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá e Benjamim: O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, o achareis; mas se o deixardes, ele vos deixará.

 

JÓ 8

20 Eis que Deus não rejeitará ao reto, nem tomará pela mão os malfeitores;

 

21 ainda de riso te encherá a boca, e os teus lábios de louvor.

JÓ 22

20 dizendo: Na verdade são exterminados os nossos adversários, e o fogo consumiu o que deixaram.

 

SALMOS 1

6 porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína.

 

SALMOS 18

25 Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito.

 

26 Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário.

 

27 Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates.

 

SALMOS 32

10 O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no Senhor, a misericórdia o cerca.

 

SALMOS 37

17 Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas o Senhor sustém os justos.

 

18 O Senhor conhece os dias dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre.

 

19 Não serão envergonhados no dia do mal, e nos dias da fome se fartarão.

 

20 Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a beleza das pastagens; desaparecerão, em fumaça se desfarão.

 

SALMOS 68

6 Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar; mas os rebeldes habitam em terra árida.

 

 

SALMOS 75

10 E quebrantarei todas as forças dos ímpios, mas as forças dos justos serão exaltadas.

 

SALMOS 91

7 Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.

 

8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.

 

PROVÉRBIOS 10

6 Bênçãos caem sobre a cabeça do justo; porém a boca dos ímpios esconde a violência.

9 Quem anda em integridade anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.

24 O que o ímpio teme, isso virá sobre ele; mas aos justos se lhes concederá o seu desejo.

25 Como passa a tempestade, assim desaparece o ímpio; mas o justo tem fundamentos eternos.

28 A esperança dos justos é alegria; mas a expectação dos ímpios perecerá.

 

29 O caminho do Senhor é fortaleza para os retos; mas é destruição para os que praticam a iniqüidade.

 

30 O justo nunca será abalado; mas os ímpios não habitarão a terra.

 

PROVÉRBIOS 11

3 A integridade dos retos os guia; porém a perversidade dos desleais os destrói.

5 A justiça dos perfeitos endireita o seu caminho; mas o ímpio cai pela sua impiedade.

 

6 A justiça dos retos os livra; mas os traiçoeiros são apanhados nas, suas próprias cobiças.

10 Quando os justos prosperam, exulta a cidade; e quando perecem os ímpios, há júbilo.

 

11 Pela bênção dos retos se exalta a cidade; mas pela boca dos ímpios é derrubada.

18 O ímpio recebe um salário ilusório; mas o que semeia justiça recebe galardão seguro.

21 Decerto o homem mau não ficará sem castigo; porém a descendência dos justos será livre.

31 Eis que o justo é castigado na terra; quanto mais o ímpio e o pecador!

 

PROVÉRBIOS 12

3 O homem não se estabelece pela impiedade; a raiz dos justos, porém, nunca será, removida.

7 Transtornados serão os ímpios, e não serão mais; porém a casa dos justos permanecerá.

21 Nenhuma desgraça sobrevém ao justo; mas os ímpios ficam cheios de males.

 

PROVÉRBIOS 13

6 A justiça guarda ao que é reto no seu caminho; mas a perversidade transtorna o pecador.

13 O que despreza a palavra traz sobre si a destruição; mas o que teme o mandamento será galardoado.

21 O mal persegue os pecadores; mas os justos são galardoados com o bem.

 

PROVÉRBIOS 14

19 Os maus inclinam-se perante os bons; e os ímpios diante das portas dos justos.

22 Porventura não erram os que maquinam o mal? mas há beneficência e fidelidade para os que planejam o bem.

 

PROVÉRBIOS 21

18 Resgate para o justo é o ímpio; e em lugar do reto ficará o prevaricador.

 

PROVÉRBIOS 22

5 Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe deles.

 

PROVÉRBIOS 28

18 O que anda retamente salvar-se-á; mas o perverso em seus caminhos cairá de repente.

 

ISAÍAS 65

13 Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;

 

14 eis que os meus servos cantarão pela alegria de coração, mas vós chorareis pela tristeza de coração, e uivareis pela angústia de espírito.

 

MALAQUIAS 3

18 Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve.

 

ESSE É O ANTIGO TESTAMENTO!!!! O SEU POVO ERA SEPARADO PARA O ETERNO... SÓ QUE NÃO APROVEITARAM A OFERTA DO ETERNO.... VINDO A DESPREZÁ-LO...!!!! E A SALVAÇÃO, FOI DADA A OUTROS POVOS...... POR ISSO MESMO O ESCONDER SEU NOME....!!!!! OS TEXTOS ACIMA SÃO DE UMA BÍBLIA DIGITAL SBB JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA ATUALIZADA E CORRIGIDA. OS VERSÍCULOS SÃO DA BÍBLIA DE ESTUDO TEMAS EM CONCORDÂNCIA......!!!!!!

ESSE É O MEU ENTENDER DA PALAVRA DE 'ULHÍM (ETERNO) PARA COM SUA CRIAÇÃO: "YHVH":

 

 Palavra Que Transforma

Educados pelo Senhor  |  Pastor Sérgio Fernandes

Efésios 2:19 - Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

Eu cresci em uma família que prezava pela disciplina. Meus pais sempre foram muito exigentes comigo; acompanhavam meu desenvolvimento escolar, minhas amizades, os livros que eu lia, as conversas que tinha no telefone. Apesar de não ter crescido em um lar cristão, entendo bem o papel dos pais na formação dos filhos e agradeço a Deus por vários aspectos da educação que recebi.

A Igreja é retratada na Bíblia como a família de Deus (Ef 2.19). Ao associar o povo de Deus com um núcleo familiar, podemos identificar que nós somos um conjunto de irmãos que tem um Pai em comum. E este Pai, assim como se espera de um pai terreno, tem o desejo de nos ensinar a andar em seus caminhos, a fim de nos tornar cristãos frutíferos, amadurecidos e úteis para todo bom propósito que Ele tem com a humanidade.

Você está disposto a aceitar que Deus o eduque para a maturidade espiritual?

TUDO QUE ENTENDERMOS FORA DESSE CONTEXTO É INTERPRETAÇÃO TEXTUAL SOMENTE....!!!!!

SALMO 13.1-6

CONFIANÇA NO AMOR DE DEUS

Salmo de Davi. Ao regente do coro. 

Ó SENHOR Deus, até quando esquecerás de mim? Será para sempre? Por quanto tempo esconderás de mim o teu rosto? Até quando terei de suportar este sofrimento? Até quando o meu coração se encherá dia e noite de tristeza? Até quando os meus inimigos me vencerão? Ó SENHOR, meu Deus, olha para mim e responde-me! Dá-me forças novamente para que eu não morra. Assim os meus inimigos não poderão se alegrar com a minha desgraça, nem poderão dizer: “Nós o derrotamos!” Eu confio no teu amor. O meu coração ficará alegre, pois tu me salvarás. E, porque tens sido bom para mim, cantarei hinos a ti, ó SENHOR.

Ok! Agora, vamos ver na língua original:

13

1 למנצח מזמור לדוד׃

2 עד־אנה יהוה תשכחני נצח עד־אנה תסתיר את־פניך ממני׃

3 עד־אנה אשית עצות בנפשי יגון בלבבי יומם עד־אנה ירום איבי עלי׃

4 הביטה ענני יהוה אלהי האירה עיני פן־אישן המות׃

5 פן־יאמר איבי יכלתיו צרי יגילו כי אמוט׃

6 ואני בחסדך בטחתי יגל לבי בישועתך

6 אשירה ליהוה כי גמל עלי׃

[1]

CONSEGUEM VER O ‘TETRAGRAMA GRIFADO?’ ESSE É O NOME DO ETERNO! E NÃO SENHOR! E ESSE GRIFO NÃO É MEU NÃO! É DO TEXTO ORIGINAL MESMO!!!!!

 

VAMOS VER COMO FICARIA A PRONÚNCIA MAIS PERTO DO TEXTO ACIMA:

 

Para o regente: Salmo de David:

Por quanto tempo, (Adonay) YHVH?

Esquecerás de mim para sempre?

Por quanto tempo precisarei perguntar o que fazer, com angústia em meu coração todos os dias?

Por quanto tempo meu inimigo me dominará?

Olha, e responde-me, (Adonay) YHVH, meu ‘elohím (deuses)!

Olha, e responde-me, (Adonay) YHVH, meu ‘elohím!

Dá luz a meus olhos, ou dormirei o sono dos mortos.

Então meu inimigo me dirá: “Eu estava prestes a abatê-lo”; e meus adversários se alegrarão com minha queda.

Mas eu creio em tua graça, meu coração se regozija em tua proteção.

Cantarei a (Adonay) YHVH, pois ele me dá até mais do que necessito.

 

Bíblia de Estudo Judaica Completa.

Conseguem ver como muda o texto...???? E, por que tanta queixa de seus inimigos.....????? Por que virava e mexia cometiam pecados.... se afastavam de ser perfeitos e separados para o ETERNO....e como haviam guerras.... o ETERNO DEIXAVA SEU POVO A MERCÊ DOS GUERREIROS INIMIGOS MESMO PORQUE NÃO TINHAM O ETERNO COMO SENDO SEU ÚNICO SALVADOR....MAS, SIM ÍDOLOS.....!!!! E, SENDO SEPARADO PARA O ETERNO, QUE NÃO O TINHA COMO ‘ETERNO’ ERA INIMIGO DO SEU POVO SIM......!!!!!!!!! PRECISAMOS ADENTRAR NA HISTÓRIA DE SEU POVO PARA ENTENDER OS SALMOS QUE FORAM FEITOS PARA TAL EM SUA ÉPOCA E NÃO A NOSSA QUE VIVEMOS HOJE EM DIA...................!!!!!!!!!!

 


[1]Kahle, Paul: Bíblia Hebraica (Códice Leningrado, Sem Acentuação). Sociedade Bíblica do Brasil, 1937; 2007, S. Sl 13:1-6

Salmos

 

É o Livro de louvores de Israel.

 

Comentário:

Os Salmos, metade dos quais é atribuída por suas inscrições a Davi, o suave cantor de Israel, em geral procedem da idade áurea de Israel, por volta do ano 1000 a.C. Sem a menor dúvida, alguns foram escritos mais tarde, na época do cativeiro (por exemplo, o Salmo 137). Os salmos expressam verdades profundas num estilo poético, com a intenção de penetrar os recônditos do coração. Devem ensinar-nos que o conhecimento intelectual não é suficiente; o coração deve ser alcançado pela graça redentora de Deus. A poesia hebraica não consiste no ritmo, mas principalmente na repetição de pensamentos apresentados em cláusulas paralelas, como, por exemplo: "Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades" (103:10). Se prestarmos atenção a este paralelismo, poderemos, às vezes, interpretar palavras obscuras mediante o paralelo mais claro. Outro recurso que se emprega com frequência no artifício poético é a dramatização. Davi não escreve para si próprio. Escreve para outros. O salmista escreve para todos nós, e podemos apropriarmos de que aqui também Davi escreve às vezes na primeira pessoa do singular; não obstante isso, proporciona-nos pormenores vividos das experiências do Messias.

Cerca da metade dos salmos pode ser classificada como orações de fé proferidas em épocas de angústia. Salmos tão preciosos como os de número 23, 91, 121 e muitos outros, sustentam-nos nos momentos de necessidades mais urgentes. Seria bom que aprendêssemos de cor estes salmos e os repetíssemos com frequência, a fim de fortalecer-nos com a Palavra quando a hora da provação nos apanha de surpresa. Mais ou menos 40 salmos são dedicados ao tema do louvor. A nota de louvor a Deus deve constituir-se em uma parte da respiração mesma do crente, e salmos tais como os de números 100 e 103 devem figurar com proeminência em nossas devoções.

É difícil fazer uma classificação minuciosa dos salmos, visto como são obras profundamente poéticas, e um salmo pode tratar de assuntos diferentes. Sugerimos, contudo, várias categorias: os salmos do homem justo são representados pelos de números 1, 15, 101. 112 e 133. Seis poderiam denominar-se salmos messiânicos: 2, 21, 45, 72, 110 e 132. Os salmos 32 e 51 são chamados, de modo geral, penitenciais, juntamente com partes dos salmos 38, 130 e 143. Os salmos imprecatórios pedem vingança sobre os inimigos de Deus; são eles: 69, 101, 137 e parte dos salmos 35, 55 e 58. Há, pelo menos, quatro salmos históricos: 78, 81, 105 e 106. Dois ressaltam a revelação: 19 e 119.

Os salmos messiânicos que se referem a Cristo, no Novo Testamento, são: 2, 8, 16, 22, 40, 41, 45, 68, 69, 89, 102, 109, 110 e 118. Alguns destes são tipicamente messiânicos, isto é, escritos a respeito de nossas experiências em geral, mas aplicados a Cristo. Outros são diretamente proféticos. Os salmos 2, 45 e 110 predizem o Rei messiânico. No salmo 45:6, o Messias é Deus; no 110, é ele o Sacerdote, Rei e Senhor de Davi; no salmo 2, é o Filho de Deus que deve ser adorado. Outros salmos fazem referência a seus sofrimentos (22), seu sacrifício (40), sua ressurreição (16:10, 11). No salmo 89, ele é quem completa a aliança davídica em cumprimento das esperanças de Israel. .

 

Autor:

Segundo os títulos, Davi foi o autor de 73 salmos; Asafe, de 12. Os filhos de Coré, 11; Salomão, 2; Moisés e Etã um cada um. No caso de 50 salmos, não se menciona seu autor. A versão dos Setenta ou Septuaginta acrescenta Ageu e Zacarias como autores de 5 salmos.

O valor das inscrições tem sido posto em dúvida, mas é evidente que figuravam muito antes do ano 200 a.C., visto que a Versão dos Setenta, traduzida em torno dessa época, interpretou erroneamente várias das anotações musicais dos títulos. As composições poéticas que figuram nos livros históricos da época do pré-exílio assinalam o uso semelhante de inscrições (Habacuque 3:1; Isaias 38:9; II Samuel 1:17; 23:1). O salmo 18, atribuido a Davi por sua inscrição, também se diz em II Samuel 22:1 que foi escrito por ele. Esta reputação de Davi como músico é mencionada repetidamente (II Samuel 23:1; I Samuel 16:18; Amós 6:5). Os livros das Crônicas explicam com clareza que Davi organizou coros no templo e compôs salmos para eles (I Crônicas 16:4, 5; 25:1-5). As expressões musicais enigmáticas das inscrições acham-se freqüentemente relacionadas pelo livro das Crônicas com este trabalho de Davi (I Crônicas 15:20, 21; 16:4; compare os títulos dos salmos 12, 38, 46; e 105:1; 148:1 e outros). Finalmente, o Senhor Jesus Cristo fundamentou um importante argumento sobre a validez do título do salmo 110 (Marcos 12:36). Não parece existir prova positiva contra o ponto de vista tradicional de que a maior parte dos salmos foi escrita em torno do ano 1000 a.C., como afirmam as inscrições. As novas provas derivadas dos pergaminhos do mar Morto descartam a ideia de que a escritura de alguns salmos se estendeu até ao segundo século antes de Cristo conforme o sustentaram alguns exegetas no passado.

 

-

R. Laird Harris

Doutor em Filosofia e Letras

 

TABELA DE SALMOS E AUTORES:

 

Davi:  (3 A 9; 11 a 32; 34 a 41; 51 a 65; 68 a 70; 86; 101; 108 a 110; 122; 124; 131; 133; 138 a 145)

 

Salomão: (72 e 127)

 

Filhos de Coré: (poetas) (42; 44 a 49; 84 e 85; 87 e 88)

 

Asafe:(50; 73 a 83)

 

Etã: (89)

 

Moisés: (90)

 

Hallel: (113 a 118)

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

LIVROS POÉTICOS E DE SABEDORIA:

 

 

 

(; SALMOS; PROVÉRBIOS; ECLESIASTES; CÂNTICO).

 

      

A POESIA DO ANTIGO TESTAMENTO.

         A Bíblia hebraica considera como livros poéticos apenas Jó, Salmos e Provérbios, enquanto na Bíblia cristã essa categoria inclui também os livros de Eclesiastes e Cantares dos Cânticos, Nenhum desses arranjos é inteiramente satisfatório. Por um lado, Cântico dos Cânticos, que é escrito em forma poética, foi excluído dessa sessão da Bíblia hebraica. Por outro lado, Eclesiastes, que é uma mistura de prosa e poesia, foi incluído nessa sessão da Bíblia cristã. A única coisa que os cinco livros têm em comum é o fato de não serem, estritamente falando, nem históricos nem proféticos. No entanto, uma vez que quatro deles foram redigidos inteiramente e um parcialmente em forma poética, tornou-se habitual chamá-los de livros poéticos. A poesia é extremamente comum em todo o Antigo Testamento, e os conceitos discutidos abaixo se aplicam a todas as passagens nessa forma literária.

         A poesia bíblica pode ser distinguida da prosa de pelo menos quatro maneiras importantes: a regularidade das estruturas rítmicas, o uso freqüente de figuras de linguagem, forte dependência de imagens, e expressão emocional intensa. A concisão na fraseologia é também muito comum. Até certo ponto, a prosa também apresenta essas características, mas elas são mais freqüentes e perceptíveis na poesia.

         Estrutura rítmica: Além de características como assonância e consonância, a estrutura rítmica formal da poesia hebraica pode ser vista de maneira mais clara no paralelismo, ou seja, a coordenação bastante próxima ou associação de um verso poético com outro. Os versos paralelos são constituídos de pelo menos dois versetos que formam um verso. O segundo verseto expande, enfatiza ou contrasta com uma ou mais dimensões do primeiro verseto. A ideia básica é “A, e, além disso, B” (ou, “A, mas, por outro lado, B”).

         A importância dessa característica da poesia do Antigo Testamento pode ser ilustrada pela comparação de dois registros da maneira como Jael tratou Sísera no livro de Juízes. No relato em prosa de Jz 4,19 lemos: “Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água, porque tenho sede. Ela abriu um odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu”. Porém, no relato poético de Jz 5,25 temos:

         Verseto A: Água pediu ele, leite lhe deu ela;

         Verseto B: em taça de príncipes lhe ofereceu nata.

         No relato poético, pode-se observar claramente o ritmo do paralelismo entre os versetos. O segundo verseto enriquece “lhe deu ela” de forma estereofônica com “em taça de príncipes” e “leite” com “nata”. Chama a atenção para a nata e para a taça requintada na qual Jael serviu a iguaria de modo que o público possa ver e sentir a astúcia de Jael. Ela tratou seu hóspede exausto da batalha como se fosse um membro da realeza a fim de deixa-lo à vontade e torna-lo vulnerável. Nesse sentido, o relato em prosa se concentra mais nos fatos objetivos, enquanto o paralelismo do poema cria uma impressão mais vívida.

         Figuras de linguagem: A poesia também lança mão das figuras de linguagem com mais frequência do que a prosa. Uma figura pode ser definida simplesmente como uma maneira indireta de dizer alguma coisa, ou como dizer algo intentando outro significado, de acordo com as convenções compartilhadas pelo escritor e o leitor. É comum os poetas recorrerem a figuras como a hipérbole ou exagero, simbolismo, metáforas, símiles, metonímias, sinédoques, sarcasmos, ironia e várias outras técnicas conhecidas de comunicação indireta.

         O Salmo 1,3, por exemplo, emprega a símile de uma árvore frutífera para descrever a condição favorável daqueles que meditam sobre a Lei de Yahu.

         Ele é como árvore plantada

         Junto a corrente de águas,

         Que, no devido tempo, dá o seu fruto.

         O Salmo 34,10 usa uma hipérbole, afirmando a ausência absoluta de necessidades físicas a fim de transmitir a satisfação de Davi com a resposta de Yahu às suas orações.

         Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome,

         Porém aos que buscam o ETERNO

         Bem nenhum lhes faltará.

         Os leitores de poesia devem ficar atentos para a frequência das figuras de linguagem e para o modo como elas funcionam. Uma leitura rígida e literal dos textos poéticos pode resultar em interpretações enganosas.

         O uso de imagens: Pode ser definido como a forma de expressão de pensamentos que visa evocar a experiência mental de impressões sensoriais. É evidente que a prosa se vale da imaginação para comunicar os pensamentos do escritor, mas a poesia se apóia muito mais no poder imaginativo da linguagem. Em vez de falar claramente sobre uma questão, os poetas bíblicos muitas vezes conduzem seus leitores a experiências sensoriais dos temas tratados.

         O Salmo 42,7, por exemplo, retrata as dificuldades do Salmista numa linguagem forte com os sons e sensações experimentados por alguém que está sendo dominado pelas águas impetuosas de uma cachoeira.

         Um abismo chama outro abismo,

ao fragor das tuas catadupas;

todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim.

         O Salmo 23,2 retrata a proteção de Yaohu numa expressão pitoresca de refrigério, conforto, cor e quietude.

         Ele me faz repousar em pastos verdejantes.

Leva-me junto das águas de descanso.

         Os intérpretes da poesia bíblica devem permanecer atentos ao uso frequente de imagens. Os recursos poéticos muitas vezes oferecem aos leitores a oportunidade de fazer reflexões profundas e transformadoras.

         Expressão emocional: A poesia bíblica também é particularmente eficaz na expressão e evocação de uma ampla gama de emoções apropriadas para os fiéis. Tratada da alegria e da dor, do louvor e do lamento, do amor e do ódio; praticamente nenhuma emoção é omitida.

         No Salmo 130,1.2, por exemplo, encontramos um lamento desesperado:

         Das profundezas clamo a ti, ETERNO.

         Escuta, ETERNO, a minha voz;

Estejam alertas os teus ouvidos

às minhas súplicas.

Ao mesmo tempo, descobrimos louvor jubiloso no Salmo 57,7.8:

Firme está o meu coração, ó Yahu,

o meu coração está firme;

cantarei e entoarei louvores.

Desperta, ó minha alma!

Despertai, lira e harpa!

Quero acordar a alva.

         O enfoque emocional da poesia bíblica exige que os intérpretes atentem para suas próprias reações emocionais a essas Escrituras. Ao depararmos com os sentimentos intensos expressados nesses textos, somos desafiados a submeter à Palavra de Yaohu até as nossas paixões mais profundas.

 

 

 

 

A SABEDORIA DO ANTIGO TESTAMENTO

 

         Dos cinco livros poéticos do Antigo Testamento, três são de sabedoria: ; Provérbios e Eclesiastes. Textos sapienciais aparecem ocasionalmente em outros livros, mas apenas de modo limitado. Partes extensas dos livros de sabedoria são poéticos e apresentam as características mencionadas acima. No entanto, os livros de sabedoria podem ser distinguidos dos demais livros poéticos de várias maneiras.

         Características dos livros de sabedoria: Os livros de sabedoria apresentam pelo menos três características distintivas. Em primeiro lugar, o termo “sabedoria” e seus sinônimos, como, por exemplo, “entendimento”, aparecem com mais frequência nesses livros do que nos outros. Em segundo lugar, eles apresentam um modo comum de revelação, baseando-se mais nas observações da vida do que em manifestações sobrenaturais visuais ou auditivas. Em terceiro lugar, uma vez que grande parte de sua inspiração é proveniente de observações contemporâneas da criação e das experiências humanas, a história da salvação não é o enfoque principal desses livros. São poucas as reflexões diretas sobre os acontecimentos redentores importantes ocorridos na história de Israel.

         Definição de sabedoria: A sabedoria pode ser definida em dois níveis. Num nível mais superficial, a sabedoria é uma aptidão importante, como as habilidades de sobrevivência (Pv 30,24-28), habilidades técnicas (Êx 28,3; 36,1) e as habilidades judiciais e administrativas (Dt 1,15-18; 1Rs 3,1-28). Num nível mais profundo, porém, a sabedoria tem as suas origens na ordem criada. As Escrituras explicam que Yaohu fez a sabedoria existir antes do restante da criação e ela está por trás de todas as relações naturais e sociais (Pv 3,19-20; 8,22-31). Uma compreensão maior dessa ordem criada torna uma pessoa sábia no sentido mais completo do termo. Os sábios das Escrituras expõem essa sabedoria cósmica sob a inspiração do Espírito de Yaohu [RUACH HAKODESH] (Pv 25,2; Ec 12,9-12).

         Embora a observação comum seja um elemento fundamental para o processo de aquisição de sabedoria, ela não se dava de maneira isolada dos valores religiosos. Os sábios que contribuíram para os livros de sabedoria e os compilaram se valeram com frequência dos ensinamentos de Moisés e Davi para nortear suas interpretações da experiência. O sobrescrito de abertura do livro de Provérbios, por exemplo, informa aos seus leitores: “Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel” (Pv 1,1). Salomão falou como rei da aliança de Israel; realizou a sua tarefa não apenas com um olhar atento para o mundo e os comportamentos sociais, mas também com um coração repleto de fé proveniente de sua herança piedosa e, portanto, dependente de uma revelação anterior. Até mesmo Agur, o sábio prosélito de Massá, relatou como descobriu que a sabedoria só era possível dentro da fé israelita. Citando primeiro Davi (Sl 18,30) e depois Moisés (Dt 4,2), declarou em Pv 30,5-6:

         Toda palavra de Yahu é pura;

ele é escudo para os que nele confiam.

Nada acrescentes às suas palavras,

para que não te repreenda,

e sejas achado mentiroso.

         Sabedoria didática e meditativa: O Antigo Testamento apresenta dois tipos principais de sabedoria. A maior parte da sabedoria didática se encontra no livro de Provérbios. Esse tipo de sabedoria costumava ser ensinado no contexto familiar (Pv 1,8.10). Consistia principalmente de ditos, enigmas e parábolas sapienciais (Pv 1,6) fáceis de memorizar e, muitas vezes provocativos criados para ensinar a sabedoria prática. Mediante o aprendizado dos provérbios, os jovens de Israel eram treinados para discernir orientação para inúmeras situações de vida.

         O valor prático da sabedoria proverbial é resultante não apenas do conhecimento que ela apresenta de modo direto, mas também da compreensão de que nem sempre é fácil conciliar a sabedoria proverbial com a experiência de nosso mundo decaído.

         Pv 22,29, por exemplo, diz:

         Vês a um homem perito na sua obra?

         Perante reis será posto;

não entre a plebe.

       Não é preciso muita vivência para saber que existe certa dissonância entre esse provérbio e grande parte da nossa experiência. Sabemos que o provérbio não descreve uma série inevitável de acontecimentos, pois nem sempre as pessoas de grande perícia são colocadas perante reis. Antes, observações da vida nos mostram que o objetivo desse dito era incentivar o desenvolvimento de aptidões instilando a esperança de reconhecimento. Não prometia que todas as pessoas habilidosas obteriam tal reconhecimento. Pode-se dizer o mesmo de vários provérbios, pois o pecado levou o mundo a ficar aquém dos padrões ideais que costumam ser descritos na sabedoria didática. Grande parte da sabedoria proverbial aponta para aproximações da ordem ideal experimentadas ocasionalmente e volta os olhos dos fiéis para uma esperança além deste mundo (Pv 12,28; 14,32; 23,17-18; 24,19-20), quando tudo será corrigido pelo julgamento final. Então, todas as dissonâncias entre a sabedoria proverbial e a experiência serão eliminadas.

         A sabedoria meditativa por sua vez pode ser vista em e Eclesiastes. Esse estilo literário explora o uso apropriado da sabedoria proverbial chamando a atenção para o enigma da vida. e Eclesiastes ajudam os intérpretes a evitar expectativas e interpretações exageradas da sabedoria proverbial. O livro de testa a utilidade da sabedoria proverbial para aqueles que passam por sofrimento. Onde está a justiça de Yahu quando os justos sofrem e os perversos usam a sabedoria proverbial para acusa-los falsamente? Quanto da sabedoria de Yahu os seres humanos são capazes de compreender em tais circunstâncias? Do mesmo modo, Eclesiastes assinala os limites da sabedoria proverbial na busca de contentamento e significado. Por que há tão pouca alegria no fruto do trabalho árduo? De que adianta buscar conhecimento ou adquirir riqueza se, ao que tudo indica, os justos e perversos perdem tudo o que conquistaram quando morrem? Os dois livros advertem contra interpretações simplistas da sabedoria didática que cria expectativa de justiça imediata e bênçãos contínua.

         e Eclesiastes corroboram o valor da sabedoria proverbial, mas também abrem caminho para uma compreensão mais profunda e plena. Em primeiro lugar, enfatizam que os seres humanos são seriamente limitados em sua capacidade de discernir a sabedoria de Yaohu, especialmente com respeito às anomalias desconcertantes da vida. É o cúmulo da insensatez acreditar que podemos, de fato, dominar a sabedoria necessária para entender todos os caminhos de Yahu (Jó 28; 40 – 42). Em segundo lugar, lembram os leitores que até mesmo a aquisição de uma consciência limitada da sabedoria exige um temor do ETERNO reverente e constante (Pv 1,7). Jó 28,28 conclui, “Eis que o temor do ETERNO é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento”. Do mesmo modo, Ec 12,13 diz, “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Tema a Yahu e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”. A sabedoria meditativa ressalta que o reconhecimento das limitações humanas e da necessidade de submissão ao ETERNO nos permite viver como pessoas sábias.

 

 

OS ESCRITOS

 

INTRODUÇÃO

 

         Após a “Lei” e os “Profetas”, a Bíblia hebraica apresenta uma terceira coletânea, que não constitui um grupo homogêneo e não recebeu um título característico, já que foi simplesmente denominada Ketubim, ou seja, os (demais) Escritos.

         A coletânea dos Ketubim não foi mantida nos diversos manuscritos gregos e nas listas eclesiásticas. Alguns desses livros foram inseridos entre os livros “históricos” (Rt; Cr; Esd-Ne; Est) e “proféticos” (Lm; Dn), e os demais passaram muitas vezes a formar um grupo de livros “poéticos”.

         Nas listas hebraicas a seção dos Ketubim está sempre presente, mas nem sempre na mesma ordem interna.

         À guisa de exemplo, a lista fornecida pelo Talmud (Baba Batra 14b) parece ordená-los segundo um princípio cronológico: Rute (que termina com a genealogia de David), Salmos (atribuídos a David), (que alguns afirmam remontar à época da rainha de Shebá, cf. Jó 1,15), Provérbios, Eclesiastes (Coélet), Cântico dos Cânticos, (coletânea salomônica), Lamentações (atribuídas a Jeremias), Daniel (do tempo do Exílio), Ester, Esdras-Neemias, Crônicas (do período persa).

         A despeito da variedade dos sistemas da classificação, constata-se que os Salmos, e Provérbios figuram sempre juntos (freqüentemente na ordem: Salmos-Provérbios-Jó).

         Analogamente, Crônicas figura sempre ou no começo ou no fim da coleção (sendo que Esdras-Neemias ocupa sempre ou o último lugar ou o penúltimo, respectivamente). A posição final de Crônicas é curiosa, pois Esdras-Neemias constituem sua seqüência natural. Esta posição já é conhecida do Novo Testamento (Mt 23,35; Lc 11,51). Dever-se-á isto ao fato de a incorporação de Crônicas no cânon ter ocorrido mais tarde? Ou será que se quis ordenar os livros da Bíblia de maneira a estabelecer uma correspondência entre o primeiro e o último livro, visto que tanto o Gênesis como Crônicas começam por um quadro do desenvolvimento da humanidade e terminam com a promessa da salvação e do retorno a Israel (Gn 50,24-25; 2Cr 36,1-23)?

         O lugar dos Cinco Rolos (Ct; Rt: Lm; Ecl; Est) é muito instável. Todavia, em razão do costume de lê-los nos dias de festa (Cântico dos Cânticos na Páscoa, Rute em Pentecostes, Lamentações no aniversário da queda do Templo, Eclesiastes na festa das Tendas, Ester na de Purim), passou-se a justapor esses cinco livros nos manuscritos, e posteriormente também nas primeiras Bíblias impressas.

 

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE SALMOS:

 

 

SALMOS

 

 

 

         INTRODUÇÃO

 

 

 

         Visão geral

         Autores: Moisés, Davi, Salomão, os filhos de Asafe, Etã, o ezraíta, e vários autores desconhecidos.

         Data: c. 1440-400 a.C.

         Propósito: Prover para Israel uma coletânea de cânticos para a adoração adequada para diversas situações.

         Verdades fundamentais:

         Yahu merece louvor.

         Yahu protege e resgata os justos quando eles padecem necessidade.

         Yahu irá abençoar o obediente e julgar o desobediente.

         A revelação de Yahu deveria ser o fundamento da adoração.

         A verdadeira adoração implica uma vasta gama de emoções que é fruto de experiências da vida.

 

 

 

         A Teologia dos Salmos

         Assim como a composição do Saltério aconteceu durante o período do Antigo Testamento como um todo, assim também a teologia do Saltério é tão abrangente como a teologia de todo o Antigo Testamento. Martinho Lutero chamou o livro dos Salmos de “uma pequena Bíblia e o sumário do Antigo Testamento”.

         Nos salmos, no entanto, as verdades teológicas não são apresentadas de modo sistemático ou abstrato; as realidades transmitidas neles estão relacionadas à vida e falam no contexto da fé baseada numa aliança.

 

 

 

         CHRISTÓS (MASCHIYAH) O UNGIDO EM SALMOS.

         Os leitores cristãos dos Salmos veem justamente Cristo revelado ao longo do Saltério. Todo o Antigo Testamento, incluindo o Saltério, aguardava a pessoa e a obra do Messias, incluindo não somente aqueles associados ao seu primeiro advento, mas também aqueles que o Novo Testamento atribui à sua vinda. O próprio Messias e os escritores do Novo Testamento fazem extenso uso dos salmos para expressar temas como o sofrimento do Messias (p. ex., Mt 27,46) e a sua glorificação (p. ex., Mt 22,41-46). Além disso, para o cristão, o Messias se torna o objeto de culto do Saltério. As orações em forma de cântico dos Salmos são direcionadas a Yahu. O Messias – Cristo, como a segunda pessoa da Trindade, também é o objeto apropriado dos hinos e lamentos dos Salmos. O Messias é, ao mesmo tempo, o cantor (Hb 2,12) e o tema dos cânticos. Os que creem em Cristo podem cantar-lhe o seu louvor (hinos), apresentar-lhe as suas queixas e petições (lamentos) e agradecer-lhe quando ele responde às suas orações (ações de graça). Além do mais, eles se lembram do que ele fez por eles na cruz (salmos de lembrança) e exaltam-no como o seu rei (salmos reais). Ele é a fonte de sua confiança (salmos de confiança) e a encarnação da sabedoria de Yahu (salmos de sabedoria).

         Até os salmos que incluem imprecações, ou maldições, encontram cumprimento em Cristo. Esses salmos clamam pela justificação dos justos e pelo juízo de Yahu contra os ímpios (p. ex., Sl 69,22-39). Essas orações refletem o chamado dos israelitas à guerra santa como os instrumentos do juízo de Yahu. Com a vinda de Cristo para sofrer o juízo de Yahu, a natureza da guerra do povo de Yahu, mudou. Agora ela é mais intensa, porém dirigida, em primeiro lugar, contra “as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6,12). Quando Cristo voltar em glória, o tempo de misericórdia terá chegado ao fim e as imprecações dos salmos irão se cumprir contra todos os inimigos de Yahu.

 

 

 

         SALMOS. O livro: Eis a coletânea dos “Louvores”. Insere-se ela depois da Lei e dos Profetas, encabeçando a terceira seção da Bíblia hebraica – os “Escritos” –, antes de Jó e dos Provérbios, com os quais forma uma tríade, dotada, no texto masorético, de um sistema especial de acentuação. A obra, que a versão grega dos Setenta denomina Psaltérion ou Psalmoi – donde o título usual de Livros dos Salmos –, contem cento e cinqüenta poemas.

         Assim como o Pentateuco – Similitude sem dúvida internacional –, o Saltério está dividido em cinco partes (1 – 4; 42 – 72; 73 – 89; 90 – 106; 107 – 150), encerrando-se cada uma delas com uma fórmula de bênção, ou doxologia. Mas esta repartição geral oculta coleções parciais, de maior ou menor importância. Com efeito, nota-se a existência de grupos de salmos que diferem entre si pela preferência que dão a um ou outro dos nomes dados a Deusseja ao nome específico do Deus de Israel (o tetragrama sagrado YHWH, traduzido por SENHOR – {DIGA-SE DE PASSAGEM, SÓ POR VONTADE DO “HOMEM” TERIA ESSE SIGNIFICADO A UMA ENTIDADE CRIADA POR MÃOS HUMANAS...!!! Anselmo Estevan.}) (3 – 41; 90 – 150), seja ao nome comum Elohim, isto é, Deus (42 – 83). É possível identificar também vários grupos internos: entre outros, “oração de David, filho de Jessé” (cf. 72,20), ou livrinhos dos filhos de Qôrah (42 – 49; cf. 84 – 85; 87 – 88) e de Asaf (73 – 83; cf. 50), os cânticos das subidas (120 – 134), os cantos denominados do Reino de Yahu (93 – 99), a tríplice Hallel (113 – 118; 136; 146 – 150), no qual ressoa frequentemente a aclamação litúrgica “aleluia”. Antes de esses escritos serem reunidos em um só livro, quiçá pelo fim do século III a.C. – já que é impossível precisar melhor a data –, fizeram-se desses salmos coleções parciais, independentes e desiguais. É esta formação progressiva da obra que explica várias anomalias, em particular a dupla recensão de um mesmo poema (14 = 53; 40,14-18 = 70; 57,8-12+60,7-14 = 108). Fora do Saltério encontram-se salmos isolados, espalhados em outros livros e pertencentes a épocas diversas, como por exemplo 1Sm 2,1-10; Is 38,10-20; Jn 2,3-10; Na 1,2-11; Hc 3,1-19; Lm 5; Dn 2,20-23.

         Os dois salmos iniciais, muitas vezes contados como um só, (certos manuscritos, em At 13,33) têm função de prefácio, e a grande doxologia final (150) encerra não apenas a quinta parte, mas o livro inteiro.

 

 

         Os títulos. Os salmos da Bíblia hebraica, excetuados trinta e quatro deles, levam títulos de extensão e caráter variáveis. Esses títulos, à guisa de ficha individual de identidade, remontam a um período bastante antigo, já que os primeiros tradutores gregos não mais entediam o sentido exato deles. Mesmo hoje, apesar dos esforços dos exegetas, muitas vezes não nos resta senão permanecer em conjeturas ou em silêncio.

         A maioria dessas indicações dizem respeito aos autores tradicionais: Moisés (90), Salomão (72, 127), Asaf (50; 73 – 83; cf. 1Cr 16, 4-7; 25, 1-2; Ne 7, 44), os filhos de Qôrah (42; 44 – 49; 84 – 85; 87 – 88; cf. 2Cr 20,19), Heman (88) e Etan (89; cf. 1Cr 15,7-19; 25,5), Iedutun (39; 62; 77; cf. 1Cr 16,41-42; 25,1.3; 2Cr 5,12; 29,14; Ne 11,17). Entre esses nomes sobressai o de David, citado no início de setenta e três salmos, especialmente no primeiro livro da coletânea, que, por este motivo, se chama com razão de “grande coleção davídica”. A menção a David vem acompanhada, treze vezes, de uma alusão a algum evento da vida desse rei. Compreende-se facilmente a preeminência do “cantor dos salmos de Israel” (2Sm 23,1). David gozava de reputação de poeta (2Sm 1,17.19-27; 3,33-34), de músico (1Sm 16,16-23; 18,10); a ele se atribuía a organização do culto e do canto litúrgico (1Cr 15,16; 23,5; Ed 3,10; Ne 12,36). A poesia israelita certamente existia bem antes de David. Prova disso é, entre outras, o grito de vingança de Lémek (Gn 4,23-24), a canção do poço (Nm 21,17-18), o cântico de Moisés e o cântico de Miriâm (Êx 15,1-21), a ode triunfal de Débora (Jz 5,2-31). Entretanto, a tradição considera que David deu grande impulso à lírica sacra; ela o considera como o autor mais notável, o animador, o pai espiritual dos salmistas, enquanto justo perseguido, penitente reconciliado, figura do Messias.

         As questões de autenticidade literária oferecem aos exegetas contemporâneos ampla matéria para discussões. Com efeito, a preposição hebraica que, nos títulos, precede os nomes das pessoas, presta-se a diversas interpretações divergentes: pode indicar uma referência ao autor, mas também, como na literatura agarítica, a pertinência a um ciclo literário ou uma alusão ao herói do poema. De todo modo, não há que esquecer: os salmos são realidade viva. Gerações e gerações “re-citaram” esses cantos, sem repeti-los: os fiéis os reviviam, harmonizando-os com as próprias circunstâncias; ademais, devido à sua vinculação com o culto, os salmos foram atualizados na liturgia, foram, por assim dizer, reeditados em função das circunstâncias novas. Antigamente não se entendia o conceito de autor e a propriedade literária com o mesmo rigor de hoje. Eis por que a tentativa de fixar a data de surgimento dos poemas em cada período da história de Israel e de demarcar a sua cronologia esbarra em sérias dificuldades. Um documento relativamente tardio bem pode provir de tradições seculares; em contrapartida, compositores recentes ressuscitam as obras dos seus predecessores, adotam e adaptam material antigo; por vezes encaixam num escrínio novo fragmentos arcaicos e até, eventualmente, relíquias da literatura dos povos vizinhos. Prolongar-se-á ainda por muito tempo a discussão sobre essas questões complexas e difíceis da datação dos textos e das influências estrangeiras. Felizmente, a data precisa de um salmo não constitui, normalmente, um dado indispensável para desentranhar o seu significado essencial e alcance espiritual.

         Há títulos de salmos que sugerem o caráter, a natureza das composições. Avisam-nos que estamos diante de um poema acompanhado por instrumentos de cordas (mizimor, 57 vezes), de uma oração (tefillá, 86; 90; 102; 142), de um louvor (tehillá, 145), de um conto de amor ou epitalâmio (45), ou simplesmente de um canto (shir, 30 vezes). Certos temas resistem à tradução: maskil (32; 42; 44; 45; 52 – 55; 74; 78; 88; 89; 142), shiggayon (7), traduzidos, não sem hesitação, o primeiro por “instrução” e o segundo por “confissão”. Por vezes consideramos mais razoável transcrever sem traduzir (cf. 16; 56; 57; 58; 59; 60). A despeito de sua obscuridade, esses termos técnicos apresentam um interesse inegável: atestam a existência em Israel, de diferentes tipos de salmos. Esses indícios estimularam os exegetas na pesquisa dos “gêneros literários”. Seus trabalhos têm levado, no decurso dos últimos anos, a uma proliferação de classificações.

         Outras indicações referem-se à execução musical. Mencionam frequentemente (55 vezes) o mestre de coro. É este o sentido provável (cf. 1Cr 15,21; 23,4) de um termo não compreendido nas antigas versões. Designam-se também diversos instrumentos de música: flautas (5), instrumentos de cordas (4; 54; 55; 61; 76), de oito cordas (6; 12), cítara de Gat (8; 81; 84), a menos que se trate de uma melodia específica. Para dar sustentação ou acompanhamento aos coros, utilizavam-se instrumentos diversos: shofar (trompa) e trombeta, harpa, alaúde e cítara, címbalos e tamborim. O Sl 150 enumera os elementos da orquestra sacra, “música de Yahu” (1Cr 16,42). Por detrás de certas expressões enigmáticas, podem-se discernir indicações referentes à melodias a ser executadas com os cantos: cerva da aurora (22), os lírios (45; 69), não destruas (57; 58; 59; 75). Na nossa tradução, muitas vezes nos resignamos a respeitar o mistério dessas indicações (9; 46; 53; 56; 60; 80; 88).

         Finalmente, rubricas que associam expressamente certos contos a atos litúrgicos: o Sl 30 é destinado à dedicação da Casa. O Sl 92 diz respeito ao dia de sábado e o Sl 100 à ação de graças. Talvez convenha também associar a fórmula em memorial (38; 70) a uma função cultual específica. Quanto aos salmos das subidas ou para as subidas, não cabe dúvida de que pertenciam ao repertório dos peregrinos que “subiam” a Jerusalém.

 

 

         Os poemas. A coletânea dos “Louvores” foi inteiramente redigida em verso. Estes são facilmente perceptíveis na tradução, pois os versículos dos salmos, na sua apresentação atual, correspondem praticamente aos versos do texto hebraico.

         O mais das vezes, um verso se compõe de dois membros, às vezes de três. Obedece a um ritmo que, ao contrário do que ocorre nas prosódias grega e latina, não se fundem na quantidade, isto é, na combinação das sílabas longas e breves, nem no número das sílabas – como na versificação francesa clássica –, mas no acento tônico, como na poesia anglo-saxônica. O ritmo mais freqüente consiste em três acentos em cada membro do verso (3+3); por vezes esta cadência ternária cede lugar, no segundo membro, a uma cadência binária (3+2). Este ritmo quebrado ou defeituoso é muitas vezes perceptível na tradução, já que a segunda parte do verso é mais curta que a primeira. Mas os poetas hebreus desfrutam de uma liberdade muito grande na escolha e no arranjo dos ritmos. Há que reconhecer, também, que certos poemas se aproximam bastante da prosa.

         A presença de estribilhos que se repetem a intervalos regulares (42; 43; 46; 49; 59; 67; 80; 99; 107) permite agrupar um conjunto de versos equivalente a uma estrofe. A palavra sela, com que se depara dentro dos cantos, especialmente nos três primeiros livros da coletânea, talvez assinale, em certos casos, a divisão em estrofes. Traduzimos por pausa este termo, cuja significação permanece incerta. O mais das vezes, a unidade de tema ou de sentido justifica as seções internas, destacadas pela disposição tipográfica. Lugar especial cabe ao longo Sl 119, onde há tantas estrofes quantas são as letras do alfabeto hebraico. Este poema compõe-se de vinte e duas estrofes de oito versos, sendo que cada um deles começa pela mesma letra segundo a ordem do alfabeto (cf. Sl 9 – 10; 25; 37 etc.).

         O elemento mais indiscutível da salmodia hebraica, como da poesia semítica, é o paralelismo, uma espécie de balanceamento dos membros da frase, comparável a uma rima de pensamento. O paralelismo apresentava várias formas. Por vezes retoma-se a mesma ideia ou imagem utilizando expressões equivalentes; temos o paralelismo sinonímico:

        

Por que esta agitação dos povos,

         este rosnar inútil das nações?

 

         ...

         E agora, reis, sede perspicazes:

         Deixai-vos corrigir, juízes da terra (2,1.10).      

        

Outras vezes, o poeta procede por contraste ou oposição; temos então o paralelismo antitético:

        

Sim, os que ele abençoa possuirão a terra,

         e os que ele amaldiçoa serão suprimidos (37,22).

        

Já no caso de paralelismo sintético, a mesma ideia é expressa com um desenvolvimento do pensamento:

        

Cantai ao ETERNO um canto novo,

         cantai ao ETERNO, terra inteira (96,1). 

 

         Nem sempre o paralelismo é completo; embora seja considerado como característica distintiva da poesia hebraica, não o encontramos em toda parte. Aliterações ou assonâncias, frequentes, mas de impossível tradução, estão assinaladas nas notas.

 

 

                  

As famílias dos salmos. O parentesco físico manifesta-se através de traços comuns: semelhanças externas do rosto, da fisionomia do andar; semelhanças no falar e no sotaque; comunidade de pensamento, de sentimentos, de problemas e de tradição. Entre famílias, estabelecem-se alianças que criam afinidades e mesclas. Também acontece o caso de parentes que não se parecem entre si... O mesmo ocorre com os salmos. Muitos deles apresentam entre si semelhanças de estrutura, uma fraseologia e uma tonalidade comuns, supõem situações idênticas ou análogas, tratam os mesmos temas, mesclam-se entre si para dar origem a poemas complexos. Falaremos, portanto, de “famílias” de salmos aplicando este conceito de parentesco com bastante flexibilidade. Uma classificação que pretenda agrupar todos os salmos deve necessariamente admitir margem para o provável e até para o conjetural. Com estas ressalvas, propomos três grandes famílias:

         1. Os louvores;

         2. As orações de pedido de socorro, de confiança e de ação de graças;

         3. Os salmos de instrução.

 

 

         1. Os louvores. Esta família conta muitos representantes, disseminados através de todos os livros da coleção. Segundo uma opinião amplamente difundida a maioria das “laudes” foram compostas para o serviço litúrgico e executadas por ocasião das festas de Israel. Há razões plausíveis para atribuir um ou outro desses salmos a uma solenidade precisa, mas, mesmo que seja tentador querer recompor o roteiro das diversas cerimônias litúrgicas, tais reconstituições são hipotéticas. O aspecto comunitário, fortemente acentuado, manifesta-se através de diálogos, coros, estribilhos, aclamações, responsórios, como Amém! Aleluia! A participação coletiva traduzia-se também por cortejos, procissões, espetáculos: danças, aplausos, genuflexões, prostrações.

         Os louvores costumam adotar a mesma estrutura. Desde os primeiros versos, o sinal é dado por um invitatório, de extensão maior ou menor, e às vezes por uma simples exclamação. Ora o salmista interpela-se a si mesmo (103; 104; 146), ora – o mais das vezes – lança seu apelo à comunidade, às diversas classes do povo, aos elementos da natureza (148) e até aos liturgos do culto celeste (29; 148). Este prelúdio ou introdução indica o tom, cria uma atmosfera de júbilo. Por vezes, desde o início, o poeta sugere os motivos de louvor que desenvolverá no corpo do poema. O salmo termina de maneiras distintas: retomada parcial ou total da introdução, resumo dos motivos, fórmula de bênção, oração ou desejo. Há variantes que quebram a uniformidade desta estrutura; são impostas pela diversidade das situações e também pelo fato de os louvores não terem todos a mesma destinação: referem-se a Yahu, a Sião e ao Templo, ao rei.

         a) Os hinos que se dirigem ao ETERNO da Aliança formam um grupo compacto (8; 19; 33; 100; 103; 104; 111; 113; 117; 135; 136; 145 – 150; cf. 78; 105). Israel canta sua fé no Deus – Yahu – único, eterno, todo-poderoso, onisciente, criador, ETERNO da história, sempre fiel ao povo por ele escolhido. Esses louvores são a resposta da comunidade à palavra do seu ETERNO, a reação de um povo que não cessou de encontrar na sua história o Yahu vivo, seu guia, juiz, defensor, libertador. Salmos históricos, como 78 e 105, celebram em forma de hino os feitos, as “maravilhas” ou os “milagres” de Yahu, tais como se nos manifestam através da história da salvação. Esses atos de Yahu são palavras, sinais, epifanias, da mesma forma que as palavras divinas equivalentes a atos. O louvor que brota dos lábios de Israel não decorre de reflexões filosóficas, mas da experiência espiritual deste povo.

         Nas suas descrições da natureza, os salmistas são tributários das concepções vigentes em sua época; são muito mais testemunhas de sua contemplação religiosa do universo do que de uma visão poética do cosmo. Os fenômenos atmosféricos, a alternância das estações escondem e revelam as intervenções divinas. A natureza manifesta por transparência a presença do seu autor.

         Certos comentadores têm relacionado determinadas passagens dos louvores ao Criador com a literatura extrabíblica: O canto dá tempestade (29) recordaria os hinos em honra do BAAL cananeu; o início do Sl 19 conteria reminiscência das orações ao deus-sol; o cântico da criação (104) se inspiraria no hino egípcio ao deus Aton. Entretanto, os salmistas não plagiam; eles extraem seus modelos eventuais de RAS SHAMRA-UGARIT, da Babilônia e do Egito. Eles cantam o Deus único; se haurem de outras fontes, assimilam; sua alquimia a tudo transmuda: O ETERNO não se confunde com uma força cósmica; ele é antes de tudo YAHU – o DEUS da História universal e da história de Israel.

         b) Os cantos do “Reino” (93; 96 – 99; cf. 47) assemelham-se aos hinos. No Saltério, foram agrupados devido às suas afinidades especiais, à sua tônica universalista, à aclamação que ressoa em vários deles: O ETERNO é rei! (93,1; 96,10; 97,1; 99,1; cf, 98,6). Celebram com entusiasmo a Yahu entronado, rei e juiz de Israel, ETERNO dos povos. A origem de tais salmos lança raízes no culto (96,8-9; 99,5). A alegria transborda neles como em um dia de dedicação: Israel, os povos, as ilhas, todos os elementos do universo explodem em gritos de júbilo. Seriam esses salmos – que certos exegetas assemelham a cantos de entronização – utilizados por ocasião de uma liturgia determinada, como a festa dos Tabernáculos, de Jerusalém, do Ano Novo? É impossível responder com certeza a esta pergunta. Certos comentadores enfatizam pontos de contato com a última parte do livro de Isaías (cf. Is 52,7) e descobrem nesses cânticos novos (96,1; 98,1) perspectivas escatológicas. Contudo, no culto de Israel o presente atualiza o passado e antecipa o futuro: ao fazer reviver o passado, a liturgia reaviva a esperança.

         c) Os cânticos de Sião exaltam Jerusalém e seu Templo (46; 48; 76; 84; 87; 122; cf. 24,26; 132). Sião acumula títulos brilhantes: capital da dinastia davídica, metrópole religiosa, a mais santa das moradas do Altíssimo, cidade de Yahu, cidade do grande rei. Esta ladainha de louvores dirige-se em última instância ao próprio ETERNO, que escolheu o monte Sião por residência e lugar de descanso. O Sl 132, talvez cantado para comemorar a dupla escolha da cidade e do seu rei, parece fazer eco ao relato de 2Sm 7. O autor do Sl 68 narra, num estilo épico crivado de reminiscências de antigos poemas, a cavalgada vitoriosa, ou melhor, a procissão solene da arca para o seu lugar definitivo. A nova capital, fundada sobre as montanhas santas, reinvidica o título de Extremo Norte (48,3) que a mitologia cananeu atribuía à morada de BAAL. E muito mais: o Sinai está no santuário! (68,18). A presença permanente do Todo-poderoso assegura a estabilidade, a segurança dessa cidade que se torna um refúgio invencível. Daí a confiança absoluta do povo, mesmo nas mais dramáticas situações. Os cânticos de Sião esboçam uma espécie de mística que idealiza a cidade, futura metrópole dos povos (87). Há exegetas que falam, neste contexto, de escatologia. Diremos uma vez mais que a liturgia antecipa: celebra no hoje cultual o desabrochar do amanhã, o futuro da cidade predestinada (cf. Is 2,2-4; 60; Mq 4,1-3; Zc 8).

         Inspiração idêntica anima o grupo dos salmos das subidas ou para as subidas (120 – 134). Segundo a Mischná, os levitas executaram esses cantos nos quinze degraus do Portal de Nicanor. Admite-se facilmente que os peregrinos utilizavam esses salmos ao “subir” a Jerusalém. Não obstante seu parentesco, esses poemas, muitas vezes bastante breves, e provavelmente de origem tardia, apresentam formas literárias diferentes, até híbridos; tratam de assuntos variados.

         d) Se os “salmos do Reino” celebram o Rei por excelência, o ETERNO, os salmos régios glorificam os monarcas do reino temporal (2; 18; 20; 21; 45; 72; 89; 101; 110; 132; 144). Por ocasião da consagração, da entronização e da coroação, do aniversário da subida ao trono, de um casamento de príncipe, antes de empreender uma guerra ou após uma vitória, tanto na provação como no êxito, desenrolavam-se cerimônias no palácio real e no Templo. Da diversidade das situações deriva a diversidade dos cantos: Homenagem ao rei e à sua dinastia, hinos, ações de graças, súplicas, desejos, oráculos etc. Esses cantos de circunstância oferecem, pois, uma ampla variedade no tocante à sua estrutura, seu fraseado influenciado pelo protocolo da corte, seus temas. Seu ar familiar lhes advém do ambiente de origem – a corte – e do personagem ao qual concernem – o rei. A honra prestada ao chefe da nação teocrática reverte para o ETERNO. Com efeito, o monarca é filho adotivo de Yahu e seu herdeiro. Ungido do ETERNO, este “messias” ocupa o trono à destra do Altíssimo: Ele é o beneficiário da estabilidade e da perenidade do trono de David, ao mesmo tempo, o “trono da soberania do ETERNO sobre Israel” (1Cr 28,5). A promessa feita a David por intermédio de Natan aflora várias vezes nesses salmos (2,6-7; 45,7; 89,4-5.20-38; 132,10-12). Há íntima ligação entre os poemas régios, os cantos do Reino, os cânticos de Sião; todos esses salmos trazem em seu bojo uma promessa de plenitude: expectativa do Messias, espera do reino definitivo de Yahu, expectativa de uma metrópole ideal.

 

 

         2. Orações de pedido de socorro, orações de confiança e de ação de graças. Assim como as “laudes”, estas orações contêm louvores ao ETERNO poderoso e justo, benfeitor supremo. As três categorias podem ser agrupadas em uma família específica. Sua origem comum é uma situação de angústia: O pedido de socorro, como a oração de confiança, acompanhada ou precede uma crise; a ação de graças descreve o desdobramento feliz dessa crise, agradece ao autor da libertação. Por vezes, em um único salmo (22; 30; 31; 54; 56; 61) vão muito intimamente associados à súplica, a confiança e o reconhecimento. Essas orações emanam ora de um indivíduo, originando-se mais da piedade pessoal, ora da comunidade congregada para uma cerimônia litúrgica (cf. Jl 1,33; 2,17). Aliás, não convém exagerar esta distinção entre o indivíduo e o coletivo, entre a piedade pessoal e o culto litúrgico. Mesmo quando ora a sós, o fiel não é um solitário, ele se reconhece solidário com o povo de Yaohu (cf. 25,22; 28,9; 61,7; 63,12; 69,36) e não é estranho ao culto (cf. 5,8; 28,2; 140,13-14). Além do mais, o “eu” do salmista muitas vezes é o eco de uma coletividade – por exemplo, no caso em que um personagem oficial, sacerdote ou rei, fala em nome de um grupo. E por fim, os salmos que originariamente exprimiam a devoção pessoal e espontânea de um fiel angustiado ou de um coração reconhecido, transformaram-se em orações comunitárias ao serem reunidos no saltério.

         a) Os pedidos de socorro, individuais ou coletivos, desenvolvem-se via de regra em um ritmo de quatro tempos: Invocação do nome de: YAHU seguida de um brado de imploração, exposição da situação, súplica, certeza do atendimento. Esta estrutura admite variantes: O salmista acrescenta, omite, entremeias, inverte, repete. Uma efusão lírica e apaixonada não obedece a uma lógica rígida. Com bastante frequência, deparamos com oráculos no decurso da súplica.

         As orações individuais ocupam, sozinhas, quase a quarta parte da coleção dos salmos (5; 6; 7; 13; 17; 22; 25; 26; 28; 31; 35; 36; 38; 39; 42; 43; 51; 54 – 57; 59; 61; 63; 64; 69; 70 [=40,14-18]; 71; 86; 88; 102; 109; 120; 130; 140 – 143). É mais frequente as pessoas queixarem-se do que jubilarem! A descrição da aflição permite descobrir nas queixas dos que são atingidos por ela a condição concreta dos suplicantes, suas provações pessoais ou as de seu povo: penitentes, doentes, perseguidos, acusados, refugiados, exilados ou deportados, Na maior parte das súplicas agita-se uma turba de inimigos: Esses adversários se encarniçam sobre suas vítimas, sem poupar os doentes. Para designar seus perseguidores, os salmistas usam um vocabulário copioso, que embaraça os tradutores e os comentadores, que se esforçam por identificar esses personagens hostis. Pintam a atividade dos agressores recorrendo a traços mais ou menos convencionais, hauridos da literatura sapiencial, a metáforas numerosas e variadas: Guerreiros, caçadores equipados com redes e laços, bestas ferozes sedentas de sangue, leõezinhos, touros, búfalos, cães, serpentes etc. Os inimigos, para atingir seus objetivos, recorrem a todo tipo de procedimentos, em particular a palavras maldosas e malfazejas: Falsos testemunhos, calúnias, maledicências, maldições – práticas que fazem pensar nos malefícios das bruxas. Em suas tribulações, os salmistas invocam, a justiça de Yahu e, às vezes, proferem imprecações inspiradas na lei do talião. Seus gritos de angústia nos lembram as queixas de Jeremias e de Jó.

         Para compreender estas orações, em particular as dos doentes e de todos os que se encontram em perigo de morte, há que situar-nos na perspectiva desses infelizes, no contexto religioso e social de sua época. Os salmistas não podiam gozar da felicidade senão na terra dos vivos (27,13). Esta concepção implica um conjunto de noções relativas à constituição física do homem, à sua vida, à sua condição no Além, às modalidades da justiça de Yahu, ainda imperfeitamente conhecidas na época. A antropologia bíblica não coincide com a nossa; ela ignora, em particular, a nossa distinção entre corpo e alma. O temo hebraico que estaríamos tentados a traduzir por “alma” possui, na realidade, vários significados, que aparecerão na presente tradução: Garganta, goela, apetite, voracidade, sopro, vida; muitas vezes ele equivale ao simples pronome pessoal. Considerava-se a vida ou a vitalidade como uma força que varia de intensidade: As doenças, os estados dolorosos, as adversidades, os ataques dos inimigos diminuem a vida, submetem o homem ao domínio do inimigo por excelência, a Morte. Eis por que os doentes e os perseguidos se lamentam de descer à morada dos mortos, onde reinam as trevas, o silêncio e o esquecimento. Esta necrópole situada nas “profundezas da terra” é por eles denominada sheol, às vezes traduzido por “os ínferos”, isto é, os lugares inferiores, que não se devem confundir com o “Inferno”. A intervenção libertadora de Yahu revigora os aflitos e os revivifica.

         Certos infelizes consideravam seus sofrimentos como uma punição dos pecados conhecidos ou ocultos. É natural que busquem na autoconfissão um meio de desarmar a cólera divina. A confissão das faltas atrai o perdão, e a graça divina proporciona a libertação. Sete orações (6; 32; 38; 51; 102; 130; 143) foram adotadas nas liturgias cristãs para formar o grupo dos “salmos penitenciais”. O Miserere (51) e o De profundis (130), que figuram entre essas súplicas, revelam uma grande maturidade espiritual.

         As orações coletivas de pedido de socorro (12; 44; 58; 60; 74; 79; 80; 83; 85; 90; 94; 108; 123; 137; cf. 77; 82; 106; 126), que apresentam a mesma estrutura que os individuais, pressupõe uma calamidade pública: Derrota militar, invasão estrangeira, massacres e destruições, profanação do Templo, opressão dos pequenos pelos grandes, dos justos pelos ímpios, tirania dos poderes estabelecidos. Israel brada sua angústia e, para apressar sua liberação, suplica ao ETERNO, multiplicando os motivos de intervenção: Alega sua inocência (44,18) ou confessa seu pecado (79,8-9), evoca os grandes feitos do passado (44,2-9; 74,2.12-17), em especial a Aliança (74,20). O que está em jogo é a honra de Yahu (74,18; 79,10.12), sua fidelidade e lealdade a Israel (44,27). A causa do povo eleito identifica-se com a do ETERNO.

         b) A confiança, chave motora dos pedidos de socorro, ocupa o primeiro plano e constitui o tema predominante de alguns salmos (3; 4; 11; 16; 23; 27; 62; 121; 131; cf. 91). Estes cantos, de grande alcance espiritual, talvez provenham dos meios levíticos. Os salmistas cantam sua segurança na paz e na alegria (23,4-5; 27,1.3; cf. 3,7; 4,9; 131,2-3), sua intimidade permanente com Yahu (16,5-11); professam sua fé (16,2.4-5; 62) e convidam seus compatriotas a imitar sua experiência. A alegria e a segurança proporcionadas pela comunhão com Yahu são muitas vezes associadas ao Templo, no qual Yaohu se manifesta (11,7; 16,11), e de onde ele atende os fiéis que se refugiam junto a ele (3,5; 11,4; 23,6; 27,4). Os três salmos 115, 125 e 129 exprimem a confiança da coletividade.

         c) As orações individuais de ação de graças são relativamente pouco numerosas (9; 10; 30; 32; 34; 40,2-12; 41; 92; 116; 138; cf. 107). Já nos pedidos de socorro anunciava-se esboçava-se a ação de graças (22,23-32; 56,13-14). Atendida a sua prece, o fiel sobe ao Templo, acompanhado de seus parentes e amigos, para cumprir suas promessas. Parece, portanto, que o meio originário dos salmos de ação de graças, tanto individual como coletivo (66; 67; 118; 124; cf. 65; 68), foi a cerimônia litúrgica. A estrutura de tais salmos engloba, via de regra, os seguintes elementos. Depois de uma introdução ou proclamação que, com frequência, desenvolve temas característicos dos hinos (9,3-12; 92,2-7; 118,5-18), o salmista evoca o perigo por que passou, a oração feita na provação, a inversão da situação graças ao socorro divino. O salmo fecha com um convite à assistência. O Sl 107 merece atenção especial. Nesta liturgia desfilam, sob a direção de um animador, quatro grupos de privilegiados: caravaneiros, retornados do deserto, cativos libertados, doentes curados, náufragos sobreviventes do mar. As estrofes, de composição idênticas – ações de graças em miniatura – comportam uma descrição, um invitatório e um estribilho. Com clareza ainda maior adivinham-se as pulsações da liturgia no Sl 118, que, sob a aparência de uma oração individual de agradecimento, exprime a gratidão de Israel para com seu Libertador.

 

 

         3. Salmos de instrução. Elementos sapienciais e didáticos estão presentes já nas duas grandes famílias de salmos precedentes. Mas certos salmos têm por objetivo especial instruir (cf. os títulos: maskil, “para ensinar”, 60,1). A pedagogia não está amarrada a uma única forma literária. Efetivamente, constatamos que os salmistas empregam diversos métodos: lições da história, exortações à maneira dos profetas, admonições litúrgicas, reflexões sapienciais sobre problemas de moral etc. A exemplo dos sábios, utilizam o gênero proverbial, esquemas escolares como o alfabetismo (37; 112; 119), que facilita a memorização e significa a intenção do salmista de tudo dizer. Vê-se, portanto, que essa família de salmos apresenta uma unidade bastante vaga; o traço comum é, no caso, a intenção pedagógica.

         a) Três salmos (78; 105; 106) evocam longamente a história sagrada. Orquestram os temas principais que o compõem: tradição patriarcal, dominada pela Promessa e pela Aliança (105); Êxodo, precedido e acompanhado por maravilhas; marcha no deserto e revelação do Sinai; entrada na posse da herança (78; 105; 106). Os salmistas não se limitam a enumerar fatos brutos; desentranham o significado dos fatos, os títulos de glória do ETERNO (78,4; 105,1.5), os testemunhos da fidelidade, da lealdade, da paciência e da misericórdia de Yahu. Essa visão retrospectiva determina atitudes práticas, como ensina o Deuteronômio.

         b) A preocupação didática aparece também em certas “liturgias” (15; 24; 134; cf. 91; 95). Uma cerimônia, por exemplo, a chegada à porta do santuário (cf. 24,7; 118,20), propicia a ocasião de lembrar as condições exigidas para entrar no Templo, comparecer perante Yahu e permanecer na sua presença.

         c) Exortações proféticas (14; 50; 52; 53; 75; 81; cf. 95), entremeados de oráculos, de promessas e ameaças, no estilo deuteronômico (81), insistem na piedade autêntica e exigências da Aliança, denunciam a perversão e a impiedade (14; 52; 75). O Sl 50 condena a crença popular em uma eficácia automática dos sacrifícios, independente das condições morais: O ETERNO não é devedor do homem: O homem é devedor de Yahu.

         d) Um último grupo merece plenamente o título de salmos de instrução (1; 37; 49; 73; 112; 119; 127; 133; cf. 128; 139). Entre os temas abordados nesses poemas sapienciais, a Lei ocupa lugar privilegiado (1; 119; cf. 19,8-14). Meditada com amor, ela é uma fonte inesgotável de benefícios. Os salmistas proclamam a felicidade do justo, a ruína do mau; ventilam o problema da retribuição. Os fatos nem sempre se ajuntavam ao ensinamento tradicional: ímpios são bem-sucedidos, justos fracassam. Anomalia angustiante para quem crê. Diante disto, alguns salmistas bradam quase em desespero, passam por uma verdadeira crise de fé (73). Mas, sob o aguilhão da provação, depuram suas idéias e sentimentos. Estariam com isso pressentindo uma retribuição que, no Além, restabelecerá o equilíbrio inexistente na terra? Talvez se possa afirmar que esperanças nesta linha transparecem em algumas afirmações ainda imprecisas (49,16; 73,24; cf. Gn 5,24; 2Rs 2,1-11).

 

 

         O Saltério, no passado e no presente. Por volta de meados do século II a.C., o texto hebraico dos Salmos foi traduzido para o grego, para uso dos judeus da Diáspora – é a chamada versão dos Setenta, ou Septuaginta. O Psaltérion, encaixado entre o livro de Jó e os Profetas, contém um salmo suplementar (Sl 151). A numeração dos poemas não é totalmente idêntica à do texto hebraico masorético. Com efeito, por duas vezes ocorre o caso de um salmo, único no texto hebraico, estar dividido em dois na versão grega (Sl 116 e 147). Inversamente, e também aqui por duas vezes, dois salmos da coletânea hebraica (9 e 10; 113 e 114) correspondem a um único canto da Septuaginta. Donde uma defasagem na numeração. O quadro abaixo evidencia estas diferenças.

HEBRAICO.            GREGO e VULGATA.

1 – 8                    =           1 – 8

9 – 10                            =           9

11 – 113              =           10 – 112

114 – 115            =           113

116                      =           114 – 115

117 – 146            =           116 – 145

147                      =           146 – 147

148 – 150            =           148 – 150

 

 

         Adotamos aqui a numeração hebraica.

         Salmos que, na Bíblia hebraica, eram “órfãos”, desprovidos de título, na Bíblia grega aparecem enriquecidos de dados novos: 84 poemas são atribuídos a David, outros a diferentes autores a Jeremias, Ezequiel, Zacarias, Ageu, aos filhos de Ionadab, por vezes com informações inéditas sobre as circunstâncias de composição. A Septuaginta interpretou a seu modo as indicações obscuras dos títulos hebraicos. Quanto à sua versão, ela, às vezes, fornece, apesar das alterações, a possibilidade de reconstruir, em certos pontos, um texto que parece mais correto. A Septuaginta manteve-se como a versão canônica das Igrejas de língua grega, constituindo também a base para traduções oficiais de várias Igrejas orientais. Extratos de três outras versões gregas, elaboradas por Áquila, Símaco e Teodocião, datadas de meados do século II d.C., chegaram até nós mercê das citações dos Padres gregos e, sobretudo através do que nos sobra da Héxapla de Orígenes (início do séc. III).

         A coletânea dos “Louvores” ocupava lugar de honra em Qumran. Com efeito, exumaram-se das grutas do Deserto de Judá fragmentos, salmos isolados e um grande rolo dos Salmos provenientes da gruta 11. Além disso, os Hinos compostos em Qumran permitem a comparação com os salmos canônicos: Este confronto ressalta a originalidade dos textos bíblicos. Israel, através da sua história muitas vezes tormentosa, continuará a recitar, a meditar e a cantar o Saltério, por ocasião de suas festas nacionais e religiosas, no ritual sinagogal, no lar – tanto que se pôde escrever que os judeus nascem com este livro nas entranhas. O Targum dos Salmos, tradução e paráfrase em aramaico remonta, em sua forma oral, a uma tradição relativamente antiga e, sob este aspecto, merece ser consultado pelos tradutores modernos, valendo o mesmo para os grandes comentários dos rabinos medievais, como Ibn Ezra e Rashi.

         No Novo Testamento, os salmos ocupam um lugar privilegiado: são citados mais de 100 vezes, Yahushua, para demonstrar a grandeza absoluta do Messias, argumentando a partir do Sl 110 (Mt 22,41-46); recita com seus discípulos os cantos do “Hallel” que encerravam a ceia pascal (Mt 26,30); na cruz ele pronuncia o início do Sl 22 (Mt 27,46); morre murmurando um versículo do Sl 31 (Lc 23,46). O hábito de recitar e de cantar salmos, atestado nas primeiras comunidades cristãs (1Co 14,26; Ef 5,19; Cl 3,16; Tg 5,13), propagou-se cedo na devoção particular e na liturgia oficial.

         Desde o fim do século I da nossa era ou no início do século II, o Saltério foi traduzido para o siríaco. Conhecemos esta antiga versão sob o nome de Peshitta: Ela reflete um texto hebraico próximo ao nosso hebraico masorético e apresenta, para numerosos salmos, títulos específicos. Um pouco mais tarde, pelo fim do século II, aparecem na África e em Roma as mais antigas versões latinas. São Jerônimo, no século IV, entregou-se à tarefa de aprimorar a tradução latina calcada sobre um texto grego: Corrige-a com base no grego da Septuaginta (“saltério romano”); posteriormente retoma seu trabalho de revisão, utilizando desta vez a Héxapla de Orígenes (“saltério galicano”); finalmente apresenta uma tradução diretamente do hebraico (psalterion iuxta Hebraeos). É a segunda revisão de Jerônimo que faz parte da Vulgata latina; este texto, após novas e interessantes correções, foi publicado e incorporado, em 1971, à “Liturgia das Horas” do rito romano.

         Nas notas desta tradução, o leitor deparará com as variantes mais características das diversas versões: Grega, Aramaica, Síríaca, Áquila, Símaco, Teodocião, Jerônimo; a Vulgata é citada somente quando seu texto difere da Septuaginta.

         A esta longa história, aqui esboçada, corresponde toda uma história espiritual. Efetivamente, gerações inteiras de crentes, judeus e cristãos de todas as confissões, têm inspirado sua oração e sua vida nos salmos. Esses textos bíblicos têm suscitado, desde a era patrística, homilias e comentários; têm animado a piedade individual e coletiva; têm provocado pesquisas exegéticas. De todos os livros do Antigo Testamento, o Saltério foi o primeiro a difundir-se em francês (pelo ano de 1100), e a partir do século XVI as traduções e as paráfrases em versos se têm multiplicado. Assinalemos, em particular, a célebre versão alemã de Lutero. A renovação litúrgica levada a efeito nas Igrejas cristãs favorece a difusão da coletânea dos “Louvores”. É certo que a piedade autêntica brota do coração e não se nutre de estereótipos literários. Mas o Saltério não nos oferece orações já feitas; oferece-nos orações a ser feitas, sugere-nos “cantos novos”. {Ver mais adiante, o termo, “cristão”. E, o “REMANESCENTE...”}. ANSELMO ESTEVAN.

 

Bíblias consultadas: Bíblia de estudo de Genebra. Edição Revista e Ampliada. Bíblia de Estudo. Tradução Ecumênica Teb. Bíblia Digital. Com grifo de: Anselmo. Formado em Bacharel em Teologia pela Faculdade Ibetel de Suzano.